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1.

INTRODUÇÃO

Até pouco tempo acreditava-se que os problemas centrais da educação


brasileira eram a falta de escolas, as crianças não iam à escola e a carência de
verbas, considerava-se necessário construir mais prédios escolares, pagar melhores
salários aos professores e convencer as famílias a mandar seus filhos para ser
educados. Foram precisos muitos anos para convencer políticos e a opinião pública
de que na verdade, as crianças vão a escola em sua grande maioria, mas aprendem
pouco e começam a abandonar os estudos quando chegam a adolescência. Os
principais problemas são a má qualidade das escolas e a repetência, ou seja, a
tradição de reter os alunos que não se saem bem nas provas, prática amplamente
disseminada no Brasil, em partes em Timbiras do Maranhão a grande maioria das
pessoas passam pela escola sem aprender a ler e escrever e saem antes de obter a
titulação formal que necessitam, a má qualidade da educação não afeta a todos da
mesma maneira, ela atinge, principalmente os adultos na faixa etária de 30 a 40
anos, que por até mesmo falta de oportunidade de freqüentar escola, são
considerados cegos sociais.

As grande diferenças de qualidade que existem no ensino médio e o


grande número de jovens que abandonam os cursos antes de terminar, colocam na
pauta a necessidade de aumentar o espaço para a formação profissional de
aumentar o espaço para a formação profissional, que possa capacitar os jovens e
adultos para o mercado de trabalho.

Em Timbiras em especial o Bairro Mutirão, os cidadãos na faixa etária de


30 a 40 anos necessitam de escola de qualidade e valores indispensáveis a uma
efetiva participação na sociedade em que vivem. Entende-se como participação
efetiva a apropriação dos meios para situarem no mundo, entendendo as relações
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que nele se estabelecem, criando e consumindo bens culturais e contribuindo para


transformação do mundo.
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2. ANALFABETISMO

Significa anal, ânus, e batismo, ler, ou que seja uma pessoa que não sabe
ler ou lê igual sua banda. Tempo passou e como tudo de multiplica no mundo. Até
os tipos de analfabetos se multiplicaram. Durante muitos anos o Brasil tentou acabar
com o analfabetismo e nunca conseguiu, era a mesma coisa de ensinar japonês
abrir uma porta, antigamente para uma pessoa ser “alfabetizada” ele tinha que
provar escrevendo um texto de mais de 10 linhas, Como o governo viu que isso
seria impossível para a grande maioria da população, ele usou o jeitinho brasileiro
(pra variar) e mudou a lei considerando uma pessoa alfabetizada aquela que
conseguisse ler e escrever o próprio nome, e ai sim, foi pra frente.

Então surgiu com a criação de novas tecnologias, avanços na área da


educação, e por preguiça mesmo, novos tipos de analfabetos estão se multiplicando
pelo mundo.

 Analfabeto funcional: É aquele que foi alfabetizado pelo método “saber


ler e escrever o próprio nome” porque realmente é só isso que ele
saber ler e escrever. Se você der um jornal para pedir para que ele leia
alto você irá se surpreender de como ele irá criar uma história
completamente paralela ao do jornal só pra não passar vergonha de
assumir que não entendeu bulhufas do que está escrito ali! Você tem
que sentar e explicar pra ele igual se faz com uma criança de colo;

 Analfabeto Digital é aquele que não tem ou até computador, mas não
sabe procurar pornografia na internet. O sonho de toda moça brasileira
é ter um computador para não precisar mais comprar a Play Boy,
porém se você der um computador para ele, ele não irá conseguir do
mesmo jeito. Somente com muitas aulas de como entra fóruns como
usar e-mail e senha... Talvez ele aprenderá e se tornará mais um
usuário da internet;
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 Analfabeto Político, este é aquele cidadão que senta para assistir o


jornal nacional e não entende uma palavra do que o Alexandre Garcia
fala: CPI Emenda constitucional, processos administrativos, Renan
Caldeiros. Para ele o que importa é que a CPFL acabou mesmo ele
não sabendo o que era! Todo ele diz que vai votar na oposição só para
parecer que estudou muito o atual Governo e não gostou, porém na
cara da urna ele acaba votando no atual Governo porque é o único que
ele lembra o número para votar;

