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Dourados
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
Dourados
2016
À Deus, aos meus pais Edson Cláudio Rigoni e Marilúcia Rossi Rigoni
e meu irmão Everton Rossi Rigoni.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
O presente trabalho tem por principal objetivo apresentar, estudar e analisar as principais patologias que podem
acontecer em fundações profundas de concreto. É de suma importância o conhecimento do porquê do surgimento
e desenvolvimento da patologia, entendendo suas causas e origens, antes de diagnosticar o problema, pois além
do reparo da estrutura, é essencial que a mesma não volte a se deteriorar futuramente. Existem várias fases em
que a patologia pode aparecer, nota-se então, a importância de harmonizar os processos que vão desde a
investigação do subsolo até o uso da edificação. Por fim, foi demonstrado um método de dimensionamento de
fundações profundas apenas para conhecimento do leitor. O tema Patologia em Fundações vem sendo muito
estudado nos últimos tempos e está em constante evolução, podendo ser discutível os tipos descritos neste
trabalho.
ABSTRAT
The actual project has the main goal to introduce, go over and analyze the main pathologies that can happen into
deep concrete foundations. It is hugely important to know the reason for the appearance and development of the
Pathology, understanding its causes and origins, before the problem diagnosis, because besides the repair of the
structure, it is essential that it does not deteriorate again in the future. There are several stages in which the
pathology may appear, then we notice the importance of harmonizing the processes that ranges from the
subsurface investigation to the use of the building. For last, it was demonstrated a sizing method for deep
foundations only for the reader's knowledge. The Foundations in Diagnostic Pathologies theme has been
extensively studied in the past few years and it is in a constant evolution, being able for discussing the types
described in this paper.
Figura 1. Incidência das patologias de fundações profundas no Rio Grande do Sul quanto
à sua origem........................................................................................................................... 17
Figura 3. Fissuras em parede homogênea (a) e não homogênea (b), sujeitas a recalques..... 21
Figura 5. Esquematização das fissuras por recalque de fundação de pilar de canto (a);
Provável fissuramento de edificação assente em corte e aterro (b)....................................... 21
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 13
2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................................... 15
2.1 Patologias................................................................................................................... 16
2.1.1 Causas e Origens...................................................................................................... 17
2.1.2 Recalques das fundações......................................................................................... 18
2.1.3 Fissuração................................................................................................................ 18
2.1.3.1 Classificação das fissuras..................................................................................... 19
2.1.3.2 Características de fissuras decorrentes à danos na fundação................................ 20
2.1.4 Desaprumo............................................................................................................... 22
2.2 Patologias decorrentes da investigação do solo...................................................... 23
2.2.1. Ausência da investigação do subsolo .................................................................... 25
2.2.2. Investigação insuficiente........................................................................................ 26
2.2.3 Investigação com falhas........................................................................................... 26
2.2.4 Influência da vegetação........................................................................................... 27
2.2.5 Solos colapsíveis e expansíveis............................................................................... 27
2.3 Patologias na Análise e Projeto............................................................................... 28
2.3.1 Comportamento do solo........................................................................................... 28
2.3.2 Problemas de interação solo-estrutura..................................................................... 29
2.3.3 Estacas em solos: compressíveis, expansíveis e colapsíveis................................... 31
2.3.4 Desconhecimento do comportamento real da estaca............................................... 32
2.3.5 Fundações sobre aterros........................................................................................... 33
2.3.5.1 Deformações do corpo do aterro devido ao seu peso próprio............................... 33
2.3.5.2 Deformações do solo natural que está abaixo do aterro, devido do acréscimo
de tensões originado pelo peso próprio e a transferência de cargas................................. 34
2.3.5.3 Aterros sobres lixões ou aterros sanitários........................................................... 34
2.4 Patologias na execução de fundações profundas.................................................... 35
2.4.1 Elemento de fundação fora da posição correta........................................................ 35
2.4.2 Nega falsa................................................................................................................ 35
2.4.3 Erros na execução de vários tipos de fundação profunda........................................ 36
2.4.3.1 Estacas.................................................................................................................. 36
2.4.3.1.1 Estacas Escavadas em Concreto........................................................................ 37
2.4.3.1.1.1 Estaca tipo Broca............................................................................................ 37
2.4.3.1.1.2 Estaca tipo Strauss.......................................................................................... 38
2.4.3.1.1.3 Estaca tipo Hélice Contínua............................................................................ 40
2.4.3.1.1.4 Estacas Injetadas............................................................................................. 41
2.4.3.1.1.4.1 Estaca raiz.................................................................................................... 42
2.4.3.1.1.4.2 Estaca tipo Microestaca............................................................................... 43
2.4.3.1.2 Estacas Cravadas em concreto........................................................................... 44
2.4.3.1.2.1 Estacas Pré-moldadas..................................................................................... 45
2.4.3.1.2.2 Estaca tipo Franki........................................................................................... 46
2.4.3.1.2.3 Estaca Ômega................................................................................................. 48
2.4.3.2 Tubulões............................................................................................................... 49
2.4.3.2.1 Tubulões a céu aberto........................................................................................ 50
2.4.3.2.2 Tubulões Pneumáticos....................................................................................... 51
2.4.3.3 Caixões................................................................................................................. 52
2.4.4 Outros fatores........................................................................................................... 53
2.5 Patologias Pós-conclusão da fundação profunda................................................... 53
2.5.1 Carregamento da superestrutura.............................................................................. 53
2.5.2 Movimento de massa de solo por fatores externos.................................................. 54
2.6 Dimensionamento das fundações profundas.......................................................... 54
2.6.1 Capacidade de carga estaca-solo.............................................................................. 55
2.6.2 Dimensionamento da sessão de estacas................................................................... 59
2.6.3 Armadura da estaca.................................................................................................. 60
2.6.4 Dimensionamento de tubulões................................................................................. 60
3 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 62
3.1 Materiais e Métodos................................................................................................. 62
3.2 Discussão.................................................................................................................... 62
4 CONCLUSÃO.............................................................................................................. 64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 65
13
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Há muito tempo o concreto armado vem sendo a melhor solução para a maioria dos
tipos de estruturas e nisso Bastos (2014) escreve que o concreto armado alia as qualidades do
concreto (baixo custo, durabilidade, boa resistência à compressão, ao fogo e à água) com as
do aço (ductilidade e excelente resistência à tração e à compressão), permitindo construir
elementos com inúmeras formas e volumes, com relativa rapidez e facilidade, para os mais
variados tipos de obra.
Como as patologias que serão analisadas e examinadas são das fundações profundas
em concreto, a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 4) aplica a seguinte definição para concreto
estrutural “Termo que se refere ao espectro completo das aplicações do concreto como
material estrutural”, assim como também define elementos em concreto armado “Aqueles
cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais
não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”.
