Você está na página 1de 15

Cópia não autorizada

OUT 1997 NBR 13973


Transporte e armazenagem de gás
metano veicular (GMV) em alta
ABNT-Associação
Brasileira de
pressão - Cilindro em plástico
Normas Técnicas reforçado com selante não-metálico -
Sede:
Rio de Janeiro
Projeto, fabricação e inspeção
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 240-8249/532-2143 Origem: Projeto 04:009.07-030:1997
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:009.07 - Comissão de Estudo de Cilindros para Gases e Acessórios
NBR 13973 - On-board storage and transportation of natural gas as fuel for
vehicle (NGV) at high pressure - All composite cylinders - Design, production
and inspection
Descriptors: Reinforced plastic cylinders. Gas cylinder. Natural gas for vehicle.
NGV
Esta Norma foi baseada na ISO/DIS 11 439:1996, CSA B51 Part II:1995,
ANSI/AGA NGV-2:1992
Copyright © 1997, Válida a partir de 01.12.1997
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Cilindros em plástico reforçado. Cilindro para 15 páginas
Impresso no Brasil gases. Gás metano veicular. GMV
Todos os direitos reservados

Sumário 0 Introdução
Prefácio
Introdução 0.1 Cilindros leves para armazenagem de gás metano
1 Objetivo veicular (GMV) são essenciais para a operação de veí-
2 Referências normativas culos movidos por este combustível. Entretanto, dada às
3 Definições peculiaridades das condições de serviço destes cilindros,
4 Condições de serviço as exigências de segurança existentes para os cilindros
5 Documentação do cilindro industriais de armazenamento de gases em alta pressão
6 Requisitos essenciais para o projeto dos cilindros devem ser mantidas e ampliadas, para que se tenha uma
7 Fabricação operação segura destes. Estas condições de segurança
8 Inspeção na fabricação são atingidas
9 Marcação
ANEXOS - projetando-se e utilizando-se os cilindros, sobre
A Métodos de ensaio especificações precisas e claras das condições de
B Bibliografia serviço;

- exigindo-se uma análise de tensões no cilindro,


Prefácio através de elementos finitos ou equivalente que de-
monstre a distribuição de tensões em todo o cilindro
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é e sirva de base para fixar-se a vida útil em fadiga de-
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- vido a pressurizações cíclicas;
leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se- - exigindo-se ensaios de qualificação do cilindro;
torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
(CE), formadas por representantes dos setores envolvi- - exigindo-se ensaios não-destrutivos e inspeção de
dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e todos os cilindros produzidos;
neutros (universidades, laboratórios e outros).
- exigindo-se ensaios destrutivos de cilindros e ma-
teriais, em ensaios de lote de fabricação;
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os - exigindo-se do fabricante especificações de reins-
associados da ABNT e demais interessados. peção periódica, e se necessário, de reensaios;

Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo, e o - exigindo-se do fabricante especificar, como parte
anexo B, de caráter informativo. do projeto, a vida útil em serviço dos seus cilindros.
Cópia não autorizada
2 NBR 13973:1997

0.2 Cilindros que atendam a esta Norma devem ASTM B 154:1992 - Mercurous nitrate test for copper
and copper alloys
- ter uma vida em fadiga que exceda a vida especifi-
cada; ASTM D 522:1992 - Mandrel bend test of attached
organic coatings
- prever cilindros que quando pressurizados ciclica-
mente até falhar vazem, mas não rompam com frag- ASTM D 1308:1987- Effect of household chemical
mentação de material; on clear and pigmented organic finishes

- quando submetidos a ensaios hidrostáticos de rup- ASTM D 2344:1984 - Test method for apparent
tura, apresentar fatores de tensão na ruptura sobre interlaminar shear strength of parallel fibre
tensão na pressão de trabalho, que excedam os valo- composites by short beam method
res especificados para o tipo de projeto e material
utilizado. ASTM D 2794:1992 - Test method for resistance of
organic coatings to the effects of rapid deformation
0.3 Os proprietários e usuários de cilindros projetados e (impact)
fabricados de acordo com esta Norma devem observar
que os cilindros são projetados para uma operação se- ASTM D 3170:1987 - Chipping resistance of coatings
gura, se usados dentro das condições de serviço especi-
ficadas, e dentro da vida útil determinada. A data em que ASTM D 3359:1992 - Test method for measuring
expira a vida útil do cilindro é marcada em cada um. É de adhesion by tape test
responsabilidade dos proprietários e usuários assegu-
rar que os cilindros não serão usados após esta data e ASTM D 3418:1983 -Test method for transition
que também devem ser reinspecionados de acordo com temperatures of polymers by thermal analyses
o previsto em 4.1.4.
ASTM G 53:1993 - Practice for operating light - and
water - Exposure apparatus - Fluorescent UV -
1 Objetivo
Condensation type - for exposure of non metallic
materials
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para
o projeto, fabricação seriada e inspeção de cilindros em
CGA C 6.2:1988 - Guidelines for visual inspection
plástico reforçado, com selante não-metálico, com capaci-
and requalification of fiber reinforced high pressure
dade volumétrica em água excedendo 20 L, mas não su-
cylinders
perior a 1 000 L, para utilização na armazenagem de
GMV, onde o gás é usado como combustível do veículo,
ISO 306:1987 - Plastics - Thermoplastics materials -
ou então para o transporte de gás em cilindro para o rea-
Determination of vicat softening temperature
bastecimento de postos de recarga.
ISO 2808:1991 - Paints and varnishes -
1.2 Esta Norma é baseada em uma pressão de trabalho Determination of film thickness
do gás natural de 20 MPa a 21°C, e uma pressão máxima
de enchimento de 26 MPa. ISO 3628:1978 - Plastic - Glass reinforced material -
Determination of tensile properties
1.3 Esta Norma define a vida útil em serviço, baseada em
uma razão de 1 000 enchimentos do cilindro por ano, ISO 4624:1978 - Plastics and varnishes - Pull - off
sendo no mínimo 15 000 enchimentos, ou 15 anos, a vi- Test for adhesion
da útil mínima admitida. A máxima vida útil permitida é de
20 anos. A vida útil segura deve ser demonstrada através ISO 7225:1994 - Precautionary labels for gas
de métodos apropriados de projeto, ensaios de qualifica- cylinders
ção do cilindro e controles de fabricação.
NOTA - No anexo B é apresentada uma bibliografia.
2 Referências normativas
3 Definições
As normas relacionadas a seguir contêm disposições
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor definições.
no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam 3.1 cilindro acabado: Cilindro completo, típico de produ-
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência ção normal, com identificação e revestimento externo, in-
de se usarem as edições mais recentes das normas cita- cluindo proteções integradas ao cilindro especificadas
das a seguir. A ABNT possui a informação das normas pelo fabricante, mas livre de proteções não integradas
em vigor em um dado momento. ao cilindro.