 Analfabeto Tecnológico: MP3? MP4? Playstation? Este analfabeto


sabe ler, escrever e pode até entender de política, porém se tem uma
coisa que ele não tem a mínima idéia é sobre como mexer em
aparelhos eletrônicos. O aparelho pode ter apenas um botão, e no
botão está escrito “aperte aqui” você pode ter certeza que ele vai até
você explicar uma, duas, trezentas vezes... Ele sempre vai com a
mesma pergunta;
 Analfabeto Preguiçoso é aquele que sabe tudo... Sabe ler, escrever
mexer no computador, faz direito, porém, a preguiça é tamanha, que
ele prefere perguntar e pedir ao invés de procurar. Este tipo é o que
está tomando conta e poder ai invés de procurar. Este tipo é o que está
tomando conta da Internet Mundial! Não existe um dia em que você
não entre no Orkut e não depare com alguém na comunidade tomando
conta da Internet “Download de lost”, por exemplo, tem um tópico novo
“cadê o tópico com o Download”? Sempre tem um link na descrição da
comunidade “aprenda a fazer download do site” assim como sempre
também tem um tópico “como faço Download”? Você acha que este é o
pior tipo de analfabeto. Está enganado! Veja o próximo;

 Analfabeto “João sem braço este sim, é o tenebroso”! Ele sabe de tudo
assim como o preguiçoso, a diferença é este analfabeto vira e desvira
de acordo com a ocasião! Você pede ajuda sobre como converter um
vídeo, ele responde que não sabe... Aí uma loiraça pergunta na tua
cara e ele diz que é fácil! Este tipo é eterno, se você conhece alguém
assim, melhor nem tenta ajudar, porque é mais fácil você se tornar ele.
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2.1. Causas e consequências do Analfabetismo

O analfabetismo é um dos fatores da desigualdade e exclusão social, são


considerados “cegos sociais” porque não conseguem decodificar o código escrito ao
seu redor.

No processo de alfabetização ocorrem muitos empecilhos tais como:


cansaço decorrente de jornada de trabalho, o desemprego (pois o material exigido
pela escola é pago pelo aluno, embora o governo coloque a disposição quantidade
de material limitado para cada escola, à falta de auto-estima dos alunos que diante
das dificuldades financeiros deixam à escola). Pais analfabetos e desestimulados
não encontram perspectivas em mandar seus filhos à escola devido à ausência de
escolas próximas à moradia, distância perceptível em grandes cidades e zona rural.

Todos esses fatores fazem muitas vezes com que os próprios alunos
resignem-se diante de tantas dificuldades, acomodando-se no trabalho braçal e
deduzindo que para tais atividades não é necessário o domínio da leitura, escrita e
interpretação.

No município de Timbiras, nas escolas do Bairro Mutirão, em visitas


realizadas nas escolas públicas nota uma grande diferença entre elas não que diz
respeito ás atividades desempenhadas pelo professor.

Na primeira, o professor pode esquecer sua alfabetização, de maneira


“plena” embora disponham de poucos recursos materiais. Já na segunda, as tarefas
didáticas somam-se outras como: limpeza de escola e preparação da merenda,
gerando assim acúmulo de tarefas ao professor e consequente prejuízo as suas
atividades pedagógicas.

O descaso do governo para com a educação fica transparente nos


programas de alfabetização de adultos que oferecem um diploma pelo mínimo de
conhecimento por eles obtido e também pela despreocupação com aqueles
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indivíduos que nunca registram seu nome na escola. Dá-se importância à


quantidade de pessoas que passam pela escola e não a qualidade do ensino.

O analfabetismo considera-se em seu levantamento, apenas aqueles que


não sabem ler e escrever e nem escrever um bilhete desconsiderando aqueles que
não sabem interpretar uma informação qualquer, embora saibam ler e escrever,
totalizando o número de analfabetos em 60 milhões e não 16 milhões de pessoas no
Brasil.

O Brasil deve preocupar-se com mais intensidade em relação à


educação, como parâmetro um país social e culturalmente mais pobre que o nosso
e, no entanto com uma porcentagem menor de analfabetos. Isso não pode se
considerado como uma doença a ser erradicada, mas um problema social a ser
resolvido pelos dirigentes de nosso país, para que o cidadão possa viver com
dignidade humana exercer a sua cidadania.

