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CLARENTIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

ENFERMAGEM – BACHARELADO

PAULIANE MARIA ENES DE MELO

CONCEITOS DE AGENTES MUTAGENICOS E DA MUTAÇÃO

Cruzeiro do Sul
2021
PAULIANE MARIA ENES DE MELO

CONCEITOS DE AGENTES MUTAGENICOS E DA MUTAÇÃO

Trabalho apresentado ao curso Enfermagem


Bacharelado do Centro Educacional Clarentiano,
como requisito parcial para a obtenção de média do
quarto semestre disciplina de Genética.

Orientador (a): Prof. (a) Eunice de Souza de Costa

Cruzeiro do Sul
2021
Sumário

1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2.DESENVOLVIMENTO ...........................................................................................5
3.CONCLUSÃO .........................................................................................................10
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................11
Introdução

O câncer é, basicamente, uma doença causada por divisão celular descontrolada.


Seu desenvolvimento e progressão estão normalmente ligados a uma série de alterações
na atividade dos reguladores do ciclo celular. Por exemplo, os inibidores do ciclo
celular impedem que as células se dividam quando as condições não são as corretas, por
isso a baixa ação desses inibidores pode causar câncer. Da mesma forma, os reguladores
positivos da divisão celular podem causar câncer se estiverem muito ativos. Na maioria
dos casos, essas alterações na atividade ocorrem devido a mutações nos genes que
codificam as proteínas reguladoras do ciclo celular.
Desenvolvimento

1- Descreva os processos genéticos envolvidos no desenvolvimento do


câncer.

O câncer é uma doença genética porque as alterações ocorrem dentro de genes


específicos, mas na maioria dos casos não se trata de doença herdada. Em uma doença
hereditária, o defeito genético está presente nos cromossomos de um dos pais (ou em
ambos) e é transmitido para o zigoto. Por outro lado, as alterações genéticas que causam
a maioria dos cânceres originam no DNA das células somáticas durante a vida da pessoa
afetada. Por causa dessas alterações genéticas, as células cancerosas se proliferam
incontrolavelmente, produzindo tumores malignos que invadem os tecidos saudáveis
próximos às células tumorais. Durante o tempo em que o tumor permanece localizado, a
doença pode ser tratada com drogas específicas ou curada por remoção cirúrgica do
tumor. Entretanto, os tumores malignos tendem a se disseminarem, cujo processo é
conhecido por metástase, onde grupos de células cancerosas “escapam” da massa
tumoral e atingem a circulação sanguínea ou linfática, e se espalham para outros tecidos
e órgãos, criando tumores secundários. A remoção cirúrgica desses tumores
metastáticos é extremamente difícil, muitas vezes sem sucesso. Os tumores podem ser
divididos em dois grandes grupos: benignos e malignos. Sabe-se que o tumor benigno
possui células bem diferenciadas (muitas vezes semelhantes às do tecido original),
respeita os tecidos adjacentes não os invadindo, crescem lentamente e o principal
aspecto é que não geram metástases. Já os tumores malignos apresentam células
indiferenciadas, de rápido crescimento, invadem os tecidos circundantes e podem gerar
metástases, sendo assim de difícil tratamento. Podemos destacar entre os fatores de risco
importantes relacionados com o desenvolvimento do câncer tabagismo, radiação
ionizante, vírus, alimentação e predisposição genética. Portanto, podemos destacar que
agentes químicos, físicos e vírus compreendem as principais causas de alterações
genéticas que acarretam o desenvolvimento de tumores.

Estagio de iniciação: é a primeira fase do câncer, onde as células sofrem o efeito dos agentes
cancerígenos, provocando modificações em alguns de seus genes, porém, ainda não é possível
identificar as células maligna. Nessa fase, as células se encontram geneticamente
alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas
encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de
agentes que atuará no próximo estágio.

