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ESSE TAL MERCADO

DE CAPITAIS
Se você costuma dar uma espiada no noticiário

econômico, certamente já deu de cara com este

termo: mercado de capitais. Você pode não saber

exatamente do que se trata, mas deve ter

percebido que é algo importante.

Não é impressão. Nas próximas páginas, você vai

entender por que o mercado de capitais chama

tanta atenção. É nesse segmento do sistema

financeiro – que envolve bancos, corretoras,

bolsa de valores e outras instituições – que as

empresas procuram recursos para crescer.

Também é nele que as pessoas podem fazer

investimentos.

Preparamos este e-book pensando em quem

gostaria de conhecer melhor o mercado de capitais,

mas não sabe onde procurar informações. Como

funciona, quem participa dele e, principalmente,

o que você tem a ver com isso são algumas das

perguntas que procuramos responder.

Pode ter certeza: o mercado


de capitais é lugar para você
também.
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O QUE ACONTECE NO MERCADO

DE CAPITAIS?
Pense no seu extrato do banco. Se você fez a lição

de casa, organizou as contas e gastou menos do

que ganhou, devem restar pelo menos alguns

trocados no fim do mês. Esse é seu caso? Significa

que, de algum modo, você conseguiu fazer sobrar

dinheiro no bolso.

Mas dinheiro parado é um péssimo


negócio. Ele não rende sozinho! O jeito é
fazê-lo trabalhar por você. Mas como?

Enquanto o dinheiro sobra no seu bolso, do outro lado existem

empresas em busca de recursos para poderem crescer. Para

construir uma fábrica nova ou para desenvolver um produto,

elas em geral precisam investir uma grande quantidade

de recursos – que nem sempre possuem. E, muitas

vezes, é no mercado de capitais que as

empresas conseguem levantar esses

valores.

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COMO O MERCADO DE CAPITAIS

FUNCIONA
Como falamos, o mercado de capitais é um segmento

do sistema financeiro formado por bancos, corretoras,

bolsa de valores e outras instituições, em que as

empresas realizam operações para obter recursos junto

aos investidores – podem ser pessoas físicas, fundos ou

até mesmo outras empresas. Neste último caso, elas

fazem isso para financiar sua produção, ampliar a

capacidade das suas fábricas ou investir em expansão.

As companhias nessa situação poderiam tomar dinheiro

emprestado no banco, assim como você faz quando

precisa de um empréstimo. Mas muitas vezes elas

encontram juros e prazos mais vantajosos nas operações

de mercado de capitais.

Para as empresas, existem algumas vantagens de

tomar dinheiro no mercado de capitais. A primeira são

os prazos – geralmente mais longos e compatíveis com

os prazos dos planos de investimentos, dando tempo

para as companhias trabalharem com o dinheiro. A

segunda são os juros, em geral mais baixos do que os

encontrados no sistema bancário.

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O QUE SÃO VALORES

MOBILIÁRIOS?
Para receber dinheiro no mercado de capitais, as empresas precisam emitir o que

chamamos de títulos de valores mobiliários. Eles representam um compromisso,

uma espécie de contrato, que as companhias assumem com os investidores,

garantindo a eles o direito de participação na empresa ou uma remuneração.

Muitos títulos são considerados valores mobiliários, mas, na prática, os dois principais são:

Ações, que representam uma pequena parcela do capital de uma empresa.


Quem possui ações de uma companhia é um acionista – ou um sócio – dela.

Debêntures, títulos que representam uma dívida de uma empresa. Quem


compra uma debênture empresta dinheiro para a companhia, que deve devolvê-lo no

futuro, corrigido pelos juros pactuados nessa debênture.

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Também são investimentos encontrados no mercado de capitais:

CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que representam dívidas ligadas ao setor imobiliário.
CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), que representam dívidas ligadas ao agronegócio.
Letras financeiras , que representam dívidas de um banco, assim como os CDBs (Certificados de
Depósitos Bancários) nos quais talvez você já tenha investido.