O analfabetismo reflete no desemprego que a escola a população, pela


falta de perspectivas na conquista de um emprego melhor. O indivíduo
desempregado fica sem emprego, sem saúde, sem educação, nem sequer inserir-se
no mercado de trabalho, restando-lhes então trabalhos informais sem garantia
alguma.

2.2 Alfabetizar é preciso...

No cotidiano dos dias atuais, é preciso valorizar a livre concorrência, a


mercantilização de todas as coisas, onde uns terão mais poder de compra que os
outros. Neste contexto insere-se também a educação pública, aos poucos traduzida
em mercadoria acessível a um pequeno número de privilégio, com poder de adquiri-
las como um bem material.

E através de estratégias privatizastes que se nega o direito à escola


pública financiada pelo Estado, preocupado atualmente em controlar a escola
pública através de seus planos de educação e direcionando as demais
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responsabilidades aos Municípios e Estados tornando, assim, a divisão de classe


cada vez mais solidificada.

A desigualdade faz com que o indivíduo lute em obter qualidade de vida e


acessão social, através de seu esforço e dedicação. A educação como mercadoria
não foge desses parâmetros de competição.

Alfabetizar é preciso mudar o mundo, transforma vidas, ajuda o país no


seu desenvolvimento, no entanto a qualidade é solução para melhorar a qualidade
de vida das pessoas sem dividir a sociedade entre proprietários e trabalhadores,
promovendo a igualdade e a justiça social.

Diante de tudo isso se faz necessário promover educação do povo


brasileiro, para exercer seus direitos e deveres exercendo cidadania democrática,
caso contrário à desigualdade e exclusão social irá permanecendo através dos
tempos. Fazendo-se então uma decadência de estados, e subdesenvolvimento de
um país, onde cuja nação é a esperança de um povo na sua plenitude.

2.3. Métodos que auxiliam contra Analfabetismo

Por todo o Brasil vêem analfabetismo é coisa do passado - Palmatória -


Espécie de régua de madeira, com uma das extremidades em forma circular,
geralmente marcada por cinco furos em cruz, uma raquete de ping-pong com uma
lixa colocada em uma das partes, com a qual antigamente pais e professores
castigavam as crianças, batendo-lhes com ela na palma da mão. d ar a mão à
palmatória, concordar com relutância, reconhecendo que se está sem razão.

Chapéu de burro foi o grande idealismo do carnaval do Rio de Janeiro,


uma vez que o povo era tão burro que no final da aula todos da classe estavam de
chapéu de burro na cabeça, aí um ia aperfeiçoando mais seu chapéu, o outro via a e
melhorava o seu até que acabaram criando logo uma fantasia inteira. Aí m bando de
Brasileiro fantasiado, pra colocar um samba e chamar a TV foi dois pulos!
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Ficar no canto da sala – este método também vingou no Brasil, uma vez
que se colocava um garoto virado de cara pra parede e em menos 30 segundos
tempos as salas de aula já estavam até o teto em pichações, por isto o método dói
abandonado”

Rezar método utilizado em escolas de freira ou religiosas nem geral, o


aluno, cometia a inflação e como penitencia o mandavam rezar algumas “AVES
MARIAS”, porém do mesmo jeito que entrava, o aluno saia o método e criaram
palmatória.

Hoje em dia, as escolas não adotam esses métodos, agora o melhor


ganha medalha e o mérito de ser considerado um dos melhores da turma.

2.4. A evolução do analfabetismo

No Brasil ainda é considerado uma meta do plano Nacional de Educação


(PNE) que deveria ter sido atingida até 2010, a erradicação do analfabetismo está
mais ainda distante quando se observa os dados do Nordeste. Na região, embora a
redução da taxa entre 2004 e 2009 tenha sido 3,7 pontos percentuais, o índice é de
18,7% maior que o percentual brasileiro há 18 anos. Nas regiões Sul e Sudeste,
onde a taxa é mais baixa 5,5 % e 5,7% das pessoas com mais de 30 anos ainda não
sabem ler e escrever.

A diferença na taxa de analfabetismo entre Estados é grande, a maior


dificuldade para reduzir o número de analfabetismo está em atacar o problema na
população com mais de 30 anos: 92,6% deles estão nesta faixa etária, o que faz
com que a taxa do grupo seja de 12%. Se a faixa de idade for mais restrita, a taxa
de analfabetismo atinge 21% das pessoas com mais de 45 anos. No entanto a taxa
de analfabetismo no Brasil é 17% da população, embora essa renda per capta seja
equivalente.