Estagio de promoção: as células transformam-se em células malignas gradualmente


através do contato constante com o agente causador, formando um tumor que começa a
aumentar de tamanho. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e
continuado contato com o agente cancerígeno promotor. Nessa fase, as células se
encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor
clinicamente. Elas encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um
segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.

Estagio de progressão: é a fase em que se dá a multiplicação descontrolada das células


alteradas, até o surgimento dos sintomas. Os fatores que promovem a iniciação ou
progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos.
O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos
três estágios da carcinogênese.

2- Qual é o papel dos oncogenes, genes supressores de tumor e vírus tumorais


nesses processos?

Proto-oncogenes são genes que normalmente ajudam às células a crescer.


Quando um proto-oncogene sofre mutações ou existem muitas cópias do mesmo, torna-
se um gene "ruim", que pode ficar permanentemente ligado ou ativado quando não
deveria ser assim. Quando isso acontece, a célula cresce fora de controle, o que pode
levar ao câncer. Este gene ruim é chamado de oncogene. Vamos pensar que uma célula
é como um carro. Para funcionar corretamente, é preciso ter formas de controlar sua
velocidade. Um proto-oncogene normalmente funciona de forma muito parecida ao
pedal do acelerador. Ajuda a célula a crescer e se dividir. Um oncogene pode ser
comparado ao mesmo pedal do acelerador só que está preso ao chão, o que faz com que
a célula se divida fora de controle. Algumas síndromes cancerígenas são causadas por
mutações herdadas dos proto-oncogenes que fazem com que o oncogene seja ativado.
Mas, a maioria das mutações que causam câncer envolvendo oncogenes é adquirida, não
herdada. Geralmente ativam os oncogenes por: Rearranjos Cromossômicos - Alterações
nos cromossomos que colocam um gene ao lado de outro, o que permite que um ative o
outro
Duplicação - Ter cópias extras de um gene, pode fazer com se produza maior
quantidade de determinada proteína.

Genes Supressores do Tumor

Genes supressores do tumor são genes normais que retardam a divisão celular,
reparam erros do DNA ou indicam quando as células devem morrer (processo
conhecido como apoptose ou morte celular programada). Quando os genes supressores
do tumor não funcionam corretamente, as células podem se desenvolver fora de
controle, o que pode levar ao câncer. Um gene supressor de tumor é como o pedal de
freio em um carro. Normalmente impede que a célula se divida rapidamente, assim
como um freio impede que um carro ande muito rápido. Quando algo dá errado com o
gene, como uma mutação, a divisão celular pode sair fora de controle. Uma diferença
importante entre oncogenes e genes supressores do tumor é que os oncogenes resultam
da ativação de proto-oncogenes, enquanto que os genes supressores do tumor provocam
câncer quando eles são inativados. Alterações herdadas do gene supressor do tumor
foram encontradas em algumas síndromes cancerígenas hereditárias causando certos
tipos de câncer, em determinadas famílias. Mas, de novo, a maioria das mutações de
genes supressores do tumor é adquirida, não herdada. Por exemplo, anormalidades do
gene TP53 (que codifica a proteína p53) foram encontradas em mais de metade dos
cânceres humanos

3- Qual é o objetivo dos testes genéticos relacionados ao câncer?

Testes genéticos são exames que permitem identificar, por meio da análise do
nosso DNA, um maior risco ou propensão a determinadas doenças. Em oncologia, os
testes genéticos podem ser usados para diagnóstico de câncer hereditário ou do risco de
desenvolver tumores. É importante esclarecer que todo câncer é resultado de alteração
genética, isto é, o câncer é uma doença genética, porém, um percentual pequeno é
hereditário. O câncer hereditário é causado por uma mutação genética que o paciente
carrega no DNA de suas células. Essa mutação está presente em parte das células
germinativas dos pacientes, isso é nos gametas, e pode passar para seus descendentes.
Isso quer dizer que os descentes que herdam a mutação estão em risco de desenvolver
tumores. Há varias síndromes genéticas de câncer hereditário já descritas, incluindo as
que afetam as mamas, os ovários, os intestinos, a pele, entre outros órgãos.
Os aspectos clínicos mais comuns para se suspeitar de uma síndrome de câncer
hereditário são: o diagnóstico em idade mais jovem do que a idade de aparecimento
daquele tipo de tumor, vários tumores no mesmo indivíduo ou câncer em várias
gerações da família. Para se confirmar a suspeita de um câncer hereditário, há
necessidade do indivíduo ser submetido a um teste genético. Para algumas síndromes
genéticas o resultado positivo de uma mutação patogênica em genes já conhecidos pode
ajudar o médico a traçar medidas de prevenção para evitar o surgimento do câncer e
medidas de rastreamento diferenciadas da população em geral para diagnosticar o tumor
nos estágios mais iniciais quando são mais passíveis de cura.