NBR 11725:1986 - Conexões e roscas para válvulas 3.2 cilindros reforçados com fibra: Cilindros fabricados
de cilindros para gases comprimidos - Padronização com filamentos contínuos impregnados de resina, bobi-
nados helicoidalmente e circunferencialmente sobre um
ASTM B 117:1990 - Test method of salt spray (fog) selante não-metálico, sob condições controladas de ten-
testing são.
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 3

3.3 fabricante: Organização responsável pelo projeto, 4.1.3 Vida útil em serviço
fabricação e ensaios dos cilindros.
A vida útil em serviço durante a qual o cilindro pode ser
3.4 lote de cilindros reforçados com fibra: Grupo de ci- usado com segurança deve ser calculada tendo por base
lindros produzidos sucessivamente, a partir de selantes as condições-padrão de serviço especificadas. A máxima
qualificados, com o mesmo tamanho, projeto, materiais e vida útil em serviço admitida é de 20 anos.
processo de fabricação.
4.1.4 Reinspeções periódicas
3.5 lote de selantes não metálicos: Grupo de selantes
produzidos sucessivamente, tendo o mesmo diâmetro Recomendações de reinspeção periódica, por inspeções
nominal, espessura de parede, projeto, materiais e pro- visuais ou reensaios, durante a vida útil em serviço, devem
cesso de fabricação. ser fornecidas pelo fabricante do cilindro, com base nas
condições-padrão de serviço especificadas.
3.6 órgão de inspeção independente: Órgão de inspe-
Independente das recomendações do fabricante, cada
ção de reconhecimento nacional e/ou internacional para
cilindro deve ser inspecionado visualmente a cada
condução e aprovação dos ensaios e reinspeções descri-
36 meses, ou quando de sua reinstalação, quanto a da-
tas nesta Norma.
nos superficiais e deteriorações, inclusive sob as cintas
de fixação nos suportes.
3.7 pressão de enchimento: Pressão do gás no cilindro
imediatamente após o enchimento. As especificações de inspeção visual devem no míni-
mo contemplar as especificações contidas no guia
3.8 pressão de trabalho: Pressão referenciada do gás CGA C 6.2.
natural de 20 MPa a uma temperatura uniforme de 21°C.
As inspeções visuais e reensaios devem ser conduzidos
3.9 selante não-metálico: Cilindro usado como uma cas- pelo órgão de inspeção independente ou pelo fabricante,
ca impermeável interna, sobre o qual são bobinadas fi- de acordo com as especificações do fabricante e as con-
bras, a fim de se prover a resistência necessária. Ao con- tidas nesta Norma.
trário dos selantes metálicos, os não-metálicos não têm
comprometimento estrutural. Cilindros sem os rótulos contendo as informações obriga-
tórias, ou contendo rótulo mas com as informações obriga-
3.10 vida útil em serviço: Vida em anos durante a qual tórias ilegíveis, devem ser retirados de serviço.
o cilindro pode ser usado com segurança, de acordo com
as condições especificadas de serviço. Caso os cilindros possam ser identificados, sem dúvidas,
quanto ao fabricante e número de série, deve-se solicitar
4 Condições de serviço ao fabricante um novo rótulo com as informações obriga-
tórias e o cilindro poderá permanecer em serviço.
4.1 Geral
4.1.4.1 Cilindros envolvidos em colisão

4.1.1 Condições-padrão de serviço


Cilindros envolvidos em colisão de veículos devem ser
inspecionados por órgão de inspeção independente ou
As condições-padrão de serviço especificadas são para pelo fabricante.
prover as bases mínimas necessárias para o projeto, fa-
bricação, inspeção e a aprovação dos cilindros para ar- 4.1.4.2 Cilindros envolvidos em incêndios
mazenagem e transporte de GMV, de acordo com a se-
ção 1. Cilindros que tenham sofrido a ação de chamas durante
incêndio devem ser retirados de serviço e destruídos.
4.1.2 Uso dos cilindros
4.2 Pressões máximas permitidas
As condições-padrão de serviço especificadas são tam-
bém para informar como os cilindros fabricados por esta A pressão máxima a que o cilindro pode estar submetido
Norma podem ser usados de forma segura por: deve satisfazer às condições abaixo:

- fabricantes de cilindros; a) pressão de trabalho de 20 MPa a 21°C;

- proprietários de cilindros; b) pressão de 26 MPa, imediatamente após o enchi-


mento, independente da temperatura;
- responsáveis pela instalação dos cilindros;
c) pressão de 26 MPa a 65°C, para cilindros que
possam ser aquecidos pela incidência solar, a tem-
- responsáveis pelos equipamentos de recarga dos peraturas superiores à ambiente.
cilindros, bem como projetistas destes;
4.3 Máximo número de ciclos de enchimento
- fornecedores de gás natural;
Os cilindros são projetados para serem enchidos a uma
- órgãos governamentais que tenham jurisdição so- pressão de 20 MPa a 21°C, a uma razão máxima de
bre a regulamentação do uso destes cilindros. 1 000 enchimentos por ano.
Cópia não autorizada
4 NBR 13973:1997

4.4 Temperaturas admissíveis 5 Documentação do cilindro

4.4.1 Faixa de temperatura do GMV 5.1 Geral

Os seguintes documentos devem ser elaborados e man-


A temperatura do gás no cilindro pode variar de - 40°C a
tidos pelo fabricante do cilindro, por um prazo igual à vi-
65°C.
da útil projetada mais 5 anos (mínimo de 20 anos):

4.4.2 Faixa de temperatura do cilindro a) dados referentes ao projeto;

A temperatura dos materiais do cilindro pode variar de b) dados de fabricação;


- 40°C a 82°C.
c) folha de especificações;
Temperaturas acima de 65°C devem ser localizadas, ou
existir por curto período de tempo, tal que a temperatura d) instruções de uso em serviço;
do gás no cilindro nunca ultrapasse 65°C.
e) dados complementares (se necessário).
4.4.3 Variações de temperatura no enchimento
5.2 Instruções de uso em serviço (manual de
instruções)
Durante o enchimento e descarga, a temperatura do gás
pode variar dentro dos limites especificados em 4.4.1.
O propósito das instruções de uso em serviço é informar
a usuários e instaladores de cilindros as especificações
4.5 Superfície externa dos cilindros e condições de manuseio seguro. As informações de
uso em serviço devem conter no mínimo o seguinte:
Os cilindros não são projetados para exposição contínua
a ataque químico ou mecânico, como, por exemplo, vaza- a) informações de que o cilindro está adequadamente
mentos de carga do veículo, ou abrasão excessiva por projetado para as condições de serviço de acordo
parte das condições do piso das ruas. Entretanto, deve- com a seção 4;
se prever que as superfícies dos cilindros podem, inad-
vertidamente, ser expostas às seguintes condições: b) especificação da vida útil;

a) água e/ou água salinizada ou por imersão ou por c) requisitos mínimos de inspeção ou reensaio, des-
pulverização; critos de forma clara;

d) especificação completa dos sistemas de alívio de


b) radiação ultravioleta de luz do sol;
pressão e/ou isolamentos;

c) impacto de cascalhos; e) método de fixação dos suportes, revestimentos


externos, etc., necessários;
d) solventes, ácidos e álcalis, fertilizantes;
f) descrição do projeto do cilindro;
e) fluidos automotivos, incluindo álcool, gasolina, flui-
do hidráulico, glicóis e óleos. g) qualquer informação adicional que o fabricante
julgue necessária, para uso seguro do cilindro.
4.6 Permeabilidade do gás ou vazamento
5.3 Dados referentes ao projeto
Os cilindros podem permanecer em locais fechados por
5.3.1 Responsabilidade técnica do projeto
longo período de tempo, de tal forma que a permeabili-
dade do GMV através das paredes do cilindro, bem como
Deve ser indicado no mínimo o seguinte:
vazamentos entre as conexões metálicas e o selante,
devem ser considerados no projeto.
a) empresa projetista;