2.4.1. Desenvolvimento do Analfabetismo


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A taxa de analfabetismo com mais de 30 anos no grupo gráfico evolutivo


apresenta pequena variação em relação ao número absoluto de 2009, porque leva
em consideração a abrangência geográfica da pesquisa até 2004, quando o IBGE
não coletava dados das áreas rurais na Região Nordeste.

Veja os Destaques:

• Em 2009, Brasileiros ficaram mais velhos e vulneráveis;


• Há mais casados do que solteiros no Brasil;
• População mais velha crescendo no Brasil;
• Analfabetismo cai pouco e atinge 9,7 da população;
• Escolaridade da população adulta aumentou;
• 3 milhões de crianças e adolescentes fora da escola;
• Mulheres estudam mais que homens, segundo IBGE;
• Crise faz desemprego crescer 18,5% em 2009.
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3. ANALFABETISMO NO MUNICÍPIO DE TIMBIRAS NA FAIXA ETÁRIA DE 30


A 40 ANOS NO BAIRRO MUTIRÃO

3.1. Caracterização do campo de pesquisa

O Bairro Mutirão é um dos bairros mais antigos da cidade de Timbiras, é o


maior em extensão territorial a cada dia vem “crescendo”. Esse crescimento chama-
se inchaço urbano, uma vez que os moradores da zona rural deslocam-se de suas
comunidades para sede, em busca de melhoria de vida. O bairro mutirão, pois só
tende a inchar, o motivo é que esse povo que vem da zona rural não tem grau de
escolaridade para conseguir bom emprego, o bairro só tem uma escola a oferecer,
agora tem uma creche em construção para crianças estudarem e aos adultos e
jovens não tem ensino a ser oferecido no bairro para os moradores.

Localizando a temática e os objetivos que norteiam o presente trabalho


com o propósito central de analisarmos a situação do bairro mutirão com relação ao
analfabetismo, que por ser um bairro tradicional no município de Timbiras, dentre
outros precisa de mais escolas e projetos de educação para jovens e adultos cuja
educação é alfabetizar e transmitir aprendizagem que é necessário para circular e
interagir no mundo.

A partir das informações coletadas podemos perceber que o


analfabetismo na faixa etária de 30 a 40 anos no bairro mutirão, aponta-se na
pesquisa certo distanciamento da escola em relação a vida dos adultos. De acordo
com a constituição o artigo 205 responde de maneira clara: A educação, direita de
todos é dever do estado e da família, será promovida e incentivada. Com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu próprio
para o exercício da cidadania e sua qualificação profissional para o trabalho assim a
escola tem como um de seus deveres a preparação a vida.

O que ocorre no bairro mutirão e uma realidade triste muito adulta de 30 a


40 anos, que um dia foi jovem que não tiveram oportunidades de estudar, porque
começaram a trabalhar cedo, mas o motivo desse descaso a falta de escola de
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incentivos dos pais por serem analfabeto, sem instrução não incentivava os filhos a
ir à escola: isso acabava virando uma bola de neve, pois o futuro da comunidade
está passando de geração em geração.

O gráfico - I mostra que 70% das mulheres são analfabetas e 30% dos
homens são analfabetos, o fato é que as mulheres casam ou engravidam cedo, ao
invés de ir a escola, vai cuidar de casa, do marido, dos filhos, sendo que fica mais
difícil de freqüentar a escola.

A idade dos alunos dos adultos de 30 a 40 anos, no bairro mutirão 40%


tem mais 40 a 30% anos tem mais de anos. E uma idade que reflete na sociedade
uma diferença de classe alta a média, e a baixa. Sendo que de acordo com o grau
de escolaridade, varia seu futuro profissional, daí então não precisa viver de
programas sociais de quebrar coco, ir para roça, essa é a realidade que vemos no
Bairro Mutirão. As pessoas de baixa renda consideradas pobres e sem instrução de
vida.

O grau de estudo 70% são analfabetos leigos desprovidos de saber ler e


escrever, 10% até chegou ir a escola mais não lembra de nada e 20% até a quarta
série, por não existir no bairro escola para continuar, então o indivíduo não tinha
como se deslocar para outro lugar para estudar.

