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PERÍODO(S) CONTRIBUTIVO(S) NÃO RECONHECIDO PELO INSS

Conforme se depreende da análise da cópia do processo administrativo em anexo, a Autarquia


Ré deixou de reconhecer como tempo de contribuição e carência, sem qualquer justificativa,
período(s) contributivo(s) importantes para a parte Demandante.

Sucede que, embora não conste no CNIS, o(s) contrato(s) de trabalho em questão consta
devidamente assinado em CTPS, sem qualquer indício de frade ou rasura.

Faz-se mister pontuar que a anotação em CTPS é prova suficiente da relação de emprego e da
filiação à Previdência Social.

As anotações na CTPS valem para todos os efeitos como prova de filiação à Previdência Social,
relação de emprego, tempo trabalhado e salário de contribuição.

Não é do trabalhador o ônus de provar a veracidade das anotações de sua CTPS, nem de
fiscalizar o recolhimento das contribuições previdenciárias, pois as anotações gozam de
presunção juris tantum de veracidade, consoante a Súmula n.º 12 do TST.

Nessa toada, ressalta-se que as anotações na carteira de trabalho são suficientes para a
comprovação do tempo de contribuição, pois possuem presunção juris tantum de veracidade,
a qual somente pode ser afastada mediante indícios objetivos e fundamentados de falsidade.

Destaca-se, nesse sentido, a jurisprudência do TRF da 4ª Reião:

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. CTPS.


TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.
REQUISITOS LEGAIS. CUMPRIMENTO. TEMPO ESPECIAL. NÃO
COMPROVAÇÃO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
CONCESSÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. 1. As
anotações constantes da CTPS gozam de presunção juris tantum do
vínculo empregatício, salvo alegada fraude, do que não se cuida na
espécie. 2. O aproveitamento do tempo de atividade rural exercido
até 31 de outubro de 1991 - independentemente do recolhimento
das respectivas contribuições previdenciárias e exceto para efeito de
carência - está expressamente autorizado e previsto pelo art. 55, §
2º, da Lei n.º 8.213/91, e pelo art. 127, inc. V, do Decreto n.º
3.048/99. 3. Comprovado o labor rural em regime de economia
familiar, mediante a produção de início de prova material,
corroborada por prova testemunhal idônea, o segurado faz jus ao
cômputo do respectivo tempo de serviço. 4. Não comprovada a
exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela
legislação previdenciária aplicável à espécie, impossível reconhecer-
se a especialidade da atividade laboral por ele exercida. 5.
Implementados os requisitos de tempo de contribuição e carência, é
devida a aposentadoria por tempo de contribuição. 6. Diferimento,
para a fase de execução, da fixação dos índices de correção
monetária aplicáveis a partir de 30/06/2009. 7. Juros de mora
simples a contar da citação (Súmula 204 do STJ), conforme o art. 5º
da Lei 11.960/2009, que deu nova redação ao art.1º-F da Lei
9.494/1997. (TRF4 5013369-57.2011.4.04.7108, QUINTA TURMA,
Relatora GISELE LEMKE, juntado aos autos em 01/03/2019) (grifos de
agora)

Sendo assim, imperioso o reconhecimento para fins de carência e tempo de contribuição e,


consequentemente, a concessão da aposentadoria à parte Autora, dos seguintes períodos:

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