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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


Câmpus Guarapuava

Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes

Leandro Henrique da Silva RA: 2081512


Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
02/07/2021

Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação NBR 16605


da massa específica

Condições necessárias para o ensaio:


- A amostra precisa ser ensaiada da maneira em que foi recebida, caso contrário se a amostra
apresentar corpos estranhos, então a amostra deve ficar na sala de ensaios com antecedência
para que proporcione a estabilização de sua temperatura com o ambiente;

- O frasco volumétrico de Le Chatelier deve ser de vidro de borossilicato com capacidade de


250cm³ até a marca zero da escala;

- O frasco deve ter a escala com graduação que permita leituras com resolução de 0,05cm³;

- O frasco deve ter a escala calibrada à temperatura de (20±1)ºC;

- A balança deve ter determinação da massa com resolução de 0,01g;

- O termômetro deve ter uma resolução melhor ou igual a 0,05ºC;

- O banho regulador deve ter altura suficiente para conter os frascos volumétricos submersos até
a marca de 24cm³;
Materiais necessários:
- Reagente (ex: xilol, querosene ou nafta, livres de água);
- Cimento Portland (aproximadamente 60g).

Equipamentos necessários:
- Frasco Volumétrico de Le Chatelier;
- Balança;
- Recipiente;
- Funis;
- Termômetro;
- Banho termorregulador;
- Aparelho automático.

Passo a passo para a realização do ensaio:


- É necessário preencher o frasco com ajuda do funil de haste longa, com o reagente, até o nível
de a zero e 1cm³;

- Secar a parte interior do frasco, a cima do nível do líquido;

- Após, é preciso posicionar o frasco no banho de água, de modo que fique na vertical e manter
ele submerso no mínimo 30 min, para que haja a equalização das temperaturas dos líquidos do
frasco e do banho. A temperatura da água tem que ser constante nos limites definidos (intervalo
de 0,5ºC durante o ensaio) e aproximadamente igual à temperatura ambiente;

- Anotar a primeira leitura (V1) com aproximação de 0,1cm³;

- Adotar uma massa do material em ensaio, com uma aproximação de 0,01g, que gere um
deslocamento do líquido no intervalo entre 18cm³ e 24cm³, da escala graduada no frasco de Le
Chatelier;
- Colocar o material em porções pequenas no frasco, com ajuda do funil de haste curta, tomando
cuidado para que o material não se acumule nas paredes internas do frasco, acima do nível do
líquido. Um aparelho vibrador pode ser utilizado para que haja a aceleração do processo de
introdução do material a ser ensaiado no frasco;

- Vedar o frasco e girar o mesmo em posição inclinada, ou de modo suave em círculos horizontais,
até que bolhas de ar não subam até a superfície do líquido;

- Introduzir novamente o frasco no banho de água de modo que fique na vertical e manter o mesmo
submerso no mínimo 30 min, para que haja a equalização das temperaturas dos líquidos do frasco
e do banho. A temperatura da água tem que ser constante nos limites estabelecidos (intervalo de
0,5ºC durante o ensaio) e aproximadamente igual à do ambiente;

- Anotar a leitura final (V2) com aproximação de 0,1cm³.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


A massa especifica de um material é a razão entre a sua massa e o seu volume e se dá por:
ρ = M/Vf – Vi
O volume inicial encontrado pela equipe que realizou este ensaio e que foi utilizado como base
para encontrar os resultados esperados foi de 0,3 cm³ e o volume final 20,3 cm³ para uma amostra
de 60g. Realizando o cálculo, foi obtida massa específica de 3,00g/cm³.

O resultado encontrado tem que ser a média de duas determinações, de modo que a diferença dos
valores não seja maior do que 0,01mg/m³. O resultado tem que ser expressado com três algarismos
e tem que estar entre 2,85g/cm³ e 3,20gcm³.

Considerações finais:
- Repetitividade: a diferença entre dois resultados individuais, obtidos a partir de uma mesma
amostra submetida ao ensaio por um operador empregando um mesmo equipamento em um curto
intervalo de tempo, não pode ser maior que 0,02g/cm³;
- Reprodutibilidade: a diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos a partir
de uma mesma amostra submetida ao ensaio, por dois operadores em laboratórios diferentes em
um curto intervalo de tempo, não pode ser maior que 0,03g/cm³.
-O resultado do ensaio foi aceitável, uma vez que a massa especifica encontrada foi de 3,00g/cm³.
Valor que se encontra entre 2,85g/cm³ e 3,20gcm³, que são determinados pela norma;
- A NBR 16650 foi a substituta das NBRs 23 e 6474.

Fontes de consulta:
RELATÓRIO REFERENTE AO ENSAIO MASSA ESPECIFICA DO CIMENTO PORTLAND.
Orientador: Desconhecido. 2018. 9 f. Relatório (Engenharia Civil) - Centro Universitário Estácio,
Salvador, 2018. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/41950545/relatorio-massa-
especifica-do-cimento. Acesso em: 3 jul. 2021.
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Câmpus Guarapuava

Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes
Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
08/07/2021

Cimento Portland - Determinação da finura por meio da NBR 11579


peneira 75 µm (nº 200)

Condições necessárias para o ensaio:


- Para a aplicação dessa norma, é preciso consultar a EB-22 - Peneiras para ensaio com
telas de tecido metálico – Especificação;

-O peneiramento manual tem que ser realizado por um operador qualificado;

- A balança deve conter resolução de 0,01g;

- A peneira a ser utilizada no ensaio deve ser a peneira 75µm que deve estar de acordo
com a EB-22 dita anteriormente. Fazem parte do conjunto aplicado para o peneiramento
manual o fundo e a tampa;

- Possuir dois pincéis, um de tamanho médio e outro de tamanho pequeno, onde o médio
possui cerdas de náilon ou naturais de largura de 30mm a 35mm. O de tamanho menor
deve possuir cerdas naturais com diâmetro de 5mm a 6mm;

- O bastão é produzido através de um tubo de PVC, com medidas de 250 mm de


comprimento e 20 mm de diâmetro para ajudar na retirada do material fino aderido à tela
da peneira;

- O relógio de laboratório ou cronômetro tem que ter uma resolução de 1 s;

- O vidro-relógio tem que ter um diâmetro de 100 mm;

- O peneirador aerodinâmico deve possuir os requisitos presente na norma NBR 11579.

Materiais necessários:
- Cimento Portland;

Equipamentos necessários:
- Balança;

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- Conjunto de peneiramento (peneirador aerodinâmico e peneira);
- Pincéis;
- Bastão;
- Flanela;
- Registrador de tempo;
- Vidro-relógio;
- Recipiente;
- Martelo de acrílico.

