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O USO DE TECNICAS E INSTRUMENTOS

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PSICOLOGICOS: REFLEXOES PERTINENTES
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Psicologia Nemésio Dario Vieira de Almeida 1 Luciana Ferreira de Almeida 2
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rnocam-
o, mas o
. todos os RESUMO
ar, certa-
nente, ela Este ensaio discute os testes psicológicos como instrumentos úteis na atuação profissional do psicólogo,
ormantes pois fornecem dados precisos e que, muitas vezes, não são observados por meio de outras técnicas
de coleta de dados. Eles são instrumentos de diagnóstico, porém não devem ser considerados
os instrumentos por excelência. O uso de testes é importante, mas não desconsidera a observação
mpopara
e a entrevista. Em outro aspecto, a válida interpretação dos resultados de um teste depende da
ia do Cor-
complementação nos dados colhidos por meio da entrevista e da observação.
e se mos-
::>eriências Palavras-chave: avaliação psicológica; testes psicológicos; diagnóstico.

ABSTRACT
A.bril Cul- This essay discusses the psychological tests as useful instruments in the professional performance of the
psychologist, therefore they supply precise data and, that many times, are not observed by means
1sses traba- of other techniques of collection of data. They are diagnosis instruments, however the instruments
r Editor I do not have par excellence to be considered. The use o f tests is important, but it does not
substitute the observation and the interview. In another aspect, the valid interpretation of the
results of a test depends on the complementation in the data collected through the
) de Janei- interview and on the observation.

11977. Key words: psychological assessment; psychological tests; diagnosis.

; prazeres.

Jrs:hidden
3iomedicine

:epção. São

~rspectiva,

1
1997. Nemésio Dario Vieira de Almeida - Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Pernambuco - DETRAN-PE. Especialista em
Psicologia Clínica. Psicólogo Especialista em Trânsito. Mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela PUC-RS e FAFIRE-PE.
Estuda e pesquisa sobre Circulação Humana e Relações de Gênero.
2
Luciana Ferreira de Almeida. Psicóloga Clínica- Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: lfa.psi@bol.com.br

Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 21 n.1/2, p. 25-31, janJdez. 2003 m


_R_e_v_is_t_a_d_e_P_s_i_c_o_lo_,.g_ia______________ Nemésio Dario V de Almeida e Lucia na F. de Almeida

