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Como escolher computadores adequados às necessidades da sua

empresa

Índice

Introdução

Passo 1: Comece por definir o que pretende

Passo 2: Dimensione as suas necessidades

Passo 3: Escolha o momento

Passo 4: Saiba o significado do desempenho dos componentes

Passo 5: PC "de marca" ou "produto branco"?

Passo 6: Equilibre os custos iniciais com o pós-venda

Quadro Resumo

Introdução

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A informatização da sua empresa nunca deve ser confundida com uma

qualquer "computadorização". Ou seja, escolher computadores para

a sua empresa deverá

fazer parte de um levantamento mais vasto e coordenado das

necessidades de informatização e nunca ser encarado como um fim

em si mesmo. Para facilitar

o aspecto da compra do equipamento informático, deverá seguir os


sete passos que a seguir lhe indicamos e conferir com as

indicações do quadro resumo no

final deste manual.

Passo 1: Comece por definir o que pretende

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Em informática é sempre crucial saber com exactidão a que fim se

destina o equipamento a adquirir. Nunca deverá começar por

definir o tipo de plataforma

(por exemplo, PC ou Macintosh, Windows ou Linux) mas sim quais os

problemas que pretende resolver, qual o software que melhor

resolve esses problemas e,

no final, decidir-se pelo equipamento que melhor corre esse

software. Uma vez realizada esta definição, tudo se torna muito

mais fácil.

Passo 2: Dimensione as suas necessidades

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Apesar de muitos equipamentos e soluções informática poderem

crescer à medida das suas necessidades, nem sempre isso acontece.

Na prática, um correcto dimensionamento

das suas necessidades - incluindo uma previsão mínima relativa ao


crescimento previsto a médio prazo - é essencial para evitar

adquirir equipamento mais

potente (e caro) do que o necessário na altura. Mas deve também

assegurar uma flexibilidade suficiente para poder atravessar pelo

menos um ciclo de actualização,

evitando a sua substituição precoce.

Postos de trabalho: A cada posto físico de trabalho

(secretária+cadeira) deverá corresponder um computador. Contudo,

no caso em que possua colaboradores

a trabalhar por turnos (manhã/tarde, por exemplo), esse

computador poderá ser partilhado por dois utilizadores, definindo

perfis de utilização.

Rede: O investimento numa rede para interligar os postos de

trabalho deverá ser considerado a partir do momento em que possua

três ou mais postos de trabalho.

Com uma rede poderá partilhar recursos (impressoras, unidades de

armazenamento de dados, etc.), ligações à Internet, software e

ficheiros. O ganho em produtividade

e optimização de recursos é significativo quando comparado com os

custos iniciais.

Software: É o software e não o hardware que, em última análise,

lhe irá resolver os problemas. Por isso, não olhe para o software

como algo a considerar

a posteriori, mas sim como algo que irá definir o seu


investimento em equipamento. Defina à partida as suas

necessidades de software e integre-as no seu

plano de investimento. Na base de tudo está o sistema operativo

que deverá apresentar características de robustez e facilidade de

configuração, ao mesmo

tempo que garanta compatibilidade com o tipo de aplicações que

pretende utilizar.

Seja flexível: Ao definir as suas necessidades, lembre-se de que

existem áreas onde poderá investir pouco agora e crescer à medida

das necessidades (quantidade

de memória RAM e espaço em disco, por exemplo) mas há outras em

que qualquer actualização significa substituir o que acabou de

comprar (monitor maior,

placa de rede mais rápida).

Passo 3: Escolha o momento

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Tornou-se lugar comum dizer que todo o equipamento informático

está obsoleto no mesmo momento em que é adquirido. Na prática

isso significa que não deverá

adquirir os computadores antes de necessitar deles, uma vez que

cada dia que passa sem que sejam usados é um dia de

desvalorização do investimento. Contudo,


também não deverá cometer o erro de estar constantemente à espera

da próxima versão ou do último processador: o momento exacto para

adquirir um computador

é o momento em que dele precisa.

Passo 4: Saiba o significado do desempenho dos componentes

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A maior parte do material promocional relativo aos computadores

pessoais - que são os mais usados nas empresas de pequena e média

dimensão - dá ênfase a

características que interessam mais ao consumidor doméstico do

que ao empresarial. Saiba antecipadamente o que é mais importante

em cada componente e subsistema

de um PC (confira a importância dos diversos componentes no

Quadro Resumo

Processador: No caso dos PCs com processadores Intel, e a menos

que a máquina a adquirir se destine a uma função específica, como

servidor de rede, estação

de trabalho para projecto assistido por computador (CAD) ou

edição electrónica, um processador de entrada de g ama -

normalmente da linha Celeron com velocidades

de 766 MHz - ou de gama média - como Pentium4 a 1,5 GHz - é

suficiente para qualquer trabalho que inclua processamento de


texto, folhas de cálculo e navegação

na Internet. Frequências de funcionamento mais elevadas não

fornecem um acréscimo de desempenho directamente proporcional ao

seu preço para este tipo de

funções. Note porém que a rápida actualização tecnológica se

reflecte na quebra de preços das linhas mais antigas e que é

possível em determinado momento

encontrar velocidades de processamento bastante superiores a

preços bastante próximos dos computadores com processadores mais

lentos. Nestes casos, aproveite

as oportunidades.

