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1.

Dentre os vários componentes da demanda geral por bens, dois são considerados representantes do
gasto autônomo. São eles:

a) Consumo e investimento.
b) Investimento e poupança.
c) Propensão marginal a consumir e propensão marginal a poupar.
d) Investimento e despesa do governo.
e) Despesa do governo e consumo.

Investimento (I) e despesa do governo (G) são as variáveis exógenas ao modelo, determinadas externamente. Como tal,
são também conhecidas como variáveis de gasto autônomo, ou seja: representantes de decisões
de gasto que não são definidas exclusivamente pelo montante da renda disponível ou por condicionantes internos ao
modelo.

2. Assinale a alternativa que melhor explica a função consumo das famílias.

a) O consumo das famílias é uma das variáveis de gasto autônomo, sendo, portanto, exógena
ao modelo.
b) O consumo das famílias é função direta da tributação e das importações, uma vez que depende
das tarifas cobradas pelo governo sobre bens importados.
c) O consumo das famílias pode ser desmembrado em dois componentes: uma parcela constante,
invariável, que representa o mínimo de subsistência, e outra, composta pela parcela
da renda destinada ao consumo (e correspondente à propensão marginal a consumir).
d) O consumo das famílias varia exclusivamente em função da poupança e dos subsídios governamentais.
e) Variável exógena ao modelo, o consumo das famílias é tomado como dado para os períodos
de análise, e permanece invariável.

O consumo das famílias pode ser desmembrado em dois componentes: uma parcela constante, invariável, que
representa o mínimo de subsistência, e outra, composta pela parcela da renda destinada ao consumo (e
correspondente à propensão marginal a consumir). Isso garante a forma usual dessa função: C = c0+c1(Y-T)

3. Tomando por base uma economia hipotética, com famílias com propensão marginal a consumir de
90% (c1 = 0,9) e propensão marginal a poupar de 10% (s1 = 0,1), assinale a alternativa que apresenta o
multiplicador keynesiano de gastos:

a) 5.
b) 2,25.
c) 0,11.
d) 3.
e) 10.

O multiplicador keynesiano dos gastos pode ser calculado a partir da


propensão marginal a consumir (k = 1/(1-c1)) ou a partir da propensão
marginal a poupar (k = 1/s1). Como c1 = 0,9 e s1 = 0,1, qualquer uma das duas
formas nos levaria a k = 1/0,1 , ou seja: k = 10.

4. Suponha que uma economia cuja propensão marginal a poupar seja de 20% (s1 = 0,2) apresentou
elevação das despesas governamentais da ordem de dois bilhões de reais (R$2.000.000.000,00).
Mantidas todas as demais variáveis constantes, assinale a alternativa que seria a elevação resultante
da produção e da renda.

a) Dez bilhões de reais (R$10.000.000.000,00).


b) Um bilhão de reais (R$1.000.000.000,00).
c) Cinco bilhões de reais (R$5.000.000.000,00).
d) Dois bilhões de reais (R$2.000.000.000,00).
e) Quinhentos milhões de reais (R$500.000.000,00).

Partindo das fórmulas elencadas na resolução do exercício anterior (k = 1/(1-c1) e k = 1/s1), temos que k, para
s1 = 0,2, é igual a 5. Mantidas todas as demais variáveis constantes, uma variação de G seria acompanhada
por uma variação 5 vezes maior de Y – logo, os dois bilhões em gastos governamentais resultariam em dez
bilhões de elevação da produção e da renda.

5. Assinale a alternativa que representa corretamente o equilíbrio do mercado de bens:

a) Y = (1/(1-c1))(c0 + I - G + c1T).
b) Y = (1/(1-c1))(c0 + I + G - c1T).
c) Y = (1/(1+c1))(c0 + I + G - c1T).
d) Y = (1/(1-s1))(c0 + I + G - c1T).
e) Y = (1-c1)(c0 + I + G - c1T).

A fórmula correta é Y = (1/(1-c1))(c0 + I + G - c1T). A renda e a produção variam positivamente em função do


investimento e do gasto do governo, e negativamente em função da tributação. Essas variações são mediadas pela
razão inversa da propensão marginal a poupar (1/(1-c1)).