4.7 Requisitos de instalação b) responsável técnico, ou responsáveis, pelo proje-


to, com a respectiva Anotação de Responsabilidade
As válvulas do cilindro, válvulas de segurança e alívio e Técnica (ART) junto ao CREA (Conselho Regional
conexões devem estar protegidas contra a quebra em de Engenharia e Arquitetura).
colisões. Se estas proteções forem montadas sobre o ci-
lindro, e não forem fornecidas pelo fabricante, devem ser 5.3.2 Desenhos
aprovadas pelo fabricante. Os fatores que devem ser con-
siderados na montagem das proteções devem incluir ao Os desenhos devem conter ao menos as seguintes infor-
menos a capacidade de o cilindro suportar a transferência mações:
de cargas de impacto e o efeito do aumento de rigidez
localizado sobre as tensões no cilindro e na vida em fadi- a) título, número de referência, data de conclusão e,
ga. quando houver, número de revisão;
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 5

b) referência a esta Norma; 5.5 Folha de especificação

c) todas dimensões com tolerâncias, incluindo a mí- Um resumo de todos os documentos exigidos em 5.1
nima espessura de parede admissível; deve ser listado em uma folha de especificação para ca-
da projeto de cilindro. Devem constar na folha de especi-
d) especificação dos materiais, com propriedades ficações o título, o número de referência, o número de re-
químicas e mecânicas mínimas; visão, as datas da emissão original e das versões e núme-
ro desta Norma. Todas as folhas devem ser assinadas
e) detalhes do sistema de proteção contra o fogo, re- pelo emissor.
vestimento externo, pressão mínima de ensaio e ou-
tros que o fabricante considere relevantes; Devem ser ainda previstos na folha de especificação o
número usado para designar o projeto e a assinatura do
f) massa do cilindro, incluindo a sua variação admis- engenheiro responsável pelo projeto.
sível.
6 Requisitos essenciais para o projeto dos
5.3.3 Dados de análise de tensões cilindros

Deve ser elaborada uma análise de tensões completa, 6.1 Geral


em todo o cilindro, selante e insertos metálicos, que pode
ser executada pelo método de elementos finitos ou outra Esta Norma requer que o projeto seja justificado através
técnica adequada. de cálculos apropriados que demonstrem a distribuição
de tensões e deformações em todo o cilindro, bem como
5.3.4 Dados de ensaio de materiais requer que o cilindro projetado seja capaz de satisfazer
aos ensaios de materiais, qualificação de projeto e produ-
Deve ser elaborada uma listagem detalhada dos materiais ção (lote e unitário) previstos.
utilizados, bem como de suas propriedades e tolerâncias
admissíveis. Devem ser documentados resultados de en- 6.2 Materiais
saio mecânico dos materiais, bem como dados que justi-
fiquem os mesmos serem adequados às condições de 6.2.1 Resinas
serviço de acordo com a seção 4.
6.2.1.1 Geral
5.3.5 Dados dos ensaios de aprovação do projeto
Os materiais para impregnação das fibras podem ser re-
A demonstração de que os materiais, o projeto, a fabrica- sinas termofixas ou termoplásticas. Exemplos de resinas
ção e o controle de qualidade do cilindro atendem às termofixas adequadas são resinas epóxi, epóxi/poliéster
condições de serviço é obtida através da realização dos modificada e viniléster, e de resinas termoplásticas são o
ensaios de qualificação descritos no anexo A. polietileno e a poliamida.

Os ensaios devem ser documentados e apresentar 6.2.1.2 Resistência ao cisalhamento


dimensões, espessura de parede e massa de cada cilin-
dro ensaiado. As resinas devem ser ensaiadas e atender ao especifi-
cado, de acordo com A.19.
5.3.6 Proteções contra incêndio
6.2.1.3 Determinação de temperatura de transição vítrea
Devem ser fornecidos os detalhes de arranjo de válvulas
de alívio de pressão e/ou isolamentos, que protejam o ci- A temperatura de transição vítrea deve ser determinada
lindro de ruptura súbita, quando exposto à chama. A efeti- segundo a ASTM D 3418
vidade do sistema de proteção deve ser demonstrada
conforme especificado em A.8. 6.2.2 Fibras

5.3.7 Suportes de fixação dos cilindros As fibras para reforço estrutural podem ser fibras de vidro,
fibras de aramida e fibras de carbono. No caso de fibras
Detalhes dos suportes de fixação dos cilindros devem de carbono, devem ser adotados meios que previnam a
ser fornecidos de acordo com 6.8. corrosão galvânica dos componentes metálicos do ci-
lindro.
5.4 Dados de fabricação
O fabricante deve manter arquivado, por um período equi-
Devem ser especificadas variações permitidas no proces- valente à vida útil projetada mais 5 anos (mínimo de
so de fabricação, tais como fração volumétrica de resina, 20 anos), as especificações do material composto, as re-
tensão e velocidade de bobinamento, tempo e tempera- comendações de armazenamento das fibras (segundo
tura de cura. seu fornecedor) e os certificados emitidos pelo fornece-
dor da fibra que atestem a vida útil e as propriedades
Devem também ser especificados: acabamento superfi- mecânicas destas para cada lote adquirido. O fabricante
cial (se houver), detalhes de rosca e tamanho dos lotes do cilindro deve comprovar as propriedades fornecidas
para ensaio. pelo fabricante da fibra.
Cópia não autorizada
6 NBR 13973:1997

6.2.3 Selantes plásticos 6.7.2 Roscas cônicas

A tensão de escoamento e a tensão máxima devem ser Roscas cônicas, de acordo com a NBR 11725, são permi-
determinadas de acordo com A.15. Os ensaios de- tidas somente em bocais fabricados em aço. O fabricante
vem comprovar as propriedades dúcteis do selante plás- deve prever instruções claras para a fixação de válvulas
tico a - 50°C. no bocal, de tal forma que não ocorram danos à conexão
bocal metálico/selante não-metálico.
Os materiais poliméricos devem ser compatíveis com as
condições de serviço de acordo com a seção 4. 6.7.3 Roscas paralelas

Conforme o método descrito em A.16, a temperatura de Bocais fabricados em outros materiais que não aço devem
amolecimento deve ser no mínimo de 90°C e a tempera- ter roscas paralelas. A tensão de cisalhamento na rosca
tura de fusão de no mínimo 100°C. do bocal, quando o cilindro for submetido à pressão de
ensaio hidrostático, não deve ultrapassar um quarto da
6.3 Pressão de ensaio hidrostático tensão máxima de cisalhamento do material do bocal,
quando calculada segundo a equação abaixo:
A menor pressão de ensaio hidrostático deve ser de
30 MPa. A = π . n.l.d [1/ (2 n) + (d - D)/3]

6.4 Pressão de ruptura e razão de tensão nas fibras T = P.π . (b/2) 2 /10

Os projetos de cilindro em plástico reforçado devem apre- S = T/A


sentar alta confiabilidade tanto em carregamentos cons-
tantes, como em carregamentos cíclicos. Esta confiabili- onde:
dade pode ser encontrada, atendendo-se ou excedendo-
se as razões de tensão dadas na tabela 2. A razão de A é a área de cisalhamento de rosca interna, em mi-
tensão é definida pela tensão na fibra na pressão de rup- límetros quadrados;
tura dividida pela tensão na fibra na pressão de trabalho.
n é o número de fios por milímetro;
Nos projetos que usem reforços híbridos (dois ou mais ti-
pos de fibras), o partilhamento do carregamento entre as d é o diâmetro maior da rosca externa, em milímetros;
diferentes fibras deve ser feito, baseado nos diferentes
módulos de elasticidade das fibras. As razões de tensão D é o diâmetro maior da rosca interna, em milímetros;
em cada tipo de fibra devem atender às especificadas na
tabela 2. l é o comprimento roscado, em milímetros;

6.5 Análise de tensões b é o diâmetro primitivo da rosca externa, em milíme-


tros;
As tensões nas direções tangencial e longitudinal do ci-
lindro, tanto no composto, como no selante, devem ser T é a força de arrancamento, em newtons;
calculadas. As pressões usadas são zero, pressão de
trabalho, pressão de ensaio hidrostático e pressão de P é a pressão interna, em megapascals;
ruptura. Os cálculos devem usar técnicas de análise ade-
quadas, que estabeleçam a distribuição de tensão em S é a tensão de cisalhamento na rosca interna, em
todo o cilindro. megapascals.