Para Mattos (2001) fundação é um elemento estrutural de base natural ou preparada
que tem objetivo de suportar estruturas de qualquer espécie (edifícios, barragens, pontes, etc).
É de grande importância e indispensável o seu uso em qualquer obra de engenharia, sendo
responsável pela garantia das condições de estabilidade, estética e até da manutenção de sua
funcionalidade.
De acordo com Oliveira Filho (1988) na maioria das vezes os terrenos apresentam
horizontes de solo resistentes a uma certa profundidade. É indispensável fazer com que as
estruturas se apoiem nestes horizontes resistentes. Sendo necessário a execução de fundações
profundas.
Para o termo fundações profundas, a NBR 6122 (ABNT, 1996, p. 2) restringe:
Ainda de acordo com a NBR 6122 (1996 apud VELLOSO e LOPES, 2010) as
diferenças entre estacas, tubulões e caixões é que na primeira, a sua execução é realizada
apenas por equipamentos e ferramentas, sem a decida de pessoas em nenhuma fase da
execução, tubulões e caixões permitem a decida do operário para o alargamento da base,
sendo a diferença dessas apenas a geometria, sendo o tubulão cilíndrico e o caixão prismático.
16
Ainda sobre as características das fundações profundas, Rebello (2008) diz que as
mesmas podem ser classificadas em moldadas in loco ou pré-moldadas. Sendo as primeiras
executadas por um furo no solo utilizando equipamentos adequados e posteriormente, o
preenchimento do furo com concreto (podem ser armadas ou não). No segundo, o elemento de
fundação (estaca) é executado em indústria precisando somente da cravação no solo com
auxílio de equipamentos adequados (bate estacas).
Segundo Alonso (1991) assim como qualquer outra parte de uma estrutura, as
fundações devem ser projetadas e executadas, de forma que quando submetidas a ações das
cargas externas, para garantir o mínimo de segurança exigida pelas normas técnicas,
funcionalidade de modo que ocorra deslocamentos compatíveis a cada tipo e função que a
estrutura está destinada e por último, durabilidade que apresente vida útil de no mínimo igual
ao da estrutura.
2.1 Patologias
A patologia das estruturas se resume “um novo campo da Engenharia das Construções
que se ocupa do estudo das origens, formas de manifestação, consequências e mecanismos de
ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas”. (Souza e Ripper, 1999, p.
14)
Sobre isso, Capello et. al. (2010) complementa ser um estudo da identificação das
causas e dos efeitos dos problemas encontrado nas mesmas conseguindo elaborar seu
diagnóstico e correção. Para um diagnóstico apropriado deve-se indicar em que etapa do
processo construtivo teve origem o fenômeno que desencadeou o problema, já que esses
problemas patológicos podem ter origem em qualquer fase ou etapa envolvida no processo
construtivo de um edifício, podendo estas ser atribuídas a um conjunto de fatores e não a uma
única falha em uma etapa isolada.
Carvalho (2010) sintetiza que de todos os problemas que uma estrutura pode
apresentar, os relacionados à fundação implicam em um maior custo na sua reparação por
suas soluções serem complexas, implicando em grandes alterações na envolvente da estrutura
podendo interromper as funções para qual a estrutura foi projetada. É necessário analisar
todas as modificações que surgem na estrutura (fissuras, deslocamentos, assentamentos e
rotações) para somente assim deduzir qual a principal causa que as desencadeou. É importante
analisar o conjunto estrutura-fundação-terreno, de modo que quando reparadas, estas não
sejam apenas superficiais e estéticas, corrigindo os verdadeiros problemas.
17
Sobre essa análise das modificações na estrutura, Souza e Ripper (1999) divide os
problemas patológicos simples sendo aqueles que permitem padronização, onde o diagnóstico
é evidente, enquanto os problemas patológicos complexos não possibilita a sua solução com
mecanismos convencionais ou esquemas rotineiros de manutenção, necessitando assim de
uma análise individualizada e personalizada.
Figura 1. Incidência das patologias de fundações profundas no Rio Grande do Sul quanto à sua origem. Fonte:
SILVA & BRESSANI, 1994, in SCHWIRCK, 2005.
18
Analisando o gráfico do figura 1, pode ser notado que grande parte das patologias
estão na fase de projetos e execução, visto que, o projetista nem sempre recebe as informações
necessárias ou suficientes para cada caso em particular. Essas patologias estão relacionadas à
fundações profundas que possuem uma relação solo-estrutura muito grande.
Rebello (2008, p. 57) define recalque sendo “a deformação que ocorre no solo quando
submetido a cargas. Essa deformação provoca movimentação na fundação que, dependendo
da intensidade, pode resultar em sérios danos à superestrutura.”
Velloso e Lopes (2010) classifica os recalques nas estruturas em 3 tipos:
- Danos estruturais: são os danos que podem afetar a estrutura da edificação, como pilares e
vigas;
- Danos funcionais: são os danos causados pela utilização da edificação, necessitando em
alguns casos que deformações sejam mínimas, como elevadores, maquinas de precisão, e
outros;
- Danos arquitetônicos: são os danos que afetam à estética da edificação, como movimentos e
inclinações perceptíveis, fissuras, trincas em paredes e acabamentos.
Algumas são as causas dos recalques de fundação, podemos citar: a deformação
elástica, deformação por escoamento lateral e por adensamento, porém podemos dizer que
estes seriam recalques naturais pois acontecem devido às características naturais do solo,
outros fatores provocados por ações externas podem ser citados: rebaixamento do lençol
freático, recalques em solos colapsantes, recalques por solapamento em consequência de
infiltrações e solos expansivos (Rebello, 2008; Sumensse e Sanders, 2016).
Segundo Verçoza (1991), as fundações são as culpadas por rachaduras, fissuras ou
trincas e outras lesões em prédios, o problema mais comum nas fundações é chamado
recalque diferencial
2.1.3 Fissuração
A NBR 6118 (ABNT, 2014) expõe que fissuração em elementos estruturais são
inevitáveis, por conta da variabilidade e à baixa resistência à tração do concreto, mesmo sob
ações de serviço, valores críticos de tensões são atingidos, porém a norma estabelece que
fissuras da ordem de 0,2 a 0,4 mm (valor característico) não tem importância significativa na
corrosão de armaduras passivas.
“As fissuras ocorrem quando a resistência dos componentes da edificação ou a
resistência da união entre eles for superada pelas tensões geradas com a movimentação das
fundações” (Silva, 1993, p. 59).
Segundo Sumensse e Sanders (2016) as fissuras podem ser classificadas como ativas
(vivas), quando aumentam ao longo do tempo, ou inativas (mortas), quando a fissura está
estabilizada. As tabelas 1 e 2 ajudam a avaliar a gravidade do problema, porém cada caso
deve ser analisado em particular com ajuda de um especialista.
Figura 2. Edificação apresentando trinca vertical gerada por esforços de cisalhamento, devido a carregamentos
diferenciados (a) diferentes profundidades da fundação (b) e utilização de fundações diferentes. Fonte: Silva,
1993, p. 60.
