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Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP

Curso de Engenharia Química

Laboratório de Engenharia Química I


Prof.ª Cristina Paschoalato

MEDIÇÃO DE VELOCIDADE COM TUBO DE PITOT

Código Nome do Aluno Nota do Grupo


807.943 Aline Assis Santos
 813.548 Camila Borges
 813.855 Francine Baranauskas  
813.636 Franco Fabio
 759.800 Tamires Oishi

Ribeirão Preto, SP

2016
MEDIÇÃO DE VELOCIDADE COM TUBO DE PITOT

Tarefa apresentada à Universidade


de Ribeirão Preto UNAERP, como
requisito para obtenção de nota de
relatório de aula prática de Medição
de velocidade com Tubo de Pitot.
Área de Concentração: Laboratório
de Engenharia Química I.

Professora: Cristina Paschoalato

Ribeirão Preto

2016
FICHA CATALOGRÁFICA

Laboratório de Engenharia Química I – Medição de


Velocidade com Tubo de Pitot.

Ribeirão Preto- São Paulo

Palavras- Chave: Tubo de Pitot, Perfil de Velocidade, Vazão


Volumétrica.
MEDIÇÃO DE VELOCIDADE COM TUBO DE PITOT

Tarefa apresentada à Universidade de


Ribeirão Preto UNAERP, como requisito
para obtenção de nota de relatório de aula
prática de Medição de Velocidade com Tubo
de Pitot .

Área de Concentração: Laboratório de Engenharia Química I.


Data: 25 de Fevereiro de 2016.
Resultado: ___________________________

BANCA EXAMINADORA
Prof.ª____________________
Universidade de Ribeirão Preto
RESUMO

Em procedimento realizado durante a aula realizou-se as medições de


deslocamento da ponteira e da variação de pressão, em diferentes vazões, para
determinação do perfil de velocidade e vazão volumétrica posteriormente.

Palavras chave: Tubo de Pitot, Perfil de Velocidade, Vazão Volumétrica.


Sumário
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................7
2. OBJETIVO...................................................................................................................................9
3. METODOLOGIA.......................................................................................................................10
4. RESULTADOS..........................................................................................................................15
5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...............................................................................................21
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................22
1. INTRODUÇÃO

Em muitos estudos de escoamentos é fundamental determinar o módulo e a


direção da velocidade do fluido em alguns pontos da região estudada. Apesar de ser
impossível a obtenção da velocidade exata num ponto, pode-se determinar a
velocidade média numa pequena área ou volume com o auxílio de alguns
instrumentos adequados.
Existem muitos métodos para a determinação da velocidade dos fluidos, entre
eles podemos listar: medir o tempo que uma partícula leva para percorrer uma
distância conhecida; medir a rotação de uma hélice introduzida no escoamento;
medir a variação da resistência elétrica pelo resfriamento de um condutor elétrico
introduzido no escoamento; identificar a diferença entre a pressão total e a estática,
método introduzido por Henri Pitot em 1732, sendo este um dos mais utilizados.
Henri Pitot nasceu em Aramon, França, em 1695 e foi um importante
engenheiro especializado em hidráulica. Pitot começou a se interessar por fluídos e
testou vários de seus projetos e teorias no Rio Sena, até que inventou em 1732 um
dispositivo para medir a velocidade com que o fluido se movia, conhecido hoje por
tubo de Pitot, ou ainda pitômetro. (Cristine et. al. 2010).
O tubo de Pitot é um instrumento de medição que mede a velocidade de fluidos
em modelos físicos em laboratórios de hidráulica, em laboratórios de aerodinâmica e
também na hidrologia para a medição indireta de vazões em canais e rios, em redes
de abastecimento de água, em adutoras, em oleodutos e ainda a velocidade dos
aviões, medindo a velocidade de escoamento do ar.
O tubo funciona basicamente como um medidor de pressão diferencial,
necessitando para isso, possuir duas pressões bem definidas e comparadas.
A medição de pressão diferencial é produzida por elementos instalados na
tubulação de forma que o fluído tem contato com o mesmo causando um diferencial
de pressão, ou seja, a função do elemento e aumentar a velocidade do fluído
diminuindo a área de seção em um pequeno comprimento para haver uma queda de
pressão. (GALLI, Marcos, 2007)
A primeira fonte de pressão do sistema é a pressão de impacto, ou pressão
total, ou pressão de estagnação, tomada na extremidade do tubo de Pitot através de
sua entrada frontal principal, relativa ao fluxo de dado fluido.
7
A segunda tomada de pressão é a de pressão estática, que pode ou não ser
tomada na mesma localidade do tubo de Pitot. Geralmente essa tomada localiza-se
nas proximidades da tomada de pressão de impacto, se não, no mesmo corpo do
tubo de Pitot, porém também pode estar locada em uma posição totalmente distinta da tomada
de pressão de impacto. A tomada de pressão estática precisa estar localizada numa
posição de ângulo reto ao fluxo laminar do fluido, para melhor precisão.
A diferença de pressão pode então, depois de medida, ser chamada de
pressão dinâmica. Conhecida essa pressão dinâmica, é possível a obtenção da
velocidade do fluido, conhecendo se também a densidade desse fluido. Em geral, o tubo de
Pitot encontra-se em áreas de fluxo laminar, sem muita perturbação ou turbilhona-
mento.
Atualmente o tubo de Pitot possui inúmeras áreas de aplicação, entre elas:
aviação, náutica, aeromodelismo, vazão de fluxo em tubulações industriais, estudos
relacionados aos fluidos, medição de temperatura (com o aparato necessário),
simples medição de pressões, altitudes, velocidades, e também auxiliando
pesquisas meteorológicas. (Figueiredo B. et. al. 2003).
Sua construção varia de acordo com a sua utilização: comprimento, diâmetro,
formas, medidores de pressão diferencial, material de construção, proteções, e são
todos imprescindíveis para uma boa precisão de medição.