6.6 Proteção contra incêndio 6.8 Suporte do cilindro

Todos os cilindros devem ser protegidos do fogo com O fabricante deve especificar o meio pelo qual o cilindro
dispositivos de alívio de pressão. O cilindro, seus mate- deve ser fixado para instalação em veículos. O fabricante
riais, dispositivos de alívio de pressão e qualquer material deve também fornecer instruções de fixação, incluindo
de isolamento ou proteção devem ser projetados conjun- força e torque de fixação, a fim de que o cilindro fique fi-
tamente, de forma a assegurar condições de segurança, xo, mas não esteja submetido a tensões inaceitáveis e
durante os ensaios de fogueira, conforme descrito em não sofra danos na superfície.
A.8. Os dispositivos de alívio de pressão devem ser en-
saiados de acordo com A.17. 6.9 Revestimento de proteção externo

6.7 Bocais metálicos A superfície externa dos cilindros deve ser protegida do
ensaio de condicionamento ambiental, descrito em A.7,
6.7.1 Geral por um dos seguintes meios:

Os materiais dos bocais metálicos conectados ao selante a) um sistema adequado de revestimento que atenda
não-metálico devem ser compatíveis com as condições ao previsto em A.2.1;
de serviço, de acordo com a seção 4. O bocal metálico
que possuir abertura roscada para fixação de válvulas b) um acabamento superficial que permita proteção
deve suportar um torque de 500 N.m, sem danificar a equivalente (por exemplo, metal vaporizado);
integridade da conexão bocal metálico/selante não-me-
tálico. c) o uso de um sistema adequado de fibra/resina.
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 7

Qualquer revestimento aplicado ao cilindro não deve ciclos até a falha e local do início de falha devem ser re-
afetar as propriedades mecânicas do cilindro. O reves- gistrados.
timento deve ser projetado de forma a facilitar a reinspe-
ção em uso do cilindro. O fabricante deve fornecer instru- 6.11.3 Ensaio de ambientação em ácido
ções sobre os tratamentos que podem ser dados ao re-
vestimento durante as reinspeções, a fim de assegurar a Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
continuidade do uso do cilindro. de acordo com A.7.

6.10 Programas e procedimentos de inspeções e 6.11.4 Ensaio de fogueira


ensaios
Cilindros acabados devem ser ensaiados e satisfazer
O fabricante deve especificar programas e procedimentos aos requisitos, de acordo com A.8.
para
6.11.5 Ensaio de perfuração
- inspeção de fabricação, ensaios e critérios de acei-
tação; Um cilindro acabado deve ser ensaiado e satisfazer aos
requisitos, de acordo com A.9.
- inspeção periódica, ensaios e critérios de aceitação.
6.11.6 Ensaio de resistência à falha superficial
O intervalo de inspeção e os critérios mínimos de inspe-
ção devem estar de acordo com 4.1.4. Um cilindro acabado deve ser ensaiado e satisfazer aos
requisitos, de acordo com A.10.
O fabricante deve estabelecer, se possível, critérios de
6.11.7 Ensaio a alta temperatura
rejeição para inspeção visual, baseados nos resultados
de ensaio de pressurização cíclica em cilindros contendo
Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
defeitos, além das exigências mínimas contidas em 4.1.4.
de acordo com A.11.
6.11 Ensaios de qualificação de projeto
6.11.8 Ensaio de ruptura acelerada

Os ensaios de qualificação devem ser realizados em cilin-


Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
dros que sejam representativos do processo normal de
de acordo com A.12.
produção, estejam completos e com etiqueta de identifi-
cação. Para aprovação do cilindro, devem ser realizados
6.11.9 Ensaio de pressurização em temperatura extrema
os ensaios de qualificação de materiais, resumidos na
tabela 1, e os ensaios de qualificação do projeto, descritos
Um cilindro acabado deve ser ensaiado e satisfazer aos
abaixo e no anexo A. Se mais cilindros e selantes forem
requisitos, de acordo com A.1.
ensaiados do que o exigido por esta Norma, todos os re-
sultados devem ser documentados. Os ensaios de qualifi-
6.11.10 Ensaio de dano por queda
cação de projeto devem ser acompanhados e aprova-
dos pelo órgão de inspeção independente.
Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
de acordo com A.13.
6.11.1 Ensaio hidrostático de ruptura
6.11.11 Ensaio de torque do bocal metálico
Três cilindros devem ser submetidos à ruptura por pressão
hidrostática, de acordo com A.5. A pressão de ruptura Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
deve exceder a mínima pressão de ruptura estabelecida de acordo com A.18.
na análise de tensões, e em nenhum caso menor do que
o valor necessário para satisfazer à razão de tensão em 6.11.12 Ensaio de permeabilidade
6.4 e tabela 2.
Um cilindro deve ser ensaiado e satisfazer aos requisitos,
6.11.2 Ensaio de pressurização cíclica à temperatura segundo A.14.
ambiente
6.11.13 Ensaio cíclico com gás natural
Dois cilindros acabados devem ser ensaiados em pres-
surização cíclica, segundo A.6, até a ruptura, ou 3 000 ci- Um cilindro acabado deve ser ensaiado e satisfazer às
clos vezes a vida útil em anos. exigências, de acordo com A.20.

Os cilindros não podem falhar até 1 000 ciclos vezes a vi- 6.12 Alterações de projeto
da útil em anos (mínimo 15 000 ciclos). Os cilindros que
ultrapassarem 1 000 ciclos vezes a vida útil em anos po- São consideradas alterações de projeto mudanças nos
dem falhar por vazamento, mas não por ruptura. Os cilin- materiais estruturais e alterações dimensionais que não
dros que não falharem dentro de 3 000 ciclos vezes a vi- as atribuídas a tolerâncias de fabricação. Alterações de
da útil em anos (mínima de 45 000 ciclos) devem ser des- pequena monta são permitidas através de um ensaio de
truídos, ou continuando-se o ensaio, ou por ruptura hi- qualificação reduzido. As mudanças de projeto especifica-
drostática. Cilindros que excedam 3 000 ciclos vezes a das na tabela 3 exigem os ensaios de qualificação espe-
vida útil em anos podem falhar por ruptura. O número de cificados.
Cópia não autorizada
8 NBR 13973:1997

7 Fabricação lote. Cilindros que não atendam ao especificado devem


ser destruídos, ou usados para os ensaios de lote.
7.1 Geral
8.1.2 Ensaio de vazamento
Os cilindros em plásticos reforçados devem ser fabrica-
dos pelo bobinamento contínuo de fibras sobre um selan- Cada cilindro acabado deve ser ensaiado e atender ao
te não-metálico. A operação de bobinamento pode ser especificado, de acordo com A.3. Cilindros que não aten-
controlada mecanicamente, ou eletronicamente. Os fila- dam ao especificado devem ser rejeitados e destruídos.
mentos devem ser aplicados sob tensão controlada du-
rante o processo. 8.2 Inspeção de lote