Ao perceber a necessidade de estudar começaram a deslocar-se para


povoado vizinho, não para estudar, mas para trabalhar na lavoura 29% representa o
gráfico 4, e 57% ficaram na cidade esperando os cônjuges chegar do corte de cana
no Ribeirão Preto em São Paulo e 14% procuraram recursos em outra cidade
vizinha, mas acabou voltando a sua cidade natal.

A pesquisa afirma que 20% dos moradores há muito tempo não


freqüentaram a escola e 60% nunca freqüentaram a escola, e o reflexo disso está no
ganho do povo com mão-de-obra barata.

Os dados pesquisados referem-se à necessidade de alfabetizar os


cidadãos do Bairro Mutirão, dessa forma percebe-se o quanto é preciso ser
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incorporado no processo educativo soluções para combater o analfabetismo. Dia


mundial da alfabetização - 08 de setembro de 2010, 08 de setembro foi proclamado
Dia Internacional da Alfabetização da UNESCO em 17 de novembro de 1965. Foi
celebrada pela primeira vez em 1966. Seu objetivo é destacar a importância da
alfabetização para indivíduos, comunidades e sociedades. No dia Internacional da
Alfabetização cada ano, a Unesco lembra à comunidade internacional da situação
da alfabetização e educação de adultos a nível mundial. As celebrações acontecem
em todo o mundo.

Alguns 776 milhões de adultos analfabetos mínimo, um em cada cinco


adultos ainda não é alfabetizado e dois terços deles são mulheres, sendo que 75
milhões de crianças estão fora da escola e muitos mais participar de forma irregular
ou abandono.

Segundo o “Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos


(2008) da UNESCO, Sul e Oeste da Ásia tem a menor taxa regional de alfabetização
de adultos (58,6%), seguida pela África Subsaariana (59,7%), e os Estados Árabes
(62,7%). Os países com as menores taxas de alfabetização no mundo são Burkina
Faso (12,8%), Niger (14,4%) e Mali (19%). O relatório mostra uma relação clara
entre o analfabetismo e os países em situação de pobreza severa, e entre o
analfabetismo e o preconceito contra as mulheres.

O tema da festa para 2007 e 2008 foi “Alfabetização e Saúde”. Esta foi
também a ênfase temática do biênio 2007-2008 da década das Nações Unidas para
a Alfabetização, em especial, dia Internacional da Alfabetização 2008, teve uma forte
ênfase em Alfabetização e Epidemias com foco em doenças transmissíveis, como
HIV, Tuberculose e Malária, alguns da vanguarda mundial de saúde pública.

Ainda para ajudar na educação tem o Projovem adolescente, é um


programa do governo federal em parceria com a prefeitura municipal, esse programa
como culinária, bordado, aulas de recursos humanos, brincadeiras, festas. É um
meio até mesmo de fazer com que os adolescentes descubram seu talento.
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Quanto a escolaridade da população desse bairro são poucos letrados é


muitos analfabetos, por isso o bairro é considerado pobre e a cidade não evolui.

GRÁFICO – 1 - SEXO

O gráfico - 1 mostra que 70% das mulheres são analfabetas e 30% dos
homens são analfabetos: Esse é um problema a ser resolvido no Bairro Mutirão, o
número de mulheres de 30 a 40 anos, não frequentam mais escola, por isso muitas
não sabe nem ler e nem escrever, não tem tempo para estudar porque tiveram
pouca oportunidade, e os homens, por terem que trabalhar no pesado para ajudar,
no sustento da família.

Muitos sabem apenas colocar o nome completo, outros ler poucas


palavras. Mas não basta, nesse mundo em que vivemos a cada dia precisa-se está
atualizado, é uma tarefa difícil, mas precisa correr atrás para ficarmos por dentro da
atualidade, assim mudar o Bairro Mutirão sobre o analfabetismo é missão que pode
ser revertido o quadro de analfabetos para alfabetizados.
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GRÁFICO II – IDADE

Acima o gráfico mostra que 40% das pessoas tem idade de 40 anos, 30%
tem idade de 35 anos, 20% tem 37 anos e 10% tem 34 anos de idade, todas são
analfabetas, essas percentagens tem índice muito alto com relação ao normal.