Passo a passo para a realização do ensaio:


 Procedimento manual:
- Peneiramento para eliminação de finos: A peneira quem que estar seca, limpa e
encaixada no fundo. Deve ser colocado cerca de (50 ± 0,05)g de cimento em cima da tela
da peneira. Em seguida, o operador deve fazer um movimento suave de vaivém no sentido
horizontal, de modo que o cimento se espalhe em cima da superfície da tela. É importante
frisar que se deve evitar qualquer perda de material. Peneirar até que os grãos mais finos
passem quase que totalmente pelas malhas da tela, o que geralmente ocorre no intervalo
entre 3 min e 5 min;

- Etapa intermediária: Nesta etapa, é preciso tampar a peneira, retirar o seu fundo e dar
leves batidas no exterior do caixilho através do bastão de modo que as partículas aderidas
na tela e ao caixilho da peneira desgrudem. Após, é preciso limpar com a ajuda do pincel
médio a superfície inferior da tela da peneira e depois deve-se encaixá-la no fundo após a
limpeza do mesmo com a flanela. Depois, é necessário retirar a tampa e continuar o
peneiramento com movimentos suaves de vaivém na horizontal, entre 15 min a 20 min,
girando o conjunto e limpando a tela com o pincel médio em intervalos constantes. O
material tem que se movimentar de forma que se espalhe uniformemente por toda a
superfície da tela. Ao final do período, deve-se colocar a tampa e depois limpar a tela e o
fundo como mostrado antes. O material que passar deve ser desprezado no ensaio;

- Peneiramento final: É necessário colocar a tampa e o fundo na peneira, após, segurar o


conjunto de modo que o mesmo fique ligeiramente inclinado e fazer movimentos rápidos
de vaivém no tempo de 60s, girando o conjunto de 60º a cada 10s. Após esse período é
preciso limpar a tela da peneira com a ajuda do pincel médio, depois recolher todo o
material e transferi-lo para o fundo. Deve-se unir todo o material passante acumulado no
fundo, recolhendo todos os grãos nele contidos com a ajuda do pincel pequeno e
passando eles para o vidro-relógio, de modo que seja pesado com uma precisão de 0,01g.
Se a massa do material passante for maior que 0,05g, deve-se desprezá-la. Esta etapa do
ensaio deve ser repetida até que a massa de cimento que passa durante um minuto de
peneiramento contínuo seja inferior a 0,05g, ou seja, 0,1% da massa inicial;

- Transferência do resíduo: O cimento acumulado na peneira tem que ser movido para o
vidro-relógio para que seja pesado, sempre tomando a precaução de limpar os dois lados
da tela com a ajuda do pincel médio para que haja garantia da remoção e a tomada de
todo o material retido pela peneira. A pesagem desse resíduo tem que ser feita com uma
precisão de 0,01g;

 Procedimento mecânico
- Peneiramento: É necessário conectar a peneira ao peneirador aerodinâmico, lembrando
de ter o devido cuidado para garantir a total vedação no contato entre ambos. Após, deve-

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se ajustar a pressão de sucção para 1960Pa;

- Após, pesar (20 ± 0,02)g do material e transferir o mesmo pela tela da peneira, dividindo-
o de modo circular para que a tampa, quando fechada, não o toque. Em seguida, tampar a
peneira corretamente fazendo uso do anel de vedação;

- Nesta etapa, deve-se acionar o peneirador aerodinâmico, ajustando o tempo de ensaio


para 3 min. Ao decorrer dos primeiros segundos do ensaio uma grande quantidade de
amostra gruda na tampa da peneira e para desprender esta quantidade de amostra, é
preciso utilizar o martelo acrílico, golpeando a alça da tampa com golpes leves, porém com
alta regularidade até que a amostra se solte;

- Depois do término do peneiramento, retirar todo o resíduo e colocar em um recipiente,


evitando que qualquer perda do material ocorra. Após, a tela deve ser limpa com a
assistência dos pincéis, realizando movimentos circulares da beirada para o centro,
recuperando todo o material que estavam grudados e logo em seguida, mover todo o
resíduo para o vidro-relógio e pesar com uma precisão de 0,01g.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):

Os resultados obtidos pelo trabalho em análise foi realizado em duas amostras, ambas
com o peso inicial de 50g. A primeira amostra teve o peso retido de 3,4g e a segunda teve
peso retido de 17,8g. Calculando o índice de finura através da fórmula:

F = R x C * 100/M

O índice de finura obtido da primeira amostra foi de 6,8%, já o índice de finura da segunda
amostra foi de 35,6%.

Considerações finais:
- Repetibilidade: A diferença entre dois resultados individuais obtidos, a partir de uma
mesma amostra submetida ao ensaio e por um mesmo operador utilizando o mesmo
equipamento em curto intervalo de tempo, não deve ultrapassar 0,4% em valor absoluto;

- Reprodutibilidade: A diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos


por dois operadores, operando em laboratórios diferentes a partir de uma mesma amostra
submetida ao ensaio, não deve ultrapassar 0,8% em valor absoluto;

- Ao final do ensaio que foi analisado para a realização deste trabalho, o aluno observou
que os resultados obtidos não foram satisfatórios, pois as amostras apresentaram uma
diferença significativa de índice de finura. Nota-se que o resultado da segunda amostra foi
elevado, com o índice de finura obtido sendo maior que 35%.

Fontes de consulta:
ROSÁRIO DA LAPA MOREIRA, ARTHUR. DETERMINAÇÃO DA FINURA DO CIMENTO POR MEIO
DA PENEIRA 75 µm (Nº 200) – NBR 11579:1991. 2012. 10 f. Dissertação (Bacharelado em
Engenharia Civil) - Centro Universitário Luterano de Palmas, [S. l.], 2012. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/6013352/relatorio-de-ensaio-cimento-portland-finura-nbr-

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11579. Acesso em: 8 jul. 2021.

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Câmpus Guarapuava

Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes
Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
11/07/2021

Cimento Portland – Determinação dos tempos de pega NBR 16372

Condições necessárias para o ensaio:


- Para a realização deste ensaio deve-se seguir as condições estabelecidas na NBR
16372, em que o laboratório deve ter uma temperatura de (24±4)°C e a umidade relativa
do ar não pode ser maior do que 70%, assim como os aparelhos também devem estar com
a mesma temperatura ambiente.

Materiais necessários:
- Reagente (mercúrio);
- Cimento Portland;
- Discos circulares de papel-filtro (porosidade média);
- Graxa leve.
Equipamentos necessários:
- Aparelho de permeabilidade Blaine;
- Célula de permeabilidade;
- Disco perfurado;
- Êmbolo;
- Manômetro;
- Líquido manométrico;
- Cronômetro;
- Balanças;
- Paquímetro;
- Termômetro;
Passo a passo para a realização do ensaio:
- O primeiro passo é homogeneizar a massa que será usada no ensaio por cerca de 1mim
a 2 mim em um recipiente para dispersar os aglomerados. Após 30s de descanso mexer o
pó delicadamente com uma haste limpa e seca para distribuir os finos do cimento;

- Determinar a massa específica, ρ, de acordo com a ABNT NBR NM 23;

- Para obtenção de uma camada compactada adequada, a massa do cimento utilizada no


ensaio é calculada segundo a expressão: m V 1 = − (1 ε ρ);

- Onde m1 é a massa do cimento, expressa em gramas (g), ρ é a massa específica do


cimento, expressa em gramas por centímetros cúbicos (g/cm3), V é o volume da camada

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compactada, expresso em centímetros cúbicos (cm3), ε é porosidade da camada que
depende do tipo de cimento e deve ser escolhida por tentativas, de maneira que a camada
seja facilmente compactada. Pode-se tomar o valor de 0,500 como ponto de partida;

- Em seguida pesar a quantidade de material calculado conforme a expressão anterior,


colocar o disco perfurado sobre a borda, no fundo da célula, e sobre o mesmo um disco de
papel-filtro novo;

- Cuidar para que o papel-filtro cubra o disco perfurado, pressionando com uma haste seca
e limpa;

- Colocar a quantidade de cimento m1 na célula, tomando cuidado para não haver perdas;

- Executar leves movimentos para que a camada de cimento fique nivelada dentro da
célula, com o cimento nivelado coloque suavemente o segundo papel-filtro. Inserir o
êmbolo o pressionando suave, mas firmemente até que a face inferior da cápsula esteja
em contato com a célula, retirar vagarosamente o êmbolo cerca de 5mm, girar cerca de
90° e pressionar a camada mais uma vez até que o capuz esteja em contato com a célula,
o êmbolo deve ser retirado vagarosamente e a camada está compactada e pronta para o
ensaio;