Após o bobinamento, a resina termofixa deve ser curada, 8.2.1 Geral


usando-se uma curva temperatura x tempo predetermina-
da para cura da resina e controlando-se o processo de Os ensaios em lote de fabricação devem ser executados
cura sobre esta curva. em cilindros acabados que representem o processo nor-
mal de produção, com etiqueta de identificação. Um ou
7.2 Bobinamento mais cilindros devem ser escolhidos aleatoriamente em
cada lote. Se mais cilindros são ensaiados do que o exi-
Os cilindros devem ser fabricados em máquinas de bobi- gido nesta Norma, todos os resultados devem ser do-
namento de fibras. Durante o processo de bobinamento, cumentados. Em nenhum caso é permitido o lote exceder
as variáveis de fabricação significativas devem ser mo- 200 cilindros acabados ou selantes (não incluindo os ci-
nitoradas dentro das tolerâncias especificadas e do- lindros e selantes necessários aos ensaios destrutivos),
cumentadas ou em registro da operação de bobinamento. ou um turno de produção sucessiva, o qual for maior.
Estas variáveis devem incluir ao menos o seguinte:
8.2.2 Ensaios de materiais do lote
a) tipo de fibra e encimagem;
Um cilindro, ou selante, ou testemunho do material do
b) maneira de impregnação; selante, que seja representativo do cilindro acabado, deve
ser submetido aos seguintes ensaios:
c) tensão de bobinagem;
a) exame das dimensões críticas comparado ao de-
d) velocidade de bobinagem; finido em projeto;

e) número de bobinas; b) um ensaio de tração do selante plástico de acordo


com A.15;
f) largura da fita;
c) determinação da temperatura de fusão do selante
g) tipos de resina e composição; plástico de acordo com A.16;

h) temperatura da resina; d) quando houver revestimento protetor no cilindro,


o revestimento deve ser ensaiado de acordo com
i) temperatura do selante. A.2.2. Caso o revestimento não atenda aos requisitos
de A.2.2, todo lote deve ser inspecionado para a re-
7.3 Cura da resina termofixa moção dos cilindros com defeitos similares. Os cilin-
dros com revestimento defeituoso podem ser repa-
No caso de se usar resina termofixa, ela deve ser curada rados, desde que não se afete a integridade estrutu-
após o processo de bobinamento. Durante a cura, o ciclo ral do cilindro. Após reparo deve-se repetir o ensaio
de cura (curva temperatura x tempo) deve ser registrado. de acordo com A.2.2.

A máxima temperatura de cura deve ser ao menos 10°C 8.2.3 Ensaio hidrostático de ruptura do lote
abaixo da temperatura de amolecimento do selante
termoplástico. Um cilindro deve ser ensaiado de acordo com A.5.

8 Inspeção na fabricação 8.2.4 Ensaio de pressão cíclica do lote

A inspeção na fabricação deve ser feita pelo órgão de Em um cilindro, os bocais metálicos em ambas extremi-
inspeção independente. dades devem ser submetidos a um torque de 500 N.m,
de acordo com A.18. O cilindro deve então ser ensaiado
8.1 Inspeção na linha de produção em pressurização cíclica, de acordo com A.6. Em seguida
ao ensaio de pressurização cíclica, o cilindro deve ser
8.1.1 Ensaio hidrostático ensaiado quanto ao vazamento, de acordo com A.3. A
freqüência de ensaio deve ser como segue:
Cada cilindro acabado deve ser pressurizado hidrosta-
ticamente, segundo A.4. O fabricante deve definir o limite a) um cilindro de cada lote deve ser pressurizado ci-
de expansão elástica durante o ensaio, mas em nenhum clicamente por um número de ciclos igual a 1 000 ci-
caso a expansão elástica de qualquer cilindro pode ser clos vezes a vida útil especificada em anos (mínimo
maior que 10% do valor médio da expansão elástica do de 15 000 ciclos);
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 9

b) se para dez lotes seqüenciais de produção de 2) se a pressão de ruptura for maior que 85% da
uma mesma família de projeto (isto é, materiais e pressão mínima de ruptura projetada, mas menor
processos similares) nenhum dos cilindros ensaia- que este valor (isto é, está entre 85% e 100% da
dos de acordo com o item a) vazar em menos do que pressão de ruptura projetada), então um outro cilin-
1 500 ciclos vezes a vida útil em serviço (mínimo de dro deve ser escolhido no lote e ensaiado de acor-
22 500 ciclos), então o ensaio de pressão cíclica po- do com A.5. Caso não atenda ao especificado, o
de ser reduzido para um cilindro a cada cinco lotes lote deve ser rejeitado;
de produção;
b) caso o cilindro usado para o ensaio de ruptura
c) se para dez lotes seqüenciais de produção de não seja o mesmo usado para o ensaio de pressão
uma mesma família de projeto (isto é, materiais e cíclica, e o valor da pressão de ruptura seja menor
processos similares) nenhum cilindro ensaiado de que a pressão mínima de ruptura projetada, o lote
acordo com o item a) vazar em menos de que 2 000 deve ser rejeitado.
ciclos vezes a vida útil em serviço (mínimo de 30 000
ciclos), então o ensaio de pressão cíclica pode ser 8.2.5.3 Ensaio de pressão cíclica:
reduzido para um cilindro a cada dez lotes de fabrica-
ção; a) caso o cilindro ensaiado em pressão cíclica não
atenda às especificações de vazamento, quando en-
d) se transcorrerem mais de seis meses entre o último saiado de acordo com A.3, o lote deve ser rejeitado;
lote de produção e o próximo, então um cilindro deste
lote deve ser ensaiado em pressão cíclica, a fim de b) caso o cilindro escolhido no lote não atenda às
manter a freqüência reduzida em b) ou c); especificações quando ensaiado em torque, de
acordo com A.18, então todos os cilindros do lote
e) se qualquer cilindro ensaiado em freqüência redu- devem ser ensaiados de acordo com A.18, e os cilin-
zida vazar sem atingir o número de ciclos de pressão dros que não atenderem às especificações devem
(mínimo de 22 500, segundo item b), ou mínimo de ser rejeitados e destruídos. Os cilindros restantes
30 000, segundo item c)), então será necessário re- formam um novo lote, o qual deve ser ensaiado;
petir o item a) por um mínimo de dez lotes de produ-
ção, a fim de se restabelecer a freqüência reduzida c) no caso de falha no ensaio cíclico de pressuriza-
de ensaio, descrita em b) e c); ção, deve-se proceder conforme descrito em 8.2.4 f).

f) se qualquer cilindro ensaiado de acordo com o 9 Marcação


descrito em a), b), ou c) falhar por vazamento ou
ruptura antes de 1 000 ciclos vezes a vida útil em 9.1 Cada cilindro aprovado deve ser marcado pela fixa-
serviço (mínimo de 15 000 ciclos), então a causa da ção de etiqueta visível e permanente, colocada no corpo
falha deve ser determinada e o defeito corrigido, ou cilíndrico. A fixação de etiqueta pode ser por incorporação
separar-se do lote cilindros com defeitos similares. à resina do composto ou por adesivo. No caso de usar-
Em seguida, outros três cilindros do lote devem ser se adesivo como método de fixação, este processo deve
ensaiados de acordo com o item a). Se qualquer um estar de acordo com a ISO 7225. A fixação de mais de
dos três cilindros falhar antes de 1 000 ciclos vezes uma etiqueta é permitida, e deve-se prever a localização
a vida útil, então o lote todo deve ser rejeitado. da etiqueta, a fim de que a mesma não fique obstruída
pelo suporte de fixação do cilindro. A altura das letras e
8.2.5 Critérios para aceitação ou rejeição do lote números utilizados deve ser no mínimo de 6 mm, salvo
indicação em contrário.
8.2.5.1 Ensaio de materiais do lote:
9.2 A marcação de cada cilindro deve conter no mínimo
a) caso o dimensional crítico do cilindro escolhido as seguintes informações:
no lote não esteja dentro das tolerâncias previstas
no projeto, todos os cilindros do lote devem ser inspe- a) GMV, em letras com 25 mm de altura no mínimo;
cionados, e os que tiverem suas dimensões críticas
fora do especificado devem ser reparados, a fim de b) não usar após **/****, em letras de 25 mm de al-
que atendam à especificação. Caso não seja possível tura no mínimo, onde os asteriscos indicam o mês e
o reparo, devem ser retirados do lote e destruídos; ano em que expira a validade do cilindro;

