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Sumário 0 Introdução
Prefácio
Introdução 0.1 Cilindros leves para armazenagem de gás metano
1 Objetivo veicular (GMV) são essenciais para a operação de veí-
2 Referências normativas culos movidos por este combustível. Entretanto, dada às
3 Definições peculiaridades das condições de serviço destes cilindros,
4 Condições de serviço as exigências de segurança existentes para os cilindros
5 Documentação do cilindro industriais de armazenamento de gases em alta pressão
6 Requisitos essenciais para o projeto dos cilindros devem ser mantidas e ampliadas, para que se tenha uma
7 Fabricação operação segura destes. Estas condições de segurança
8 Inspeção na fabricação são atingidas
9 Marcação
ANEXOS - projetando-se e utilizando-se os cilindros, sobre
A Métodos de ensaio especificações precisas e claras das condições de
B Bibliografia serviço;
Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo, e o - exigindo-se do fabricante especificar, como parte
anexo B, de caráter informativo. do projeto, a vida útil em serviço dos seus cilindros.
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2 NBR 13973:1997
0.2 Cilindros que atendam a esta Norma devem ASTM B 154:1992 - Mercurous nitrate test for copper
and copper alloys
- ter uma vida em fadiga que exceda a vida especifi-
cada; ASTM D 522:1992 - Mandrel bend test of attached
organic coatings
- prever cilindros que quando pressurizados ciclica-
mente até falhar vazem, mas não rompam com frag- ASTM D 1308:1987- Effect of household chemical
mentação de material; on clear and pigmented organic finishes
- quando submetidos a ensaios hidrostáticos de rup- ASTM D 2344:1984 - Test method for apparent
tura, apresentar fatores de tensão na ruptura sobre interlaminar shear strength of parallel fibre
tensão na pressão de trabalho, que excedam os valo- composites by short beam method
res especificados para o tipo de projeto e material
utilizado. ASTM D 2794:1992 - Test method for resistance of
organic coatings to the effects of rapid deformation
0.3 Os proprietários e usuários de cilindros projetados e (impact)
fabricados de acordo com esta Norma devem observar
que os cilindros são projetados para uma operação se- ASTM D 3170:1987 - Chipping resistance of coatings
gura, se usados dentro das condições de serviço especi-
ficadas, e dentro da vida útil determinada. A data em que ASTM D 3359:1992 - Test method for measuring
expira a vida útil do cilindro é marcada em cada um. É de adhesion by tape test
responsabilidade dos proprietários e usuários assegu-
rar que os cilindros não serão usados após esta data e ASTM D 3418:1983 -Test method for transition
que também devem ser reinspecionados de acordo com temperatures of polymers by thermal analyses
o previsto em 4.1.4.
ASTM G 53:1993 - Practice for operating light - and
water - Exposure apparatus - Fluorescent UV -
1 Objetivo
Condensation type - for exposure of non metallic
materials
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para
o projeto, fabricação seriada e inspeção de cilindros em
CGA C 6.2:1988 - Guidelines for visual inspection
plástico reforçado, com selante não-metálico, com capaci-
and requalification of fiber reinforced high pressure
dade volumétrica em água excedendo 20 L, mas não su-
cylinders
perior a 1 000 L, para utilização na armazenagem de
GMV, onde o gás é usado como combustível do veículo,
ISO 306:1987 - Plastics - Thermoplastics materials -
ou então para o transporte de gás em cilindro para o rea-
Determination of vicat softening temperature
bastecimento de postos de recarga.
ISO 2808:1991 - Paints and varnishes -
1.2 Esta Norma é baseada em uma pressão de trabalho Determination of film thickness
do gás natural de 20 MPa a 21°C, e uma pressão máxima
de enchimento de 26 MPa. ISO 3628:1978 - Plastic - Glass reinforced material -
Determination of tensile properties
1.3 Esta Norma define a vida útil em serviço, baseada em
uma razão de 1 000 enchimentos do cilindro por ano, ISO 4624:1978 - Plastics and varnishes - Pull - off
sendo no mínimo 15 000 enchimentos, ou 15 anos, a vi- Test for adhesion
da útil mínima admitida. A máxima vida útil permitida é de
20 anos. A vida útil segura deve ser demonstrada através ISO 7225:1994 - Precautionary labels for gas
de métodos apropriados de projeto, ensaios de qualifica- cylinders
ção do cilindro e controles de fabricação.
NOTA - No anexo B é apresentada uma bibliografia.