21
Figura 3. Fissuras em parede homogênea (a) e não homogênea (b), sujeitas a recalques. Fonte: Silva, 2016. p. 61.
Figura 4. [Modificada] Fissuras típicas causadas por recalque de fundações de pilares internos. Fonte: Milititsky
et. al., 2015, p.25.
(a) (b)
Figura 5. Esquematização das fissuras por recalque de fundação de pilar de canto (a); Provável fissuramento de
edificação assente em corte e aterro (b). Fonte: Milititsky et. al., 2015, p. 25 e 27.
22
(a)
(b)
Figura 6. Prováveis diagramas de esforço e fissuras em estruturas de concreto por recalques de fundação de
pilares internos (a) e de extremidade (b). Fonte: Milititsky et. al., 2015, p. 26.
2.1.4 Desaprumos
(a) (b)
Figura 7. Desaprumo em torre de pisa (a); e edifícios na cidade de Santos (b). Fonte: Milititsky et. al., 2015, p.
10
O solo não é um material homogêneo, nem mesmo é fabricado pelo homem sob um
controle de qualidade, oposto dos demais elementos estruturais. É um material heterogêneo e
de natureza errática. A única forma de ter em consideração os efeitos que as nossas estruturas
têm sobre os solos é mediante o conhecimento das características do solo, estas são difíceis de
determinar devido a composição variável do solo – afirma Carvalho (2010).
A primeira etapa de um projeto de fundação consiste na investigação do solo e de
acordo com Jacinavicius e Bumrad (2011) o conhecimento adequado dos solos onde a
fundação será executada é extremamente importante e deve ser considerado um pré-requisito
para o projeto de fundações. É necessário conhecer a composição, resistência, disposição e o
comportamento dos elementos que constituem o solo para dimensionar a fundação a ser
utilizada, bem como os sistemas de contenção que podem ser necessários. O lençol freático
também influencia na escolha do tipo da fundação, portanto torna-se indispensável conhecer
sua atuação e nível.
24
Este tipo de sondagem oferece valores como resistência do solo, tipo de solo e o nível
do lençol freático. Sobre isso, a normativa exige:
Logeais (1971) diz que o caso mais recorrente é aquele em que a sondagem parou em
uma camada resistente, sem se preocupar com a espessura desta camada e com a natureza do
terreno que está sobreposta. Então, a parada da sondagem em solos constituído por aluviões,
aonde encontra-se areia e saibros intercalados e turfas estará sujeita a graves prejuízos.
Para Milititsky et. al. (2015) mesmo após a realização da investigação, o mesmo pode
ser inadequado à identificação de aspectos que podem comprometer o comportamento da
fundação projetada. Alguns casos típicos são:
- Número insuficiente de sondagens ou ensaios para grandes áreas e/ou de subsolo variado;
- Profundidade de investigação insuficiente, não assinalando camadas de comportamento
distinto;
- Características de comportamento não determinadas por necessidade de ensaios especiais;
- Grande variação de propriedades.
A NBR 6484 (ABNT, 2001) orienta a profundidade necessária da sondagem por meio
de critérios mínimos, contudo, a resistência dos solos, o tipo da obra e características do
projeto podem exigir sondagens mais profundas ou critérios mais rígidos de paralisação.
Souza e Ripper (1999) explana que a influência da vegetações podem ser favoráveis
quando se diz respeito obras como pontes ou construções rurais, porém quando se trata de
edifícios em centros urbanos, os mesmos podem atuar de maneira grave, como o crescimento
de vegetação na estrutura, onde as raízes crescem e penetram em fissuras, falhas de
concretagem ou juntas de dilatação.
É importante salientar sobre o efeito da vegetação no solo, em que as raízes podem
modificar a umidade no solo, causando mudanças no volume do mesmo, prejudicando a
estrutura. Milititsky et. al. (2015) afirma que em solos argilosos, a variação na umidade causa
modificações volumétricas no solo e as fundações próximas sofrerão movimentos e
provavelmente recalques localizados, podendo ser movimentos cíclicos, de base sazonal,
recalque progressivo (falta permanente de umidade) ou expansão progressiva (excesso de
umidade, quando a vegetação é retirada).
Silva (1993) relata que o real comportamento do subsolo somente será conhecido após
uma investigação de arredores, medida que permite medidas preventivas contra erosão e
saturação do solo. A autora consta que é importante adquirir informações de órgãos públicos
quanto à existência de tubulações ou galerias enterradas.
Algumas causas de problemas envolvendo o comportamento do solo é citado por
Milititsky et. al. (2015):
- Falta ou deficiente identificação dos movimentos das fundações (recalques totais, recalques
diferenciais, rotação e deformação angular e outros);
- Ausência da investigação do subsolo;
- Investigação do subsolo insuficiente;
-Investigação do subsolo com falhas;
- Interpretação inadequada dos dados do programa de investigação;
- Influência da vegetação - influencia física das raízes ou modificação no teor de umidade do
solo gerando patologias de recalques localizados (capacidade da vegetação causar danos na
estrutura depende de fatores como o tipo de vegetação, solo, nível da água, clima, tipo de
fundação e a distância);
- Solos colapsiveis;
- Solos expansíveis;
- Zonas de mineração – em áreas de mineração, a pequena profundidade gera um fenômeno
de subsidência em áreas mais ou menos limitadas, tornando as zonas instáveis;
- Zonas cársticas – compostas por rochas calcárias e dolomíticas, que se diferenciam por
possuírem solubilidade em água produzindo porosidades e cavidades no solo (gera falsa
impressão de segurança devido às rochas superficiais insolúveis esconderem as cavidades);
- Ocorrência de matacões – são blocos de rocha ainda não decompostos alojados no solo
residual. Tais blocos geram problemas na interpretação dos resultados da sondagem e
interfere nos processos construtivos das fundações, dificultando a solução da sobras;
- Adoção de perfil de projeto otimista, sem a caracterização adequada de todas as situações
representativas do subsolo (localização de camadas menos resistentes ou compressíveis);
- Representação inadequada do comportamento do solo pelo uso de correlações empíricas ou
semi-empiricas;
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Uma análise de interação solo-fundação, para Velloso e Lopes (2010) tem por objetivo
permitir o dimensionamento estrutural real e a escolha adequada do tipo de fundação, levando
em consideração os deslocamentos e deformações reais da estrutura (esforços internos). Esses
esforços podem ser obtidos diretamente pela análise da interação, ou de forma indireta, por
meio das pressões de contato. As pressões de contato são as pressões na interface estrutura-
solo. Essas pressões de contato dependem de fatores como: características das cargas
aplicadas, rigidez relativa do solo, propriedades do solo e intensidade de cargas.