Embora o conhecimento geral referente ates- ponto os testes estrangeiros utilizados no Brasil
tes e à construção de testes seja essencial, os têm sido submetidos aos processos de padroniza-
psicólogos, em sua prática, devem conside- ção e I ou adaptação e análise das características
rar uma ampla série de questões adicionais, metrológicas em amostras brasileiras. Dos nove ins-
para enquadrar os procedimentos de trumentos avaliados, 40% não cumpriu as condi-
testagem e a atribuição dos escores num con- ções propostas para análise, tais como precisão,
texto apropriado. validade, amostra de padronização, instruções
Groth-Mamat (1999, p.36) para aplicação do teste e normas para a interpre-
tação dos resultados.
Conforme Anastasi e Urbina (2000) os usuári-
O Código de Ética Profissional dos Psicólogos,
os dos testes precisam saber como avaliá-los: quão
em seus Princípios Fundamentais, assim diz,
bom é este teste para o propósito específico para o
II - O Psicólogo trabalhará visando a pro- qual está sendo utilizado? Que tipo de informações
mover o bem-estar do indivíduo e da comu- ele pode oferecer sobre as pessoas que se submetem
nidade, bem como a descoberta de métodos a ele? Como os seus resultados podem ser integra-
e práticas que possibilitem a consecução des- dos à rede de dados que conduz às decisões relati-
se objetivo. vas à ação? O presente ensaio foi elaborado a partir
dessas indagações. Segundo Anastasi e Urbina (2000)
Certamente os testes constituem um dos gran-
é necessário
des conjuntos de técnicas para exame e diagnóstico
psicológico ao longo do tempo; os primeiros traba- um conhecimento sobre testes - não ape-
lhos de Galton e Cattell com o objetivo de medir a nas por parte daqueles que constroem ou
inteligência (ANASTASI e URBINA, 2000; ANCONA- aplicam testes, mas também por parte de
LOPEZ, 1987; ERTHAL, 1996) datam de 1875. Os pri- qualquer pessoa que usa resultados de tes-
meiros pesquisadores, designados psicólogos tes como uma fonte de informações para
experimentais, não se interessavam pela mensuração tomar decisões sobre si mesma ou sobre os
das diferenças individuais. O objetivo a que eles se outros (p. 17).
propunham era a observação das descrições genera-
lizadas do comportamento, enfocando mais a unifor-
midade do que as diferenças de comportamento
(PASQUALI, 1999).
1 -USOS E TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS
Pasquali (2001) ainda aponta que: Um dos primeiros problemas que incentivou o
incremento da testagem foi a identificação das pesso-
A ciência 'em geral, e a Psicologia' em particu- as com déficit mental. Usos clínicos relacionados de
lar, trabalham com verificação de hipóteses. testes incluem a avaliação de pessoas com dificulda-
Para se decidir sobre estas, é maximamente útil des emocionais e comportamentais. Um forte impul-
se dispor de dados válidos e precisos, e os tes- so para o crescimento inicial dos testes também foi
tes permitem coletar dados de tal natureza incentivado pelas demandas de avaliação que surgi-
para, em seguida 'serem apropriadamente ana- ram na educação. Como exemplo temos os famosos
lisados' (p.37). testes Binet que inauguraram os testes de inteligência
No entanto, a qualidade dos instrumentos como forma de avaliação psicológica (ANASTASI e
disponíveis no mercado profissional algumas vezes URBINA, 2000, p.17; CUNHA, 2002, p.208). Atual-
não é condizente com a expectativa que se tem sobre mente, temos as escolas que mais utilizam os testes
eles. Estudos têm revelado a má qualidade de testes psicológicos como forma de classificar crianças com
conhecidos e utilizados como recurso de avaliação respeito à sua habilidade de desfrutar de diversas for-
(SISTO., et al., 1979; NORANHA, 1999; NORANHA mas de instrução escolar:
et al., 200la, 2001b, 2002), ao mesmo tempo em que
A identificação de aprendizagem notavel-
autores vêm revelando a necessidade de se aperfeiçoar
mente lentos ou rápidos, o aconselhamento
a construção, a revisão ou a padronização de educacional e ocupacional no ensino médio
instrumentos de avaliação psicológica (WECHSLER, e na universidade e a seleção de candidatos
1999, 2001). para as escolas profissionalizantes estão en-
No estudo desenvolvido por Sisto e cola- tre os muitos usos educacionais dos testes tes
boradores (1979), os autores avaliaram até que (ANASTASI e URBINA, 2000, p.17-18). an

Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 21 n.l/2, p. 25-31, janJdez. 2003