2 Referências normativas
3 Definições
As normas relacionadas a seguir contêm disposições
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor definições.
no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam 3.1 cilindro acabado: Cilindro completo, típico de produ-
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência ção normal, com identificação e revestimento externo, in-
de se usarem as edições mais recentes das normas cita- cluindo proteções integradas ao cilindro especificadas
das a seguir. A ABNT possui a informação das normas pelo fabricante, mas livre de proteções não integradas
em vigor em um dado momento. ao cilindro.
NBR 11725:1986 - Conexões e roscas para válvulas 3.2 cilindros reforçados com fibra: Cilindros fabricados
de cilindros para gases comprimidos - Padronização com filamentos contínuos impregnados de resina, bobi-
nados helicoidalmente e circunferencialmente sobre um
ASTM B 117:1990 - Test method of salt spray (fog) selante não-metálico, sob condições controladas de ten-
testing são.
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3.3 fabricante: Organização responsável pelo projeto, 4.1.3 Vida útil em serviço
fabricação e ensaios dos cilindros.
A vida útil em serviço durante a qual o cilindro pode ser
3.4 lote de cilindros reforçados com fibra: Grupo de ci- usado com segurança deve ser calculada tendo por base
lindros produzidos sucessivamente, a partir de selantes as condições-padrão de serviço especificadas. A máxima
qualificados, com o mesmo tamanho, projeto, materiais e vida útil em serviço admitida é de 20 anos.
processo de fabricação.
4.1.4 Reinspeções periódicas
3.5 lote de selantes não metálicos: Grupo de selantes
produzidos sucessivamente, tendo o mesmo diâmetro Recomendações de reinspeção periódica, por inspeções
nominal, espessura de parede, projeto, materiais e pro- visuais ou reensaios, durante a vida útil em serviço, devem
cesso de fabricação. ser fornecidas pelo fabricante do cilindro, com base nas
condições-padrão de serviço especificadas.
3.6 órgão de inspeção independente: Órgão de inspe-
Independente das recomendações do fabricante, cada
ção de reconhecimento nacional e/ou internacional para
cilindro deve ser inspecionado visualmente a cada
condução e aprovação dos ensaios e reinspeções descri-
36 meses, ou quando de sua reinstalação, quanto a da-
tas nesta Norma.
nos superficiais e deteriorações, inclusive sob as cintas
de fixação nos suportes.
3.7 pressão de enchimento: Pressão do gás no cilindro
imediatamente após o enchimento. As especificações de inspeção visual devem no míni-
mo contemplar as especificações contidas no guia
3.8 pressão de trabalho: Pressão referenciada do gás CGA C 6.2.
natural de 20 MPa a uma temperatura uniforme de 21°C.
As inspeções visuais e reensaios devem ser conduzidos
3.9 selante não-metálico: Cilindro usado como uma cas- pelo órgão de inspeção independente ou pelo fabricante,
ca impermeável interna, sobre o qual são bobinadas fi- de acordo com as especificações do fabricante e as con-
bras, a fim de se prover a resistência necessária. Ao con- tidas nesta Norma.
trário dos selantes metálicos, os não-metálicos não têm
comprometimento estrutural. Cilindros sem os rótulos contendo as informações obriga-
tórias, ou contendo rótulo mas com as informações obriga-
3.10 vida útil em serviço: Vida em anos durante a qual tórias ilegíveis, devem ser retirados de serviço.
o cilindro pode ser usado com segurança, de acordo com
as condições especificadas de serviço. Caso os cilindros possam ser identificados, sem dúvidas,
quanto ao fabricante e número de série, deve-se solicitar
4 Condições de serviço ao fabricante um novo rótulo com as informações obriga-
tórias e o cilindro poderá permanecer em serviço.
4.1 Geral
4.1.4.1 Cilindros envolvidos em colisão
a) água e/ou água salinizada ou por imersão ou por c) requisitos mínimos de inspeção ou reensaio, des-
pulverização; critos de forma clara;
c) todas dimensões com tolerâncias, incluindo a mí- Um resumo de todos os documentos exigidos em 5.1
nima espessura de parede admissível; deve ser listado em uma folha de especificação para ca-
da projeto de cilindro. Devem constar na folha de especi-
d) especificação dos materiais, com propriedades ficações o título, o número de referência, o número de re-
químicas e mecânicas mínimas; visão, as datas da emissão original e das versões e núme-
ro desta Norma. Todas as folhas devem ser assinadas
e) detalhes do sistema de proteção contra o fogo, re- pelo emissor.
vestimento externo, pressão mínima de ensaio e ou-
tros que o fabricante considere relevantes; Devem ser ainda previstos na folha de especificação o
número usado para designar o projeto e a assinatura do
f) massa do cilindro, incluindo a sua variação admis- engenheiro responsável pelo projeto.
sível.