b) caso o selante plástico escolhido no lote, e ensaia- c) identificação do fabricante;


do de acordo com A.15 e A.16, não atenda ao espe-
cificado em 6.2.3, então todo o lote de selante deve d) identificação do cilindro, através de seu número
ser rejeitado. de fabricação e série, que deve ser único para cada
cilindro;
8.2.5.2 Ensaio hidrostático de ruptura:
e) pressão de serviço (em megapascals);
a) caso o cilindro usado para o ensaio de ruptura se-
ja o mesmo usado para o ensaio de pressão cíclica, f) número desta Norma;
tem-se:
g) a tara do cilindro (em quilogramas);
1) se a pressão de ruptura for menor que 85% da
pressão mínima de ruptura projetada, o lote deve h) a data de ensaio hidrostático (mês e ano, sendo o
ser rejeitado; mês em dois dígitos e o ano em quatro dígitos);
Cópia não autorizada
10 NBR 13973:1997

i) as válvulas e o sistema de alívio de pressão apro- l) aviso sobre os cuidados e recomendações para a
vados e qualificados para o cilindro, ou meios que instalação, em letras de no mínimo 10 mm de altura.
permitam o acesso à informação sobre as mesmas;

j) identificação do órgão de inspeção independente; 9.3 É facultativo que seja estampado um número ou có-
digo na parte metálica exposta dos bocais, que permita o
k) a capacidade nominal de água do cilindro, até um rastreamento do cilindro, no caso de sua etiqueta estar
número significativo (em litros); danificada (ver 4.1.4).

Tabela 1 - Ensaios de qualificação de materiais

Fibras Resinas Plástico

Propriedades em tração 6.2.2 6.2.3

Resistência ao cisalhamento 6.2.1.3

Temperatura de transição vítrea 6.2.1.4

Temperatura de amolecimento/fusão 6.2.3

Tabela 2 - Pressão mínima de ruptura e razão de tensão

Fibras Razão de tensão Pressão de ruptura


MPa

Vidro 3,65 73

Aramida 3,10 62

Carbono 3,35 67

Tabela 3 - Ensaios de qualificação para alterações no projeto

Tipo de ensaio
Alteração de A.5 A.6 A.7 A.8 A.10 A.9 A.11+ A.14+ A.17
projeto A.12 + A.18+
A.13 A.20

Fabricante da fibra * * * *

Material plástico do selante * *

Material da fibra * * * * * * * *

Material da resina * * * *

Variações do diâmetro ≤ 20% * *

Variações no diâmetro > 20% * * * * *

Variações no comprimento ≤ 50% * * 1)

Variações no comprimento > 50% * * * 1)

Variações na pressão de trabalho ≤ 20% * *

Forma de calotas * *

Tamanho de rosca no bocal * *

Material de revestimento *

Projeto dos bocais *

Processo de fabricação * *

Dispositivos de alívio de pressão * *


1)
Somente quando há aumento no comprimento.

/ANEXO A
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 11

Anexo A (normativo)
Métodos de ensaio

A.1 Pressurização cíclica em temperatura extrema c) ensaio de resistência ao impacto de acordo com a
ASTM D 2794. O revestimento, à temperatura ambien-
O cilindro acabado, com o composto livre de qualquer re- te, deve passar no ensaio de impacto de 18 J;
vestimento protetor, deve ser ensaiado, sem apresentar
evidência de ruptura, vazamento ou desfibramento, como d) ensaio de resistência química de acordo com a
segue: ASTM D 1308. Os ensaios deverão ser conduzidos
usando-se o método de ataque localizado (open spot
a) condicionamento do cilindro por 48 h a 65°C, umi- method) e 100 h de exposição a uma solução de
dade relativa mínima de 95%. Esta umidade poderá 30% de ácido sulfúrico (ácido de bateria com
ser obtida pela pulverização de água em uma câma- densidade 1,219) e 24 h de exposição a polialcaleno
ra mantida a 65°C ; glicol (fluido de freio). Não pode haver evidência de
amolecimento, escamação e descolamento. A ade-
são deve encontrar uma razão de 3, quando ensaia-
b) pressurizar hidrostaticamente, por 500 ciclos vezes da de acordo com a ASTM D 3359;
a vida útil especificada em anos, entre uma pressão
não maior que 2 MPa e não menor que 26 MPa, a
e) ensaio de exposição a ultravioleta por 1 000 h, de
65°C e 95% de umidade relativa;
acordo com a ASTM G 53. Não pode haver evidência
de escamação, e a adesão deve ter uma razão 3,
c) estabilizar a pressão zero e temperatura ambiente; quando ensaiada de acordo com a ISO 4624. A má-
xima perda de brilho permitida é de 20%;
d) pressurizar hidrostaticamente, por 500 ciclos vezes
a vida útil especificada em anos, entre uma pres- f) exposição mínima de 500 h conforme a ASTM B117.
são não maior do que 2 MPa e não menor que A profundidade do corte na região de marcação não
26 MPa, a - 40°C; deve exceder 2 mm. Não poderá haver evidência de
escamação, e a adesão medida deve ter uma razão
e) a razão de pressurização em b) não deve exceder de 3, conforme a ASTM D 3359;
10 ciclos/min. A razão de pressurização em d) não
deve exceder 3 ciclos/min, a menos que um transdu- g) resistência ao arrancamento de parte do reves-
tor de pressão seja instalado dentro do cilindro. De- timento à temperatura ambiente, usando a
ve-se assegurar que a temperatura mínima do fluido ASTM D 3170. O revestimento deve ter uma razão
seja mantida durante o ensaio, providenciando-se o 7A ou melhor, e não pode haver exposição do subs-
seu registro. trato.

Seguindo os ensaios cíclicos à temperatura extrema, o A.2.2 Ensaio do revestimento em lotes de produção
cilindro deve ser hidrostaticamente pressurizado até a
ruptura, segundo A.5, e apresentar uma pressão de rup- A.2.2.1 Espessura do revestimento
tura no mínimo igual a 85% da menor pressão de ruptura
projetada. Antes de se proceder ao ensaio hidrostático A espessura do revestimento deve atender ao especifi-
de ruptura, deve-se fazer um ensaio de vazamento, se- cado no projeto, quando ensaiada segundo a ISO 2808.
gundo A.3.
A.2.2.2 Adesão do revestimento.
A.2 Ensaio de revestimentos
A resistência de adesão do revestimento deverá ser me-
dida usando-se a ISO 4624, e deve ter uma razão mínima
A.2.1 Ensaio de performance do revestimento
de 4, segundo o método A ou B, conforme o caso.