Memória: Para uma máquina equipada com sistema operativo Windows

Millennium Edition ou Windows 2000 Professional, o ideal são 128

MB de memória RAM. A maioria

dos PCs é já vendida com 128 MBytes, mas o custo de mais 64 MB é

de apenas 10 a 15 contos, já com IVA. Mais memória significa

maior capacidade do PC para

correr vários programas ao mesmo tempo e menor probabilidade de

que o computador pare ("crash"), com os consequentes benefícios

em termos de produtividade,

por isso aposte sempre mais neste componente.

Disco rígido: A capacidade de disco com a relação mais favorável

entre capacidade e custo é, no final do ano 2001, da ordem dos 40

GB, ou seja, 40.000 megabytes.


Trata-se de uma grande capacidade e até sobredimensionada para as

necessidades dos utilizadores médios numa empresa. Se encontrar

um fornecedor que lhe

proponha um PC mais barato com um disco de menos de 20 GB, o que

já é raro, considere a hipótese. A menos que se trate de um posto

de trabalho que irá

criar documentos muito grandes, qualquer capacidade em torno dos

20 GB é adequada, mesmo que o preço por gigabyte de uma unidade

maior seja mais favorável.

Ao mesmo tempo, se está a pensar armazenar muita informação ou

documentos multimédia, o upgrade para 40GB de disco poderá

custar-lhe apenas uma dúzia de

contos a mais.

Monitor: A dimensão dos monitores é directamente proporcional à

sua produtividade: um monitor de maior dimensão permite a

visualização de mais informação

em simultâneo e permite que essa visualização seja feita de forma

menos cansativa para o operador. Apesar da maioria dos PCs exibir

um preço que inclui

um monitor de 15 polegadas de diagonal, prefira os modelos de 17

polegadas ou até mesmo de 19''.

Som: A menos que o posto de trabalho necessite absolutamente de

possuir reprodução de som de alta qualidade, não invista nesta

área. A maioria dos PCs destinados


às empresas inclui circuitos de reprodução sonora na própria

placa-mãe do equipamento que são suficientes para o trabalho do

dia-a-dia.

Gráficos: À semelhança do que acontece no som, só deverá investir

significativamente numa boa placa gráfica caso o posto de

trabalho em questão seja destinado

a correr aplicações com necessidades específicas nesta área. A

maioria dos PCs destinados às empresas inclui circuitos de

reprodução gráfica na placa-mãe

que são suficientes para o trabalho do dia-a-dia. Um bónus para a

produtividade é que uma placa gráfica pouco rápida é igualmente

pouco convidativa para

correr jogos.

Rede: A menos que possua um orçamento extremamente limitado,

deverá considerar ligar os seus computadores em rede. Os modernos

PC concebidos para as empresas

incluem normalmente conexão Ethernet 10/100 (os números referem-

se à velocidade das redes - 10 ou 100 megabits por segundo). Caso

essa capacidade não esteja

incluída, escolha uma placa de rede com capacidades de ligação a

uma rede Ethernet 10/100.

Outros: Ao definir o investimento, deverá orçamentar a aquisição

de sistemas alimentação ininterrupta (UPS), para manter os

servidores de uma rede a funcionar


em caso de falha de energia, bem como de cópias de segurança em

fita magnética (backup), para permitir a recuperação de dados em

caso de falhas nos equipamentos

ou outros problemas (ataques de vírus, por exemplo). Se o

trabalho frente ao computador for intensivo (muitas horas frente

ao écran), orçamente filtros

para écran e, eventualmente, teclados e ratos ergonómicos. Este

tipo de equipamentos poderá trazer maior segurança à informação

armazenada na sua empresa

e ao mesmo tempo garantir uma maior qualidade de trabalho dos

utilizadores, aumentando assim a produtividade.

Passo 5: PC "de marca" ou "produto branco"?

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Saber qual a marca de computador a adquirir não é tão importante

como pode parecer à primeira vista. Contudo, será sempre de

evitar a aquisição de computadores

a pequenas empresas (tão ou mais pequenas do que aquela que vai

fazer a aquisição) que dificilmente darão garantias de

continuidade futura, o que é essencial

em termos de manutenção, assistência técnica e eventual

actualização do equipamento. As escolhas dividem-se entre

"produtos brancos" (PCs genéricos montados


por empresas portuguesas) e "de marca" (provenientes de

multinacionais da informática).

"Produto branco"

Principais vantagens:

Possibilidade de escolher exactamente a configuração pretendida;

Melhor relação preço/desempenho;

Garantias semelhantes às das multinacionais (no caso das grandes

empresas portuguesas do sector);

Utilização de componentes 100% normalizados que facilitam

actualizações futuras.