6 Requisitos essenciais para o projeto dos
5.3.3 Dados de análise de tensões cilindros
5.3.7 Suportes de fixação dos cilindros As fibras para reforço estrutural podem ser fibras de vidro,
fibras de aramida e fibras de carbono. No caso de fibras
Detalhes dos suportes de fixação dos cilindros devem de carbono, devem ser adotados meios que previnam a
ser fornecidos de acordo com 6.8. corrosão galvânica dos componentes metálicos do ci-
lindro.
5.4 Dados de fabricação
O fabricante deve manter arquivado, por um período equi-
Devem ser especificadas variações permitidas no proces- valente à vida útil projetada mais 5 anos (mínimo de
so de fabricação, tais como fração volumétrica de resina, 20 anos), as especificações do material composto, as re-
tensão e velocidade de bobinamento, tempo e tempera- comendações de armazenamento das fibras (segundo
tura de cura. seu fornecedor) e os certificados emitidos pelo fornece-
dor da fibra que atestem a vida útil e as propriedades
Devem também ser especificados: acabamento superfi- mecânicas destas para cada lote adquirido. O fabricante
cial (se houver), detalhes de rosca e tamanho dos lotes do cilindro deve comprovar as propriedades fornecidas
para ensaio. pelo fabricante da fibra.
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A tensão de escoamento e a tensão máxima devem ser Roscas cônicas, de acordo com a NBR 11725, são permi-
determinadas de acordo com A.15. Os ensaios de- tidas somente em bocais fabricados em aço. O fabricante
vem comprovar as propriedades dúcteis do selante plás- deve prever instruções claras para a fixação de válvulas
tico a - 50°C. no bocal, de tal forma que não ocorram danos à conexão
bocal metálico/selante não-metálico.
Os materiais poliméricos devem ser compatíveis com as
condições de serviço de acordo com a seção 4. 6.7.3 Roscas paralelas
Conforme o método descrito em A.16, a temperatura de Bocais fabricados em outros materiais que não aço devem
amolecimento deve ser no mínimo de 90°C e a tempera- ter roscas paralelas. A tensão de cisalhamento na rosca
tura de fusão de no mínimo 100°C. do bocal, quando o cilindro for submetido à pressão de
ensaio hidrostático, não deve ultrapassar um quarto da
6.3 Pressão de ensaio hidrostático tensão máxima de cisalhamento do material do bocal,
quando calculada segundo a equação abaixo:
A menor pressão de ensaio hidrostático deve ser de
30 MPa. A = π . n.l.d [1/ (2 n) + (d - D)/3]
6.4 Pressão de ruptura e razão de tensão nas fibras T = P.π . (b/2) 2 /10
Todos os cilindros devem ser protegidos do fogo com O fabricante deve especificar o meio pelo qual o cilindro
dispositivos de alívio de pressão. O cilindro, seus mate- deve ser fixado para instalação em veículos. O fabricante
riais, dispositivos de alívio de pressão e qualquer material deve também fornecer instruções de fixação, incluindo
de isolamento ou proteção devem ser projetados conjun- força e torque de fixação, a fim de que o cilindro fique fi-
tamente, de forma a assegurar condições de segurança, xo, mas não esteja submetido a tensões inaceitáveis e
durante os ensaios de fogueira, conforme descrito em não sofra danos na superfície.
A.8. Os dispositivos de alívio de pressão devem ser en-
saiados de acordo com A.17. 6.9 Revestimento de proteção externo
6.7 Bocais metálicos A superfície externa dos cilindros deve ser protegida do
ensaio de condicionamento ambiental, descrito em A.7,
6.7.1 Geral por um dos seguintes meios:
Os materiais dos bocais metálicos conectados ao selante a) um sistema adequado de revestimento que atenda
não-metálico devem ser compatíveis com as condições ao previsto em A.2.1;
de serviço, de acordo com a seção 4. O bocal metálico
que possuir abertura roscada para fixação de válvulas b) um acabamento superficial que permita proteção
deve suportar um torque de 500 N.m, sem danificar a equivalente (por exemplo, metal vaporizado);
integridade da conexão bocal metálico/selante não-me-
tálico. c) o uso de um sistema adequado de fibra/resina.
