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Mapa

de Evidência - Aplicação Clínica da Auriculoterapia


BIREME/OPAS/OMS

Mapa de Evidência Sobre

Tipo de Revisão Desenho dos Estudos


Tudo Tudo

Revisões selecionadas: 38
País Foco População Efeitos
Tudo Tudo Tudo

Doenças Doenças Nutricionais e


Doenças Crônicas Dor
Desfechos

Agudas Metabólicas

Endometriose

Alívio da Dor
Hipertensão

Hiperlipide..
Acne Vulgar

Obesidade
Doença de

Urticária
Acidente
Vascular
Cerebral

Meniere

Cefaleia
Rinite
Intervenções

Esferas de
Acupressão
Sementes

Esferas
Magnéticas

Agulhas
Auriculopuntura
Filiformes

Agulhas Semipe
rmanentes

Eletropuntura Intradérmica

Transdérmica

Laser de Baixa
Fotobioestimulação
Intensidade

Nível de confiança Alto Moderado Baixo

Clique para acessar as evidências

Título País de Publicação Nível de Confiança Base de Dados


A Cochrane systematic review of acupuncture for cancer pain in adults Inglaterra Baixo MEDLINE
A meta-analysis of ear-acupuncture, ear-acupressure and auriculotherapy for cigarette smoking cessati.. Irlanda Baixo MEDLINE
A Review on the Complementary Effects of Auriculotherapy in Managing Constipation Estados Unidos Baixo MEDLINE
Acupuncture for Acne Vulgaris: A Systematic Review and Meta-Analysis Estados Unidos Moderado MEDLINE
Mapa de Evidência - Aplicação Clínica da Auriculoterapia
BIREME/OPAS/OMS

Mapa de Evidência Sobre

Data de publicação: 13 de abril de 2020


Data de atualização: 12 de maio de 2020

Mapa de Evidências - Efetividade Clínica da Auriculoterapia

Este Mapa é parte de uma série de Mapas de Evidências sobre aplicação clínica das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), que foram institucionalizadas no SUS
pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), e é fruto do Projeto de Cooperação entre o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde (BIREME), como parte do Departamento de Evidência e Inteligência para a Ação da Saúde da OPAS/OMS, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, e o Consórcio Brasileiro Acadêmico de Saúde Integrativa (CABSIn).

O mapa apresenta uma visão geral das evidências sobre os efeitos clínicos da Auriculoterapia para diversas condições de saúde das pessoas. A partir de uma ampla busca bibliográfica
(PubMed, Embase, BVS, Cocrhane e PEDro) de estudos publicados entre 2005 e 2019, foram incluídos no Mapa 38 revisões (12 sistemáticas, 25 metanálises e 1 integrativa). Todos os
estudos foram avaliados, caracterizados e categorizados em 4 grupos de intervenções: Acupressão, Auriculopuntura, Eletropuntura e Fotobioestimulação. Este mapa contou com a
colaboração de um grupo de pesquisadores coordenados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Principais Achados
● A porcentagem dos estudos primários incluídos nas revisões está concentrada em países da Ásia (42,5%, entre eles: China, Coreia do Sul, Hong Kong, Irã, Japão, Singapura,
Taiwan e Turquia.), da Europa (24,2%, entre eles: Alemanha, Áustria, Espanha, França, França, Inglaterra, Irlanda do Norte, Itália, Reino Unido, Suécia e Suíça) e dos Estados Unidos
(22,7%). Outros estudos são da Austrália (6,1%), Brasil (3%) e Canadá (1,5%).
● A maioria das revisões (sistemáticas e metanálises) avaliou efetividade (36) e incluiu ensaios clínicos randomizados (30). Outras revisões incluíram somente ensaios clínicos não
randomizados (5) e estudo observacional (1). Uma revisão avaliou segurança e efetividade e incluiu ensaios clínicos randomizados e outra avaliou segurança e incluiu ensaios
qualitativos e quantitativos.
● Para avaliar o nível de confiabilidade das 38 revisões, se aplicou a ferramenta AMSTAR2 (Measurement Tool to Assess Systematic Reviews) resultando em 9 revisões de nível
alto (23,7%), 11 revisões de nível moderado (28,9%) e 18 revisões de nível baixo (47,3%).
● A maioria das evidências disponíveis de auriculoterapia concentra-se na intervenção por acupressão (59,5%) com o uso de esferas de sementes (68,0%) e por auriculopuntura
(27,4%) com o uso de agulhas semipermanentes (65,2%). A menor proporção de evidências está relacionada a intervenção por eletropuntura intradérmica (10,7%) e fotobioestimulação
por laser de baixa intensidade (2,4%).
● Quanto ao desfecho, as evidências disponíveis mostram que a auriculoterapia foi efetiva para o alívio da dor, em especial da cefaleia, dor lombar e dor pós-operatória. Além de
apresentar efeitos positivos em condições metabólicas e sintomatológicas (constipação, distensão abdominal, redução do peso, obesidade, hiperlipidemias, náusea e vômito
gestacional), transtornos mentais (depressão, ansiedade, insônia, tabagismo, sintomas de abstinência de drogas e transtorno de déficit de atenção com hiperatividade), gestão (consumo
de analgésicos e satisfação do paciente) e na vitalidade, bem-estar e qualidade de vida.
● A auriculoterapia apresentou efeitos positivos em doenças agudas (acidente vascular cerebral) e crônicas (hipertensão e rinite).

Implicações para a prática e pesquisa


● É um recurso terapêuticos que se mostrou viável e útil para o cuidado dos pacientes nos níveis primário, secundário e terciário de atenção à saúde.
● Evidências de baixo a moderado nível de qualidade mostram que a Auriculoterapia pode ser efetiva e segura para o tratamento de diversas condições de saúde que acometem as
populações da Ásia, Europa e América do Norte. Assim, se faz necessário fomentar o desenvolvimento de pesquisas clínicas de alta qualidade voltadas para as demandas de saúde mais
prevalentes no contexto da saúde pública do Brasil, como dor, hipertensão, diabetes, depressão e obesidade.
● Das condições de saúde identificadas, o uso das diversas técnicas de Auriculoterapia para tratamento da dor é a que apresenta maior respaldo nas evidências. Entretanto, a
literatura não é clara quanto o tipo e parâmetro de estimulação mais efetivo, sendo necessário a realização de estudos que avaliem o seu custo-efetividade de forma isolada, comparada
às suas próprias técnicas de estimulação e ao tratamento padrão, ou integrada ao tratamento multimodal, aplicada de forma simultânea com outros recursos terapêuticos.

Forma de citar
Efetividade Clínica da Auriculoterapia. BVS Mapa de Evidências [Online]. São Paulo: BIREME/OPAS/OMS. 2020

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