Principais desvantagens:

Ausência de garantias a nível mundial (especialmente útil no caso

dos equipamentos portáteis);

Fiabilidade a longo prazo poderá não ser tão boa;

No caso dos "notebooks", são normalmente equipamentos adquiridos

no Extremo Oriente e de qualidade duvidosa.

PC "de marca"

Principais vantagens:

Imagem de marca do equipamento favorece a empresa (quando o PC é

visível pelos clientes);

Garantias mundiais em alguns equipamentos (especialmente

portáteis);

Maior fiabilidade, especialmente no caso dos portáteis e

equipamentos mission critical;


Assistência técnica potencialmente (mas não necessariamente)

superior à das empresas portuguesas;

Apoio através da Internet, com disponibilização de actualizações

gratuitas no caso da descoberta de problemas.

Principais desvantagens:

Relação preço/desempenho pior do que no caso dos "produtos

brancos";

Configurações mais inflexíveis;

Actualização de componentes "de marca" mais cara.

Passo 6: Equilibre os custos iniciais com o pós-venda

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Qualquer pedido de proposta deverá incluir o transporte,

instalação e configuração do equipamento. No caso de uma rede

informática, certifique-se de que

também esse aspecto é contemplado na proposta e prepare-se para

ter de pagar pela componente de serviços. A proposta deverá

incluir desde logo um pedido

de orçamento para contratos de manutenção e, eventualmente,

extensões de garantia que incluam a substituição do equipamento

enquanto ele estiver a ser

reparado, o que se justifica no caso de postos de trabalho

fundamentais e servidores.
Quadro Resumo

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Os elementos constantes neste quadro são a título meramente

indicativo e referem-se a valores e preços de Novembro de 2001. A

tendência da indústria da

informática é a do melhoramento contínuo da relação preço-

desempenho.

string1261

Componente e unidade de medida

CaracterísticasIdeais

Intervalo de preços (com IVA)

Principais áreas onde faz a diferença

Principais marcas

Processador(MHz)

Mín.: Celeron 766 MHzMáx.: Pentium4 1,5 GHz

20 contos (Celeron) a50 contos

Todas

Intel,

AMD
Memória RAM(MB)

Mín.: 128 MBMax.: 256 MB

10 a 15 contos por cada 64 MB

Todas

Micron,

Siemens,

Hyundai,

Hitachi,

Samsung,

NEC,

Kingston.

Disco rígido(GB)

Mín.: 20 GBMáx.: 40 GB

10 contosa40 contos

Bases de dados, servidores, edição electrónica, armazenamento de

documentos multimédia

Western Digital,

Maxtor ,

IBM,

Seagate

Monitor(polegadas)
Mín.: 17''Máx.: 19''

50 contosa140 contos

Edição electrónica, folhas de cálculo, navegação na Internet

Philips,

Samsung,

LG,

Sony,

Viewsonic

Som

Irrelevante para aplicações empresariais comuns

3 contos (básica) a 50 contos

Multimédia

Creative Labs

Gráficos

Capaz de resoluções mínimas de 1024x768 pontos a 75 Hz

10 contos (2D básica) a130 contos (2D+3D avançada)

Multimédia, edição electrónica, CAD

ATI,

Matrox,

nVidia

Rede(megabits)
Ethernet 10/100

3 contos (10 megabits) a 13 contos (10/100)

Todas

Genius,

Realtek,

D-Link,

Intel,

3Com

string1262

Glossário

Ciclo de actualização - o "prazo de validade" de um equipamento

informático, durante o qual ele é capaz de realizar o trabalho

para o qual foi adquirido;

normalmente corresponde a quatro anos, que é o período mínimo de

amortização do equipamento em termos fiscais.

Mission Critical - Equipamento que serve uma função crítica à

actividade da empresa e que, por isso, deverá ter elevados níveis

de fiabilidade (ex: servidores).

Notebook - Computador portátil com dimensões físicas semelhantes,

ou inferiores, a uma folha A4.

MHz - Milhões de ciclo por segundo. Quando aplicado a

processadores, define a sua velocidade interna de processamento.

Hz - Ciclos por segundo. Quando aplicado ao monitores, refere-se

à velocidade de actualização vertical da imagem; quanto maior o


valor, menos a imagem cintila.

Bit - BInary digiT, ou dígito binário. É a unidade mínima de

informação, um único dígito que representa apenas o 0 ou 1.

Byte - a unidade de medida de informação de armazenamento de

dados em informática. Cada Byte é composto por 8 bits, a

quantidade de dígitos necessária para

construir um caracter alfanumérico.

MB - Megabytes, ou milhões de bytes.

GB - Gigabytes, ou milhares de milhões de bytes.

RAM - Memória de acesso aleatório; é a memória que os

computadores usam para processar informação. Expressa-se em MB -

não confundir com a memória de armazenamento

dos discos rígidos, expressa em GB.

Crash - Paragem de um sistema informático que obriga a um

reinicio da máquina, com potenciais custos ao nível de perda de

dados.

Sweet Spot - Nos discos rígidos, a capacidade com o melhor custo

por gigabyte.

CAD - Iniciais em inglês de Projecto Assistido por Computador

(Computer Aided Design)

Autor: Casa dos Bits

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