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"O termo 'bloco' significa que os países adotaram medidas entre eles para
favorecer o comércio internacional intrabloco", afirma. Além das quatro nações
que formam o Mercosul, chamados de Estados Partes, outros países membros
da ALADI podem participar, na qualidade de convidados, das reuniões dos
órgãos da estrutura institucional do bloco para tratar temas de interesse
comum, mas sem direito a voto. São os chamados Estados Associados
(Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru), com quem o Mercosul desenvolve
relações de integração política, econômica e social específicas. A Venezuela
vem postulando ser um país titular dentro do bloco.
2 O BRASIL E O MERCOSUL
Mas foi nesse dia, em meio a esse cenário, que Brasil, Argentina, Paraguai e
Uruguai firmaram o Tratado de Assunção, que estabelecia a criação do
Mercado Comum do Sul, o Mercosul, e permitia aos quatro vizinhos brincarem
também de bloco econômico, já que as zonas de livre comércio eram o hit
daqueles primeiros anos de mundo globalizado.
Naquele fim de século XX, todo mundo que quisesse não ser ignorado no
mundo pós Guerra Fria precisava de um bloco para chamar de seu. Os sul-
americanos, claro, não queriam ficar do lado de fora da festa ao verem, entre
outros, os exemplos da Europa, que ao longo de décadas havia partido do
seu Benelux para em 1992 dar à luz a União Europeia, e dos “irmãos” do
Norte, com Estados Unidos liderando o Nafta (sigla em inglês para Acordo de
Livre Comércio da América do Norte) com a parceria do Canadá e do México.
Para esse movimento dar certo na América do Sul, contudo, o Brasil precisa
se posicionar. Dono da maior economia, do maior contingente populacional e
do maior território no bloco, cabe ao país dar as cartas. “Há barreiras a serem
vencidas em curto prazo, como as dificuldades criadas pela animosidade do
governo brasileiro com o atual governo argentino e a desastrosa condução do
combate à pandemia”, contextualiza o jurista e cientista político Enrique
Carlos Natalino, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
(PUC-MG).
“Mas creio que o Mercosul representa um acerto de contas do país com a sua
vizinhança e com a América Latina”, prossegue Natalino. “É uma
oportunidade histórica de fazer da nossa geografia um ativo político,
econômico e diplomático no mundo que vem aí”, completa.
Bloco no escanteio
Mas analistas concordam que não houve, até aqui, um esforço institucional
para o fortalecimento das relações. “O Mercosul não tem qualquer relevância
na visão de mundo que norteia a política externa do governo Bolsonaro”,
resume o cientista político e de relações internacionais e professor da
Universidade Federal de Sergipe, Corival Alves do Carmo, autor do livro “O
Brasil e a América do Sul: Relações Regionais e Globais”. “Isso pode ser
positivo, porque significa que também não vai se fazer nada para acabar
formalmente com o bloco. Assim, um próximo governo brasileiro não precisa
começar a reconstrução do zero”, afirma.
Visão global
https://www.canalrural.com.br/noticias/acordo-oportunidades-problemas-brasil/
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/relembre-a-linha-do-tempo-das-
negociacoes-do-acordo-entre-mercosul-e-ue.shtml
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/7
69/491
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/06/25/ou-modernizamos-o-mercosul-
ou-teremos-um-problema-diz-guedes-em-critica-ao-governo-argentino.ghtml
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/perspectivas-para-mercosul-no-
seculo-xxi.htm
https://jus.com.br/artigos/73654/mercosul-aspectos-positivos-e-negativos-para-o-
brasil
https://novo.org.br/explica/o-mercosul-completou-30-anos/
https://www.politize.com.br/acordo-mercosul-uniao-europeia/