Morosini et. al. (2014) define a interação solo-estrutura sendo uma análise que
considera a redistribuição de esforços na estrutura e a modificação dos recalques diferenciais
na fundação através de processos iterativos. Podendo incluir todos os tipos de estruturas e o
solo sobre o qual são construídas.
Existem duas metodologias da interação solo-estrutura que merecem destaque, são
eles: Trabalhos de Meyerhof (1953) e Chamecki (1954).
Meyerhof (1953 apud Morosini et. al., 2014) apresentou um trabalho considerando os
efeitos da interação solo-estrutura em edifícios. Apontou que o maciço de solo, a
infraestrutura e a superestrutura podem ser considerados como apenas um. É conhecido como
o método da viga de rigidez à flexão equivalente, obtido pela equação (1):
EcI= ∑(EcIv) + ∑(EaIa) (1)
Sendo:
EcI: Rigidez equivalente da viga à flexão;
∑(EcIv): Somatório das rigidezes das vigas;
∑(EaIa): Somatório das rigidezes dos painéis de alvenaria.
30
De acordo com Jennings e Knight (1975 apud Milititsky et. al., 2015), o potencial de
colapso associado ao grau de patologia pode ser definido como mostrado na tabela 3:
De acordo com Chameki (1969 apud Morosini et. al. 2014) as estruturas de concreto
armado são considerados uma estrutura visco-elástica e sua rigidez depende da velocidade de
progressão dos recalques, ao contrário do que se considera no cálculo convencional.
Sobre o desconhecimento do comportamento real das estacas, Milititsky et. al. (2015)
escreveu:
- Adoção de sistemas de fundações diferentes na mesma estrutura, em razão das variações de
cargas e de profundidade das camadas resistentes do subsolo ou condições locais restritas de
acesso, sem o uso de juntas, levando à recalques diferenciais e danos na estrutura;
- Obtenção de valores de capacidade de carga de fundações profundas, por correlações com
ensaios de penetração, sem observar números limites para atrito lateral e resistência de ponta,
pela extrapolação para valores elevados ou profundidades impossíveis de serem atingidos,
levando à resultados incompatíveis com os reais, provocando o mau comportamento das
fundações quando submetidas a cargas superiores à que o solo resiste;
- Adoção de fundações profundas para as cargas da estrutura de pavilhões, com presença de
aterros compactados assentes sobre camadas de solos compressíveis causando um
adensamento dessas camadas e gerando recalques em toda a parte construída sobre o aterro
deformando pisos, paredes e causando trincas ou deformações;
- Desconhecimento do mecanismo de mobilização da resistência de ponta que necessita de
deslocamentos proporcionais ao diâmetro da estaca escavada de grande sessão. Este processo
pode resultar em recalques incompatíveis com o bom desempenho da estrutura e danos à
estrutura;
33
2.3.5.2 Deformações do solo natural que está abaixo do aterro, devido do acréscimo de
tensões originado pelo peso próprio e a transferência de cargas.
Aterro sanitário, segundo Ensinas (2003), é uma forma de disposição final do lixo,
muito utilizada nos dias de hoje, devido à sua simplicidade de execução, baixo custo e grande
capacidade de absorção de resíduos, se comparada com outros meios de destinação final do
lixo.
Mesmo que seja um método útil para a disposição final dos lixos, a construção de
edificações nessas áreas merecem muito estudo geológico da área e nisso, Carvalho (2010)
alerta sobre dois problemas de obras realizadas sobre aterros sanitários, sendo o principal, o
assentamento que a estrutura pode sofrer devido à degradação dos materiais lá depositados e a
possibilidade de formação de gás metano, podendo causar explosões.
Milititsky et. al. (2015) alerta que projetos geotécnicos em solos de lixões ou aterros
sanitários solicitam o estudo do comportamento reológico de rejeitos, considerando os
recalques em razão da degradação do material existente no aterro em função do tempo.
O autor cita o que os projetos sobre aterros sanitários e lixões requer:
- Análise de atrito negativo em razão do recalque causado pela decomposição dos resíduos;
- Garantia de integridade da estaca na sua execução (pré-furos devem ser feitos para estacas
cravadas);
35
Marcelli (2007) caracteriza esse fato quando há um erro na locação por falha de
projeto ou erro na medição da obra e até mesmo quando a estaca inicia no ponto certo, mas
desloca-se da posição inicial devido à obstáculos no caminho. Estes fatores podem gerar
consequências como: carga acima do preconizado no projeto, alteração no comportamento do
bloco de coroamento levando à possíveis recalques ou ruptura do elemento estrutural.
Este tipo de erro pode causar excentricidade nas fundações, o que pode criar
momentos de 1ª ou 2ª ordem, que podem ser prejudiciais para a estrutura e, com isso, a NBR
6122 (ABNT, 1996) instrui que em estacas e tubulões não travados nas duas direções é
admitido, sem a necessidade de correções, um desvio do eixo da estaca e o ponto de aplicação
da resultante das solicitações do pilar de 10% do diâmetro do fuste dos mesmos. Valores
maiores exigem a verificação de flexo-compressão e em casos extremos, em que o elemento é
insuficiente para a solicitação, deve-se corrigir a excentricidade por meio de recursos
estruturais.
2.4.3.1 Estacas
Figura 10. Tipos de transferência de carga das estacas. Fonte: Oliveira Filho (1988, p.42)
37
“Estacas escavadas são aquelas executadas “in situ” através da perfuração do terreno
por um processo qualquer, com remoção de material, com ou sem revestimento, com ou sem a
utilização de fluido estabilizante” (Décourt, 1996, p. 265).
Este grupo de estacas apresentam os seguintes problemas, de acordo com Silva (1993):
- Descontinuidade ao longo do fuste: problemas na retirada do fuste (exemplos:
estrangulamento do fuste devido à pressões do solo, nível do lençol freático elevado e solo
permeável, velocidade excessiva na retirada do fuste, elevação do concreto junto com o
revestimento, e outros) e mau uso da lama betonítica (exemplos: utilização de lama com baixa
densidade causando desmoronamento do solo, lançamento do concreto sem utilização de
tremonhas);
- Problemas na ponta da estaca: existência de detritos acumulados ao fundo antes da
concretagem e presença de água na base resultando em segregação do concreto lançado;
- Curvamento das estacas.
Schnaid (2000) complementa outros fatores como: concreto com resistência inferior à
especificada em projeto; armaduras mal posicionadas; limpeza inadequada ao fundo da estaca,
desabamento das paredes no momento da concretagem, contaminando o mesmo e reduzindo
sua resistência; variação do diâmetro quando em solos moles que não resistem à concretagem;
presença de água quando em execução de estacas sem lama betonítica; e redução da
resistência lateral devido ao amolgamento do solo durante a colocação do revestimento da
estaca.
É o tipo mais simples comparado às outras estacas e foi definido como “tipo de
fundação profunda executada por perfuração com trado e posterior concretagem” (NBR 6122,
ABNT, 1996, p. 3).