1. Assinale a alternativa que define corretamente as funções da moeda nas


economias capitalistas.

a) Compras e trocas.
b) Meio de troca, unidade de conta e reserva de valor.
c) Representação impressa do valor das mercadorias.
d) Medida básica dos preços e do valor de troca.
e) Meio de conta, unidade de troca e reserva de valor.

A moeda é reconhecida por suas três funções básicas: a de meio de troca, fundamental para a comercialização de bens
e serviços; a de unidade de conta, já que ela é a referência numérica básica de todos os preços, em uma dada economia;
e a de reserva de valor, já que a moeda representa a garantia institucional de certa quantia, definida pelo governo.

2. Assinale a alternativa correta. Keynes denominava a economia capitalista


por economia monetária da produção. Essa denominação é explicada:

a) Pela separação entre lado real e lado monetário, na economia.


b) Pela determinação monetária da produção.
c) Pela ênfase dada pelo autor à Teoria Quantitativa da Moeda e às suas consequências.
d) Pelo impacto da política emissionária sobre o nível geral de preços.
e) Pela ligação fundamental entre lado real e lado monetário da economia, em que o mercado
de moeda determina a taxa de juros e é determinado pelos movimentos da produção.

Um dos dados fundamentais da reflexão keynesiana é a ligação fundamental entre lado real e lado monetário
da economia, em que o mercado de moeda determina a taxa de juros e é determinado pelos movimentos da
produção. Lado real e lado monetário não podem ser pensados independentemente.

3. Na equação Quantitativa da Moeda (MV = Py), os termos M e V representam, respectivamente:

a) O nível geral de preços e a renda.


b) Os meios de pagamento e o nível de produção.
c) Os meios de produção e o nível geral de preços.
d) Os meios de pagamento e a velocidade-renda da moeda.
e) A renda nacional e a velocidade-renda da moeda.

Os termos em questão representam, respectivamente, os meios de pagamento e a velocidade-renda da moeda. Esses


elementos explicam a relação entre expansão da base monetária e elevação do nível geral de preços.

4. Partindo da equação Quantitativa da Moeda (MV = Py) e considerando uma economia em pleno emprego
de fatores, uma elevação de 10% na base monetária, com renda e velocidade-renda da moeda constantes,
resultaria em:
Questão 4
a) Uma elevação de 10% no nível de emprego.
b) Uma redução de 10% na renda.
c) Uma elevação de 10% nos preços.
d) Uma redução de 10% nos preços.
e) Uma redução de 10% nas taxas de juros.

Ao movimento em questão corresponderia uma elevação de 10% nos preços, explicada pelo fato da economia em
questão encontrar-se em pleno emprego e pela constância das outras variáveis. A TQM se pauta, justamente, pela
exploração dessa correlação; medidas emissionárias resultariam, muitas vezes, em uma elevação do nível geral de
preços.

5. “A decisão de investir é uma escolha complexa, e envolve uma série de fatores”. Marcadamente,
investidores consideram __________, o custo de contração de empréstimos ou aquisição de novo capital, e
_________, uma estimativa do retorno desse investimento, no futuro, comparando-o com a despesa
envolvida em sua realização e manutenção.” Escolha a alternativa que preenche corretamente as lacunas do
texto:
Questão 5
a) a demanda de investimentos (I); a oferta de capital (K).
b) a taxa de juros (i); o faturamento esperado (f).
c) a eficiência marginal do capital (EMC); a taxa de juros (i).
d) o preço de aquisição do bem de capital (p); a a eficiência marginal do capital (EMC).
e) a taxa de juros (i); a eficiência marginal do capital (EMC).

A passagem em questão, com as lacunas devidamente preenchidas: “A decisão de investir é uma escolha complexa, e
envolve uma série de fatores. Marcadamente, investidores consideram a taxa de juros (i), o custo de contração de
empréstimos ou aquisição de novo capital, e a eficiência marginal do capital (EMC), uma estimativa do retorno desse
investimento, no futuro, comparando-o com a despesa envolvida em sua realização e manutenção.”

