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Indicações de bibliográficas:
Palavras-chave:
Princípios Processuais. Contraditório. Fundamentação. Duração Razoável do Processo.
Co-participação. Ordem Cronológica de Julgamento. Mediação e Conciliação.
1. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
O NCPC vem com uma proposta muito nítida de consagrar a constitucionalização do processo.
2) O juiz não proferirá a decisão CONTRA A PARTE sem que esta seja previamente ouvida.
Na verdade, o caput do dispositivo não foi técnico. O juiz não vai proferir decisão contra parte
sem antes intimada e com a possibilidade de reação.
CONTRA A PARTE. O legislador deixou um recado implícito: se o juiz for decidir a favor da parte,
não se precia intimá-la e ouví-la. A necessidade da oitiva é quando a decisão será proferida
contrariamente a parte.
O dispositivo consagrou como regra a dispensa do chamado contraditório inútil. No CPC de 73 há
isto apenas em algumas passagens pontuais. Ou seja, se vou decidir ao seu favor, não preciso
intimar e esperar a sua reação. O contraditório é um meio e não um fim. O contraditório serve
para que a parte tenha a possibilidade de convencer o juiz. Se a parte é beneficiada pela decisão
mesmo sem ser ouvido, o contraditório, neste caso, seria inútil. Se o contraditório é o que me leva
ao benefício e eu obtenho o benefício no caso concreto, é claro que o contraditório, no caso, seria
inútil.
Ver art. 285-A, CPC/73 – julgamento liminar de improcedencia. O juiz vai julgar improcedente o
pedido do autor antes de citar o réu. Qual o resultado mais favorável possível para o réu? É a
improcedencia do pedido do autor. O réu obteve a melhor situação possível que teria mesmo sem
ter o contraditório.
Ver art. 527, I, CPC/73. O Relator do AI monocraticamente e de forma liminar nega seguimento ao
recurso.
Exceções:
1- Exceções exclusivas do primeiro grau.
Sentenças que não seguem a ordem de julgamento:
i. Sentenças proferidas em audiência.
ii. Sentenças homologatórias
iii. Sentenças liminares: indeferimento da petição inicial; julgamento liminar de improcedência
(são os julgamentos realizados antes da citação do réu).
3. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
A conciliação e a mediação passam a ocupar uma posição de extremo destaque. Valorização das
formas consensuais de solução dos conflitos.
Art. 2º, §2º, NCPC: o Estado promoverá sempre que possível a solução consensual dos conflitos.
Não se refere apenas ao Estado Poder Judiciário, mas ao Estado latu sensu. O art. 3º do NCPC
prevê que os juizes, os advogados, os defensores públicos e os membros do MP devem estimular
as solução consensual, inclusive no curso do processo.
Mudança de mentalidade. A mentalidade contenciosa deveria ser aposentada e devemos passar
a termos uma mentalidade consensual.
Os arts. 2º e 3º, NCPC ficam na ideia de que conciliar é legal. Mas, na verdade, não adianta
apenas o NCPC fazer previsões principiologicas acerca da conciliação e da mediação. Estamos
em uma era de grande entusiasmo, relevancia, das formas consensuais de solução dos conflitos.
Resolução 125, CNJ. Previsão legal, estruturação da mediação e da conciliação.
O NCPC passou a destinar uma sessão inteira, cujo título é “dos conciliadores e dos mediadores”
para tratar do tema (arts. 165-175, NCPC). Tratam não apenas dos conciliadores e dos
mediadores, mas da conciliação e da mediação em si.
- O NCPC prevê a criação de centros judiciários de solução consensual de conflitos. Caberá aos
Tribunais criarem estes centros judiciários de solução consensual. Estes centros vão cadastrar os
conciliadores e os mediadores. Estes conciliadores e mediadores devem ser i. aprovados em
curso de capacitação, com parâmetro curricular estabelecido pelo CNJ; ii. aprovados em
concursos públicos ou iii. provenientes de convênios com empresas privadas. Ideia fundamental é
Mediação
- solução do conflito baseada na vontade das partes
- não há sucumbência de nenhuma das partes envolvidas no conflito.
A mediação não atua no conflito, mas sobre as causas do conflito. No momento em que se deixa
o conflito de lado e vai buscar quais são as causa daquele conflito, é possível que se acabe
resolvendo o conflito sem a necessidade do sacrifício do interesse de nenhuma das partes
envolvidas no conflito.
A mediação demora. Um problema médio leva em médio sete sessões de três horas.