38
Para Melhado et. al. (2002) o equipamento utilizado (trado) é composto por 4 facas,
formando um recipiente acoplado a tubos de aço galvanizado. Os tubos são divididos em
partes de 1,20 m de comprimento e conforme a escavação avança, eles vão sendo
sucessivamente emendados. A perfuração é feita por rotação/compressão do tubo, seguindo da
retirada de terra que fora armazenada dentro do tubo.
Segundo Jacinavicius e Bumrad (2011) para executar uma estaca tipo broca o operador
deve rotacionar o trado no solo que vai imediatamente recolhendo a terra. Quando o aparelho
estiver preenchido deve-se retirá-lo e esvaziá-lo repetindo o processo até a profundidade
desejada. Em seguida, o fundo é apiloado e então concretado com auxílio de um funil de
comprimento cinco vezes maior que o diâmetro do furo (evita carregamento de solo das
paredes do furo). O processo executivo pode ser visualizado na figura 11.
De acordo com Rebello (2008) a capacidade da broca depende de seu diâmetro e de
seu comprimento. Porém, nos casos mais simples, ao atingir a cota de solo suficientemente
resistente, a capacidade dependerá apenas do diâmetro. Para diâmetros de 20, 25 e 30 cm as
brocas terão capacidade, respectivamente, de 5, 7, 10 tf.
Falconi, Fígaro e Filho (1996) alerta que para a perfuração manual destas estacas, sua
utilização é reduzida para apenas pequenas cargas devido à pouca profundidade que pode ser
atingida (6 a 8 metros) e também pela dificuldade em garantir a verticalidade do furo.
Figura 11. Método executivo da estaca tipo Broca Manual. Disponível em: http://construcaomercado.pini.
com.br/negocios-incorporacao-construcao/146/artigo299192-2.aspx. Acesso em: 08 mai. 2016.
Segundo a NBR 6122 (ABNT, 1996) as estacas do tipo Strauss podem ser
interpretadas como fundações profundas que são executadas por perfuração por meio de um
balde sonda, mais conhecida como piteira, com uso parcial ou total de revestimento
recuperável e posteriormente a concretagem.
De acordo com Rebello (2008) o balde Strauss é um cilindro de aço onde, em uma das
pontas, encontra-se uma portinhola rotatória. O balde, ligado por cabos a um motor elétrico ou
a combustão, é lançado de um tripé metálico de mais ou menos 4 m de altura. Devido ao seu
peso próprio, o balde é cravado no solo onde a portinhola da ponta se abre para a penetração
do solo. Após o primeiro metro escavado, é colocado um tubo (garante a verticalidade) de 2 a
3 m de comprimento no furo que vai descendo à medida que prossegue a escavação.
Sobre o método executivo, Falconi et. al. (1996) manifestou que as fases de execução
são divididas em duas partes, sendo a primeira o início da perfuração, com o equipamento e a
piteira ou soquete devidamente posicionados, e a colocação sucessiva dos tubos no solo
conforme a perfuração vai progredindo até que a profundidade desejada seja atingida. Faz-se
a devida limpeza no interior dos tubos. A segunda etapa é o lançamento do concreto por meio
de um funil no interior dos tubos até que chegue a 1 metro. Sem retirar os tubos, apiloa-se o
concreto com soquete até a formação de um bulbo pela expulsão do concreto. Então os tubos
podem ser retirados lentamente a medida que o concreto é lançado. O processo executivo
pode ser visualizado na figura 12.
Quanto às vantagens:
Sobre a capacidade de carga das estacas tipo Strauss Velloso e Lopes (2010) definiram
que para diâmetros de 25, 32, 38 e 45 cm as cargas usuais são, respectivamente, 15, 25, 35 e
50 tf. Essas não são indicadas na ocorrência de argilas muito moles e abaixo do NA (nível
d’água).
40
Figura 12. Método executivo da estaca tipo Strauss. Disponível em: http://www.fxsondagens.com.br/estaca-
strauss.html. Acesso em: 08 mai. 2016.
Para melhor entendimento desse modelo de estacas Almeida Neto (2002) esclareceu
que a estaca hélice contínua é uma estaca em concreto moldada in loco, escavada e executada
com o auxílio de um trado contínuo em forma de hélice onde escava o solo agindo como um
“saca-rolhas”. Sua concretagem é feita por injeção de concreto, sob pressão controlada por
meio de uma haste central, existente no trado, simultaneamente com sua retirada do terreno. O
autor ainda cita que esse tipo de estacas vem sendo utilizadas como paredes de contenção,
contíguas ou secantes.
Antunes e Tarozzo (1996) aprofundou nos métodos executivos e dividiu esses
processos em 3 fases, sendo a primeira a devida perfuração cravando a hélice contínua no
terreno por meio de torque apropriado à resistência do terreno. A segunda etapa é a
concretagem, onde o concreto é bombeado pelo tubo central do equipamento. A cavidade é
preenchida simultaneamente à retirada da hélice que está parada ou girando lentamente no
mesmo sentido da perfuração. A última etapa é a colocação da armadura, em forma de gaiola,
por gravidade ou auxílio de pilão ou vibrador, somente após a concretagem total da estaca,
onde pode ser verificado na figura 13.
41
Rebello (2008) comenta que este tipo de estaca além de apresentar alta produtividade,
possui um elevado índice de qualidade. Pela execução monitorada eletronicamente, é possível
obter informações a respeito da inclinação da haste, da profundidade, do torque e velocidade
de rotação da hélice, da pressão de bombeamento, consumo e perdas do concreto. Outra
vantagem é a possibilidade de execução próximo a divisas, diminuindo excentricidades entre
as cargas dos pilares e o centro da estaca.
Em conformidade com Jacinavicius e Bumrad (2011) esse método permite a execução
das estacas em solos coesivos ou arenosos e abaixo do lençol freático devido a hélice não ser
retirada em nenhum momento no decorrer da perfuração.
De acordo com a capacidade de cargas dessas estacas, Antunes e Tarozzo (1996)
estabeleceram que para diâmetros de 275, 350, 400, 425, 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 mm
as cargas usuais são, respectivamente, 25 – 35, 35 – 50, 50 – 65, 55 – 70, 70 – 100, 110 – 140,
155 – 190, 200 – 250, 255 – 310, 315 – 390 tf.
Figura 13. Método executivo da estaca tipo hélice contínua. Disponível em: http://www.geofix.com.br/servico-
ehc.php. Acesso em: 08 mai. 2016.
Estacas injetadas são caracterizadas pelo pequeno diâmetro que, com auxílio de tubos
de revestimento recuperados, são perfuradas e preenchidas com argamassa de cimento e areia
ou nata de cimento. Podem ser classificadas como estacas raiz ou microestacas, dependendo
do processo executivo (Gotlieb, 2010 apud Jacinavicius e Bumrad, 2011).