Os revestimentos devem ser ensaiados usando-se os A.3 Ensaio de vazamento


seguintes métodos:
Os cilindros devem ser ensaiados quanto a vazamento
a) ensaio de adesão conforme a ISO 4624, usando o usando-se o seguinte procedimento (métodos alternati-
método A ou B, conforme o caso. O revestimento de- vos que levem aos mesmos resultados são aceitos):
ve exibir uma razão de adesão de 4A ou 4B, confor-
me o caso; a) o cilindro deve ser totalmente seco e pressurizado
a pressão de trabalho com ar seco ou nitrogênio,
b) ensaio de flexibilidade de acordo com a contendo um gás detectável, como o hélio;
ASTM D 522, usando o método B, com mandril de
12,7 mm e a espessura do revestimento especificada, b) qualquer vazamento medido em qualquer ponto
a - 20°C. As amostras para o ensaio de flexibilida- que exceda 0,004 cm3/h é causa de rejeição, ou qual-
de devem ser preparadas de acordo com a quer vazamento global, isto é, medido com o cilindro
ASTM D 522. Não pode haver qualquer trinca visual- colocado em uma câmara, que exceda a permeabi-
mente aparente; lidade total admitida, é causa de rejeição.
Cópia não autorizada
12 NBR 13973:1997

A.4 Ensaio de pressão hidrostática sulfúrico (ácido de bateria com densidade 1,219)
por 100 h, enquanto o cilindro é mantido a 26,0 MPa;
O ensaio deve ser conforme o seguinte:
b) o cilindro deverá ser então ensaiado até a ruptura,
a) cada cilindro deve ser ensaiado em ensaio hidros-
de acordo com A.5, e atingir uma pressão de ruptura
tático, a uma pressão no mínimo igual a 1,5 vez a
igual ou maior que 85% da menor pressão de ruptura
pressão de trabalho,
projetada.
b) a pressão de ensaio deve ser mantida por pelo
menos 30 s ou o suficiente para assegurar a expan- A.8 Ensaio de fogueira
são total do cilindro. Qualquer pressão aplicada an-
tes do ensaio hidrostático não deve exceder 90% da A.8.1 Geral
pressão de ensaio. Se o ensaio não puder ser
concluído devido à falha do sistema de ensaio, o en- Os ensaios de fogueira são executados em cilindros aca-
saio pode ser repetido com a pressão de ensaio au- bados, com sistema de proteção contra fogo (válvulas,
mentada em 0,69 MPa. Não são permitidas mais de dispositivos de alívio de pressão e isolamentos térmicos),
duas repetições; especificados no projeto, a fim de garantir que não ocorra
a ruptura do cilindro quando este for submetido às condi-
c) o fabricante deve definir os limites de expansão ções especificadas do ensaio de chama.
volumétrica permanente para o ensaio usado, mas
em nenhum caso esta pode ser superior a 5% da ex- A.8.2 Preparação
pansão volumétrica total, medida sob a pressão de
ensaio. A expansão elástica dos cilindros deve ser
Os cilindros devem ser colocados horizontalmente, com
definida pelo fabricante. Qualquer cilindro que não
sua superfície inferior a aproximadamente 100 mm acima
atenda aos limites de rejeição definido deve ser
da fonte de fogo.
rejeitado e destruído, ou usado para outros ensaios
de lote.
Proteções metálicas podem ser usadas a fim de evitar
A.5 Ensaio de pressão hidrostática de ruptura chama direta nas válvulas e sistemas de alívio de pres-
são, mas não podem estar em contato direto com estas.
O ensaio deve ser conforme o seguinte:
Qualquer falha em válvulas, conexões e tubulações, que
a) a razão de pressurização não deve exceder não façam parte do sistema de proteção, invalida o re-
1,4 MPa/s, em pressões que excedam 80% a pressão sultado.
de ruptura. Caso a razão de pressurização, a pres-
sões acima de 80% da pressão de ruptura, exceda
A.8.3 Fonte de fogo
0,35 MPa/s, o cilindro deve ser mantido por 5 s à
pressão mínima de ruptura projetada;
Uma fonte uniforme de fogo, com 1,65 m de comprimento,
b) a pressão mínima de ruptura não pode em nenhum deve prover chama direta que envolva todo o diâmetro
caso ser menor que a requerida pela razão de tensão do cilindro.
das fibras, conforme a tabela 2. A ruptura pode ocor-
rer ou na região cilíndrica ou na região das calotas. Qualquer fonte de combustível pode ser usada, desde
A pressão de ruptura deve ser registrada. que ela supra o calor necessário para manter a tempera-
tura especificada do ensaio por 30 min, ou até que o ci-
A.6 Ensaio de pressão cíclica à temperatura lindro despressurize completamente.
ambiente
O arranjo do sistema de geração de chama deve ser re-
O ensaio deve ser conforme procedimento abaixo: gistrado, a fim de poder ser reproduzido.
a) o cilindro deve ser totalmente cheio com óleo,
água ou glicol; Qualquer falha ou inconsistência da fonte de fogo durante
o ensaio invalida os resultados.
b) o cilindro deve ser pressurizado entre não mais
do que 2,0 MPa e não menos do que 26,0 MPa, a A.8.4 Medidas de pressão e temperatura
uma razão de pressurização que não exceda
10 ciclos/min. A temperatura na superfície inferior do cilindro, deve ser
monitorada por pelo menos três termopares, colocados
O número de ciclos até a falha do cilindro deve ser regis- ao longo do comprimento do cilindro e espaçados entre
trado, juntamente com a localização da falha, bem como si em no máximo 0,75 m.
uma descrição da iniciação da falha.
Proteções metálicas podem ser usadas para evitar a cha-
A.7 Ensaio de ambientação em ácido
ma direta sobre os termopares. Alternativamente, os ter-
Um cilindro acabado deve ser submetido aos seguintes mopares podem ser fixados dentro de blocos metálicos
procedimentos: quadrados com arestas não maiores que 25 mm.

a) expor uma área de 150 mm de diâmetro sobre a As temperaturas nos termopares e a pressão no cilindro
superfície do cilindro, a uma solução de 30% de ácido devem ser registradas a intervalos de no máximo 30 s.
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 13

A.8.5 Requisitos gerais de ensaio A.10 Ensaio de tolerância do composto a defeitos


superficiais
Os cilindros devem ser pressurizados com gás natural e
ensaiados na posição horizontal, nas seguintes condi- Um cilindro acabado, com revestimento (quando for o
ções: caso), deve ter duas falhas longitudinais cortadas no com-
posto. Uma falha deve ter um comprimento mínimo de
a) pressão de trabalho; 25 mm e profundidade de 1,25 mm, e a outra falha deve
ter um comprimento mínimo de 200 mm e profundidade
b) 25% da pressão de trabalho. de 0,75 mm.

Imediatamente após a ignição do combustível, deve haver O cilindro deve ser então ensaiado em pressão cíclica,
uma fonte de chama que envolva a superfície do cilindro entre não mais do que 2,0 MPa e não menos do que
em todo o seu diâmetro, ao longo de um comprimento de 26,0 MPa, por 3 000 ciclos, seguidos por mais 12 000 ci-
1,65m. clos à temperatura ambiente. O cilindro não pode vazar
ou romper dentro dos primeiros 3 000 ciclos, mas pode
vazar nos 12 000 ciclos subseqüentes. Todos os cilindros
Após 5 min de ignição, a temperatura em um dos termo-
que completarem este ensaio devem ser destruídos.
pares deve indicar pelo menos 590°C. Esta temperatura
mínima deve ser mantida durante a duração do ensaio.
A.11 Ensaio de fluência em alta temperatura
A.8.6 Cilindros com comprimento igual ou menor que Um cilindro deve ser ensaiado como segue:
1,65m
a) o cilindro deve ser pressurizado a 26,0 MPa e
O centro do cilindro deve ser posicionado no centro da mantido a uma temperatura de 100°C por não menos
fonte de fogo. que 200 h;

A.8.7 Cilindros com comprimento superior a 1,65 m b) seguindo a este ensaio, o cilindro deve atingir o
especificado no ensaio de expansão hidrostática em
Se o cilindro for fornecido com sistema de alívio de pres- A.4, no de vazamento em A.3 e no de ruptura em A.5.
são em um lado somente, o fogo deve começar no lado
oposto. A.12 Ensaio de ruptura acelerado