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Qualquer revestimento aplicado ao cilindro não deve ciclos até a falha e local do início de falha devem ser re-
afetar as propriedades mecânicas do cilindro. O reves- gistrados.
timento deve ser projetado de forma a facilitar a reinspe-
ção em uso do cilindro. O fabricante deve fornecer instru- 6.11.3 Ensaio de ambientação em ácido
ções sobre os tratamentos que podem ser dados ao re-
vestimento durante as reinspeções, a fim de assegurar a Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
continuidade do uso do cilindro. de acordo com A.7.
Os cilindros não podem falhar até 1 000 ciclos vezes a vi- 6.12 Alterações de projeto
da útil em anos (mínimo 15 000 ciclos). Os cilindros que
ultrapassarem 1 000 ciclos vezes a vida útil em anos po- São consideradas alterações de projeto mudanças nos
dem falhar por vazamento, mas não por ruptura. Os cilin- materiais estruturais e alterações dimensionais que não
dros que não falharem dentro de 3 000 ciclos vezes a vi- as atribuídas a tolerâncias de fabricação. Alterações de
da útil em anos (mínima de 45 000 ciclos) devem ser des- pequena monta são permitidas através de um ensaio de
truídos, ou continuando-se o ensaio, ou por ruptura hi- qualificação reduzido. As mudanças de projeto especifica-
drostática. Cilindros que excedam 3 000 ciclos vezes a das na tabela 3 exigem os ensaios de qualificação espe-
vida útil em anos podem falhar por ruptura. O número de cificados.
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A máxima temperatura de cura deve ser ao menos 10°C 8.2.3 Ensaio hidrostático de ruptura do lote
abaixo da temperatura de amolecimento do selante
termoplástico. Um cilindro deve ser ensaiado de acordo com A.5.
A inspeção na fabricação deve ser feita pelo órgão de Em um cilindro, os bocais metálicos em ambas extremi-
inspeção independente. dades devem ser submetidos a um torque de 500 N.m,
de acordo com A.18. O cilindro deve então ser ensaiado
8.1 Inspeção na linha de produção em pressurização cíclica, de acordo com A.6. Em seguida
ao ensaio de pressurização cíclica, o cilindro deve ser
8.1.1 Ensaio hidrostático ensaiado quanto ao vazamento, de acordo com A.3. A
freqüência de ensaio deve ser como segue:
Cada cilindro acabado deve ser pressurizado hidrosta-
ticamente, segundo A.4. O fabricante deve definir o limite a) um cilindro de cada lote deve ser pressurizado ci-
de expansão elástica durante o ensaio, mas em nenhum clicamente por um número de ciclos igual a 1 000 ci-
caso a expansão elástica de qualquer cilindro pode ser clos vezes a vida útil especificada em anos (mínimo
maior que 10% do valor médio da expansão elástica do de 15 000 ciclos);
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b) se para dez lotes seqüenciais de produção de 2) se a pressão de ruptura for maior que 85% da
uma mesma família de projeto (isto é, materiais e pressão mínima de ruptura projetada, mas menor
processos similares) nenhum dos cilindros ensaia- que este valor (isto é, está entre 85% e 100% da
dos de acordo com o item a) vazar em menos do que pressão de ruptura projetada), então um outro cilin-
1 500 ciclos vezes a vida útil em serviço (mínimo de dro deve ser escolhido no lote e ensaiado de acor-
22 500 ciclos), então o ensaio de pressão cíclica po- do com A.5. Caso não atenda ao especificado, o
de ser reduzido para um cilindro a cada cinco lotes lote deve ser rejeitado;
de produção;
b) caso o cilindro usado para o ensaio de ruptura
c) se para dez lotes seqüenciais de produção de não seja o mesmo usado para o ensaio de pressão
uma mesma família de projeto (isto é, materiais e cíclica, e o valor da pressão de ruptura seja menor
processos similares) nenhum cilindro ensaiado de que a pressão mínima de ruptura projetada, o lote
acordo com o item a) vazar em menos de que 2 000 deve ser rejeitado.