- Use uma fina camada de graxa no topo do manômetro para garantir a estanqueidade,
feito isso insira a superfície cônica da célula no topo do manômetro. Feche o topo do
cilindro com um tampão. Abrir o registro e, por meio de aspiração, levantar o nível do
líquido manométrico para a marca mais alta;

- Feche o registro e observar se o nível do líquido manométrico permanece constante. Se o


nível cair refazer a junta célula/manômetro e verificar o registro;

- O teste de vazamento deve ser repetido até que o nível do líquido manométrico não
desça. Abrir o registro e ajustar o nível do liquido a linha mais alta, por aspiração. Fechar o
registro. Remover o tampão do topo do cilindro vagarosamente. Neste momento o líquido
manométrico deve começar a fluir;

- Marcar os tempos em que o liquido atingira a segunda e terceira linhas, registre o tempo t
com aproximação de 0,2s e a temperatura com aproximação de 1°C;

- Preparar uma nova camada do mesmo cimento com outra porção da amostra, seguindo o
mesmo procedimento, e executar outra determinação do ensaio de permeabilidade.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


Através dos resultados obtidos pelo trabalho em análise, pode-se observar a existência de
4 módulos de finura, este sendo: o retido na peneira 200 (300±50 m2/kg), o retido na
peneira 400 (800±70 m2/kg), o passante na peneira 400 (1375±50 m2/kg) e por fim o que
foi moído em 7h (1800±150 m2/kg). A exceção se deve pela CAN #400 que apresenta um

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resultado que difere dos demais. Pode-se observar pelos dados apresentados que o
peneiramento e a moagem realizados nas amostras foram bem sucedidos, uma vez que os
procedimentos utilizados tinham como objetivo obter resultados superiores a 1700 m2/kg
para as cinzas moídas por 7h.
Considerações finais:
- Repetibilidade: A diferença entre dois resultados individuais obtidos a partir de uma
mesma amostra submetida ao ensaio por um mesmo operador, utilizando o mesmo
equipamento em curto intervalo de tempo, não deve ultrapassar 3,4% de sua média;

- Reprodutividade: A diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos


por dois operadores, operando em laboratórios diferentes, a partir de uma mesma amostra
submetida ao ensaio, não pode ultrapassar 6,0% de sua média.

Fontes de consulta:
BORBA DE BARROS GÓES, PABLO. ANÁLISE DA POZOLANICIDADE POR MEIO DA DIFRAÇÃO DE
RAIO-X EM PASTAS DE CIMENTO PORTLAND E COM SUBSTITUIÇÃO POR CINZA DO BAGAÇO
DE CANA-DEAÇÚCAR. Orientador: D.Sc. Antônio Acacio de Melo Neto. 2016. 91 f. Dissertação
(Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Pernambuco, [S. l.], 2016. Disponível
em:
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/20407/1/Disseta%C3%A7%C3%A3o.Pablo.final.pdf.
Acesso em: 11 jul. 2021.

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Câmpus Guarapuava

Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes
Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
11/07/2021

Cimento Portland – Determinação dos tempos de pega NBR 16607

Condições necessárias para o ensaio:


- O laboratório de ensaios deve estar de acordo com a ABNT NBR 16606;

- A câmara úmida deve ser capaz de preservar a temperatura do ar ambiente no intervalo


de (23 ± 2)°C e a umidade relativa do ar maior que 90 %. A conservação em câmara úmida
pode ser trocado por um banho de água que possa manter a temperatura a (23 ± 2)°C, no
qual os corpos de prova precisam ser imersos durante todo o período do ensaio;

Materiais necessários:
- Reagente (água destilada ou deionizada).

Equipamentos necessários:
- Aparelho de Vicat (montado com a agulha correspondente ao tempo de pega);
- O equipamento de referência é o especificado na ABNT NBR 16606.

Passo a passo para a realização do ensaio:


- Para a preparação da amostra de cimento, é necessário que a mesma seja ensaiada da
forma como foi recebida, a não ser que seja notada a presença de corpos estranhos no
material. Caso a amostra apresente corpos estranhos, é necessário que seja peneirada em
peneira com abertura de malha de 150 μm;

- A preparação da pasta de consistência normal e também o enchimento dos moldes para


a determinação dos tempos de pega devem ser feitos baseados na NBR 16606.

- Logo após o molde com a pasta de cimento ser enchido, ele deve ser armazenado em
uma câmara úmida;

- Depois, é preciso verificar se a agulha de Vicat está instalada de maneira certa no


aparelho para a realização do ensaio. Caso o aparelho seja manual, é necessário antes de
qualquer leitura, abaixar a agulha da haste móvel até que ela toque a placa-base, fora do
molde;

- Após, é preciso ajustar o indicador na marca zero da escala ou registrar a leitura inicial;

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- Passado um tempo mínimo de 30min logo depois do enchimento do molde, deve-se
colocá-lo com a placa-base no aparelho de Vicat e logo em seguida, abaixar a agulha até o
momento em que entre em contato com a pasta;

- Esperar de 1s a 2s nesta posição, impossibilitando qualquer movimento sobre as partes


móveis, para que a agulha parta do repouso. Largar as partes móveis de modo que a
agulha entre verticalmente na pasta. Em seguida, ler a indicação na escala 30s depois do
instante em que a agulha foi solta;

- A próxima etapa é registrar a leitura na escala e o tempo contado no momento em que a


água e o cimento entram em contato. É preciso refazer o ensaio de penetração no mesmo
corpo de prova, porém em posições separadas que estejam a uma distância de no mínimo
10mm da borda do molde e entre elas, e também a intervalos de tempo de 10min.

- Entre os ensaios de penetração, o molde incluindo a pasta precisa ser mantido na


câmara úmida;

- O próximo passo deverá ser a limpeza da agulha de Vicat logo em seguida de cada
penetração e logo depois, deve-se registrar os resultados de todas as penetrações e por
interpolação determinar o tempo em que a distância entre a agulha e a placa-base é de (6
± 2)mm. A exatidão necessária tem que ser de 5min e pode ser garantida diminuindo o
intervalo de tempo entre determinações sucessivas, à medida que se aproxima o final do
ensaio.

- Depois é necessário trocar a agulha de Vicat para que haja a definição do tempo de início
de pega pela agulha de Vicat e assim ocorra a determinação do tempo de fim de pega;

- Em seguida, deve-se inverter o molde cheio sobre sua placa-base, de modo que os
ensaios para a determinação do fim de pega sejam feitos na face inversa do corpo de
prova, que estava originalmente em contato com a placa-base.

- Os intervalos de tempo entre os ensaios de penetração podem ser aumentados para até
30min. E em seguida, registrar com aproximação de 15min, o tempo utilizado a partir do
instante zero, até que a agulha penetre pela primeira vez apenas 0,5mm na pasta, como
tempo de fim de pega do cimento.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


Os resultados de tempo de início de tempo de pega devem ser expostos em minutos,
tendo uma aproximação de 5 minutos. Esse método de ser utilizado para o fim de pega, no
entanto com aproximação de 15 minutos.

Os resultados obtidos pelo trabalho em análise, foram para início de tempo de pega
3h30min e para o fim de pega 4h15min, estando dentro dos padrões.

