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o que não
cabe...sabe que não sei nada sobre artigo.so sei que vejo voce sentar e em minutos
escrever um.e eu não aguento mais isso aqui.acho que queria uma semana de
descanso dele.daí talvez conseguisse enxergar melhor e desenvolver as ideias.pero
não há tempo.quero v se entrego quinta pra professora que é pra ser a
orientadora..enfim...me ajuda,please...)
Titulo(falta)
Resumo
Discutir formação de leitores não é nenhuma novidade. Este tema tem sido
recorrente nas últimas décadas entre profissionais de Educação, psicólogos, nos
meios de comunicação e até entre pais preocupados com a formação de seus filhos.
Muitas dissertações de Mestrado, teses de Doutorado já foram produzidas
explorando este tema. Portanto, muitas propostas para a “solução do problema” já
foram apresentadas e muito foi argumentado sobre a necessidade de formar novos
leitores. A falta de leitura ou a má formação de leitores é visível em nosso dia a dia,
não somente na escola, mas na rua, na praça, no trabalho etc. As discussões sobre
o tema abundam-se, os teóricos apresentados aos estudantes são diversos e
muitas vezes divergem sobre a questão. Portanto, estamos cientes que o que aqui
discutiremos não é um fato novo. Mesmo assim achamos de grande relevância
explorar esse assunto uma vez que não temos visto um aumento significativo de
leitores, mesmo com tantos tratados sobre este tema.
UM POUCO DE TEORIA
De fato, num espaço organizado como esse idealizado pelos PCN de Língua
Portuguesa a chance de aumentar o número de leitores no país é maior.
Percebemos a relevância que o documento atribui à biblioteca, que essa venha a
ser um espaço agradável, que possa atender ao gosto dos leitores, com
diversificados tipos de leituras, o documento aponta ainda para o papel do professor
no processo de formar leitores, portanto faz-se necessário um planejamento para
que se tenha profissionais que possam mediar esse contato do aluno com o texto
literário, ajudar o aluno a construir sua autonomia como leitor para que a leitura não
ocorra somente no espaço escolar, com o peso da obrigatoriedade, mas também
seja levada para outros ambientes e compartilhada. Os PCN de Língua Portuguesa
destacam ainda a escola como o local onde muitos terão seu primeiro contato com
materiais de leitura, mais uma vez chama atenção às práticas do professor, que
serão decisivas para contribuir no desenvolvimento do aluno como leitor.
Nas observações das aulas, logo percebemos que: a menos que os alunos
mudassem um pouco o comportamento, quando fossemos reger as aulas, teríamos
sérios problemas em desenvolver nossa proposta, isso porque o ambiente ali não
era nada propicio para se dar aula. Durante esse período de observação,
presenciamos em se tratando dos alunos, entre outras coisas, indisciplina,
desrespeito com os colegas e até mesmo com o professora, muita conversa, alunos
no celular, cantoria, palavrões, alunos arrotando em sala, passeando pela sala,
fazendo gestos obscenos, distorção idade-séria.
A princípio o trabalho com interpretação de texto não deu muito certo, levamos um
texto impresso, lemos em sala, em algumas conseguimos que os alunos lessem, em
outras ninguém quis ler, passamos no quadro algumas perguntas referentes ao
texto, pretendíamos fazer a correção na aula seguinte, mas a professora regente
pediu que déssemos mais um tempo, alguns alunos nem tinham copiado, outros
não tinham mais as copias, nós que levamos as copias do texto. Em uma das salas
alguns alunos amassaram suas copias, um deles amassou e ficou brincando de
jogar no ventilador, como era o último tempo quando tocou muitos textos ficaram
sobre a mesa, nessa turma, na aula seguinte quando vieram pedir cópia do texto
para continuarem a fazer a atividade dissemos que não daríamos outra , que já
havíamos dado e que deveriam ser responsáveis e ter cuidado, um dos alunos disse
para que comêssemos as copias, poucas foram as vezes que a professora regente
se posicionou quando surgiram situações desse tipo, de total desrespeito, ela
costumava apenas observar, inúmeras vezes falamos sobre a questão de respeitar
o outro, mas enquanto estivemos lá não vimos quase nada de mudança. Como a
interpretação de texto por escrito não fui muito produtiva a nosso ver, conversamos
com a professora e ela concordou que fizemos interpretação de texto oralmente,
conforme fossemos fazendo as leituras já íamos fazendo a interpretação e
discussão junto com os alunos.