Chegar à fase adulta sem instrução sem orientação de vida, não contribui
para o desenvolvimento do Município, nem mesmo para o desenvolvimento do
Brasil, exemplo: quando educamos uma criança incentivando estudar, o futuro dessa
criança e ser um adulto estudado, entendido das coisas e com certeza terão um bom
emprego, no entanto educar ainda é o melhor caminho para um futuro melhor.
GRÁFICO III – GRAU DE ESTUDO
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De acordo com a pesquisa, o grau de estudo no Bairro Mutirão na faixa


etária de 30 a 40 anos é precário, 10% da população desse Bairro fez até a 1ª série
há anos atrás, portanto não lembram de mais nada, 20% freqüentam até a 4ª série,
sendo que não conseguiram aprender nada, e 70% dos moradores são analfabetos,
de nunca ter ido à Escola.

Os dados acima citados mostram que a educação está escassa desse


Bairro e na vida das pessoas. E que há necessidade de projetos de alfabetização
para incluir estes cidadãos na sociedade proporcionando-lhes uma formação, e o
primeiro passo é aprender a ler e escrever, e é através de estratégias e do esforço
individual que a qualidade de vida da população do Bairro Mutirão irá melhorar.

GRÁFICO IV – COMUNIDADE ONDE MORA

Diante dessa pesquisa pode-se notar que 14% dos moradores são
oriundos em outras cidades ou povoados, mas reside no Bairro Mutirão em Timbiras,
29% em povoado vizinho, mas tem parentes que residem no bairro, e 57% residem
mesmo no Bairro Mutirão, e convivem com problemas sociais, um dos maiores
problemas é o analfabetismo, que estabelece distanciamento entre as classes
sociais, isto torna o Município de Timbiras culturalmente mais pobre.
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Nesse contexto de alfabetizar fazem-se necessárias escolas públicas,


para promover a educação do povo, diminuir o índice de analfabetismo e acabar
com a desigualdade e a exclusão social.

GRÁFICO – V – FOI À ESCOLA ALGUMA VEZ

No Bairro Mutirão 20% dos moradores, há muito tempo não vão à escola,
20% freqüentou durante 1 anos e 60% nunca foram a escola; Esses dados são
preocupantes para o Município de Timbiras, pois a realidade encontra-se marcada
de escola impositiva, ele testa e manipula, interessada apena em assegurar os seus
próprios interesses.

Por meio da educação cada cidadão terá condições necessárias para o


mercado de trabalho, que depende de uma qualificação, também pensamento crítico
e uma formação cidadã.

O fato da maioria da comunidade do Bairro Mutirão 60% nunca


freqüentaram a escola, atualmente esta é uma questão enfatizada, porque não só o
município de Timbiras, nem o Maranhão, mas o Brasil precisa crescer
economicamente, de forma que esses jovens e adultos qualifiquem-se e estude para
uma maior humanização e igualdade social.
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GRÁFICO VI – MOTIVO DE NÃO CONCLUIR

O gráfico-VI mostra que 30% dos cidadãos não estudam por falta de
interesse e 30% devido ao casamento ou filho, principalmente as mulheres casam-
se muito novas, às vezes os esposos não aceitam que as esposas estudem, por
achar que quando se casam é para ficar só em casa cuidando de criança, da casa e
do marido, “pensamento imaturo” coisa de analfabeto. Mas 40% dos cidadãos não
estudam por falta de escola no Bairro Mutirão, porque trabalham o dia inteiro, a noite
está cansada, e ao invés de procurar estudar se formar, o cidadão descansa, pois o
outro dia é longo e é preciso trabalhar para sustentar a família.

Com pouco grau de estudo, a mão-de-obra fica barata e desvalorizada,


por isso estudar ainda é o melhor caminho de aprender, de conhecer, de querer
saber mais o tornando sujeito crítico atualmente e defensor de seus direitos, visando
ao bem comum.

GRÁFICO VII – O QUE FALTA PARA ESTUDAR


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A pesquisa acima mostra que 20% da população precisa de um incentivo


para voltar a estudar e 40% o marido não deixa e 40% não se interessa em estudar
mais, por achares que passou da idade de ir à escola.