42
Como citado por Alonso (1996) as estacas injetadas diferenciam das demais por:
possibilidade de serem executadas com maiores inclinações (0 a 90º); geralmente possuem
uma densidade de armadura superior às estacas de concreto armado, pois o processo de
execução possibilita atingir grandes profundidades e terrenos de alta resistência, conferindo-
lhes maior nível de carga transmitida ao solo por atrito lateral; podem ser usadas com a
mesma carga de trabalho à tração e à compressão (fuste conveniente armado).
Para Melhado et. al. (2002), estaca raiz é uma estaca de diâmetros reduzidos
concretada in loco, onde a perfuração é feita por rotação ou rotopercussão, em direção vertical
ou inclinada. A perfuração é processada com um tubo de revestimento e o material escavado é
eliminado de forma contínua por água, lama betonítica ou ar que quando aplicada através do
tubo elimina pelo espaço entre o tubo e o terreno.
De acordo com Joppert Junior (2013) os processos executivos podem ser resumidos
em três passos, sendo o primeiro a perfuração mediante a utilização de perfuratrizes para a
introdução, por meio de rotação, de tubos munidos de uma coroa, mais larga que o diâmetro
externo do tubo, na ponta. Para expelir o material desagregado decorrente da rotação injeta-se
água com pressão na parte interna da tubulação, pelo topo do furo, expulsando o mesmo pelo
espaço entre a face externa do tubo e o terreno. O segundo passo é a armação que pode ser em
feixe ou em gaiola ao longo de toda a estaca. O último passo consiste em introduzir um tubo
de PVC até o final do furo e injetar argamassa de baixo para cima. Ao fim da aplicação, o
topo é fechado com uma tampa ligada a um compressor de ar que injeta golpes de ar
comprimido com pressões de 0,5 a 4 kg/cm² com a simultânea retira dos elementos tubulares
(figura 14).
Como informa Velloso e Lopes (2010) essas estacas possuem algumas
particularidades: não produzem choques nem vibrações; há ferramentas que permitem
executá-las através de obstáculos como rocha ou peças de concreto; possibilita trabalho em
locais restritos; podem ser executadas na vertical ou com inclinação. O autor ainda
complementa sobre os diâmetros internos desse tipo de estaca que são de 17, 22, 27, 32, 37
cm possuindo 3 cm a mais o diâmetro total da estaca acabada. Para cada diâmetro, consegue-
se uma carga usual, respectivamente, de 25, 40, 60, 85, 120 tf.
43
Figura 14. Método executivo da estaca tipo Raiz. Disponível em: http://www.brasfond.com.br/
fundacoes/eraiz.html. Acesso em: 08 mai. 2016.
Como informa Alonso (1996) microestacas são aquelas que se executam com
tecnologia de tirantes injetados em múltiplos estágios (uso de válvulas múltiplas denominadas
“manchetes”) utilizando-se em cada estágio, pressão que garanta a aberturas das “manchetes”
e posterior injeção. Ao contrário das estacas-raiz, usam-se altas pressões de injeção.
Velloso e Lopes (2010) explica o processo executivo e o divide em 3 fases. A
primeira, a perfuração, consiste em um processo rotativo, com circulação de água ou lama
betonítica. O segundo passo é a introdução da armadura em gaiola de vergalhões ou por um
tubo de aço munido de válvulas expansíveis de borracha denominado “manchetes” que servirá
para injetar a calda de cimento sob pressão. O último passo consiste em preencher o espaço
anelar entre as paredes do furo e o tubo de injeção com calda de cimento formando uma
“bainha” (impede o fluxo à superfície da calda de cimento que será injetada sob pressão).
Após isso, injeta-se a calda de cimento sob pressão por meio das manchetes uma a uma,
podendo repetir quantas vezes necessário para atingir a pressão desejada. Depois da série de
injeções, inicia-se o preenchimento do tubo de injeção com argamassa ou calda de cimento
obtendo um fuste irregular e expandido, semelhante a um bulbo de tirante (figura 15).
De acordo com Alonso (1996) esse processo executivo provoca uma melhora na
adesão da estaca no solo devido a formação de diversos bulbos comprimidos pelo solo.
44
Rebello (2008) definiu que para os diâmetros de 10, 12, 15, 16, 20, 25, 31 e 41 cm
obtém-se uma capacidade nominal de, respectivamente, 10 a 15, 10 a 25, 25 a 35, 25 a 45, 25
a 60, 50 a 80, 60 a 110 e 110 a 150 tf - a variação na capacidade é dada pela quantidade de
armação utilizada.
Quando o comprimento da estaca for muito grande, atenção especial deve ser dada à sua
linearidade. Em caso de sobra da estaca, o corte deve ser executado de forma adequada para
evitar danos à estaca.
Velloso e Lopes (2010) cita algumas vantagens das estacas pré-moldada como a
garantia de boa qualidade do concreto e que nenhum agente agressivo encontrado no solo terá
ação sobre a pega e a cura do concreto. Outra vantagem é a segurança na cravação através de
camadas muito moles, onde a concretagem in loco teria problemas.
Sobre as desvantagens desse modelo de estaca, Oliveira Filho (1981, p. 43) descreveu:
Sobre a capacidade de carga de cada estaca, Alonso (1996) definiu para as estacas
confeccionadas por centrifugação os diâmetros de 20, 23, 26, 33, 38, 42, 50, 60 e 70 cm com
as respectivas cargas de 30, 40,50, 75, 90, 115, 180, 250 e 330 tf. Enquanto para as
confeccionadas por vibração, diâmetros de 36, 42 e 52 resistem a carga de 138, 158 e 244 tf.
(a) (b)
Figura 16. Estacas cravadas por percussão (a) / prensagem (b). Fonte: (a)
http://www.estaqueamentothor.com.br/curiosidades/. Acesso em: 08 mai. 2016. / (b) Rebello, 2008, p. 93.
A NBR 6122 (ABNT, 1996) define a estaca tipo Franki sendo um tipo de fundação
profunda que se caracteriza por ter uma base alargada que é alcançada através da introdução
47
Figura 17. Método executivo da estaca tipo Franki. Disponível em: http://construcaomercado.pini.com.br/
negocios-incorporacao-construcao/146/artigo299192-1.aspx. Acesso em: 05 jun. 2016.
A FUNDESP [19-?] definiu: “a estaca Ômega é uma estaca de concreto moldada “in
loco”, com ausência total de vibração ou distúrbios durante a execução e sem a retirada do
solo da escavação comportando-se como uma estaca de deslocamento”.
Almeida Neto (2002) abordou sobre a metodologia executiva das estacas Ômegas e as
comparou com as estacas hélice contínua dizendo serem muito parecidas (perfuração,
concretagem e armadura) diferenciando apenas no processo da perfuração onde a mesma é
executada por cravação do parafuso Ômega por rotação (processo de apafarusamento)
podendo ser utilizado a mesma máquina para as duas estacas (figura 18).