Por conta das dificuldades que encontramos em sala e tentando fazer com que os
alunos refletissem sobre eles, o outro e o espaço escolar, além da literatura,
trabalhamos com gêneros textuais. Levamos charges que abordavam temas
voltados para escola, tais como: violência, evasão escolar, ensino de qualidade,
professores desistindo da profissão. Levamos poemas autobiográficos na aula em
que trabalhamos com biografia e autobiografia, pedimos que os alunos
escrevessem sua autobiografia.
Por outro lado, foi bom ver que a professora regente passou a dar um espaço maior
para a leitura literária, pegava os livros da biblioteca e se os alunos não
terminassem de ler na sala de aula podiam levar para casa, também vimos alunos
selecionando, entre os livros , aqueles autores que havíamos trabalhado, as
produções de texto mostravam alunos já pensando numa “faculdade”, que
precisavam estudar, quando iniciamos a regência falamos um pouco sobre o local
onde estudávamos e que logo seria a vez deles de estarem na Universidade
Federal de Rondônia- UNIR, então foi importante eles saberem que não é só
concluir o Ensino Fundamental e Médio e tudo terminou, podem estudar mais,
crescer mais.
ALGUMAS CONSIDERAÇOES
Nas leituras que fizemos sobre formação de leitores, os trabalhos, em sua maioria,
são voltados para as series iniciais do ensino fundamental, muito compreensível,
uma vez que é mais fácil ensinar o aluno a gostar de ler nessas series, e nas
seguintes estreitar a relação, assim termos leitores maduros saindo da escola,
conscientes de seu papel na sociedade, capazes de formular e defender opiniões e
preparados para entrar e sair com uma boa formação de um curso de nível superior.
Infelizmente, em muitas escolas não é oferecido ao aluno o direito ao poder,
“quando abrimos mão de ler algo consistente, estamos abrindo mão de uma parcela
do poder”. O poder de conhecer diferentes mundos e opiniões, confrontar com seu
mundo, observar comportamentos alheios e repensar os seus, indagar, saber
argumentar, ser sujeito de sua história. Tantas formas de poder são possíveis
através da leitura de literatura, essa arte que tem um jeito especial de ensinar,
talvez por não ser direta é que tenha mais eficácia.
Durante o período em que tivemos que dar aula, procuramos levar atividades mais
dinâmicas, sair da rotina que vimos lá: livro didático, explicação no quadro,
correção. Expomos os conteúdos em PowerPoint, levamos vídeos, fizemos
dinâmicas, ainda assim tivemos muitas dificuldades, para a maioria ali, ler e mesmo
ouvir leituras era algo em que não tinham interesse, que parecia não haver sentido.
E como lembra Marisa Lajolo, “ou o texto dá um sentido ao mundo, ou ele não tem
sentido nenhum. E o mesmo se pode dizer de nossas aulas.” Se o aluno não
consegue ver benefício nenhum na leitura de livros, não vai ler. Se o professor não
acredita que a literatura possa contribuir para o desenvolvimento dos alunos, seja
em termos de conhecimento de mundo, ou autoconhecimento, não abrirá espaço à
leitura literária, ou se abrir porque está no plano de curso, será só mais um
conteúdo que os alunos não apreendem, nem sabem onde aplicar, como o ensino
da gramatica como vem acontecendo, bastante trabalhado em sala, mas poucos
alunos demonstram o mínimo de conhecimento, como ficou evidente nas produções
de texto que lemos.
Por isso acreditamos que, quando se tem fé na literatura, quando se transpira leitura
e literatura de um modo mais amplo, quando se tem “hálito de leitura” como
afirmamos no início, as barreiras serão superadas com mais coragem. Somente
lamentarmos as péssimas condições que a escola oferece não contribui muito para
a formação de leitores.