ciclos vezes a vida útil em serviço (mínimo de 30 000
ciclos), então o ensaio de pressão cíclica pode ser 8.2.5.3 Ensaio de pressão cíclica:
reduzido para um cilindro a cada dez lotes de fabrica-
ção; a) caso o cilindro ensaiado em pressão cíclica não
atenda às especificações de vazamento, quando en-
d) se transcorrerem mais de seis meses entre o último saiado de acordo com A.3, o lote deve ser rejeitado;
lote de produção e o próximo, então um cilindro deste
lote deve ser ensaiado em pressão cíclica, a fim de b) caso o cilindro escolhido no lote não atenda às
manter a freqüência reduzida em b) ou c); especificações quando ensaiado em torque, de
acordo com A.18, então todos os cilindros do lote
e) se qualquer cilindro ensaiado em freqüência redu- devem ser ensaiados de acordo com A.18, e os cilin-
zida vazar sem atingir o número de ciclos de pressão dros que não atenderem às especificações devem
(mínimo de 22 500, segundo item b), ou mínimo de ser rejeitados e destruídos. Os cilindros restantes
30 000, segundo item c)), então será necessário re- formam um novo lote, o qual deve ser ensaiado;
petir o item a) por um mínimo de dez lotes de produ-
ção, a fim de se restabelecer a freqüência reduzida c) no caso de falha no ensaio cíclico de pressuriza-
de ensaio, descrita em b) e c); ção, deve-se proceder conforme descrito em 8.2.4 f).
i) as válvulas e o sistema de alívio de pressão apro- l) aviso sobre os cuidados e recomendações para a
vados e qualificados para o cilindro, ou meios que instalação, em letras de no mínimo 10 mm de altura.
permitam o acesso à informação sobre as mesmas;
j) identificação do órgão de inspeção independente; 9.3 É facultativo que seja estampado um número ou có-
digo na parte metálica exposta dos bocais, que permita o
k) a capacidade nominal de água do cilindro, até um rastreamento do cilindro, no caso de sua etiqueta estar
número significativo (em litros); danificada (ver 4.1.4).
Vidro 3,65 73
Aramida 3,10 62
Carbono 3,35 67
Tipo de ensaio
Alteração de A.5 A.6 A.7 A.8 A.10 A.9 A.11+ A.14+ A.17
projeto A.12 + A.18+
A.13 A.20
Fabricante da fibra * * * *
Material da fibra * * * * * * * *
Material da resina * * * *
Forma de calotas * *
Material de revestimento *
Processo de fabricação * *
/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Métodos de ensaio
A.1 Pressurização cíclica em temperatura extrema c) ensaio de resistência ao impacto de acordo com a
ASTM D 2794. O revestimento, à temperatura ambien-
O cilindro acabado, com o composto livre de qualquer re- te, deve passar no ensaio de impacto de 18 J;
vestimento protetor, deve ser ensaiado, sem apresentar
evidência de ruptura, vazamento ou desfibramento, como d) ensaio de resistência química de acordo com a
segue: ASTM D 1308. Os ensaios deverão ser conduzidos
usando-se o método de ataque localizado (open spot
a) condicionamento do cilindro por 48 h a 65°C, umi- method) e 100 h de exposição a uma solução de
dade relativa mínima de 95%. Esta umidade poderá 30% de ácido sulfúrico (ácido de bateria com
ser obtida pela pulverização de água em uma câma- densidade 1,219) e 24 h de exposição a polialcaleno
ra mantida a 65°C ; glicol (fluido de freio). Não pode haver evidência de
amolecimento, escamação e descolamento. A ade-
são deve encontrar uma razão de 3, quando ensaia-
b) pressurizar hidrostaticamente, por 500 ciclos vezes da de acordo com a ASTM D 3359;
a vida útil especificada em anos, entre uma pressão
não maior que 2 MPa e não menor que 26 MPa, a
e) ensaio de exposição a ultravioleta por 1 000 h, de
65°C e 95% de umidade relativa;
acordo com a ASTM G 53. Não pode haver evidência
de escamação, e a adesão deve ter uma razão 3,
c) estabilizar a pressão zero e temperatura ambiente; quando ensaiada de acordo com a ISO 4624. A má-
xima perda de brilho permitida é de 20%;
d) pressurizar hidrostaticamente, por 500 ciclos vezes
a vida útil especificada em anos, entre uma pres- f) exposição mínima de 500 h conforme a ASTM B117.
são não maior do que 2 MPa e não menor que A profundidade do corte na região de marcação não
26 MPa, a - 40°C; deve exceder 2 mm. Não poderá haver evidência de
escamação, e a adesão medida deve ter uma razão
e) a razão de pressurização em b) não deve exceder de 3, conforme a ASTM D 3359;
10 ciclos/min. A razão de pressurização em d) não
deve exceder 3 ciclos/min, a menos que um transdu- g) resistência ao arrancamento de parte do reves-
tor de pressão seja instalado dentro do cilindro. De- timento à temperatura ambiente, usando a
ve-se assegurar que a temperatura mínima do fluido ASTM D 3170. O revestimento deve ter uma razão
seja mantida durante o ensaio, providenciando-se o 7A ou melhor, e não pode haver exposição do subs-
seu registro. trato.