1. Um elemento central nas relações de qualquer economia com o mercado externo é a taxa de câmbio. Essa
taxa pode ser definida como:
a) O preço do dólar e do euro num dado momento, resultante da inflação nessas economias.
b) Uma medida da relação entre oferta e demanda de divisas (moedas) estrangeiras.
c) O prêmio pago a investidores estrangeiros pela cessão da liquidez.
d) Uma das resultantes da inflação.
e) Uma taxa fixada arbitrariamente pelas autoridades monetárias, que determina nossa participação
nas trocas internacionais.

A taxa de câmbio deve ser entendida como a medida da relação entre oferta e demanda de divisas (moedas)
estrangeiras. Em termos usuais, é a taxa pela qual trocamos reais e dólares.

2. Assinale a alternativa que melhor define o funcionamento âncora cambial.


a) Manutenção do câmbio flutuante, com adequação da indústria nacional aos mercados externos.
b) Estabelecimento de limites para flutuação do câmbio, com promoção das importações.
c) Preservação de uma taxa de câmbio fixo, com valorização da moeda nacional, promovendo
exportações e demanda agregada.
d) Transformação dos termos fundamentais da estrutura produtiva nacional, com participação
expressiva do crédito público.
e) Promoção do câmbio fixo e valorização da moeda nacional (i.e., redução da taxa de câmbio),
forçando as empresas nacionais a competirem com as estrangeiras.

Pela manutenção do câmbio fixo e valorização da moeda nacional, o mecanismo de âncora cambial prevê que os preços
na economia nacional sejam reduzidos pela pressão exercida pelos preços estrangeiros, o que forçaria o empresariado
brasileiro a operar com maior eficiência e menores preços.

3. Em macroeconomia, usamos constantemente o termo trindade impossível para explicar a difícil


manipulação simultânea da taxa de câmbio, taxa de juros e nível geral de preços. Essa denominação pode ser
explicada pela (o):
a) Utilização de alguns desses preços chave ou de seus mercados de origem no controle dos
demais (i.e. subordinação do câmbio à política industrial, ou manipulação da taxa de juros
para garantir a contenção da inflação).
b) Ausência de controles efetivos sobre o mercado externo, já que seus movimentos independem
das decisões governamentais locais.
c) Elevado risco de tentativas de redução da taxa de juros e do controle do câmbio, que podem
resultar em uma escalada inflacionária.
d) Impossibilidade de coexistência dos três preços, já que a internacionalização da economia
determina a sujeição do nível geral de preços à taxa de câmbio.
e) Recurso à taxa de juros como o único preço de ajuste em uma dada economia.

Logo, ao menos um desses preços chave será “sacrificado” para que se alcancem os objetivos de política econômica
relacionados aos outros dois.

4. Escolha a alternativa que lista corretamente alguns dos regimes cambiais mais comuns:
a) Câmbio firme, câmbio variável, âncoras cambiais, flutuação suja.
b) Câmbio fixo, câmbio recorrente, limites cambiais, flutuação suja.
c) Câmbio automático, câmbio flutuante, bandas cambiais, flutuação espúria.
d) Câmbio automático, câmbio variável, bandas cambiais, flutuação suja.
e) Câmbio fixo, câmbio flutuante, bandas cambiais, flutuação suja.

Os regimes cambiais mais comuns são câmbio fixo (fixação de taxa de câmbio e sua manutenção pelo Bacen), câmbio
flutuante (aceitação da taxa de câmbio definida pelo 101/246 Gabarito mercado), bandas cambiais (estabelecimento
de limites dentro dos quais o câmbio flutua livremente) e flutuação suja (similar ao câmbio flutuante, mas com
amortecimento de variações drásticas pelo Banco Central).

5. Quais as consequências prováveis, no curto prazo, da manutenção da economia em um regime de câmbio


fixo, com desvalorização da moeda nacional?
a) Elevação das exportações e entrada de capitais estrangeiros.
b) Redução da demanda agregada e endividamento externo.
c) Elevação da competitividade e estabilidade de preços.
d) Aumento nas importações e estabilidade de preços.
e) Elevação do salário mínimo e da renda nacional.