Na próxima vez que vir uma notícia informando que uma determinada
empresa “fez uma operação no mercado de capitais”, você já saberá
que ela emitiu títulos – como ações ou debêntures – para levantar
recursos e os vendeu a investidores, como você, interessados em obter
rendimentos para o dinheiro que têm guardado. Simples assim!
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QUEM PARTICIPA DO MERCADO

DE CAPITAIS?
Além das empresas e dos investidores, algumas outras
instituições estão envolvidas com o mercado de capitais.

Se uma companhia quer captar dinheiro lançando ações no


mercado, por exemplo, pode fazer isso na bolsa de valores.

As instituições financeiras – como bancos de


investimento e corretoras de valores – também
têm papel importante nesse caso. Além de serem
demandantes desses títulos para as suas próprias
carteiras, as instituições financeiras atuam junto às
empresas emissoras no período da oferta pública.

Os bancos de investimento, por exemplo, ajudam


as empresas a planejar o lançamento das ações
bem como a procurar investidores interessados
nelas. Já as corretoras têm outra função: executam
a compra ou a venda de ações na bolsa de valores a
pedido dos investidores.

Atenção: mesmo que as instituições financeiras ajudem as pessoas


a fazer investimentos no mercado de capitais, a obrigação de pagar
a remuneração prometida é da empresa que lançou as ações ou as
debêntures – e não dos bancos e das corretoras.

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ONDE EU ENTRO NESSA

HISTÓRIA?
Você pode se tornar investidor do mercado de capitais
É comum as pessoas pensarem que é preciso ter muito dinheiro para comprar
ações ou investir em debêntures. Mas não é bem assim.
Para participar do mercado de capitais, basta pesquisar, ter um pouco
de organização financeira e interesse em fazer seu dinheiro render
mais – e quem não tem?

O mercado de capitais é uma alternativa às aplicações que costumam ser


oferecidas pelos bancos (como poupança e CDBs) e pelo governo (como os
títulos públicos). Comprando ações ou debêntures, os investidores têm
a oportunidade de participar indiretamente de empreendimentos que
consideram promissores. Ao fazer isso, eles assumem alguns riscos, é claro.

Outra opção para aplicar no mercado de capitais é por meio dos fundos de
investimento. Esses produtos são formados por uma carteira com diversos
produtos do mercado, como debêntures, ações, LCI (Letras de Crédito
Imobiliário), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), entre outros. É uma
alternativa para quem não quer entrar no mercado por conta própria e prefere
contar com o apoio de um profissional para cuidar do dinheiro, que é o papel do
gestor do fundo.

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E COMO
INVESTIR?
Você já aprendeu aqui que bancos e corretoras são

instituições que participam do mercado de capitais.

Para poder investir, é necessário ter uma conta em

alguma delas. É no seu banco ou corretora que você

deve mostrar sua intenção de comprar ações,

debêntures ou outra aplicação. Depois de escolher a

de sua preferência, você precisa dar o que se chama

de ordem de compra, que nada mais é que o

comando para fazer o investimento. Então, sua

instituição financeira fará essa compra no mercado.

Os investimentos feitos no mercado de capitais


ficam guardados no nome dos investidores, e não
no nome da instituição financeira. As ações, por
exemplo, são depositadas na B3, a bolsa de
valores brasileira. Elas recebem uma espécie de
“carimbo virtual” com o nome e o CPF do investidor.
Isso significa que, se o banco ou a corretora tiver
algum problema financeiro, as ações estarão
protegidas.

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QUEM REGULA ESSE

MERCADO?

A CVM (Comissão de Valores


Mobiliários) costuma ser chamada de
“xerife do mercado de capitais”. É o órgão
CVM
regulador do governo ligado ao Ministério
da Economia que tem a função de
disciplinar, fiscalizar e desenvolver
o mercado de capitais.

A ANBIMA (Associação Brasileira das


Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais) supervisiona frequentemente as
instituições financeiras que comercializam
produtos no mercado. O objetivo é verificar
se estão sendo cumpridas as obrigações
e regras estabelecidas com os
investidores.

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O QUE É MERCADO PRIMÁRIO? E O

SECUNDÁRIO?
Esses dois conceitos representam a forma como o mercado de capitais
está organizado. Uma operação no mercado primário é a venda de um
título (uma ação ou debênture) pela primeira vez aos investidores.
Quando essas operações acontecem se chamam “ofertas públicas”.

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE IPO?