Hmeida Revista de Psicologia Nemésio Dario V de Almeida e Luciana F. de Almeida

Brasil Também, temos aplicação da testagem psicoló- portante ressaltarem-se dois pré-requisitos. Primeiro
·oniza- gica na seleção e a classificação de pessoal nas indús- deve-se avaliar se a construção dos testes está basea-
rísticas trias. Do operador de uma linha de montagem ou da em uma teoria psicológica, e prosseguir com a de-
ve ins- motorista profissional à administração executiva, pra- terminação dos parâmetros métricos desse
condi- ticamente não existe nenhum tipo de trabalho para o instrumento de medida. O segundo refere-se ao estu-
ecisão, qual a testagem psicológica não tenha se mostrado do científico acerca da influência do computador so-
ruções útil em questões como admissão, atribuição de fun- bre as respostas dos sujeitos. De acordo com ele,
terpre- ção, transferência, promoção ou demissão (ANASTASI deve-se ter cuidado com a utilização generalizada do
e URBINA, 2000). No entanto, a utilidade dos testes computador nas atividades de avaliação já que, atu-
usuári- em muitas dessas situações, notadamente com rela- almente, não se tem nenhum tipo de controle sobre
s: quão ção aos empregos de alto nível, habitualmente exige tal atividade.
para o que os testes sejam usados como um adjunto à entre- Há psicólogos que defendem a utilização da
mações vista bem-conduzida, de modo que os escores pos- informática na fase de apresentação dos resultados,
1m e tem sam representar à luz de outras informações sobre o visto que permite uma maior rapidez e precisão. As
ntegra- background do indivíduo (Almeida, no prelo). Dessa atividades de análise e interpretação dos resultados
> relati- forma segundo ainda Anastasi e Urbina, (2000) a devem ser vistas com bastante reserva. Sabe-se que a
a partir testagem constitui: "capacidade analítica" do computador é limitada,
a (2000) Uma parte importante do programa total de dependendo do software desenvolvido. No momen-
pessoal. Uma aplicação bastante relacionada to atual, as posições parcimoniosas devem ser consi-
da testagem psicológica é encontrada na sele- deradas, senão, num futuro não muito distante,
1ão ape-
ção e na classificação de pessoal militar. Dos poderemos vir a ter "computadores psicólogos"
roem ou
simples primórdios na Primeira Guerra Mun- (ANDRIOLA, 1997a).
parte de
1s de tes- dial, o alcance e a variedade dos testes psico-
ões para lógicos utilizados em situações militares
sobre os sofreram um aumento fenomenal durante a 2- O QUE É UM TESTE PSICOLÓGICO?
Segunda Guerra Mundial. Subseqüentemen-
te, a pesquisa sobre o desenvolvimento de tes- Amostra Comportamental
tes continuou em grande escala em todos os A palavra teste vem do latim (testis = testemu-
ramos das forças armadas (p.l8).
nha) através do inglês (test = prova). Em sentido
IGICOS As diversas formas de testes para estes diferen- etimológico, fazer um teste seria dar testemunho ou
ntivou o tes objetivos divergem também em outras caracterís- fazer uma prova, dessa forma Anastasi e Urbina, 2000,
ts pesso- ticas importantes. Eles variam na maneira como são definem o teste psicológico:
ados de aplicados, como na testagem individual de cada pes-
soa por um examinador treinado, ou na testagem si- Como uma tarefa única ou um conjunto de
lficulda-
tarefas concebidas para fornecer informações
~ impul- multânea de grandes grupos. Também, eles diferem
sobre algum aspecto da capacidade, do co-
lbém foi nos aspectos comportamentais que abrangem. Deter-
nhecimento, das habilidades ou da persona-
1e surgi- minados testes focalizam a avaliação de traços
lidade humana. Fundamentalmente é uma
famosos cognitivos, ou habilidades. Estas podem variar de
mensuração objetiva e padronizada de uma
!ligência aptidões amplas:
amostra de comportamento, ou seja, os tes-
.STASI e tes psicológicos são como os testes de qual-
Tais como prontidão para beneficiar-se do es-
1. Atual- quer outra ciência, na medida em que são
tudo universitário - a habilidades sensório-
os testes motoras altamente específicas necessárias para feitas observações sobre uma amostra peque-
tças com a realização de uma operação manual simples. na, mas cuidadosamente escolhida do com-
!rsas for- Outros testes oferecem medidas de variáveis portamento de um indivíduo ( p.l9).
afetivas, ou de personalidade, tais como traços Assim, se o psicólogo deseja testar a dimensão
emocionais ou motivacionais, comportamen- do vocabulário de uma criança, a aptidão de um em-
notavel-
to interpessoal, interesses, atitudes e valores pregado de efetuar cálculos aritméticos, ou a coorde-
lhamento
(ANASTASI e URBINA, 2000, p.18). nação olho-mão de um piloto, ele examina seu
no médio
mdidatos Também constatamos atualmente diversos pro- desempenho com um conjunto representativo de pa-
estão en- fissionais que vêm trabalhando com a aplicação de lavras, problemas matemáticos ou testes motores. O
los testes testes por computadores, conforme Andriola (1997a) fato de o teste abranger ou não de forma apropriada
-18). antes da informatização de testes psicológicos, é im- o comportamento que está sendo considerado depen-

