“A administração foi definida por Henri Fayol, administrador francês do início do
século XX, como um processo dinâmico que compreenderia cinco funções interligadas: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Ainda hoje, livros e manuais de administração são organizados de acordo com essas funções. A única diferença é que as funções de comandar e coordenar foram agregadas para formar uma nova função: dirigir – que está associada aos processos de gestão de pessoas na organização. Apesar de serem quatro funções distintas, elas estão relacionadas e são interdependentes e, por isso, os gestores devem considerar os efeitos que cada uma dessas funções têm sobre as outras. Veja na figura abaixo um esquema dessas quatro funções. ”
Fonte: Adaptado de SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e
prática no contexto brasileiro. Pearson Prentice Hall, 2008.
Diante o exposto, pesquise e explique as quatro funções administrativas
e para exemplificar, pense em uma atividade relacionada a gestão pública (treinamentos, eventos, votação, concurso, melhorias na cidade etc. Use sua imaginação!) e posicione algumas ações a serem desempenhadas em cada uma das etapas.
Há quatro funções administrativas que compreendem um
vasto campo de ações no qual o gestor deve adotar com o objetivo de sustentar a organização no rumo certo, são elas: planejar, organizar, dirigir e controlar. A primeira significa constituir os desígnios da empresa e decidir por quais caminhos será necessário trilhar para chegar a tais objetivos. O projeto sempre é, antes de qualquer outra coisa, pensado, discutido e planejado e somente depois comunicado aos demais envolvidos. Existem alguns vários fatores que devem ser levados em conta na hora de planejar, como, por exemplo, as questões internas da empresa e os cenários futuros do mercado. Além disso, destaca-se que o planejamento envolve o estudo de mercado e a tentativa de fundamentar as projeções o máximo que for possível. Acerca da segunda função, tal qual “organizar”, trata-se da organização dos recursos da empresa, isto é, determinar de qual forma o projeto será realizado e distribuí-lo entre os departamentos e profissionais apropriados. Nesta etapa, é importante que sejam levados em conta dois pontos: a eficiência e a produtividade. Isso significa que o trabalho deve ser feito no menor tempo e com o menor desperdício possível, de maneira que não haja prejuízos para a qualidade de entrega. Para realizar a referida função, o administrativo necessita de uma ótima capacidade de organização, tanto individual quanto coletiva, sendo que a visão sistêmica e o bom conhecimento no que diz respeito aos processos produtivos do setor da empresa, do mesmo modo, são atributos essenciais. A terceira função tem como finalidade liderar a capacidade de movimentar os recursos humanos com vias a alcançar os resultados que são desejados. Dirigir não significa apenas distribuir as tarefas, mas também de influenciar e motivar todos os funcionários da empresa de forma positiva. Para que esta função seja, de fato, obtida, é preciso de muita inteligência emocional – habilidade de perceber as emoções dos outros e comunicar as suas. Resumindo, é a capacidade de fazer o possível para que todos fiquem satisfeitos coletivamente, sem prejudicar as finanças da empresa. Por fim, a última função é “controlar”. Após planejar, organizar e dirigir as tarefas, ainda há a necessidade de controlar, haja vista que realizando somente as três primeiras não há garantia de que, na prática, o trabalho será bem executado e acarretará em resultados positivos. O controle abarca a criação de padrões e mediação do desempenho, a comparação e análise entre o desempenho padrão e o atual, bem como as possibilidades de ações corretivas de forma que haja o redirecionamento dos esforços no caminho das intenções inicialmente esquematizadas. Para ilustrar o emprego das quatro funções administrativas dentro da gestão pública será usado como exemplo a realização de um concurso público, no qual há a necessidade, primeiramente, de planejamento, onde deve ser analisado a quantidade de funcionários/servidores efetivos e aposentados, se o quadro está em desfalque, se há caixa/verba para suficiente para realizar um concurso e, posteriormente, pagar os novos profissionais. Em seguida, deve ser feita a organização, por meio da abertura de um procedimento para escolha da banca, liberação de edital, escolha das datas e outras questões organizacionais. Quanto à terceira função, a de dirigir, fica incumbida a aplicação das provas e posterior correção das questões, liberação do resultado e homologação final. Por último, o controle é efetuado através na nomeação dos candidatos aprovados e análise da necessidade de abertura de novas vagas, bem como a possibilidade de prorrogação da validade do concurso público.