Se o cilindro for fornecido com sistema de alívio de pres- Um cilindro sem revestimento de proteção deve ser pres-
são nos dois lados, ou mais do que um local ao longo do surizado a 26,0 MPa, imerso em água a 65°C e mantido
comprimento do cilindro o centro da fonte de fogo deve nestas condições por 1 000 h. O cilindro deve então ser
ser posicionado no meio dos sistemas de alívio de pres- pressurizado até a ruptura, conforme A.5, exceto que a
são separados pela maior distância horizontal. pressão de ruptura deve ser no mínimo 85% da mínima
pressão de ruptura projetada.
Se o cilindro, adicionalmente, for protegido por isolamento
térmico, então dois ensaios de fogueira devem ser reali- A.13 Ensaio de dano por queda
zados, um com a fonte de chama no meio do comprimento
Um ou mais cilindros devem ser ensaiados em queda,
do cilindro e outro com a fonte de fogo começando em
sem pressão interna ou válvulas conectadas. A superfície
um dos lados finais do cilindro.
sobre a qual o cilindro é jogado deve ser lisa, horizontal
e em concreto. Um cilindro deve cair na posição horizontal,
A.8.8 Resultados
com a superfície inferior a 1,8 m do piso. Um cilindro de-
ve cair verticalmente em cada extremidade, de uma altura
O cilindro é aprovado se:
tal que a energia potencial seja de 488 J, mas em nenhu-
ma hipótese a altura da parte inferior do cilindro até o
a) sobreviver a 30 min do ensaio sem ruptura;
piso pode ser maior que 1,8 m. Um cilindro deve cair so-
bre o piso em um ângulo de 45°, sobre a calota, de uma
b) despressurizar totalmente pelos sistemas de alívio altura de 1,8 m em relação ao centro de gravidade do ci-
de pressão. lindro; mas se a altura da parte inferior do cilindro até o
piso for menor que 0,6 m, então deve-se fixar esta altura
A.9 Ensaio de perfuração em 0,6 m e girar o cilindro até que seu centro de gravidade
esteja a 1,8 m do piso.
Um cilindro pressurizado a 20,0 MPa, com ar ou nitro-
gênio, deve ser perfurado por uma bala de diâmetro Após o ensaio de queda os cilindros devem ser pressuri-
7,62 mm ou maior, disparada contra o cilindro. zados ciclicamente entre não mais que 2,0 MPa e não
menos que 26,0 MPa, por 1 000 ciclos vezes vida útil es-
A bala deve perfurar pelo menos uma parede do cilindro. pecificada em anos. Os cilindros podem vazar, mas não
O projétil deve colidir a parede do cilindro a um ângulo romper durante o ensaio cíclico. Qualquer cilindro que
de 45°. Os cilindros não podem apresentar evidências complete este ensaio deve ser destruído.
de fragmentação. Perdas de pequenos pedaços, com
massa inferior ou igual a 45 g, não constituem falha do A.14 Ensaio de permeabilidade
ensaio. O tamanho aproximado dos furos de entrada e
saída da bala deve ser registrado, bem como suas locali- Um cilindro acabado deve ser pressurizado com gás natu-
zações. ral ou uma mistura de 90% nitrogênio, 10% de hélio, à
Cópia não autorizada
14 NBR 13973:1997

pressão de trabalho, colocado em uma câmara selada, à c) partes expostas de latão do sistema de alívio
temperatura ambiente, e monitorado quanto a vazamento de pressão devem resistir, sem corrosão sob ten-
por um tempo suficiente que permita estabelecer-se um são, ao ensaio de nitrato de mercúrio segundo a
regime contínuo de permeação. A razão de permeabili- ASTM B 154. O dispositivo de alívio de pressão deve
dade deve ser menor que 0,25 cm3/h de gás natural ou ser imerso por 30 min em uma solução aquosa de
hélio por litro de capacidade de água do cilindro. nitrato de mercúrio contendo 10 g de nitrato de mer-
cúrio e 10 mL de ácido nítrico, por litro de solução.
A.15 Ensaio de tração em plástico Seguindo a imersão, o dispositivo de alívio de pres-
são deve ser ensaiado por pressão aerostática de
A tensão de escoamento e a máxima tensão em tração 26,0 MPa, por 1 min, e monitorado quanto a vaza-
do material plástico do selante devem ser determinadas mento. Qualquer vazamento não pode exceder
a - 50°C, conforme a ISO 3628, e atender ao especificado 200 cm3/h.
em 6.2.3.

A.16 Temperatura de fusão do plástico A.18 Ensaio de torque do bocal metálico

Materiais poliméricos, a partir de selantes acabados, de-


O corpo do cilindro deve ser restringido contra rotação, e
vem ser ensaiados conforme a ISO 306 e atender ao es-
um torque de 500 N.m deve ser aplicado em cada bocal
pecificado em 6.2.3.
metálico do cilindro, primeiro na direção de rosqueamento
A.17 Requisitos para os sistemas de alívio de da conexão, depois na direção de desrosqueamento, e
pressão finalmente na direção de rosqueamento novamente.

Os sistemas de alívio de pressão especificados pelo fa- A.19 Ensaio de resistência ao cisalhamento de resina
bricante devem ser compatíveis com as condições de
serviço descritas na seção 4 e atender aos seguintes en-
As resinas devem ser ensaiadas, em corpos-de-prova
saios de qualificação:
representativos do material composto, de acordo com a
a) uma amostra deve ser mantida a uma temperatura ASTM D 2344. Após 24 h em água fervente, o composto
não inferior a 100°C e uma pressão não inferior a deve ter uma resistência ao cisalhamento de no mínimo
30,0 MPa por 24 h. Ao fim deste ensaio não pode ha- 13,8 MPa.
ver nenhum vazamento e nenhum sinal de extrusão
de metal fusível usado no projeto; A.20 Ensaio cíclico com gás natural

b) uma amostra deve ser ensaiada em fadiga sob


pressão cíclica, a uma razão de 4 ciclos/min no má- Um cilindro deve ser ensaiado em pressão cíclica, com
ximo, nas seguintes condições: gás natural, entre não mais que 2,0 MPa, até a pressão
de trabalho, por 3 000 ciclos. Cada ciclo, consistindo em
1 - mantido a uma temperatura de 82°C, enquanto enchimento e despressurização do cilindro, não deve
é pressurizado entre 2,0 MPa e 26,0 MPa, por exceder 1 h. O cilindro deve ser ensaiado então quanto a
10 000 ciclos; vazamento, conforme A.3, e atender aos requisitos. Após
isso, o cilindro deve ser cortado e o selante e bocais exa-
2 - mantido a - 40°C, enquanto é pressurizado en- minados, a fim de se observar qualquer deterioração,
tre 2,0 MPa e 26,0 MPa, por 10 000 ciclos; tais como fratura de fadiga ou de descarga eletrostáticas.

/ANEXO B
Cópia não autorizada
NBR 13973:1997 15

Anexo B (informativo)
Bibliografia

ANSI/AGA NGV-2 - Basic Requirements for Compressed ISO/DIS 11439 - Gas Cylinders - High Pressure Cylinders
Natural Gas Vehicles (NGV) Fuel Containers (1992). for the On-Board Storage of Natural Gas a Fuel for
Automotive Vehicles (1996).
CSA B-51: Part 2 - High Pressure Cylinders for On-Board
Storage of Natural Gas a Fuel for Automotive Vehicles
(1995).

Você também pode gostar