Revista de Psicolo~a, Fortaleza, v. 21 n.ll2, p. 25-31, janldez. 2003 lil


_R_e_v_is_t_a_d_e_P_s_i_c_o_lo_g..__ia______________ Nemésio Dario V de Almeida e Luciana F. de Almeida

de, obviamente, do número e da natureza dos itens A determinação da validade geralmente requer
da amostra. Por exemplo, um teste aritmético que critérios externos, independentes do que quer que seja
compreende apenas cinco problemas, ou um incluin- que o teste tenha sido planejado para medir. Por exem-
do apenas itens de multiplicação, seria uma medida plo, para que um teste de aptidão para engenheiro
escassa da desenvoltura de cálculo do indivíduo seja usado para selecionar candidatos promissores
(ANASTASI e URBINA, 2000). para a faculdade de engenharia, o sucesso no curso
de engenharia seria um dos critérios. No processo de
validação desse teste, ele seria aplicado a um grande
grupo de alunos na época de sua admissão à faculda-
3- OS REQUISITOS OU QUALIDADES DE UM
de de engenharia. Alguma medida do desempenho
TESTE PSICOLÓGICO
no curso seria eventualmente obtida para cada aluno,
Como foi visto, o teste é um procedimento ci- com base nas notas, nas avaliações dos professores,
entificamente elaborado, por isso exige a observância no sucesso ou no fracasso em completar o treinamen-
e uma série de requisitos (qualidades). Dentre esses, to, e assim por diante. Esse tipo de medida composta
vários podem ser considerados principais (indispensá- constitui o critério com o qual o escore inicial do teste
veis), outros são correlatos de alguns dos principais, e, de cada aluno seria correlacionado. Uma correlação
finalmente, pequenos números deles podem ser cha- alta, ou coeficiente de validade significa que aqueles in-
mados de secundários. divíduos que tiveram um escore alto no teste foram
São principais: validade, fidedignidade ou precisão, relativamente bem-sucedidos na faculdade de enge-
padronização e aferição. São correlatos: a homogeneidade, nharia, ao passo que aqueles com escores baixos não
a sensibilidade ou fineza discriminativa. Os secundários se saíram bem no curso. Uma correlação baixa indica-
são: simplicidade técnica; economia, facilidade e rapidez ria pouca correspondência entre o escore de teste e a
na aplicação, avaliação e interpretação; interesse desper- medida de critério e, portanto, pouca validade para o
tado pela tarefa proposta. teste. O coeficiente de validade nos permite determi-
Aqui abordaremos apenas os requisitos (quali- nar quão estreitamente o desempenho de critério po-
dades) principais dos testes psicológicos: deria ter sido predito a partir dos escores de teste.
Assim, antes que o teste esteja pronto para ser
usado, sua validade precisa ser estabelecida em uma
4- A VALIDADE amostra representativa de pessoas. Os escores dessas
pessoas não são empregados para objetivos
Refere-se à quilo que o teste mede e até que pon- operacionais, mas servem apenas para o processo de
to o faz. Diz respeito ao fato do teste medir aquilo "testar o teste". 6
que se propõe, portanto a validade permite verificar
Se o teste mostrar ser válido per este método,
a possibilidade do teste satisfazer sua função
ele pode ser usado com outras amostras na ausência e
(ANASTASI e URBINA, 2000). Não é suficiente ape-
de medidas de critério.
nas dizer que o teste tem alta ou baixa validade, ela
precisa ser determinada através da referência ao uso Nesse momento devemos considerar um outro
para o qual é destinado. ponto. A validade nos diz mais do que o grau em que
o teste está cumprindo sua função, ou seja, para
Adánez (1999) discute que a validade é um dos
Anastasi e Urbina (2000) a validade realmente nos diz
conceitos mais importantes da teoria dos testes, em-
o que o teste está medindo.
bora o significado do conceito não tenha sido unifor-
me ao longo da história dos testes padronizados. A Ao estudar os dados de validação, podemos de-
última etapa da evolução apareceu no manual da terminar objetivamente o que o teste está medindo.
American Psychological Association- APA, de 1974 e Assim, seria mais preciso definir a validade como o
inclui três facetas da validade: conteúdo, critério e quanto nós sabemos o que o teste mede. A interpreta-
construto. A validade de conteúdo compreende a pes- ção dos escores de teste seria indubitavelmente mais
quisa sistemática do conteúdo do teste para que se clara e menos ambígua se os testes fossem regularmente
verifique o alcance da amostra de comportamento a nomeados em termos das relações empiricamente
ser medido. Se bem que não seja uma verificação sim- estabelecidas pelas quais eles foram validados. Uma
ples do conteúdo, é necessário garantir que os aspec- tendência nesta direção pode ser reconhecida nos ró-
tos principais da área estarão relacionados no teste. O tulos de testes tais como "teste de avaliação escolar" e
controle deve ser feito através dos itens, com o objeti- "teste de classificação de pessoal", em lugar do vago
vo de medir a representatividade deles. título de "teste de inteligência" (p.23). ao

d Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 21 n.l/2, p. 25-31, janJdez. 2003


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5- A FIDEDIGNIDADE unificar os procedimentos, fazer com que se obtenha


a uma avaliação tão exata quanto possível, diminuin-
A avaliação objetiva dos testes psicológicos in-
~- do as variâncias de erro (ERTHAL, 1996).
clui, necessariamente, a determinação da sua fidedig-
·o A fim de assegurar a uniformidade das condi-
nidade e validade (ANASTASI, 1997). Em psicometria,
s o termo fidedignidade ou precisão tem como signifi- ções de aplicação, o organizador de testes deve apre-
o cado estabilidade ou consistência. Precisão do teste é sentar instruções minuciosas para que cada um dos
e a consistência dos resultados obtidos pelo mesmo in- novos testes criados seja utilizado. A formulação des-
e divíduo, quando testado novamente com o mesmo sas instruções é uma parte importante na padroniza-
teste ou com sua forma equivalente. No sentido mais ção de um teste novo (ANASTASI, 1997).
o amplo, a precisão do teste indica até que ponto as di- É importante que as condições circundantes
ferenças individuais são explicáveis por erros casuais devam ser também padronizadas. Como exemplos,
de mensuração e até que ponto são explicáveis por pode-se citar: iluminação adequada, ventilação
diferenças reais na característica considerada. satisfatória e ausência da perturbação ou distrações
Em termos técnicos, toda medida de precisão do (devem ser exigências comuns em todas as situações
teste indica que proporção de variância total dos resul- de aplicação de testes).
tados dos testes é "variância do erro". Um problema A normatização refere-se à realização normal ou
que aparece é em relação à definição de variância de média e é construída empiricamente, com os resulta-
erro. O controle do ambiente, o cuidado com as instru- dos obtidos pelos indivíduos que formaram grupos ou
ções e o controle do tempo reduz a variância do erro e amostras ou grupos significativos na fase de confecção
o do instrumento. Indica, pois, a posição do indivíduo
torna o teste mais preciso. Pode haver tantas varieda-
a- em relação ao grupo normativo, dando idéia de sua
des de precisão do teste quantas sejam as condições
a realização diante de outras pessoas (ERTHAL, 1996).
que influem nos resultados dos testes, pois qualquer
o
uma dessas condições pode não ter significações para
i-
determinado objeto e, assim, ser classificada como
variância de erro (ANDRIOLA, 1997b). Todavia, com 7- AFERIÇÃO PARA UM DETERMINADO GRUPO
todos os cuidados, um teste nunca é inteiramente pre-
ciso, por isso o teste deve ser acompanhado por uma Enfim a aferição se refere à graduação do teste
apresentação de precisão (ANASTASI, 1997). psicológico, ou seja, à delimitação de graus de resul-
tados, de aspectos do comportamento, a fim de se
poder equiparar objetivamente os resultados de dife-
rentes sujeitos. Conforme Van Kolck (1981) "aferir um
6- A PADRONIZAÇÃO E A NORMATIZAÇÃO teste é estabelecer as unidades ou norma, para avali-
o, O requisito padronização (estandardização) de ação e interpretação dos resultados no teste" (p.21).
e um teste psicológico é um procedimento utilizado Na etapa de preparação do teste, a aferição está
durante a aplicação do teste e para a avaliação fide- contida na padronização, constituindo o último pas-
digna e válida dos resultados. Assim, a padroniza- so desse processo. Deste modo
ção refere-se à uniformidade do processo de quando um procedimento é apresentado
aplicação, avaliação e interpretação do teste. Padro- como padronizado, está implícito que foi afe-
nizar, segundo Cerdá (1972), significa unificar segun- rido, pois a uniformidade de avaliação e in-
do um padrão, de forma que a única variável seja o terpretação implica estabelecimento de
indivíduo testado . critérios para se julgar os resultados dos su-
le-
lo. Para um teste ser considerado padronizado é jeitos de forma a poder compará-los entre si
necessário que seja aplicado sob condições iguais e (VAN KOLCK, 1981, p .21) .
•O
:a- uniformes . Tais testes produzem uma ou mais pon- Todavia, um teste, ao ser aplicado em um con-
lis tuações numéricas, sendo providos de regras para junto diferente daquele para o qual foi elaborarado,
tte
interpretação dessas pontuações. Seu objetivo é for- deve passar novamente por outra aferição, ou melhor,
te necer comparações eqüitativas entre os diferentes "devem ser fixadas unidades de medida mais ade-
1a
examinandos. quadas aos sujeitos em apreço".
ó- Também, através da padronização, as regras são A aferição de um teste constitui tarefa longa,
e estabelecidas para a sua aplicação e avaliação dos re- pesada, e que dificilmente pode ser exercida por um
~o
sultados, de modo que outro psicólogo possa realizar pesquisador só, de acordo com Van Kolck (1981) ge-
a operação de forma idêntica. Tem por objetivo, ao ralmente é desenvolvido,

Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 21 n.1/2, p. 25·31, janJdez. 2003 d


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Dentro das instituições especializadas por Apesar das críticas e limitações, como por
equipes de psicólogos e estatísticos. Implica, exemplos, em que os testes psicológicos são questio-
na grande maioria dos casos, a necessidade nados quanto a sua validade (Jornal do Comércio, 2002,
inicial de tradução do teste e, a seguir, a de p. 5); o CFP decide avaliar pela primeira vez a eficá-
adaptação das questões na forma ou no con- cia dos testes psicológicos utilizados no Brasil (Revis-
teúdo- de maneira a torná-lo mais de acordo ta Isto é, 25.set.2002, p. 60-62), os testes são e devem
com as peculiaridades sócioeconômicias-cul- continuar sendo utilizados, desde que de forma ade-
turais do grupo em que o teste vai ser usado. quada e ética, fazendo-se um uso inteligente do ins-
Em terceiro plano é que se apresenta a aferi-
trumento . Segundo Pasquali (1999), a crescente
ção propriamente dita . Um procedimento,
demanda dos instrumentos psicológicos
para ser eficiente como teste psicológico, pre-
cisa estar aferido para o grupo em que vai ser não está sendo acompanhada por um desen-
aplicado (p.21-22). volvimento dos mesmos por parte de pesqui-
Portanto, a escolha de um teste deve ser orien- sadores brasileiros. Estes, na maioria dos
tada além do objetivo a que se propõe e a relevância casos, se contentam em produzir um traba-
lho sumário sobre instrumentos estrangeiros,
do teste para sua finalidade de avaliação (aptidão
sem maiores preocupações sobre a aferição
cognitiva, personalidade, etc) e as características dos
da qualidade dos mesmos e aplicabilidade
sujeitos a serem testados também pelo exame de seus
para o nosso contexto cultural (p.7).
requisitos (qualidades) principais, conforme apresenta-
do para determinado grupo específico. Ao mesmo tempo Pasquali (1996), afirma que
a Ciência empírica não é isenta de erro e a consciência
das dificuldades deve servir para melhorar e não para
abandonar as técnicas. Com este espírito, muitas ten-
8- CONSIDERAÇÕES FINAIS
tativas estão sendo desenvolvidas com o objetivo de
Deve-se ter um maior grau de criticismo quanto qualificar os testes psicológicos e resgatar seu valor
ao uso de testes psicológicos importados, priorizar a (BARDELLA et al., 2001; GOUVEIA et al., 2002;
criação e a informatização de testes psicológicos, com p ASQU ALI. 1996~ WECHSLER,. 1.999 2.ill11.\..
N