Seguindo os ensaios cíclicos à temperatura extrema, o A.2.2 Ensaio do revestimento em lotes de produção
cilindro deve ser hidrostaticamente pressurizado até a
ruptura, segundo A.5, e apresentar uma pressão de rup- A.2.2.1 Espessura do revestimento
tura no mínimo igual a 85% da menor pressão de ruptura
projetada. Antes de se proceder ao ensaio hidrostático A espessura do revestimento deve atender ao especifi-
de ruptura, deve-se fazer um ensaio de vazamento, se- cado no projeto, quando ensaiada segundo a ISO 2808.
gundo A.3.
A.2.2.2 Adesão do revestimento.
A.2 Ensaio de revestimentos
A resistência de adesão do revestimento deverá ser me-
dida usando-se a ISO 4624, e deve ter uma razão mínima
A.2.1 Ensaio de performance do revestimento
de 4, segundo o método A ou B, conforme o caso.
A.4 Ensaio de pressão hidrostática sulfúrico (ácido de bateria com densidade 1,219)
por 100 h, enquanto o cilindro é mantido a 26,0 MPa;
O ensaio deve ser conforme o seguinte:
b) o cilindro deverá ser então ensaiado até a ruptura,
a) cada cilindro deve ser ensaiado em ensaio hidros-
de acordo com A.5, e atingir uma pressão de ruptura
tático, a uma pressão no mínimo igual a 1,5 vez a
igual ou maior que 85% da menor pressão de ruptura
pressão de trabalho,
projetada.
b) a pressão de ensaio deve ser mantida por pelo
menos 30 s ou o suficiente para assegurar a expan- A.8 Ensaio de fogueira
são total do cilindro. Qualquer pressão aplicada an-
tes do ensaio hidrostático não deve exceder 90% da A.8.1 Geral
pressão de ensaio. Se o ensaio não puder ser
concluído devido à falha do sistema de ensaio, o en- Os ensaios de fogueira são executados em cilindros aca-
saio pode ser repetido com a pressão de ensaio au- bados, com sistema de proteção contra fogo (válvulas,
mentada em 0,69 MPa. Não são permitidas mais de dispositivos de alívio de pressão e isolamentos térmicos),
duas repetições; especificados no projeto, a fim de garantir que não ocorra
a ruptura do cilindro quando este for submetido às condi-
c) o fabricante deve definir os limites de expansão ções especificadas do ensaio de chama.
volumétrica permanente para o ensaio usado, mas
em nenhum caso esta pode ser superior a 5% da ex- A.8.2 Preparação
pansão volumétrica total, medida sob a pressão de
ensaio. A expansão elástica dos cilindros deve ser
Os cilindros devem ser colocados horizontalmente, com
definida pelo fabricante. Qualquer cilindro que não
sua superfície inferior a aproximadamente 100 mm acima
atenda aos limites de rejeição definido deve ser
da fonte de fogo.
rejeitado e destruído, ou usado para outros ensaios
de lote.
Proteções metálicas podem ser usadas a fim de evitar
A.5 Ensaio de pressão hidrostática de ruptura chama direta nas válvulas e sistemas de alívio de pres-
são, mas não podem estar em contato direto com estas.
O ensaio deve ser conforme o seguinte:
Qualquer falha em válvulas, conexões e tubulações, que
a) a razão de pressurização não deve exceder não façam parte do sistema de proteção, invalida o re-
1,4 MPa/s, em pressões que excedam 80% a pressão sultado.
de ruptura. Caso a razão de pressurização, a pres-
sões acima de 80% da pressão de ruptura, exceda
A.8.3 Fonte de fogo
0,35 MPa/s, o cilindro deve ser mantido por 5 s à
pressão mínima de ruptura projetada;
Uma fonte uniforme de fogo, com 1,65 m de comprimento,
b) a pressão mínima de ruptura não pode em nenhum deve prover chama direta que envolva todo o diâmetro
caso ser menor que a requerida pela razão de tensão do cilindro.
das fibras, conforme a tabela 2. A ruptura pode ocor-
rer ou na região cilíndrica ou na região das calotas. Qualquer fonte de combustível pode ser usada, desde
A pressão de ruptura deve ser registrada. que ela supra o calor necessário para manter a tempera-
tura especificada do ensaio por 30 min, ou até que o ci-
A.6 Ensaio de pressão cíclica à temperatura lindro despressurize completamente.