Ainda no pensamento de Almeida Neto (2002, p. 19):
Para essas estacas Velloso e Lopes (2010) caracteriza que dependendo do tipo de solo,
equipamentos, toque e diâmetros utilizados, os diâmetros habituais variam de 30 a 60 cm e as
profundidades podem chegar a 35 metros. As cargas admissíveis podem chegar a 200 tf.
49
2.4.3.2 Tubulões
Para um bom entendimento de sua definição, a NBR 6122 (ANBT, 1996) explicita que
os tubulões são elementos de fundação profunda em forma cilíndrica, onde há descida do
operário na sua fase final. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático).
Pode ter a base alargada ou não. Pode ser executado com ou sem revestimento.
De acordo com Velloso e Lopes (2010) os alargamentos da base são realizados de
maneira que o resultado final da base dispense armadura (adotado ângulo de 60º). Devido à
estabilidade da escavação, dois fatores podem definir a forma da base. O primeiro é o quanto
a base pode ultrapassar lateralmente o fuste e o segundo é quanto à altura do alargamento
(menor que 2 metros).
Alonso e Golombek (1996) recomenda que quando a base do tubulão é apoiada em
solo, quando o tempo entre o término da execução de seu alargamento e a concretagem
ultrapassar o período de 24 horas, uma nova inspeção deverá ser realizada antes da
concretagem. Quando estiver assente em rocha, a pressão admissível deve considerar a
continuidade da rocha, a inclinação e a influência da atitude da rocha sobre a estabilidade.
Alguns padrões de dimensões são pré-estabelecidos, Rebello (2008) diz que o
diâmetro mínimo do fuste é de 70 cm (permitir o trabalho do operário). A base alargada ou
alongada deve ter altura limitada a 2 m.
50
De acordo com Brito (1987 apud Melhado et. al., 2002) consiste em um poço aberto
manualmente ou mecanicamente em solos coesivos, de modo que não haja desmoronamento
durante a escavação, e acima do nível d’água. Quando há tendência de desmoronamento,
reveste-se o furo com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou tubo de aço. O fuste é escavado
até a cota desejada, a base é alargada e posteriormente enche-se de concreto.
Sobre esse assunto, Joppert Junior (2013) afirmou que apesar de necessitar de mão de
obra especializada (poceiros ou perfuratriz rotativa), o tubulão é uma solução atrativa no que
se refere ao aspecto econômico, pois além da mão de obra de escavação ser extremamente
barata, ele é preenchido com concreto simples (sem armação e sem formas) com baixo
consumo de cimento.
Sobre os métodos executivos (figura 19), a ABEF (2012) estabeleceu as seguintes
etapas:
- Locar o centro dos tubulões com piquetes de madeira individuais. Depois, marcar o diâmetro
de cada tubulão com 2 ferros ou 2 pregos ligados por um fio (raio do tubulão);
- Iniciar a escavação com picareta, vanga ou pá em caso manual e em escavação mecânica,
utiliza-se trado rotativo;
No caso da escavação manual, até os primeiros 2 m, retira-se o solo com a pá e joga-a em
volta do tubulão (formação de coroa). Após os 2 m, deve-se instalar o sarilho na boca do
tubulão e prosseguir a escavação retirando a terra com auxílio do balde que é alcançado para
cima;
- Após atingida a cota, em ambos os casos, inicia o alargamento da base de acordo com
projeto;
- Verificação de dimensões, tipo de solo na base e a limpeza do poço;
51
Figura 19. Execução de tubulão a céu aberto. Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/378756/. Acesso em:
19 mai. 2016.
Velloso e Lopes (2010) explica que quando na execução de um tubulão atinge o lençol
d’água deve-se revestir e utilizar ar comprimido, este com auxílio de uma campânula. A
campânula recebe ar comprimido com uma pressão que impede a entrada de água no interior
do tubulão, esta possui um cachimbo para descarga do material escavado. Na fase de
concretagem, é montado um elemento entre a campânula e o revestimento do tubulão que
possui um cachimbo de concretagem. O método de escavação possui algumas variantes sendo
o fuste escavado mecanicamente ou manualmente (figura 20).
De ac ordo com Alonso e Golombek (1996) em solos saturados e em que não seja
possível o esgotamento da água devido ao perigo de desmoronamento das paredes do fuste,
utiliza-se o ar comprimido com auxílio camisas de concreto ou de aço.
Para os solos arenosos, Albiero e Cintra (1996) especifica que a pressão deve ser
ligeiramente superior para compensar as perdas de carga e de ar, assim como também
favorece a estabilidade. Enquanto que para solos argilosos a pressão aplicada pode ser pouco
menor do que a pressão neutra.
52
Figura 20. Método executivo para tubulões pneumáticos. Disponível em: http://pt.slideshare.net/linduart/2013-
tecnologia-construo. Acesso em: 19 mai. 2016.
2.4.3.3 Caixões
exclusivos em obras marinhas, onde serão rebocados, flutuando até o local e afundados. O
terceiro e último caso são os caixões pneumáticos, geralmente em concreto armado,
construídos sobre uma carreira, à margem da água ou sobre flutuadores e rebocados em
seguida até o local onde serão afundados. Seu diferencial é possuir uma grande câmara de
trabalho que será ligada à superfície por compartimentos circulares estanques, fixados nas
câmaras de compressão. Fixa-se as campânulas e os operários podem descer e realizar o
preparo da fundação.
Silva (1993) confirma que a mudança no uso de uma edificação pode causar acréscimo
de carga não previsto em projeto, podendo causar recalques por adensamento de solos
compressíveis pouco permeáveis, deformação de solos granulares e por ruptura do solo ou do
próprio elemento de fundação. Essas mudanças podem tanto ser verticais, como a utilização
de um prédio residencial para um deposito de materiais ou implantação de piscinas em
terraços, assim como podem ser horizontais, como na ampliação de prédios já existentes sem
implantação devida de juntas de dilatação.
54
Sobre a situação acima, Carvalho (2010) diz que são comuns em prédios comerciais e
industriais onde surgem alterações das funções que tinham sido projetadas ou pelo incremento
de novas instalações para desenvolvimento de outras atividades, provocando um aumento das
cargas nas fundações.
A NBR 6120 (ABNT, 1980) estipula valores mínimos de sobrecargas verticais
atuando no piso do edifício de acordo com cada tipo de utilização.
Definida pela NBR 6122 (ABNT, 1996), a capacidade de carga é uma “força aplicada
sobre a estaca ou o tubulão isolado, provocando apenas recalques que a construção pode
suportar sem inconvenientes e oferecendo, simultaneamente, segurança satisfatória contra a
ruptura ou o escoamento do solo ou do elemento de fundação”.
Uma fundação corretamente dimensionada deve apresentar segurança em relação ao
colapso do solo (estados limites último) e os deslocamentos em serviço aceitáveis (estados
limites de serviço). Diante disso, deve-se analisar a capacidade de carga do solo para
satisfazer essas condições (Velloso; Lopes, 2010).