Essa é a sigla em inglês para “initial public offering”, ou oferta pública inicial.

Os IPOs de empresas são acompanhados com entusiasmo pelos


investidores porque são a estreia das ações delas na bolsa de valores, o
que significa que a empresa emitiu uma ação pela primeira vez. Além
disso, muitos desses papéis costumam oscilar bastante, podendo causar
ganhos (ou perdas) em poucos dias.

Por sua vez, no mercado secundário acontecem as negociações entre os


investidores, ou seja, o produto já estava em mercado, já teve um IPO.

A compra e a venda de ações na bolsa de valores são exemplos de


operações de mercado secundário. Lá é onde um investidor que, por
alguma razão, já não está mais interessado em manter determinados
papéis na carteira pode encontrar outros investidores dispostos a
comprá-los.

Nesse caso, as ações e o dinheiro são transferidos de um investidor para


outro, e não da empresa para o investidor.

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ONDE POSSO CONSEGUIR

AJUDA?
Ficou interessado em investir no mercado de capitais?
Pode ser uma ótima ideia para o seu bolso. Se você ainda
não se sentir seguro para fazer isso sozinho, saiba que
existem diversos profissionais qualificados para ajudá-lo.

Antes de se jogar na bolsa de valores ou investir em


qualquer produto do mercado, é preciso que você tenha
clareza sobre quais são seus objetivos financeiros.
Também é necessário avaliar o prazo e o dinheiro que
você tem, além da sua tolerância ao risco.

Procure conversar com gerentes de relacionamento,


planejadores financeiros pessoais ou assessores de
investimentos antes de tomar uma decisão. Eles
poderão orientá-lo sobre as melhores opções para o seu
perfil. Dessa forma, sua experiência no mercado de
capitais certamente será muito mais interessante.
Bons investimentos!

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TERMOS ESSENCIAIS PARA SABER MAIS
SOBRE O MERCADO
DE CAPITAIS
Ação ordinária: a ação chamada ON dá direito de voto ao acionista na assembleia
geral da empresa emissora, órgão que reúne os acionistas da empresa de capital aberto para

decidir eventos ou assuntos de interesse da empresa.

Ação preferencial: a ação chamada PN dá preferência para o investidor no


recebimento de algumas vantagens (como os dividendos), mas não dá direito a voto.

Capital aberto: uma empresa tem o capital aberto quando suas


ações são negociadas livremente na bolsa de valores.

Cotação: valor de mercado de um produto. Representa o valor pelo qual os investidores


estão comprando e vendendo ações, debêntures ou outros no momento da operação.

Dividendos: parte dos lucros das empresas de capital aberto que é distribuída entre
os acionistas. Significa o mesmo que rendimentos, mas no mundo das ações recebe esse nome.

Renda fixa: aplicações cujo o percentual de retorno é conhecido ou previsto


no momento do investimento.

Renda variável: aplicações cujo retorno é imprevisível no momento do

e
investimento. Seu valor varia conforme a oferta e a demanda por elas. Um exemplo são as ações.

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Presidente
Carlos Ambrósio

Vice-presidentes
Carlos André, Carlos Constantini, José Eduardo Laloni,
Luiz Sorge, Miguel Ferreira, Pedro Lorenzini, Renato
Ejnisman e Sérgio Cutolo

Diretores
Adriano Koelle, Alcindo Canto, Fernando Rabello, Jan
Karsten, Julio Capua, Luiz Chrysostomo, Luiz Fernando
Figueiredo, Lywal Salles Filho, Pedro Juliano, Pedro Rudge,
Saša Markus e Teodoro Lima

Comitê Executivo
José Carlos Doherty, Ana Claudia Leoni, Francisco Vidinha,
Guilherme Benaderet, Patrícia Herculano, Eliana Marino, Lina
Yajima, Marcelo Billi, Soraya Alves e Thiago Baptista

Rio de Janeiro
Praia de Botafogo, 501 - 704, Bloco II, Botafogo,
Rio de Janeiro, RJ - CEP: 22250-042
Tel.: (21) 2104-9300

São Paulo
Av. das Nações Unidas, 8501, 21º andar, Pinheiros,
São Paulo, SP - CEP: 05425-070
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