o uso e a comerdalização sendo contro1ados pelos ór- Finalmente, ter ou não ter legislação que oriente
gãos de representação profissional; nesse sentido, por o trabalho do psicólogo não se toma o fundamental, mas
exemplo, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) pu- o ser ético para, então, " ... assumir responsabilidade so-
blicou jLmtamente com os Conselhos Regionais, as pro- mente por atividades para as quais esteja capacitado
postas ch\ encaminhamentos resultantes do I Fórum pessoal e tecnicamente". Das responsabilidades gerais
Nacional de Avaliação Psicológica. Nesse material cons- dos psicólogos, Art. 1º, letra a- Código de Ética Profis-
ta que o CFP deverá constituir uma comissão de espe- sional dos Psicólogos (2000a).
cialistas "visando à elaboração de um guia de
orientações contendo as informações necessárias para
que OS instrumentos possam ser comercializados" sen- 1

do fundamentação teórica, processo de construção do REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


teste, precisão/fidedignidade, normas e amostras de ADÁNEZ, Geraldo P. Procedimentos de construccion
pontos importantes a serem considerados (CFP, 200Gb, y analisis de tests psicometricos. In: WECHLER,
p.l2). Existem também atualmente diversas Resoluções Severino M. & GUZZO, Roberto S. L. Avaliação
do CFP que procuram orientar e regulamentar a utili- nsicológica: perspectiva internacional. São Paulo: Casa
zação dos testes psicológicos (CFP, 2001a, 2001b,2002). do Psicólogo, 1999.
Também deveremos estar preparados para o ALMEIDA, Nemésio D. V. (no prelo). A entrevista
novo boom quanto ao uso da informática nas ativida- psicológica como um processo dinâmico e criativo.
des de avaliação psicológica através da Rede Interna- Psicologia Ciência e Profissão.
cional de Computadores (INTERNET). Tem sido
ALMEIDA, Nemésio D. V. (em fase de pesquisa). Tes-
comum visitar sites na INTERNET que oferecem ava-
te de Prontidão Emocional para Motorista - TEPEM:
liações psicológicas. Logicamente, nesses casos, são
Estudos de Normatização de uma Nova Amostra para
utilizados "testes psicológicos" sem nenhuma quali-
motoristas da cidade do Recife (PE).
dade métrica, ou seja, a preocupação das pessoas ou
empresas que oferecem esse tipo de serviço tem sido ANCORA-LOPEZ, M. (Org.) . Testes de inteligência I.
meramente econômica. São Paulo: E.P.U., 1987.

l1il Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 21 n.ll2, p. 25-31, janJdez. 2003