Considerações finais:
- Repetitividade: A diferença entre dois resultados individuais, obtidos a partir de uma
mesma amostra submetida ao ensaio, por um operador empregando um mesmo
equipamento em um curto intervalo de tempo, não pode ser maior que 30 min;

- Reprodutibilidade: A diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos

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a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, por dois operadores em laboratórios
diferentes em um curto intervalo de tempo, não pode ser maior que 60 min.
Fontes de consulta:
OHANA COELHO LIMA, THAMIRES. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DO CONCRETO
E DAS PROPRIEDADES FÍSICO, QUÍMICO E MINERALÓGICAS DOS AGREGADOS
ALTERNATIVOS UTILIZADOS. Orientador: Profa. Dra. Gioconda Santos e Souza Martinez. 2018. 50
f. Dissertação (Bacharelado em Engenharia Civil) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA, Boa
Vista/RR, 2018. Disponível em:
http://ufrr.br/engcivil/index.php?option=com_phocadownload&view=category&id=30:tccs-2018/.
Acesso em: 11 jul. 2021.

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Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
09/07/2021

Cimento Portland – Determinação da resistência à NBR 7215


compressão de corpos de prova cilíndricos

Condições necessárias para o ensaio:


- O cimento deve conservado em recipiente não reagindo com o cimento. O recipiente tem
que ser vedado para que haja a pré-hidratação do cimento;

- O desmoldante não pode reagir com o cimento;

- O material para capeamento deve ser feito a partir da fundição do enxofre ou mistura de
enxofre com caulim, pozolanas, quartzo em pó ou outras substâncias, em proporções tais
que não afetem no resultado do ensaio;

- O molde possui uma fôrma cilíndrica e base rosqueada, as duas devem ser feitas de
metal não corrosivo. A superfície interna da fôrma cilíndrica deve ser lisa e possuir uma
base com espessura mínima de 3 mm;

- O soquete deve ser feito de material não corrosível;

- A sala do laboratório onde são preparados os corpos de prova, deve possuir a


temperatura do ar, bem como a temperatura dos aparelhos e materiais, de (23 ± 2)°C. A
umidade relativa do ar ambiente não pode ser menor que 50%;

Materiais necessários:
- Areia normal (atendendo a ABNT NBR 7214);
- Água (destilada ou deionizada, estando à temperatura de 23 ± 2 °C;
- Cimento;
- Desmoldante;
- Material para capeamento;

Equipamentos necessários:
- Balanças (resolução de 0,1g ou melhor);
- Misturador mecânico;
- Molde;
- Soquete;

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- Máquina de ensaios de resistência à compressão;
- Paquímetro (escala em milímetros e resolução de no mínimo 0,1mm);
- Régua metálica (não fexível, com borda longitudinal biselada, com 1mm a 2mm de
espessura);
- Espátula metálica (com lâmina de aproximadamente 25mm de largura e 200mm de
comprimento);
- Cronômetro (resolução de 1s);
- Dispositivos para verificar a temperatura e umidade.

Passo a passo para a realização do ensaio:


- Para o preparo dos moldes, antes de ser feita a mistura, os moldes devem estar limpos
para que haja o início da montagem da base com a fôrma cilíndrica. Logo após, deve ser
untada toda a parte interna com desmoldante;

- Para a preparação da argamassa de cimento é necessário que as quantidades de


materiais a serem misturados de cada vez sejam as mesmas mencionadas na Tabela 3 da
NBR 7215;

- Para moldagem dos quatro corpos de prova que serão utilizados para indicar a
resistência à compressão média, para três idades. É preciso realizar dois amassamentos
ou misturas;

- Realizar a mistura mecânica colocando na cuba toda quantidade de água e


acrescentando o cimento.

- Liga-se o cronômetro no instante em que o cimento entra em contato com a água de


mistura e logo após deve ser anotado.

- A mistura destes materiais deve ser feita com o misturador na velocidade baixa, durante
30s.

- Depois dos 30s, e sem parar de misturar, deve-se adicionar a areia normal (quatro
frações de 468g ± 0,3g). Após o término da adição da areia, é preciso mudar para a
velocidade alta, misturando os materiais nesta velocidade durante 30s.

- Depois dos 30s, é preciso desligar o misturador por 90s. Nos primeiros 30s, deve-se
retirar, com a ajuda de uma espátula, a argamassa que ficou acoplada nas paredes da
cuba e na pá, colocando a mesma no interior da cuba. Durante o tempo faltante de 60s, a
argamassa tem que ficar em repouso na cuba. Logo após este intervalo, o misturador deve
ser ligado na velocidade alta por mais 60s;

- Os corpos de prova devem ser moldados após o preparo da argamassa e o mais rápido
possível. A adição da argamassa na fôrma é realizada com a ajuda da espátula, em quatro
camadas de alturas parecidas, cada camada deve levar 30 golpes distribuídos com o
soquete normal.

- Logo após o adensamento da última camada dos corpos de prova, é preciso deixar um
pequeno excesso de argamassa acima da borda superior do molde e depois levar os
corpos de prova até a câmara úmida. Depois de 6h do momento da moldagem, nivelar os

2
corpos de prova com a ajuda da espátula metálica, igualando suas superfícies, de modo
que, fiquem dentro da fôrma até atingirem o período especificado de cura inicial ao ar;

- Ao fim da moldagem, os corpos de prova ainda nos moldes, tem que ser colocados em
câmara úmida, onde devem ficar por um período de aproximadamente 20h à 24h. Os
corpos de prova relacionados às misturas precisam ser agrupados em séries diferentes de
quatro corpos de prova, sendo cada série relacionada a uma idade;

- Finalizado o tempo inicial de cura, os corpos de prova atribuídos à determinação da


resistência em idades maiores que 24h devem ser tirados das fôrmas, classificados e
submersos, separados entre si no tanque de cura com água saturada de cal, onde devem
ficar até o momento da ruptura.

- Para os corpos de prova indicados à determinação da resistência à compressão com 24h


de idade, é preciso proceder com a sua identificação logo após terem sido retirados das
fôrmas. É recomendado que a renovação da água dos tanques de cura seja feita com
frequência mensal.

- Os corpos de prova devem ser resguardados de modo que toda a superfície exterior
continue úmida a partir do momento em que são tirados da câmara úmida ou tanque de
cura e até o instante do ensaio de compressão;

- Os corpos de prova tem que ser ser capeados com enxofre ou então uma mistura de
enxofre a quente, de modo que a camada formada em cada extremidade satisfaça as
condições geométricas e tenha espessura máxima de 2mm;

- Os corpos de prova agora capeados, devem ter ruptura à compressão nas idades
relacionadas para cada tipo de cimento em ensaio, respeitando as tolerâncias indicadas. A
idade de cada corpo de prova é contada a partir do momento em que o cimento é colocado
em contato com a água de mistura, sendo anotada na sua ficha de controle;

- A velocidade de carregamento da máquina de ensaio, ao conduzir a força de compressão


ao corpo de prova, deve ser de (0,25 ± 0,05) MPa/s.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


Os resultados obtidos pelo trabalho em análise, foram calculados através da seguinte
fórmula, e após, se faz uma média dos valores:

Dr = (Rm – Ri)*100

Os traços foram realizados entre 7 e 28 dias, de acordo com as normas. O traço sem
aditivo, gerou uma resistência de 92%, enquanto o com aditivo gerou 82%. Observou-se
uma resistência alta entre os traços. Em relação ao aditivo, o corpo de prova que concebeu
essa substância, obteve uma resistência menor se comparado ao corpo sem aditivo. Uma
diferença aproximadamente de 10%. Foi possível concluir que a resistência do cimento foi
alta. A diferença como dito anteriormente, deu-se apenas por conta do aditivo.