ambiente
O arranjo do sistema de geração de chama deve ser re-
O ensaio deve ser conforme procedimento abaixo: gistrado, a fim de poder ser reproduzido.
a) o cilindro deve ser totalmente cheio com óleo,
água ou glicol; Qualquer falha ou inconsistência da fonte de fogo durante
o ensaio invalida os resultados.
b) o cilindro deve ser pressurizado entre não mais
do que 2,0 MPa e não menos do que 26,0 MPa, a A.8.4 Medidas de pressão e temperatura
uma razão de pressurização que não exceda
10 ciclos/min. A temperatura na superfície inferior do cilindro, deve ser
monitorada por pelo menos três termopares, colocados
O número de ciclos até a falha do cilindro deve ser regis- ao longo do comprimento do cilindro e espaçados entre
trado, juntamente com a localização da falha, bem como si em no máximo 0,75 m.
uma descrição da iniciação da falha.
Proteções metálicas podem ser usadas para evitar a cha-
A.7 Ensaio de ambientação em ácido
ma direta sobre os termopares. Alternativamente, os ter-
Um cilindro acabado deve ser submetido aos seguintes mopares podem ser fixados dentro de blocos metálicos
procedimentos: quadrados com arestas não maiores que 25 mm.
a) expor uma área de 150 mm de diâmetro sobre a As temperaturas nos termopares e a pressão no cilindro
superfície do cilindro, a uma solução de 30% de ácido devem ser registradas a intervalos de no máximo 30 s.
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Imediatamente após a ignição do combustível, deve haver O cilindro deve ser então ensaiado em pressão cíclica,
uma fonte de chama que envolva a superfície do cilindro entre não mais do que 2,0 MPa e não menos do que
em todo o seu diâmetro, ao longo de um comprimento de 26,0 MPa, por 3 000 ciclos, seguidos por mais 12 000 ci-
1,65m. clos à temperatura ambiente. O cilindro não pode vazar
ou romper dentro dos primeiros 3 000 ciclos, mas pode
vazar nos 12 000 ciclos subseqüentes. Todos os cilindros
Após 5 min de ignição, a temperatura em um dos termo-
que completarem este ensaio devem ser destruídos.
pares deve indicar pelo menos 590°C. Esta temperatura
mínima deve ser mantida durante a duração do ensaio.
A.11 Ensaio de fluência em alta temperatura
A.8.6 Cilindros com comprimento igual ou menor que Um cilindro deve ser ensaiado como segue:
1,65m
a) o cilindro deve ser pressurizado a 26,0 MPa e
O centro do cilindro deve ser posicionado no centro da mantido a uma temperatura de 100°C por não menos
fonte de fogo. que 200 h;
A.8.7 Cilindros com comprimento superior a 1,65 m b) seguindo a este ensaio, o cilindro deve atingir o
especificado no ensaio de expansão hidrostática em
Se o cilindro for fornecido com sistema de alívio de pres- A.4, no de vazamento em A.3 e no de ruptura em A.5.
são em um lado somente, o fogo deve começar no lado
oposto. A.12 Ensaio de ruptura acelerado
Se o cilindro for fornecido com sistema de alívio de pres- Um cilindro sem revestimento de proteção deve ser pres-
são nos dois lados, ou mais do que um local ao longo do surizado a 26,0 MPa, imerso em água a 65°C e mantido
comprimento do cilindro o centro da fonte de fogo deve nestas condições por 1 000 h. O cilindro deve então ser
ser posicionado no meio dos sistemas de alívio de pres- pressurizado até a ruptura, conforme A.5, exceto que a
são separados pela maior distância horizontal. pressão de ruptura deve ser no mínimo 85% da mínima
pressão de ruptura projetada.
Se o cilindro, adicionalmente, for protegido por isolamento
térmico, então dois ensaios de fogueira devem ser reali- A.13 Ensaio de dano por queda
zados, um com a fonte de chama no meio do comprimento
Um ou mais cilindros devem ser ensaiados em queda,
do cilindro e outro com a fonte de fogo começando em
sem pressão interna ou válvulas conectadas. A superfície
um dos lados finais do cilindro.