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2. OBJETIVO

Determinação experimental da vazão volumétrica e do perfil de velocidade em


um tubo com escoamento de ar através de um Tubo de Pitot (padrão primário).

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3. METODOLOGIA

O balanço de energia mecânica entre dois pontos permite relacionar a


diferença de pressão com a velocidade dentro de uma tubulação. Na realização do
procedimento experimental utilizou-se um tubo de Pitot com raio r pitot = 2,4 mm
acoplado a um manômetro digital que informava a diferença de pressão em kPa.
Essa diferença foi medida ao longo de uma tubulação de raio R = 26,25 mm por
onde escoava ar gerado por uma bomba o qual era regulado por uma válvula,
conforme as Figuras 1a e 1b.

Figura 1a - Medição de pressão com Figura 1b - Esquema Tubo de Pitot.


Tubo de Pitot.

Para este experimento foram coletados dados de diferença de pressão nas


posições radiais conforme Tabela 1. A leitura foi feita em três vazões diferentes de
fluido, sendo a vazão inicial com a válvula do gasômetro 100% aberta e a final com a
válvula praticamente fechada. Os valores coletados em todas as posições foram em
triplicata considerando-se a média entre eles para cálculo da velocidade.

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Tabela 1 - Distâncias do tubo de Pitot em relação à tubulação, para a medição da
velocidade de escoamento.

Posição r (mm)
Parede inferior Parede superior
24 24
19 19
11 11

A realização do balanço de energia mecânica entre um ponto central dentro da


tubulação, denominado Ponto 1, e o ponto inicial do bico do Tubo de Pitot,
denominado Ponto 2, permitiu relacionar a diferença de pressão com a velocidade
entre a tubulação e o Tubo de Pitot.

O balanço de energia mecânica para fluidos incompressíveis fornece a


Equação (1) (FOX, Robert W).

∆V2 ∆P
+ g . ∆ Z+ +lwf +η p . Ws=0 (1)
2 ρ

Sendo:

V = Velocidade, em m/s.

g = aceleração da gravidade, em m/s2.

ρar = Densidade do ar, em kg/m3.

atm . L
R = Constante universal dos gases ideais, R=0,082 em atm.L.mol-1.K-1.
mol . K

Aplicando esta equação para os pontos distintos 1 e 2 obtem-se a Equação (2).

V 22 V 21 ( P2−P1 )
− + g . ( Z 2−Z 1 ) + +lwf +n p . W s =0 (2)
2 2 ρ

E sabendo que:

Z2 =Z 1

11
lwf ≅ 0, trecho de tubo reto pequeno o suficiente.

η p . Ws=0, sem bomba entre os pontos.

V 2=0, ponto de estagnação devido ao impacto com a ponteira do tubo de Pitot.

A Equação (2) se resume na Equação (3).

V 21 ( P 2−P1 )
0− + =0 (3)
2 ρ

Mas P1, devido a sua forma de medida, é igual a Pe , pressão estática no tubo
de Pitot, e P2 é igual a Pt , pressão total no tubo de Pitot. Dessa forma pode-se obter
a Equação (4).

V 12 ( Pt −Pe ) V 12 ( Pt −Pe )
0− + =0 → =
2 ρ 2 ρ
(4)

2. ( Pt −Pe )
V 1=
√ ρ
(5)

Através da Equação (5) e com os dados de variação de pressão, pôde-se


calcular a velocidade do fluido na tubulação nas seis diferentes vazões.

