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Caso prático 1
O presente exercício refere-se à empresa XPTO, a qual, por mera suposição, ainda adota o
sistema de inventário intermitente. Na auditoria efetuada às demonstrações financeiras, com
referência a 31 de dezembro de 2021, foram salientados os seguintes aspetos:
b) A empresa XPTO efetuou em 30 de dezembro de 2021 a contagem física dos seus stocks,
tendo em conta o compromisso de concluir em 31 de dezembro a instalação de duas
máquinas já entregues e faturadas ao cliente.
No final da contagem o auditor constatou que a última guia de receção emitida tem o nº
4882 e data de 29/12, tendo os artigos sido devidamente arrumados e contados. Mais
tarde, no trabalho final sobre inventários, o auditor veio a constatar que em 31 de
dezembro foram emitidas as guias 4883 e 4884 correspondentes a artigos entregues
pelos fornecedores nesse dia, os quais não afetaram o valor global dos stocks por terem
sido recebidos após a inventariação.
2. Corte de operações:
Guia de
receção
4882 De acordo com o texto, os artigos foram recebidos em 29 de dezembro e foram
inventariados. Está contabilizada a compra e considerado o respetivo stock. Não
há problema
4883 De acordo com o texto, os artigos foram recebidos em 31 de dezembro e já não
foram adicionados ao inventário feito no dia anterior. Foi dada entrada em
armazém apenas em janeiro e reconhecida a compra apenas neste mês. Se os
stocks foram recebidos em dezembro deveriam ter sido considerados em
inventário e reconhecida a compra. Há erro, mas os resultados não são
influenciados.
4884 De acordo com o texto, os artigos foram recebidos em 31 de dezembro e já não
foram adicionados ao inventário feito no dia anterior. Foi dada entrada em
armazém apenas em janeiro, mas a compra foi, corretamente, reconhecida em
dezembro. Se os stocks foram recebidos em dezembro deveriam ter sido
considerados em inventário e reconhecida a compra. O erro praticado afeta o
resultado antes de impostos o qual se encontra subavaliado em 5.900 euros.
4885 Pelo enunciado esta guia corresponde a artigos rececionados em janeiro. Com a
compra é feita em regime DPU a compra deve ser reconhecida em janeiro. Dado
que a empresa contabilizou, indevidamente, a compra em dezembro o RAI está
subavaliado em 7500.
4886 Pelo enunciado esta guia corresponde a artigos rececionados em janeiro. Como a
compra é feita em regime FOB a mesma deve ser reconhecida no mês em que
os artigos foram expedidos, ou seja, em dezembro. Assim a compra está
devidamente contabilizada, mas a empresa deveria ter considerado o stock em
trânsito. Não o tendo feito o RAI está subavaliado em 4.600.
4887 Trata-se de uma compra DPU. Os artigos foram recebidos em janeiro e a compra
também foi registada em janeiro. Não existe qualquer erro.
4888 Trata-se de uma compra FOB em que a data de expedição
É a data relevante. Como os artigos foram expedidos em dezembro deveria ter
sido reconhecida a compra em dezembro e os stocks em trânsito. A empresa
considerou tudo em janeiro. Há erro mas não afeta o resultado.
4889 A situação é rigorosamente igual à anterior. A única diferença reside na data da
fatura, que não é relevante para o efeito.
3. Ajustamentos e reclassificações