Mantido todo o resto constante, essa estratégia resultaria na promoção das exportações (pela relação entre os preços
nacionais e os praticados no mercado externo) e a entrada de capitais estrangeiros.

2
1. Em linhas gerais, o que define a intervenção econômica estatal por meio
da política fiscal?

a) O controle dos meios de pagamento pela criação ou destruição de moeda.


b) O ajuste de nossas relações com o mercado externo por meio do controle da taxa de câmbio
e das tarifas alfandegárias.
c) A distribuição de renda a partir da elevação do salario mínimo e de programas de transferência
direta de renda.
d) A arrecadação de tributos pelo governo, por via da política tributária, e a realização de despesas
consideradas de interesse da sociedade, pela política de gastos.
e) Nenhuma das anteriores.

2. A afirmação comum de que a população brasileira é assolada por elevados


impostos se deve, em grande medida, a:
a) Pesadas alíquotas de imposto de renda, que incidem fundamentalmente sobre a parcela
mais rica da população.
b) Elevados impostos indiretos, que impactam sobre o consumo dos mais ricos.
c) Pesadas alíquotas de imposto de renda, que incidem fundamentalmente sobre a parcela
mais pobre da população.
d) Elevados impostos indiretos, que impactam sobre o consumo dos mais pobres.
e) Todas as anteriores.

3. Entre as alternativas listadas abaixo, escolha a única que NÃO corresponde


a uma meta usual de política econômica.
a) Manutenção do nível de emprego.
b) Distribuição de renda.
c) Elevação do índice de liberdade econômica.
d) Combate à inflação.
e) Crescimento econômico.

4. Analise as afirmações a seguir:


1. O princípio da neutralidade da tributação defende que os impostos não deveriam interferir
sobre os preços relativos do mercado;
2. O princípio do benefício significa o pagamento de maiores alíquotas de impostos pelos maiores
beneficiários da atuação econômica do Estado;
3. O princípio da capacidade de pagamento supõe que todos os agentes, em uma dada economia,
deveriam pagar o mesmo valor absoluto, em impostos.
Escolha a alternativa que liste somente as afirmações VERDADEIRAS:
a) 1, 2 e 3.
b) 2 e 3.
c) 1 e 2.
d) 1.
e) 3.

O terceiro item está incorreto, uma vez que o princípio da capacidade de pagamento supõe que todos os agentes, em
uma dada economia, deveriam pagar o mesmo valor absoluto, em impostos.
5. Analise as seguintes medidas de política econômica: (1) elevação do
encaixe compulsório; (2) promoção de programas de transferência de
renda; (3) manutenção de bandas cambiais para estabilização do câmbio.
Essas medidas podem ser caracterizadas, respectivamente, como
componentes da:
a) política cambial, política de crescimento e política monetária.
b) política fiscal, política de crescimento e política cambial.
c) política monetária, política de crescimento e política cambial.
d) política monetária, política de crescimento e política de rendas.
e) política monetária, política de rendas e política cambial.

A elevação do encaixe compulsório (redução do potencial de criação de moeda dos bancos comerciais) é um dos
mecanismos usuais da política monetária. A promoção de programas de transferência de renda é uma medida comum
da política de rendas. E a manutenção do regime de bandas cambiais é, de forma clara, parte do instrumental de política
cambial.

1. O mercado de refrigerantes, no Brasil, é caracterizado pela disputa entre AMBEV, Brasil Kirin, Coca Cola e
Pepsico. Pelo número relativo de concorrentes e pelas condições gerais desse mercado, podemos caracterizá-
lo como uma situação típica de:
a) Monopólio.
b) Concorrência monopolística.
c) Concorrência perfeita.
d) Concorrência desigual.
e) Oligopólio.
Questão 1

2. Os traços definidores de um monopólio, na teoria microeconômica, são:


Questão 2
a) Baixas barreiras à entrada, fixação de preços pelo mercado, apenas uma empresa atuando
de forma decisiva no setor.
b) Elevadas barreiras à entrada, fixação de preços pelo mercado, apenas uma empresa atuando
de forma decisiva no setor.
c) Elevadas barreiras à entrada, fixação de preços pelo monopolista, múltiplas empresas atuando
de forma decisiva no setor.
d) Baixas barreiras à entrada, fixação de preços pelo mercado, múltiplas empresas atuando de
forma decisiva no setor.
e) Elevadas barreiras à entrada, fixação de preços pelo monopolista, apenas uma empresa atuando
de forma decisiva no setor.