Para prosseguir com os cálculos, utilizou-se a Equação (6) oriunda da Lei dos
Gases Ideais para encontrar a densidade do ar.

P .V =n . R . T (6)

Sabendo que:

12
m
n=
PM
(7)

Reajustando-se a Equação (6) com a Equação (7), encontra-se a Equação (8)


e a Equação (9) possibilita o cálculo da densidade do ar.

m
P .V = .R.T (8)
M

P. M m
= = ρar (9)
R.T V

Sendo:

M = Massa Molar, em g.mol-1.

Para o cálculo da vazão no tubo utilizou-se a Equação 10.

Q=V média . A tubo (10)

Sendo Atubo encontrado pela Equação 11.

Atubo =π .r 2 (11)

Com o resultado da densidade do ar obtido pela Equação (9) e os dados


coletados no experimento consegue-se agora obter a velocidade através da
Equação (5).

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O número de Reynolds (Re) para cada escoamento, também foi calculado.
Utilizou-se para este cálculo a Equação (12).

D∙v ∙ ρ
ℜ= (12)
μ

Sendo:
D = 0,054 m
v=¿Velocidade do fluido em cada ponto (m/s)
ρ = 1,05 kg/m³
µ = 1,85 ∙10−5 kg/m∙ s (Perry, R.H., Green, D.W. 1984).

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4. RESULTADOS

Para o cálculo da densidade do ar utilizou-se os dados de sua composição


média, sendo 78,084% de N2 (Nitrogênio), 20,946% de O2 (Oxigênio), 0,934% de Ar
(Argônio) e 0,037% de CO2 (Dióxido de Carbono). Portanto considerou-se que para
cada 1 mol de ar:

0,78084 mol de N2
0,20946 mol de O2
0,00934 mol de Ar
0,00037 mol de CO2

Então calculou-se o peso molecular da mistura ar:

28 g 32 g 39,95 g 44 g
M =0,78084 mol N 2 ∙ +0,20946 mol O 2 ∙ +0,00934 molAr ∙ +0,00037 mol CO 2 ∙ =28
1 mol 1 mol 1 mol 1mol

Através dos dados coletados de temperatura e pressão atmosférica local


calculou-se a densidade do ar através da equação (9):

T = 298 K

P = 712 mmHg

g
712 mmHg .28,96
mol g kg
ρar = =1,105 =1,105
mmHg . L L m³
62,36 .298 K
mol . K

A área de seção transversal do tubo pode ser calculada pela equação 11, e
obteve-se o seguinte resultado:

Atubo = 2,29.10-3m2

Então foi calculado o valor da velocidade em cada ponto, alterando o valor da


diferença de pressão aferida para o mesmo.
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Para a Figura 2, utilizou-se valores negativos e positivos, partindo-se do
centro da tubulação como valor zero, conforme apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 – Relação da distância a partir do centro da tubulação em relação ao


deslocamento do tubo de Pitot na secção transversal da tubulação.

Posição r (mm) distância do centro


Parede Superior 27
11 16
19 8
24 3
24 -3
19 -8
11 -16
Parede inferior -27

As Tabelas de 3 a 5 apresentam os dados de diferença de pressão coletados


durante o experimento e o cálculo da velocidade para cada ponto em cada
escoamento. A Figura de 2 mostra o perfil da velocidade em função do
deslocamento dentro do tubo de Pitot para cada um dos três escoamentos.

Tabela 3 - Medidas de pressão, cálculo de média e variação da velocidade em


função da posição r no 1º escoamento.
Posição r (mm) Pressão Medida (mbar) ΔP (mbar) ΔP (Pa) v (m/s)
Parede inferior 0,09 0,10 0,08 0,09 9 4,14
24 0,25 0,26 0,24 0,25 25 6,90
19 0,20 0,23 0,21 0,21 21 6,37
11 0,16 0,17 0,18 0,17 17 5,69
Parede Superior 0,14 0,12 0,13 0,13 13 4,98
24 0,26 0,25 0,27 0,26 26 7,04
19 0,26 0,25 0,23 0,25 25 6,85
11 0,20 0,21 0,18 0,20 20 6,12
v media (m/s) = 6,01

16
Tabela 4 - Medidas de pressão, cálculo de média e variação da velocidade em
função da posição r no 2º escoamento.
Posição r (mm) Pressão Medida (mbar) ΔP (mbar) ΔP (Pa) v (m/s)
Parede inferior 0,06 0,04 0,05 0,05 5,00 3,09
24 0,14 0,13 0,15 0,14 14,00 5,16
19 0,11 0,13 0,12 0,12 12,00 4,78
11 0,11 0,10 0,12 0,11 11,00 4,58
Parede Superior 0,05 0,04 0,06 0,05 5,00 3,09
24 0,13 0,15 0,14 0,14 14,00 5,16
19 0,14 0,13 0,14 0,14 13,67 5,10
11 0,11 0,10 0,12 0,11 11,00 4,58
v media (m/s) = 4,44