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Dentro das instituições especializadas por Apesar das críticas e limitações, como por
equipes de psicólogos e estatísticos. Implica, exemplos, em que os testes psicológicos são questio-
na grande maioria dos casos, a necessidade nados quanto a sua validade (Jornal do Comércio, 2002,
inicial de tradução do teste e, a seguir, a de p. 5); o CPP decide avaliar pela primeira vez a eficá-
adaptação das questões na forma ou no con- cia dos testes psicológicos utilizados no Brasil (Revis-
teúdo- de maneira a torná-lo mais de acordo ta Isto é, 25.set.2002, p . 60-62), os testes são e devem
com as peculiaridades sócioeconômicias-cul- continuar sendo utilizados, desde que de forma ade-
turais do grupo em que o teste vai ser usado . quada e ética, fazendo-se um uso inteligente do ins-
Em terceiro plano é que se apresenta a aferi- trumento. Segundo Pasquali (1999), a crescente
ção propriamente dita. Um procedimento,
demanda dos instrumentos psicológicos
para ser eficiente como teste psicológico, pre-
cisa estar aferido para o grupo em que vai ser não está sendo acompanhada por um desen-
aplicado (p .21-22). volvimento dos mesmos por parte de pesqui-
Portanto, a escolha de um teste deve ser orien- sadores brasileiros. Estes, na maioria dos
casos, se contentam em produzir um traba-
tada além do objetivo a que se propõe e a relevância
lho sumário sobre instrumentos estrangeiros,
do teste para sua finalidade de avaliação (aptidão
sem maiores preocupações sobre a aferição
cognitiva, personalidade, etc) e as características dos
da qualidade dos mesmos e aplicabilidade
sujeitos a serem testados também pelo exame de seus
para o nosso contexto cultural (p .7).
requisitos (qualidades) principais, conforme apresenta-
do para determinado grupo específico. Ao mesmo tempo Pasquali (1996), afirma que
a Ciência empírica não é isenta de erro e a consciência
das dificuldades deve servir para melhorar e não para
abandonar as técnicas. Com este espírito, muitas ten-
8- CONSIDERAÇÕES FINAIS
tativas estão sendo desenvolvidas com o objetivo de
Deve-se ter um maior grau de criticismo quanto qualificar os testes psicológicos e resgatar seu valor
ao uso de testes psicológicos importados, priorizar a (BARDELLA et al., 2001; GOUVEIA et al., 2002;
criação e a informatização de testes psicológicos, com PASQUALI, 1996; WECHSLER, 1999, 2001) .
o uso e a comercialização sendo controlados pelos ór- Finalmente, ter ou não ter legislação que oriente
gãos de representação profissional; nesse sentido, por o trabalho do psicólogo não se toma o fundamental, mas
exemplo, o Conselho Federal de Psicologia (CPP) pu- o ser ético para, então, " ... assumir responsabilidade so-
blicou jLmtamente com os Conselhos Regionais, as pro- mente por atividades para as quais esteja capacitado
postas ~ encaminhamentos resultantes do I Fórum pessoal e tecnicamente". Das responsabilidades gerais
Nacional de Avaliação Psicológica. Nesse material cons- dos psicólogos, Art. 1º,letra a- Código de Ética Profis-
ta que o CPP deverá constituir uma comissão de espe- sional dos Psicólogos (2000a).
cialistas "visando à elaboração de um guia de
orientações contendo as informações necessárias para
que os instrumentos possam ser comercializados", sen-
do fundamentação teórica, processo de construção do REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
teste, precisão/fidedignidade, normas e amostras de ADÁNEZ, Geraldo P. Procedimentos de construccion
pontos importantes a serem considerados (CPP, 2000b, y analisis de tests psicometricos. In: WECHLER,
p.12). Existem também atualmente diversas Resoluções Severino M. & GUZZO, Roberto S. L. Avaliação
do CPP que procuram orientar e regulamentar a utili- nsicológica: perspectiva internacional. São Paulo: Casa
zação dos testes psicológicos (CFP,2001a,2001b,2002). do Psicólogo, 1999.
Também deveremos estar preparados para o ALMEIDA, Nemésio D. V. (no prelo). A entrevista
novo boom quanto ao uso da informática nas ativida- psicológica como um processo dinâmico e criativo.
des de avaliação psicológica através da Rede Interna- Psicologia Ciência e Profissão .
cional de Computadores (INTERNET). Tem sido
comum visitar sites na INTERNET que oferecem ava- ALMEIDA, Nemésio D. V. (em fase de pesquisa). Tes-
te de Prontidão Emocional para Motorista - TEPEM:
liações psicológicas. Logicamente, nesses casos, são
Estudos de Normatização de uma Nova Amostra para
utilizados "testes psicológicos" sem nenhuma quali-
motoristas da cidade do Recife (PE).
dade métrica, ou seja, a preocupação das pessoas ou
empresas que oferecem esse tipo de serviço tem sido ANCORA-LOPEZ, M. (Org.). Testes de inteligência I.
meramente econômica. São Paulo: E.P.U., 1987.

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