sobre a qual o cilindro é jogado deve ser lisa, horizontal
e em concreto. Um cilindro deve cair na posição horizontal,
A.8.8 Resultados
com a superfície inferior a 1,8 m do piso. Um cilindro de-
ve cair verticalmente em cada extremidade, de uma altura
O cilindro é aprovado se:
tal que a energia potencial seja de 488 J, mas em nenhu-
ma hipótese a altura da parte inferior do cilindro até o
a) sobreviver a 30 min do ensaio sem ruptura;
piso pode ser maior que 1,8 m. Um cilindro deve cair so-
bre o piso em um ângulo de 45°, sobre a calota, de uma
b) despressurizar totalmente pelos sistemas de alívio altura de 1,8 m em relação ao centro de gravidade do ci-
de pressão. lindro; mas se a altura da parte inferior do cilindro até o
piso for menor que 0,6 m, então deve-se fixar esta altura
A.9 Ensaio de perfuração em 0,6 m e girar o cilindro até que seu centro de gravidade
esteja a 1,8 m do piso.
Um cilindro pressurizado a 20,0 MPa, com ar ou nitro-
gênio, deve ser perfurado por uma bala de diâmetro Após o ensaio de queda os cilindros devem ser pressuri-
7,62 mm ou maior, disparada contra o cilindro. zados ciclicamente entre não mais que 2,0 MPa e não
menos que 26,0 MPa, por 1 000 ciclos vezes vida útil es-
A bala deve perfurar pelo menos uma parede do cilindro. pecificada em anos. Os cilindros podem vazar, mas não
O projétil deve colidir a parede do cilindro a um ângulo romper durante o ensaio cíclico. Qualquer cilindro que
de 45°. Os cilindros não podem apresentar evidências complete este ensaio deve ser destruído.
de fragmentação. Perdas de pequenos pedaços, com
massa inferior ou igual a 45 g, não constituem falha do A.14 Ensaio de permeabilidade
ensaio. O tamanho aproximado dos furos de entrada e
saída da bala deve ser registrado, bem como suas locali- Um cilindro acabado deve ser pressurizado com gás natu-
zações. ral ou uma mistura de 90% nitrogênio, 10% de hélio, à
Cópia não autorizada
14 NBR 13973:1997
pressão de trabalho, colocado em uma câmara selada, à c) partes expostas de latão do sistema de alívio
temperatura ambiente, e monitorado quanto a vazamento de pressão devem resistir, sem corrosão sob ten-
por um tempo suficiente que permita estabelecer-se um são, ao ensaio de nitrato de mercúrio segundo a
regime contínuo de permeação. A razão de permeabili- ASTM B 154. O dispositivo de alívio de pressão deve
dade deve ser menor que 0,25 cm3/h de gás natural ou ser imerso por 30 min em uma solução aquosa de
hélio por litro de capacidade de água do cilindro. nitrato de mercúrio contendo 10 g de nitrato de mer-
cúrio e 10 mL de ácido nítrico, por litro de solução.
A.15 Ensaio de tração em plástico Seguindo a imersão, o dispositivo de alívio de pres-
são deve ser ensaiado por pressão aerostática de
A tensão de escoamento e a máxima tensão em tração 26,0 MPa, por 1 min, e monitorado quanto a vaza-
do material plástico do selante devem ser determinadas mento. Qualquer vazamento não pode exceder
a - 50°C, conforme a ISO 3628, e atender ao especificado 200 cm3/h.
em 6.2.3.
Os sistemas de alívio de pressão especificados pelo fa- A.19 Ensaio de resistência ao cisalhamento de resina
bricante devem ser compatíveis com as condições de
serviço descritas na seção 4 e atender aos seguintes en-
As resinas devem ser ensaiadas, em corpos-de-prova
saios de qualificação:
representativos do material composto, de acordo com a
a) uma amostra deve ser mantida a uma temperatura ASTM D 2344. Após 24 h em água fervente, o composto
não inferior a 100°C e uma pressão não inferior a deve ter uma resistência ao cisalhamento de no mínimo
30,0 MPa por 24 h. Ao fim deste ensaio não pode ha- 13,8 MPa.
ver nenhum vazamento e nenhum sinal de extrusão
de metal fusível usado no projeto; A.20 Ensaio cíclico com gás natural
/ANEXO B
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 15
Anexo B (informativo)
Bibliografia
ANSI/AGA NGV-2 - Basic Requirements for Compressed ISO/DIS 11439 - Gas Cylinders - High Pressure Cylinders
Natural Gas Vehicles (NGV) Fuel Containers (1992). for the On-Board Storage of Natural Gas a Fuel for
Automotive Vehicles (1996).
CSA B-51: Part 2 - High Pressure Cylinders for On-Board
Storage of Natural Gas a Fuel for Automotive Vehicles
(1995).