Considerações finais:

3
- Repetitividade: A diferença entre dois resultados finais referentes à mesma idade, obtidos
pelo mesmo operador a partir de uma mesma amostra submetida ao ensaio, utilizando o
mesmo equipamento em curto intervalo de tempo, não pode ultrapassar 10 % da média
entre eles;

- Reprodutibilidade: A diferença entre os dois resultados finais referentes à mesma idade,


obtidos por dois operadores operando em laboratórios diferentes a partir de uma mesma
amostra, não pode ultrapassar 15 % da média entre eles.

Fontes de consulta:
TIEME MACIEL MURAOKA, Sarah. Determinação da Resistência a Compressão do Cimento
Portland e Preparo da mistura e determinação do índice de consistência. Orientador: Isabela
Volski. 2019. 11 f. Dissertação (Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade Tecnológica Federal
do Paraná, Guarapuava, 2019.

4
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Materiais de Construção Civil A

Determinação da Resistência a Compressão do Cimento Portland e


Preparo da mistura e determinação do índice de consistência

Bruna Régio RA:2081350


Larissa Borges RA:2081504
Leandro de Oliveira RA:2081911
Sarah Tieme RA:2081920

Isabela Volski

03 de outubro de 2019

CAMPUS UTFPR-Guarapuava, 03 de outubro de 2019


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1. INTRODUÇÃO

O relatório a seguir visa o estudo do preparo da argamassa, a determinação


do seu índice de consistência e a determinação da resistência à compressão dos
corpos de prova, realizados em laboratório referente à disciplina de Materiais de
Construção Civil A. Os procedimentos foram baseados a partir da NBR 7215 e na
NBR 13276, nas quais encontram-se a metodologia para o desenvolvimento dos
ensaios, obtendo-se assim os resultados.

Os objetivos dos ensaios são a determinação do índice de consistência da


argamassa e logo após determinar a resistência à compressão com os corpos de
prova obtidos com a realização da argamassa feita no primeiro ensaio.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O cimento é um aglomerante imprescindível na argamassa cuja sua
principal função é ser o material ligante. Há uma grande gama de cimentos
disponíveis no mercado que se diferenciam quanto as propriedades que
trazem para o material produzido. Neste ensaio, o cimento utilizado foi o
CPV ARI (Cimento Portland V de Alta Resistência Inicial) cuja principal
peculiaridade é transmitir uma alta resistência nos primeiros dias de
aplicação.
Outro conceito abordado é o de argamassa. Podemos definir a argamassa
como um material obtido a partir da mistura homogênea entre aglomerante,
agregados, água e podendo ou não conter aditivos e adições. A argamassa
apresenta várias utilidades na construção civil dentre elas podemos
destacar o revestimento, assentamento de tijolos e também o rejunte de
revestimento cerâmico.
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Todo o procedimento adotado neste ensaio foi embasado nas normas


vigentes na NBR 13276.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

 Areia, água, cimento;


 Balança;
 Misturador mecânico;
 Molde;
 Soquete metálico;
 Máquina de ensaio de compressão;
 Régua metálica;
 Máquina universal de ensaios (EMIC);
 Aditivo;
 Peneira;
 Cal;
 Espátula.
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Figura 1: Areia e balança

Figura 2: Aditivo superplastificante


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Figura 3: Cimento Portland CP V ARI

Figura 4: Misturador mecânico


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Figura 5: Peneiras

Figura 6: Mesa de índice de consistência


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ENSAIO 1

3.2 Métodos
Para iniciar o ensaio da determinação do índice de consistência foi
necessário pesar os materiais na balança. Seguindo a NBR 13276 os materiais
foram adicionados na seguinte ordem: primeiro a água foi adicionada no
recipiente do misturador e logo em seguida os materiais secos foram
gradativamente colocados (cimento Portland, cal e areia), dentro de um período
de 30 s. Por conseguinte, o misturador foi ligado por 30 s e logo após foi
desligado finalizando assim a argamassa.
Foram realizados quatro traços, três deles com a relação água/cimento
distintas (0,3; 0,4; 0,5 e 0,6) e outro com o aditivo superplastificante.
Posteriormente, foi iniciada a determinação do índice de consistência
na qual foi necessária limpar com o auxílio de um pano umedecido a superfície da
mesa para índice de consistência e o molde. O passo seguinte foi colocar o molde
centralizado sobre a mesa e enche-lo em três camadas sucessivas com alturas
aproximadamente equivalentes e aplicar em cada uma delas respectivamente
15,10 e 5 golpes com o soquete, visando distribui-las de maneira uniforme.
A mesa para índice de consistência foi acionada por 30 s e
imediatamente após a última queda foi necessário medir o diâmetro resultante da
argamassa na mesa três vezes.

 RESULTADOS E ANÁLISES
As medidas obtidas estão na seguinte tabela:
Traço a/c Diâmetro
0,3 250mm
0,4 275mm
0,5 (com aditivo) 357 mm
0,5 290 mm
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0,6 320 mm
Tabela 1: Resultados dos diâmetros obtidos
Analisando a tabela acima é possível notar que nos traços sem aditivos,
com o aumento do traço, consequentemente há um aumento da medida de seu
diâmetro, logo, a sua consistência está ligada de maneira direta com o seu
diâmetro, ou seja, quanto menor seu diâmetro mais densa a argamassa será e
quanto maior seu diâmetro a argamassa apresentará um aspecto de maior
fluidez.
No caso do traço com aditivo, avaliou-se que com sua presença a
fluidez da argamassa é elevada em comparação com o mesmo traço sem aditivo.
Vale ressaltar que o aditivo foi acrescentado em pequenas quantidades e mesmo
assim seu impacto na propriedade da consistência foi muito notório.

5. CONCLUSÃO
A partir da realização do ensaio do índice de consistência da
argamassa foi possível inferir que a consistência deste material varia conforme os
seus traços, a necessidade da sua aplicação e que pode também conter aditivos
para a mudança de algumas propriedade especificas.
Conclui-se então, que os resultados obtidos nos ensaios deste relatório
são satisfatórios com base nas na norma vigente do ensaio realizado. Apesar de
alguns procedimentos dos ensaios realizados terem sofrido uma adaptação, os
resultados finais não diferiram muito do que está presenta na respetiva literatura
do assunto.
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ENSAIO 2

3.2 Métodos

Seguindo as normas vigentes da NBR 7215, o primeiro passo foi a


preparação da argamassa de cimento. Executa-se então a mistura mecânica,
adicionando água e cimento em velocidade baixa por 30s. Coloca-se areia (468 ±
0,3g) gradualmente durante 30s. Repete-se a mistura. Após o repouso, realiza-se
a moldagem dos corpos de prova. Com todo o molde untado com óleo, usamos
uma espátula para colocar a argamassa nos moldes em quatro camadas de alturas,
cada uma com 30 golpes realizados com soquete.

Após a moldagem, os corpos de prova são submetidos a curas,


respectivamente, ar e água. Na cura inicial do ar entre 20 a 24hrs. Terminado esse
período, os corpos são retirados das formas e imersos em um tanque de água
saturada de cal, local aonde permanecem até o momento de ensaio. Dessa
maneira, cada corpo de prova é colocado na máquina de ensaios universal, para a
determinação da resistência a compressão.

4. RESULTADOS E ANÁLISES

O primeiro passo é o cálculo da resistência individual de cada corpo de


prova, a carga de ruptura pela área da seção do corpo. Com esses valores, faz- se
uma média.

O próximo passo é o desvio relativo:

Dr = (Rm – Ri)*100, sendo,

Dr = desvio relativo.

Rm = desvio relativo da média.