A vida das pessoas adultas do Bairro Mutirão está ameaçada pela falta de
horizonte. E a raiz de uma vida sem sentido na qual a vulnerabilidade do
analfabetismo teima em vencer. Precisa-se de escolas e projetos que incentive os
jovens e adultos a voltar a estudar e ver a vida de forma que o analfabetismo entre
em extinção, com que transforma futuros profissionais de qualidade e consciência
crítica e inteligente.

4. CONCLUSÃO

Esta pesquisa ao longo do seu desenvolvimento mostra o analfabetismo


no município de Timbiras, na faixa etária de 30 a 40 anos. A falta de escolas,
projetos de alfabetização e acima de tudo força de vontade das pessoas. Para isso é
preciso programas de alfabetização realizados por órgãos não lucrativos ou outros
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programas sociais como “amigos da escola”, EJA, Brasil alfabetizado, para isso se
faz necessário luta pela escola pública porque se não estudam não tem emprego, e
se não tem emprego não podem comprar o conhecimento e se não tem
conhecimento não tem estudo e ficam desempregados.

Atualmente convive-se em espaços e tempos em que a exclusão social


faz parte de nossas vidas, por opção ou imposição do meio. Em diferentes
exclusões, explicitas ou não presentes em escola, trabalho, entre tantas formas de
exclusão, atualmente, muitas pessoas fazem parte do grupo de excluídos.

O objetivo é contribuir para aprendizagem dos princípios direcionados a


educação, uma nova ordem de alfabetizar os cidadãos do Bairro Mutirão, já que a
necessidade de alfabetizar predomina no nosso Município, baseado nos dados das
pesquisas constata-se que ler e escrever são escassos e que precisa de projetos e
incentivos para comunidade ter sabedoria.

O analfabetismo é um problema social que está presente em todo


Município de Timbiras que de forma direta ou indiretamente a Educação para
adultos faz-se necessária para o desenvolvimento do município.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

_______. ProInfo: Informática e Formação de Professores – Vol. 2. Brasília:


MEC/Secretaria de Educação à Distância, 2000. 192 p.
30

ALMEIDA, Maria Elizabeth de. ProInfo: Informática e Formação de Professores –


Vol. 1. Brasília: MEC/Secretaria de Educação à Distância, 2000. 192 p.

CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do


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LIMA, Rafaela; O vídeo na sala de aula: breve reflexão a partir das


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www.aic.org.br/metodologia/o_video_na_sala_de_aula.pdf - acessso em 07/Jun,
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MANDARINO, Mônica Cerbella Freire. Organizando o Trabalho com Vídeo em


Sala de Aula; Artigo publicado na revista Morpheus – Revista Eletrônica em
Ciências Humanas – Ano 01, Nº 01, 2002 – ISSN 1676-2924.

MEC – Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino


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MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista


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PLÁCIDO, Maria Elze dos Santos. et.al; Educação, Cidadania e Identidade: A


inserção dos recursos tecnológicos no contexto educacional: desafios e
perspectivas do professor no mundo da leitura. Conferência Internacional:
educação, globalização e cidadania: novas perspectivas da sociologia da educação;
31

João Pessoa: 2008 – Disponível em: www.sociedade-inter.org/cd/gt9/46.pdf - acesso


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WEIDUSCHAT, Íris. Desafios ao Professor: da pedagogia da autonomia à


pedagogia da mídia. Blumenau: Nova Letra, 2006; 64 p.

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www.inep.gov.br - acesso em 24.11.2010

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www.wikipedia.org/wik/analfabetismofuncional - acesso em 04.12.2010


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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO

Usado na pesquisa de campo em Timbiras no Bairro Mutirão

1. Nome do entrevistado?
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2. Sexo?
( ) Masculino ( ) Feminino

3. Endereço do entrevistado?

4. Comunidade onde mora?

5. Idade do entrevistado?

6. Qual o grau de estudo?


( ) analfabeto ( ) observação até 4ª série

7. Qual o motivo de não concluir os estudos?


( ) por falta de interesse ( ) devido ao casamento ou filho
( ) falta de oportunidades ( ) falta de escola no local

8. O que falta para voltar a estudar?


( ) escola
( ) interesse
( ) tempo

9. Você sabe ler ou escrever?


( ) sim ( ) não

10. Quanto tempo faz que não vai a escola?


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ANEXOS

ADULTO ANALFABETO
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APRENDENDO A ESCREVER
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ALFABETIZADO
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