Segundo Campos (2015), existem vários meios para se calcular a capacidade de carga
no solo decorrente de elementos cravados ou moldados in loco que transmitem resistência
lateral ou de ponta. Esses métodos simulam o comportamento real do solo e são classificados
por:
- Teóricos ou racionais – utilizam parâmetros do solo e equações matemáticas que simulam a
capacidade de carga;
- Semiempíricos – baseiam em resultados de ensaios in loco (exemplo: SPT);
- Empíricos – a capacidade de carga é estimada com base na classificação das camadas que a
sondagem atravessa e apresenta uma estimativa grosseira.
Será representado neste trabalho, apenas o método semiempírico e que ganha destaque
os métodos de Aoki-Velloso e o método Décourt-Quaresma por serem de uso mais corrente
nos cálculos de capacidade de carga de estacas no Brasil. “São considerados métodos semi-
empíricos aqueles em que as propriedades dos materiais são estimadas com base em
correlações e são usadas em teorias de Mecânica dos Solos, adaptadas para incluir a natureza
semi-empírica do método” (NBR 6122, ABNT, 1996, p. 8).
A capacidade de carga de uma estaca é definida pela expressão (3):
Padm = PL + PP (3)
PL= U ∑ (∆l. RL) (3.1)
PP= AP.RP (3.2)
Sendo:
PR: carga de ruptura, ou capacidade de carga de uma fundação em estaca;
PL: parcela da carga de ruptura devido ao atrito lateral solo-estaca desenvolvido ao longo do
fuste da estaca (capacidade de carga do fuste);
PP: parcela da carga de ruptura resistida pela ponta da estaca (capacidade de carga de ponta);
56
Resultando em (5):
Schnaid (2000) relatou que o método foi desenvolvido inicialmente para estacas pré-
moldadas em concreto apenas, e somente depois, abrangeu outros tipos de estacas como as
escavadas em geral, injetadas e hélice contínua. Segundo o método de Decourt e Quaresma
(1978) apud Velloso e Lopes (2010), um primeiro estudo diz que as resistências de ponta e
lateral são calculadas, respectivamente, pelas expressões (4.3) e (4.4):
RP= CN (4.3)
RL= Ntabela (4.4)
Sendo:
C: coeficiente que relaciona a resistência de ponta com o valor de NP – tabela 6;
58
Tabela 6 - Valores de C.
O estudo foi destinado a estacas pré-moldadas, mas também é valido para estacas tipo
Franki, Strauss (com ponta de argila) e escavadas. Procurando aperfeiçoar o método, Décourt
e Quaresma propuseram: a resistência de ponta continua igual enquanto a resistência lateral
segue conforme a expressão (4.5):
RL= Nmédio + 1 (4.5)
3
Sendo:
Nmédio: média dos valores de NSPT ao longo do fuste.
Fd: coeficiente de segurança para evitar recalques excessivos (igual a 1 para o atrito lateral e
2,5 para a resistência de ponta);
Fw: coeficiente de segurança relativo a carga de trabalho da estaca (igual a 1,2).
Com isso, temos:
• para a resistência 1atera1: F= 1,1x1,0x1,0x1,2 = 1,32 ≈ 1,3
• para a resistência de ponta: F= 1,35 x 1,0 x 2,5 x 1,2 = 4,05 ≈ 4,0
Então, a carga admissível de uma estaca será encontrada pela expressão (6):
Qadm = Rp. As + RL. AL. H (6)
1,3 4,0
Sendo:
As: área da sessão da ponta
AL: área lateral
H: altura da estaca
Tabela 8. Dimensão da estaca utilizando as capacidades máximas admitidas para cada tipo de
estaca.
Tipo de estaca Capacidade máxima (tf) Diâmetro (cm)
Broca 5; 7 e 10 20; 25 e 30
Strauss 15; 25; 35 e 50 25; 32; 38 e 45
Hélice contínua 25 – 35; 35 – 50; 50 – 65; 27,5; 35; 40; 42,5; 50; 60;
55 – 70; 70 – 100; 110 – 70; 80; 90; e 100
140; 155 – 190; 200 – 250;
255 – 310; 315 – 390
Raiz 25, 40, 60, 85, 120 17, 22, 27, 32, 37
Microestaca 10 a 15, 10 a 25, 25 a 35, 10, 12, 15, 16, 20, 25, 31 e
25 a 45, 25 a 60, 50 a 80, 41
60 a 110 e 110 a 150
60
Prémoldadas 30, 40,50, 75, 90, 115, 20, 23, 26, 33, 38, 42, 50,
(centrifugação) 180, 250 e 330 60 e 70
Prémoldadas 138, 158 e 244 36, 42 e 52
(Vibração)
Franki 45, 55, 80, 130 e 170 30, 35, 40, 52 e 60
Omega Até 200 30 a 60
Fonte: Valores retirados do próprio trabalho.
Rebello (2008) prescreve que caso haja necessidade de calcular a armação usa-se a
expressão(7):
ρ = (2 x P x Ac x fck) (7)
(F’y x Ac)
Sendo:
ρ = Taxa de armação do corpo da estaca - ρ = Aaço / Aconc
Ac = área da seção transversal da estaca
fck = resistência característica do concreto usado na estaca
F’y = tensão de escoamento a compressão do aço usado na estaca (para CA-50, usa-se 4200
kgf/cm²)
- Se P ≤ 0, usa-se armadura mínima Af = 0,5% x Ac
Rebello (2008) explica que o tubulão transmite a maior parte da carga pela sua base,
porém pode também considerar o efeito do atrito lateral do tubulão após 1,5 m de
profundidade:
- Dimensionamento da base: Ab = P
σs
Sendo:
Ab = área da base, que pode ser circular ou falsa elipse (semicírculo e retângulo)
P = carga sobre o tubulão
- Armação da base = para que o tubulão não necessite de armação na sua base, deve-se prever
um ângulo de inclinação maior ou igual a 60º, para obter o ângulo H= 0,87 x Db. (Figura 21).
Figura 21. Demonstração das dimensões de um tubulão. Fonte: Rebello, 2008, p. 219 [modificado]
- Dimensionamento do fuste: Af = P
σconcr
Sendo:
Af = área do fuste
P = carga atuante
3 DESENVOLVIMENTO
3.2 Discussões
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPELLO, A. et. al. Patologia das fundações. 2010. Trabalho de conclusão de curso
(Graduação em Engenharia Civil) - Curso de Engenharia Civil. Faculdade Anhanguera
de Jundiaí, Jundiaí, 2010.
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de Janeiro: LTC – Livros técnicos e científicos editora S. A, 1996.
HACHICH, W. et al. Fundações: teoria e prática. In Albiero e Cintra. São Paulo: Pini, 1996.
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