3. “_____________ é uma situação de mercado em que os investimentos necessários são muitos elevados e
os custos marginais são muito baixos. Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca
ou nenhuma rivalidade.” Escolha a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto acima:

a) Truste.
b) Concorrência imperfeita.
c) Monopólio natural.
d) Concorrência perfeita.
e) Oligopólio.

4. Uma empresa decide elevar seus investimentos em marketing, promovendo


a repaginação do design de seus principais produtos e apelando
para os gostos dos consumidores, com a intenção de elevar sua participação
num dado mercado e conquistar espaços antes dominados por seus
rivais. Nos termos da teoria microeconômica, esse expediente pode ser
entendido como:
Questão 4
a) O equilíbrio entre oferta e demanda em um mercado operando sob concorrência perfeita.
b) O estabelecimento de um monopólio a partir de benesses estatais.
c) A fixação de preços pela firma monopolista.
d) A diferenciação de produtos em uma situação de oligopólio ou concorrência imperfeita.
e) A reavaliação da política monetária pelo Banco Central.

5. Na reflexão sobre estruturas de mercado, um dado fundamental é a dificuldade


para a participação de novas empresas em um dado mercado. O
nome usualmente dado a esse impedimento é:
Questão 5
a) Monopólio.
b) Limites à participação.
c) Constrangimentos institucionais.
d) Barreiras à entrada.
e) Poder de mercado.

1. Michael Porter se dedicou ao estudo das ações ou reações de empresas às circunstâncias gerais da
concorrência em seus setores de atuação, a partir da busca de posicionamentos estrategicamente vantajosos
e com base na consideração de diferentes forças atuantes nessas estruturas de mercado. Esse campo de
estudo é sumarizado, pelo autor, sob o título de:
Questão 1
a) Estruturas de mercado.
b) Forças competitivas.
c) Agentes competitivos.
d) Estratégia competitiva.
e) Análise da concorrência.

O ponto fundamental da análise elaborada por Michael Porter é a reflexão sobre a chamada estratégia competitiva,
seus condicionantes e desdobramentos.

2. A força competitiva associada aos concorrentes estabelecidos é

a) Ameaça de entrada.
b) Ameaça de substituição.
c) Intensidade da rivalidade.
d) Capacidade de negociação.
e) Estratégia.

Os concorrentes estabelecidos disputam o setor a partir do que entendemos como intensidade da rivalidade. Essa
intensidade, por sua vez, é garantida por quão numerosos ou equilibrados são os concorrentes, pelo ritmo de
crescimento desse setor, pela presença de custos fixos ou de armazenamento elevados, pela ausência de diferenciação
entre os produtos, pelos incrementos em que a capacidade produtiva é aumentada, pelos interesses estratégicos nesse
setor e pelas barreiras de saída. Cada um desses elementos contribui diretamente para a intensidade da rivalidade no
setor, contribuindo para o recrudescimento das disputas entre as firmas no mercado ou setor em questão.

3. Coca Cola e Pepsi disputam há décadas o mercado internacional de refrigerantes. É comum a associação
das duas empresas a esse mercado específico, e seus produtos são reconhecidos internacionalmente. Caso
outra empresa ameaçasse esse mercado com a produção de bebidas não- -gaseificadas, com menor teor de
açúcar, e uma postura agressiva orientada para a propaganda de seus efeitos positivos sobre a saúde,
poderíamos caracterizá-la como:
Questão 3
a) Uma entrante potencial exercendo ameaça à entrada.
b) Outra concorrente estabelecida elevando a intensidade da rivalidade nesse setor.
c) Um fornecedor exercendo seu poder de negociação.
d) Uma substituta potencial exercendo ameaça de substituição.
e) Nenhuma das anteriores.