Tabela 5 - Medidas de pressão, cálculo de média e variação da velocidade em


função da posição r no 3º escoamento.
Posição r (mm) Pressão Medida (mbar) ΔP (mbar) ΔP (Pa) v (m/s)
Parede inferior 0,06 0,08 0,07 0,07 7,00 3,65
24 0,21 0,19 0,22 0,21 20,67 6,27
19 0,19 0,17 0,18 0,18 18,00 5,86
11 0,15 0,14 0,13 0,14 14,00 5,16
Parede Superior 0,09 0,10 0,11 0,10 10,00 4,36
24 0,19 0,18 0,20 0,19 19,00 6,02
19 0,18 0,20 0,21 0,20 19,67 6,12
11 0,20 0,19 0,17 0,19 18,67 5,96
v media (m/s) = 5,43

17
Perfil 1 Perfil 2 Perfil 3

30

20

10
Deslocamento (mm)

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8

-10

-20

-30
Velocidade (m/s)

Figura 2 - Perfil da velocidade em função do deslocamento dentro do tubo de Pitot


para cada vazão.

Para o cálculo da vazão volumétrica utilizou-se a Equação (10). Os dados


calculados por escoamento estão na Tabela 6.

Tabela 6 - Vazão volumétrica calculada para cada escoamento.

Escoamento Vazão volumétrica (m³/s)


1 1,38E-02
2 1,02E-02
3 1,24E-02

De acordo com a Equação (12) foi possível calcular o número de Reynolds


para cada escoamento, em todas as posições do tubo e em todos os escoamentos.

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Tabela 7 - Número de Reynolds em função da posição dentro do tubo e do
escoamento.

Posição r Numero de Reynolds


(mm)
1º Esc. 2º Esc. 3º Esc.
Parede
inferior 12689,75 9458,38 11191,30

24 21149,58 15826,89 19229,45

19 19537,14 14652,86 17946,01

11 17440,39 14029,04 15826,89


Parede
Superior 15251,18 9458,38 13376,17

24 21568,42 15826,89 18437,77

19 21008,11 15637,34 18758,45

11 18758,45 14029,04 18275,32

Então se pode observar que todos os pontos e escoamentos apresentam o Re


maior que 2100, o que caracteriza como regime turbulento os três escoamentos.

19
5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Através da análise gráfica dos resultados obtidos nos experimentos sobre


tubo de Pitot observou-se que a velocidade de escoamento do ar nas bordas é
aparentemente menor comparada com a velocidade do escoamento no centro,
aumentando essa diferença conforme a velocidade do escoamento aumenta. Isso
acontece devido à tensão de cisalhamento e atrito nas bordas do tubo ser mais
intensa que no centro, onde as interfaces em contato são fluido-fluido e não fluido-
borda (nas bordas).

Experimentalmente, todos os ensaios mostraram um perfil muito próximo do


parabólico, como traz a literatura. No entanto, o ponto conflitante é em relação ao
número de Reynolds, que para todos os ensaios correspondeu a uma faixa dentro
do regime de escoamento turbulento, mas o perfil de velocidade mostrado nos
gráficos experimentais foi perfil parabólico que é característico do escoamento
laminar.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Cristine A. Machado B. França G. Berlim I. Nakamoto V. Tubo de Pitot. Projeto de
Física II. Universidade Estadual Paulista – UNESP.
Disponível em: http://www.sorocaba.unesp.br/Home/Extensao/Engenhocas/projeto-
tubo-de-pitot.pdf
Acesso em: 06 abril 2016.

Figueiredo B. B. Campos D. C. Venturac P. C. S. de Moura D. G. O TUBO DE PITOT


Disponível em:
http://www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_otubodepitotbrennobrumme.trabalho.pdf
Acesso em: 06 abril 2016.

Pisani R. J. Apostila de Transferências de Quantidade de Movimento para

Engenharia Química. Universidade de Ribeirão Preto. 2010, pg 19-31;

W.H.Kong. Fenômenos de Transportes: Mecânica dos Fluídos. São Carlos.

EdUFSCar, 2010, pg 28-33,121 e 122.

GALLI, Marcos. Apostila Fundamentos de Instrumentação – Medição de Vazão,


SENAI-SANTOS/SP, 2007

FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos fluidos. 4. ed. Rio
de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, c1998. 662 p.

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