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TEORIAS DO TREINAMENTO

BASES/PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO
Atletas se preparam para atingir um objetivo específico através de um treinamento
estruturado e focalizado. O objetivo do treinamento é aumentar as habilidades do atleta
e sua capacidade de trabalho de modo a otimizar o desempenho atlético. O treinamento
é realizado através de um longo período de tempo e envolve muitas variáveis
fisiológicas, psicológicas e sociológicas.
Princípios do treinamento físico funcionam como norteadores do planejamento,
execução, consolidação e controle da preparação de um atleta (amador ou profissional).
Eles incluem todos os aspectos e tarefas do treino, determinando o conteúdo, os meios,
os métodos e a organização dos exercícios físicos

CAPACIDADES FÍSICAS
A periodização do treinamento deve ser feita para todas as capacidades físicas: força,
velocidade, agilidade, flexibilidade, resistência, equilíbrio, coordenação, ritmo e
descontração. Ela é dividida em microciclos (sessões de treinamento), mesociclos
(semanas/meses de treinamento) e macrociclos (meses/anos de treinamento), sendo
organizada de maneira a proporcionar uma evolução, ou seja, do mais simples para o
mais complexo.
Além disso, é fundamental definir as capacidades físicas a serem desenvolvidas e
utilizar métodos de treino adequados para tal fim. Aliás, você sabia que não existe treino
para hipertrofia? A hipertrofia, ou aumento do volume muscular é uma adaptação
morfológica gerada pelo estímulo do treino de força, que é uma capacidade física
importantíssima em qualquer fase da vida. Também não existe treino para
emagrecimento. Da mesma forma, desenvolvem-se as capacidades físicas que geram tal
adaptação. Vale ressaltar que a hipertrofia ou o emagrecimento são processos altamente
complexos que envolvem inúmeros outros fatores, como a qualidade da alimentação e
do sono. Outro exemplo: entre atletas são muito comuns os treinos de potência. Nesse
caso utilizam-se métodos como o levantamento de peso olímpico (LPO) e a pliometria.
Outras capacidades físicas importantes em qualquer programa de treinamento são a
flexibilidade e a resistência.
VARIÁVEIS DE TREINAMENTO
Ao prescrever o treino, o profissional de Educação Física deve analisar diversas
variáveis, como carga, volume (séries e repetições), tempo de recuperação entre as
séries, tempo de recuperação entre os dias de treinamento e horas de sono (descanso).
– Volume: número de séries, repetições, número de exercícios, tempo, distância,
frequência. Refere-se à quantidade de exercício praticado.
– Intensidade: peso, velocidade, carga, inclinação. Diz respeito à qualidade do exercício.
– Pausa: pode ser ativa, passiva, completa ou incompleta. É o tempo de descanso entre
as séries, fundamental para a recuperação dos mecanismos energéticos em exercícios de
alta intensidade, especialmente a reparação dos estoques de fosfocreatina e glicogênio
intramusculares.
– Velocidade de execução: pode ser lenta ou rápida.
– Ordem: como regra geral, a prioridade deve definir qual exercício será executado
primeiro.
O controle dessas variáveis é especialmente importante em atletas ou indivíduos já
treinados. Nessas condições as adaptações ao treinamento acontecem de maneira mais
lenta e o trabalho deve ser minuciosamente planejado.

PLATÔ E OVERTRAINING
Platô: Um grande desafio ao treinamento desportivo, definitivamente, é o platô de
performance. Essencialmente, este platô é aquele determinado momento onde o atleta
não responde mais aos estímulos do treinamento e a forma física não evolui mais.

Overtraining: Trata-se de um problema que ocorre quando o atleta faz mais exercícios
do que seu corpo é capaz de se recuperar. Ao tentar melhorar o desempenho em
treinamentos e provas, os corredores exageram no volume da atividade física sem ter o
descanso adequado e escolhem uma dieta incorreta.

As causas fisiológicas e metabólicas:


- Elevação do nível do cortisol (hormônio que quebra o tecido muscular para forma
energia);
- Déficit proteico;
- O catabolismo (reações de quebra de moléculas para produzir energia) supera o
anabolismo (reações de síntese de substâncias);
- Estresse no sistema nervoso central provocando distúrbios hormonais;
- Tempo insuficiente para reparar os micro-traumas no músculo esquelético provocados
pelo exercício.

Problemas que o overtraining traz aos atletas:

- Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência;


- Dor muscular persistente;
- Sensação de fadiga crônica;
- Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico);
- Mudança de humor com quadro de depressão e irritabilidade;
- Queda da resistência imunológica;
- Perda da qualidade do sono.

Especificidade e Adaptação

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