Trata-se de uma ameaça de substituição por uma substituta potencial; apesar das elevadas barreiras à entrada nesse
mercado, a empresa pode se pautar pela produção de um substituto ao produto em questão, sem precisar arcar com os
riscos e custos de se envolver na acirrada disputa pelo mercado de refrigerantes.

4. Qual das opções abaixo NÃO relaciona de forma correta um agente competitivo a sua correspondente força
competitiva?
Questão 4
a) Concorrentes estabelecidos – intensidade da rivalidade.
b) Fornecedores – capacidade logística.
c) Consumidores – Poder de negociação.
d) Substitutos potenciais – ameaça de substituição.
e) Entrantes potenciais – barreiras à entrada.

Para Porter, é possível observar um conjunto de cinco agentes competitivos, cada qual correspondendo à mobilização
de uma força competitiva peculiar:
• Os concorrentes estabelecidos, que se movem a partir da intensidade da rivalidade em um dado mercado;
• Os entrantes potenciais, contidos ou incentivados pela resistência (ou fragilidade) das barreiras à entrada no mercado;
• Os substitutos potenciais, que acossam o setor em questão a partir da sua ameaça de substituição;
• Os fornecedores, que possuem determinado poder de negociação frente a seus consumidores nesse mercado;
• E, por fim, os consumidores, cuja fora é mensurada, também, nos termos de seu poder de negociação.

5. Um dado importante sobre a reflexão empreendida por Michael Porter


e sumarizada nessa unidade é:
Questão 5
a) A ênfase dada pelo autor a situações de livre concorrência, predominantes nas economias capitalistas.
b) Sua observação apurada dos aspectos macroeconômicos da concorrência.
c) O reconhecimento das especificidades, no âmbito micro, da operação de diferentes firmas, em diferentes
setores.
d) Sua defesa desinteressada do liberalismo econômico.
e) A crítica sistemática da desigualdade econômica.

O grande mérito da análise construída por Porter é sua ênfase nas especificidades da concorrência no âmbito micro.

1. “Na superfície, o plano consistia em uma estratégia de (1) dos preços chaveda economia brasileira, em que
a rápida troca de moedas (cruzeiro real – URV – real) possibilitaria a sua adequação aos custos de produção da
economia, ao mesmo passo em que pregava (2) e (3) (como forma de aliviar a demanda dos gastos
governamentais e garantir, ainda assim, a fiscalidade do Estado). No âmbito internacional, o real dependia de
um movimento abrangente de (3) e (4) – como o real estava vinculado ao dólar, era fundamental que a
relação entre a nossa moeda e a moeda norte-americana se mantivesseestável. Os proponentes do plano
defendiam, inclusive, a manutençãodo real valorizado frente ao dólar como forma de garantir elevações da
competitividade da indústria nacional e estímulo às importações de bens de capital, para modernização de
nosso parque industrial”.

Escolha a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto:


a) Desindexação; equilíbrio fiscal; privatizações; abertura comercial; contingenciamento do
câmbio.
b) Indexação; equilíbrio fiscal; estatizações; abertura comercial; contingenciamento do câmbio.
c) Desindexação; equilíbrio fiscal; estatizações; tarifas comerciais; contingenciamento do câmbio.
d) Indexação; equilíbrio fiscal; privatizações; tarifas comerciais; câmbio flutuante.
e) Desindexação; investimento estatal; privatizações; abertura comercial; câmbio flutuante.

2. Escolha a alternativa que lista corretamente duas das principais críticas ao plano real:
Questão 2
a) O recurso à âncora cambial comprometeu a indústria nacional, ao mesmo tempo em que os juros elevados
garantiam a evasão de capitais.
b) As privatizações reduziram a competitividade de nossa indústria, ao mesmo tempo em que a elevação
salarial comprometia o nível geral de preços.
c) O recurso ao câmbio flutuante garantiu a elevação da dívida externa brasileira, ao mesmo tempo em que os
juros baixos garantiam a evasão de capitais.
d) A elevação das tarifas alfandegárias tornava proibitiva a modernização de nossa estrutura produtiva, ao
passo que o gasto governamental promoveu a elevação da inflação.
e) O recurso à flutuação suja promoveu extensivo endividamento externo e os juros baixos garantiram a
evasão de capitais.