Ri = desvio relativo individual.


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O resultado é a resistência média.

Dessa maneira, desenvolveu-se o ensaio com os determinados dados, os


quais calculados e anexados na respectiva tabela abaixo:

Ensaio de resistência à compressão CPV-ARI


Traço Sem Aditivo Traço Com Aditivo
A/C 14 dias 28 dias A/C 7 dias 28 dias
0,3 3,74 4,56 0,4 3,97 4,48
0,5 2,93 3,18 0,5 3,76 4,59
0,6 2,24 2,43
Tabela 2: Resultados de resistência à compressão

Os traços foram realizados entre 7 e 28 dias, de acordo com as normas. O


traço sem aditivo, concebeu uma resistência de 92%, enquanto o com aditivo 82%.
Observou-se uma resistência alta entre os traços. Em relação ao aditivo, o corpo
de prova que concebeu essa substância, obteve uma resistência menor se
comparado ao corpo sem aditivo. Uma diferença aproximadamente de 10%.

5. CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos após o teste de determinação da resistência


à compressão do cimento Portland, conclui-se que a resistência do cimento foi alta.
A diferença como dito anteriormente, deu-se apenas por conta do aditivo. Um valor
elevado para um corpo de prova, o que geraria em uma obra uma resistência alta
para as construções na engenharia civil.

Referências bibliográficas:
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
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 http://moodle.utfpr.edu.br/pluginfile.php/696022/mod_resource/content/0/NBR
%2013276%20-
%202002%20Preparo%20e%20%C3%ADndice%20de%20consist%C3%AAncia.pdf
 http://moodle.utfpr.edu.br/pluginfile.php/696021/mod_resource/content/0/NBR
%207215%20-%20Cimento%20Portland%20-
%20Determina%C3%A7%C3%A3o%20da%20resist%C3%AAncia%20a%20compres
s%C3%A3o.pdf
Ministério da Educação
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Câmpus Guarapuava

Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes
Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
02/07/2021

Cimento Portland – Determinação do calor de hidratação a NBR 8809


partir do calor de dissolução – Método de ensaio

Condições necessárias para o ensaio:


- O calorímetro utilizado deve conter um vaso calorimétrico de 0,50 dm³, com uma boca
larga e com uma rolha de cortiça, que deve ser mantido em um frasco isolado, para que
ele fique seguro e protegido de variações de temperatura. O mesmo deve ser revestido em
seu interior por um material resistente ao ácido fluorídrico;

- O recipiente isolante deve ter uma camada que o isole e seja feito de algodão ou material
parecido e sua espessura deve de ser de no mínimo 25mm;

- O termômetro diferencial ajustável necessita ser do tipo Beckmann graduado de 10^-2ºC


e ter um campo de medida aproximadamente de 6ºC;

- O termômetro de referência deve ter precisão e campo adequado de medida com


divisões de 10^-1ºC;

- O funil deve ser de vidro ou de plástico, possuindo uma haste de 80mm de comprimento
e diâmetro interno de no mínimo 6mm;

- O agitador deve ter uma hélice de poloetileno com três lâminas e deve ser colocado o
mais próximo possível do vaso calorimétrico;

- Almofarizes devem ser de porcelana e bronze de aproximadamente 200mm e 80mm de


diâmetro;

- Os tubos de plástico devem ser do tipo cilíndrico com 80mm de comprimento e 25mm de
diâmetro;

- O pesa filtro deve ter 40mm de altura e 25mm de largura com tampa esmerilhada;

- As peneiras devem ser do tipo 150µm (nº100) e 840µm (nº20);

- Os cadinhos devem ser de porcelana e ter tampas, com capacidade de 30mL;

1
Materiais necessários:
- Água destilada;
- Cimento;
- Reagentes (ácido fluorídrico e ácido nítrico);
- Óxido de zinco;

Equipamentos necessários:
- Calorímetro;
- Recipiente isolante;
- Termômetro diferencial e termômetro de referência;
- Funil;
- Agitador;
- Misturador;
- Câmara;
- Almofarizes:
- Tubos de plástico;
- Estufa;
- Pesa filtro;
- Cronômetro;
- Peneiras;
- Cadinhos;
- Forno de mufla;
- Balança analítica e pesos analíticos;
- Balança;
- Dessecador.

Passo a passo para a realização do ensaio:


- Determinar a capacidade calorífica do sistema, medindo o aumento da temperatura,
obtida ao dissolver 7g do ZnO calcinado, na mistura ácida;

- Colocar aproximadamente 400g da solução de HNO3, que esteja entre 4ºC e 5ºC abaixo
da temperatura ambiente para o vaso de vácuo, adicionar 8mL de HF, pesar e adicionar
uma quantidade de HNO3, para trazer a massa total da solução à 425g;

- Montar o calorímetro e ligar o motor de agitação;

- Extremidade inferior da haste do funil deve se estender aproximadamente até 6mm


abaixo da superfície inferior da rolha e ficar pelo menos a 12mm do nível do líquido;

- A extremidade superior do bulbo do termômetro de Beckmann deve ficar pelo menos a


38mm abaixo da superfície do líquido;

- Após 20 min sendo agitado, anotar a temperatura ambiente da sala com aproximação de
10^-1ºC, a temperatura da mistura ácida com precisão de 10^-2ºC, em seguida,
cronometrar o tempo e no mesmo instante colocar o ZnO através do funil em ritmo
constante;

- Terminar de colocar o ZnO em um intervalo entre 1 min a 3 min e após, com um pincel é
preciso retirar para a parte interior da mistura ácida qualquer vestígio de ZnO que tenha
ficado acoplada à haste do funil;

2
- Ler a temperatura com precisão de 10^-2ºC, de 20 min a 40 min após o início da
introdução da amostra;

- Calcular a diferença da temperatura corrigida através da fórmula oferecida na NR8809;

- Calcular a capacidade calorífica do calorímetro e conteúdo através da fórmula oferecida


na NR8809;

- Se resíduos de ZnO forem encontrados acoplados à ponta do funil ou a rolha, o ensaio


deverá ser reproduzido;

- A capacidade calorífica do vaso de vácuo deve ser determinada novamente quando: um


novo termômetro, agitador ou vaso é utilizado; nova camada protetora é aplicado ao
termômetro, agitador ou vaso; um novo lote de ácido é utilizado; em outras ocasiões
quando, de acordo com o julgamento do operador, fique indicada a sua necessidade.

- Para a preparação da pasta de cimento, deve-se estocar o cimento e a água de mistura


em uma sala com temperatura de 23±2ºC, no mínimo 24h antes do início da preparação da
pasta;

- Misturar 150g de cimento com 60 mL de água destilada;

- Agitar a mistura durante 5min no misturador mecânico;

- Adicionar porções aproximadamente iguais em quatro ou mais tubos de plástico,


enchendo eles até 13mm até o topo e logo após fechá-los com rolhas ajustadas
firmemente com tampões;

- Para obter à vedação dos tubos de plástico, as extremidades das tampas devem ser
cobertas com cera de abelha ou parafina fundida e após, estocar os tubos de plástico até a
data do ensaio de modo que fiquem em posição vertical em água, numa temperatura de
23±2ºC;

- Para a preparação da amostra parcialmente hidratada para o ensaio do calor de


dissolução é necessário remover o tubo de plástico, com a amostra parcialmente
hidratada, na câmara de armazenamento e durante o período inicial de 20min de agitação
da mistura ácida no calorímetro, retirar a amostra e pulverizar ela no almofariz de modo
que o material passa na peneira de 0,840mm (nº20).