3. Expedientes comuns na década de 1980, essas duas medidas tinham por objetivo conter o avanço
generalizado dos preços. Falamos de:
Questão 3
a) Equilíbrio fiscal e privatizações.
b) Abertura comercial e maxidesvalorização.
c) Desindexação de preços e privatizações.
d) Maxidesvalorização e indexação de preços.
e) Estatização da dívida e congelamento do salário mínimo.

4. É correto explicar a profunda crise econômica que atinge a economia brasileira, no início dos anos 90,
como:
Questão 4
a) Resultado da elevada despesa dos governos militares em obras de infraestrutura.
b) Desdobramento de crises menores na zona do euro.
c) Reflexo da depreciação dos termos de troca.
d) Consequência da crise política enfrentada pelos militares.
e) Falência do tripé de financiamento da indústria nacional.

5. Os anos 1980 e 1990 deixaram um legado peculiar para as gerações futuras de economistas. Trata-se da(o):
Questão 5
a) Ênfase no combate à inflação como meta primeira da política econômica.
b) Apurado debate sobre desenvolvimento econômico e desigualdade.
c) Avançada discussão sobre os fundamentos políticos da concentração de renda.
d) Primeira experiência bem sucedida com programas de transferência de renda.
e) Nenhuma das anteriores.

1. Parte importante da política industrial da Era Lula envolvia a promoção de grandes grupos empresariais
nacionais, favorecidos por linhas de crédito vantajosas no BNDES e internacionalização. O nome dado a essa
estratégia foi:
a) Âncora Cambial.
b) Brasil Sem Fome.
c) Campeãs Nacionais.
d) Minha Casa Melhor.
e) Fome zero.
239/246
2. O principal fator internacional responsável pelo crescimento da economia brasileira, nos anos 2000, foi:

a) A baixa dos preços de bens de capital.


b) A crise da zona do euro.
c) O resgate do tripé do financiamento industrial.
d) A alta do preço das commodities.
e) A abertura do mercado brasileiro.
240/246
3. Como explicar a conjugação de política de renda e política monetária
na primeira década dos anos 2000?
Questão 3
a) Pela atuação das campeãs nacionais, que recebiam aportes de recursos federais e crédito
facilitado.
b) As duas políticas não se articulavam de forma decisiva, operando como ferramentas independentes
de política econômica.
c) A elevação na competitividade (resultante das privatizações dos anos 90) trouxe à economia
brasileira maiores salários, que explicam o crescimento a partir dos anos 2000.
d) O congelamento do salario mínimo e a retenção do crédito garantiam os baixos níveis de
inflação, propiciando crescimento sem elevação de preços.
e) A articulação de políticas de renda (elevação do salário mínimo, programas de transferência de renda) e de
crédito (como o Minha Casa, Minha Vida) visavam à elevação da demanda e distribuição dos ganhos do
crescimento entre a sociedade.
241/246
4. “As dificuldades se asseveram a partir de 2012, com a queda no ritmo de (1) da economia chinesa e a
consequente queda nas importações de produtos brasileiros. Conjugada com a (2) de 2008, que ainda não
causara efeitos permanentes na economia brasileira, nossa economia se vê em uma situação difícil: a retração
da demanda internacional por nossos produtos e o fechamento de canais de financiamento estrangeiro
limitam nosso ritmo de crescimento.”
Questão 4
Escolha a alternativa que preenche adequadamente às lacunas do texto acima:
a) Elevação dos preços; crise financeira internacional.
b) Crescimento; crise financeira internacional.
c) Crescimento; alta do dólar.
d) Inflação; crise financeira internacional.
e) Expansão da produção industrial; crise política.
242/246
5. Os dois mandatos de Dilma Roussef são marcados por:
Questão 5
a) Estabilidade e crescimento.
b) Manutenção das linhas gerais da política econômica da Era Lula.
c) Vasto apoio popular.
d) Instabilidade política e econômica.
e) Nenhuma das anteriores.

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