- Pesar a amostra de ensaio, colocar ela em pesa filtro e aguardar até o momento em que
ela será colocada no calorímetro. A amostra para o ensaio deve ser preparada em
intervalo de tempo inferior a 15min, para que ela fique exposta ao ambiente apenas o
necessário;

- Para o procedimento calorimétrico, cimento anidro, deve ser determinado o calor de


dissolução de uma amostra de 3,000g de cimento anidro;

- Calcular e relacionar os resultados à massa básica após calcinação;

- Para o procedimento calorimétrico, amostra parcialmente hidratada, deve ser seguido o

3
mesmo procedimento do cimento anidro, porém utilizando uma amostra calorimétrica de
(4,180±0,050) g do cimento parcialmente hidratado;

- Calcular os resultados referentes à massa básica após calcinação;

- Para determinar a perda ao fogo é necessário pesar duas amostras em quantidades


iguais à calorimétrica, a primeira antes e outra após a amostra calorimétrica. O novo valor
a ser adotado deve ser a média das duas determinações;

- Calcinar o cimento anidro na temperatura entre 900ºC a 950ºC durante 90min;

- Colocar no mesmo instante o cadinho, contendo a amostra, em um dessecador, deixando


esfriar até a temperatura ambiente e pesar rapidamente;

- Para poder determinar a perda ao fogo do cimento hidratado, deve-se deixar secar em
estufa à temperatura de 100ºC a 110ºC durante uma hora, colocar a amostra em forno de
mufla à temperatura de 900ºC a 950ºC durante doze horas;

- Para determinar a massa da amostra calorimétrica, relacionada à massa básica após a


calcinação, é dada pela fórmula oferecida na NBR8809.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


Na dissertação encontrada, o aluno realizou o ensaio três vezes, e para a realização dos
três ensaios foram utilizados os mesmos equipamentos e as mesmas formas de leitura,
portanto as perdas obtidas devem ser equivalentes. Através das correções propostas as
perdas indicadas pelos blocos se encontram mais próximas do que antes de suas
correções, antes apresentando de 9% a 36% e após apresentando de 12% a 15%.

Considerações finais:
A partir dos resultados obtidos foi possível notar que o calor total acumulado é influenciado
pelo consumo de cimento. Vale ressaltar que através dos resultados obtidos, durante a
análise, é possível concluir que o consumo de cimento é importante ser levado em
consideração na hora da realizar um projeto.

Fontes de consulta:
ERN, Tiago. Estudo das propriedades térmicas do concreto de média e alta
resistência: Contribuição a Critérios de Projeto e Construção. Orientador: Prof. Dr. João
Petreche. 2003. 36 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da USP, São Paulo,
2003. Disponível em: http://antac.pcc.usp.br/files/text/publications/BT_00439.pdf. Acesso
em: 5 jul. 2021.

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Ministério da Educação
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Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes
Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
11/07/2021

Cimento Portland – Determinação do calor de hidratação NBR 12006


pelo método da garrafa de Langavant

Condições necessárias para o ensaio:


- A umidade do ambiente de proteção da argamassa e do local do ensaio tem que ser
maior que 50% sem a presença de condensação;

- A temperatura do cimento, areia e a água tem que permanecer na sala durante 24h antes
do ensaio, sendo que a temperatura deve ser de (23 ± 2)°C;

- A temperatura na hora do ensaio e onde vão permanecer as garrafas por sete dias deve
ser de (23 ± 2)°C.

Materiais necessários:
- Cimento;
- Água de amassamento;
- Areia (especificada pela NBR 7214).

Equipamentos necessários:
- Calorímetro semi-adiabático (garrafa de Langavant);
- Recipiente para amostra de argamassa;
- Termômetro de precisão;
- Termômetro de máxima;
- Termopar de cobre-constantan ou de platina;
- Termorresistência elétrica;
- Tubo de ensaio;
- Balança;
- Misturador mecânico;
- Espátula com lâmina de aço;
- Óleo fino;
- Fita adesiva impermeável com 3 cm de largura.

Passo a passo para a realização do ensaio:


- A amostra de cimento para esse ensaio tem que ser coletada e preparada de acordo com
a NBR 5741;

1
- A argamassa de referência do corpo-de-prova da garrafa testemunho é composto de
350g de cimento, 1050g de areia, 175g de água e 1575g de massa total;

- Os materiais que serão misturados devem ter uma massa de (360 ± 0,5) g de cimento,
(1080 ± 1) g de areia e (180 ± 0,5) g de água;

- Para fazer a mistura mecânica dos materiais é preciso despejar a areia e a seguir o
cimento na cuba do misturador, homogeneizar a mistura de areia e cimento por 30s na
velocidade baixa, depois despejar a água com o misturador em movimento e após 1min,
passar para a velocidade alta e misturar por mais 1min;

- Com o recipiente para argamassas limpo e seco, é preciso determinar a sua massa antes
de acrescentar os 1575g de argamassa dentro dele. Contra uma superfície macia é preciso
aplicar dez golpes suaves com o fundo do recipiente, para que ocorra o adensamento da
massa;

- Logo em seguida, é necessária a introdução do tubo de ensaio contendo de 2 a 3mL de


óleo no centro da superfície da argamassa até que seu bordo fique projetado entre 5 e
8mm fora dela. Depois, colocar a tampa verificando se seu eixo e o do tubo de ensaio se
coincidem e por fim vedar as arestas com fita adesiva;

- Após vedar fazer a pesagem do recipiente com uma precisão de 0,5g. O tempo total entre
o fechamento e a pesagem deve ser de no mínimo 2min;

- Sempre que o termopar for utilizado, deve ser preparada a vedação do orifício do
recipiente metálico (borracha ou massa de modelar). O registrador deve estar ligado 10min
antes do início do ensaio. Este deve ser introduzido no óleo do tubo de ensaio, tendo
passado primeiramente pelos orifícios das tampas da garrafa e do recipiente metálico;

- O próximo passo é a colocação do recipiente com argamassa no calorímetro. Com a


garrafa de Langavant na posição vertical, o recipiente deve ser colocado até encontrar a
almofada suporte do fundo. Esta operação deve ser realizada evitando-se raspar a ampola
de vidro com cuidado para não golpeá-la bruscamente. Com a garrafa em posição vertical
coloque a tampa e feche-a com os parafusos. No caso do uso do termômetro, que deve
ser introduzido pela tampa, ficando com a extremidade inferior submersa no óleo;

- O mesmo procedimento é repetido para a argamassa de referência, em uma segunda


garrafa;

- A garrafa de estudo e a garrafa de referência tem que ser postas sobre uma chapa
isolante seca, em ambiente que cumpra as condições necessárias para o ensaio,
separadas entre si por uma distância igual a um diâmetro de garrafa. O tempo total
decorrido desde o contato da água de amassamento com o cimento até a colocação das
garrafas em sua posição definitiva não deve passar de 10min;

- O instante em que a água entra em contato com o cimento deve ser considerado como
origem do tempo;

- Deve-se ter intervalos determinados para que assim possa-se comparar as diferentes
temperaturas dos corpos-de-prova de ensaio e de referência;

2
- Para leitura, deve-se entender a indicação simultânea da temperatura dos pares
termoelétricos ou termômetros, colocados nas garrafas com argamassa de ensaio e de
referência;

- A primeira leitura deve ser efetuada no instante em que as garrafas estiverem em suas
posições definitivas;

- Após a primeira leitura, as próximas leituras deverão ser feitas em intervalos de 1h dentro
de um intervalo de 5hrs. Em seguida as leituras serão realizadas em períodos de 2h até a
ocorrência da temperatura máxima;

- No final do dia de trabalho, o termômetro de precisão deve ser trocado pelo termômetro
de máxima, ficando este até o reinício dos trabalhos no dia seguinte, nunca excedendo
14h. É preciso tomar cuidado ao verificar, no momento da troca, que o termômetro de
máxima indique uma temperatura inferior à do termômetro de precisão;

- Após determinar o nível de aquecimento máximo, é preciso realizar, no mínimo, cinco


leituras diárias em intervalos constantes, sendo obrigatória a leitura de 72h. A leitura final
será realizada após 168h desde a adição da água ao cimento;

- Com o fim do ensaio, é preciso realizar a pesagem do recipiente com a argamassa de


ensaio, com precisão de ± 0,5g. Se for verificada uma diminuição da massa superior a
2,0g, o ensaio deve ser refeito;

- Na ficha de ensaio é preciso estar presente: a temperatura dos materiais antes da


mistura, a massa inicial e final do recipiente com argamassa de ensaio, a data e hora em
que a água de amassamento entrou em contato com o cimento e a data, hora, tempo
decorrido e o valor das leituras, sendo que a temperatura da argamassa do ensaio deve
ser designada por θ1 e a argamassa de referência por θ2. No caso em que a temperatura
máxima tenha sido determinada pelo termômetro de máxima, não devem constar a hora ou
a data;

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


- Qt = calor de hidratação total no instante t, em J.g-1 de cimento;

- ql = calor latente contido na garrafa no instante t, em J.g-1 de cimento;

- qp = calor perdido pela garrafa no instante t, em J.g-1 de cimento;

- M = capacidade calorífica total do calorímetro e da amostra, em J.°C-1;

- α = coeficiente de perda calorífica, em J.h-1°C-1 (é uma constante do aparelho que varia


em função da temperatura θ desenvolvida no interior da garrafa);

- c = massa do cimento contida na argamassa, em g;

- ar = massa da areia contida na argamassa, em g;

3
- a = massa da água contida na argamassa, em g;

- r = massa do conjunto da lata + tampa, em g;

- Símbolo de micro = capacidade térmica do calorímetro, em J.°C-1;

- θ t = diferença de temperatura entre a argamassa de ensaio e a argamassa de referência


no instante t (θ 1 - θ 2), em ºC;

- t = tempo corrido desde o início do ensaio, em h;

- Curva de temperatura de aquecimento θ (t): traça-se em folha de papel milimetrado a


curva de aquecimento f1 (t) = θ (t) sendo as abscissas o tempo t, em h, e as ordenadas a
temperatura, θ em ºC;

- Curva do calor dissipado α θ (t): traça-se sobre a mesma folha a curva de calor perdido f2
(t) = α θ (t) sendo que as abscissas correspondem à mesma escala do tempo e as
ordenadas ao produto α θ, em J.h-1.

Considerações finais:

Fontes de consulta:
NBR 12006. Cimento- Determinação do calor de hidratação pelo método da garrafa de
Langavant. Rio de Janeiro, 1990, 12 p.

4
Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Câmpus Guarapuava

Trabalho 1: ensaios de caracterização de


aglomerantes
Leandro Henrique da Silva RA: 2081512
Sarah Tieme Maciel Muraoka RA: 2081920
02/07/2021

Cimento Portland – Determinação da expansibilidade de Le NBR 11582


Chatelier

Condições necessárias para o ensaio:


- A agulha de Le Chatelier, possui um cilindro com 30mm de diâmetro e de altura, em
chapa de latão de 0,5mm de espessura;

- Tanto a temperatura do ar na sala de ensaios, quanto a dos aparelhos e dos materiais,


com exceção a da água, pode ter uma variação de (24 ± 4)°C;

- A temperatura da água de amassamento tem que ser (23 ± 2)°C;

- A umidade relativa do ar ambiente não deve ser menor que 50%;

Materiais necessários:
- Cimento;
- Óleo mineral;

Equipamentos necessários:
- Agulha de Le Chatelier;
- Espátula fina;
- Placas de vidro quadradas com 5cm de lado;
- Régua milimetrada com divisão de no mínimo 0,5mm;

Passo a passo para a realização do ensaio:


- O primeiro passo é preparar uma pasta com 500g de cimento e água para haja a
consistência normal, como diz a NBR 11580;

- Sendo apoiada pela base do cilindro, coloca-se cada agulha sobre a placa de vidro
lubrificada com o óleo mineral e com o auxílio de uma espátula fina, deve-se preencher
com a pasta preparada anteriormente;

- Após a finalização desta operação, é necessário nivelar o seu topo, de modo a cobrir a
mesma com uma placa de vidro lubrificada e colocando sobre a mesa um peso
considerável de modo que o cilindro não gire por conta do peso das hastes;

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- A etapa anterior precisa ser repetida na moldagem de seis corpos de prova, três deles
serão destinados ao ensaio a quente e os outros três serão destinados para o ensaio a frio;

- Em seguida da moldagem, a agulha, o corpo-de-prova, as placas de vidro e o contrapeso


devem ser submersos em tanque com água potável, em uma temperatura de (23 ± 2)°C,
em um tempo de (20 ± 4)h;

- Ao término do período inicial de cura, as placas de vidro devem ser retiradas e logo em
seguida as agulhas de Le Chatelier devem ser postas no tanque de água em uma
temperatura de (23 ± 2)°C, no período de seis dias, de modo que as extremidades das
hastes fiquem para fora da água;

- Depois do período inicial de cura, as placas de vidro precisam ser removidas e as


agulhas de Le Chatelier devem ser postas em um recipiente com água em uma
temperatura de (23 ± 2)°C, de modo que as extremidades das hastes fiquem fora da água;

- Em seguida do aquecimento progressivo da água até a ebulição que deve começar entre
15min e 30min;

- A ação da água quente deve durar 5h ou mais, de acordo com os tópicos anteriores;

- As agulhas necessitam ser examinadas antes e após a retirada das placas de vidro, para
que seja observado se nesta operação ocorreu algum deslocamento do corpo de prova na
fôrma. Se houver qualquer deslocamento, o corpo de prova precisa ser eliminado.

Resultados esperados (com valores estimados de acordo com o material ensaiado):


O trabalho analisado foi realizado através de 3 ordens para cura a frio e 3 ordens para cura
a quente, onde foram medidos os valores iniciais e finais de todas as ordens. Os valores
obtidos estão em mm. Após encontrarem as diferenças dos valores finais e iniciais, foram
encontradas as médias da cura a frio (2,33mm) e da cura a quente (4,67mm).

Considerações finais:
- Repetibilidade: A diferença entre dois resultados individuais obtidos a partir de uma
mesma amostra submetida ao ensaio por um mesmo operador, utilizando a mesma
aparelhagem em curto intervalo de tempo, não deve ultrapassar 1 mm;

- Reprodutibilidade: A diferença entre dois resultados individuais e independentes obtidos


por dois operadores, operando em laboratórios diferentes, a partir de uma mesma amostra
submetida ao ensaio, não deve ultrapassar 1,5 mm;

Fontes de consulta:
ELIAS DOS SANTOS SOARES, ELTON. LAUDO TÉCNICO DA ABNT NBR 11582:2016 – CIMENTO
PORTLAND DETERMINAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE LE CHATELIER. 2020. 2 f. Laudo Técnico
(Bacharelado em Engenharia Civil) - MJE Soluções e m Engenharia, [S. l.], 2020. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/86120592/laudo-11-abnt-nbr-115822016-cimento-portland-
determinacao-da-expansibilidade-le-. Acesso em: 11 jul. 2021.

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