4- Na sua opinião podemos tomar medidas para diminuir os ricos de


desenvolver um tumor?

Não existem maneiras de prevenir o câncer de exemplo o do estômago, mas


existem coisas que você pode fazer para reduzir seu risco de desenvolver a doença.
Acredita-se que a diminuição dos casos de câncer de estômago nas últimas
décadas é devido aos novos hábitos alimentares adquiridos pelas pessoas. Isso inclui um
maior uso de sistemas de refrigeração para o armazenamento dos alimentos. Para
reduzir o risco, as pessoas devem evitar dietas ricas em alimentos defumados e carnes
salgadas.
Uma dieta rica em frutas e vegetais frescos também pode reduzir o risco de câncer
de estômago. As frutas cítricas, como laranja, limão, podem ser especialmente uteis,
mas suco de toranja pode alterar as taxas sanguíneas de determinados medicamentos
que você utiliza, por isso é importante conversar com seu médico antes de adicionar
essa fruta à sua dieta pode ajudar a melhora a sua vida e está bem com sigo mesmo.
É recomendado que as pessoas mantenham uma dieta saudável, com ênfase em
alimentos de origem vegetal. Isso inclui ingerir pelo menos 2 ½ xícaras de frutas e
legumes diariamente. Optar por pães integrais, massas e cereais em vez de grãos
refinados, e comer peixes, aves ou grãos em vez de carne processada e carne vermelha
também pode ajudar a diminuir o risco de câncer ou seja tudo isso que demos adotar
para a nossa vida.

Existe alguma evidência de que combinações de suplementos antioxidantes


(vitaminas A, C, e E e selênio mineral) podem reduzir o risco de câncer de estômago em
pessoas com má-nutrição. Apesar de alguns estudos sugerirem que o uso de chá,
especialmente o chá verde, pode proteger contra o câncer de estômago, a maioria dos
grandes estudos não encontrou nenhum benefício. A obesidade pode aumentar o risco
de câncer de estômago. Por outro lado, ser fisicamente ativo pode ajudar a diminuir esse
risco. É recomendado manter um peso saudável ao longo da vida, equilibrando a
ingestão de calorias com atividade física. Além de possíveis efeitos sobre o risco de
câncer de estômago, a perda de peso também pode ter um efeito sobre o risco de vários
outros tipos de câncer e problemas de saúde. O tabagismo pode aumentar o risco de
câncer de estômago proximal (porção do estômago mais próxima ao esófago). O
tabagismo aumenta o risco de muitos outros tipos de câncer e é responsável por cerca de
um terço de todas as mortes por câncer.

Apenas uma pequena porcentagem de cânceres de estômago é causada pela síndrome de


câncer gástrico difuso hereditário. Mas, é muito importante reconhecer isso, porque a maioria
das pessoas que herda essa condição, eventualmente, terá câncer de estômago. Pessoas com
forte histórico familiar de câncer de estômago devem investigar a possibilidade de ter a doença
o mais precocemente possível. Se o histórico familiar sugere que uma pessoa pode ter a doença,
é recomendada a realização dos exames genéticos. Se o exame mostra que a pessoa tem uma
forma anormal do gene CDH1, muitos médicos sugerem que o estômago seja retirado antes que
o câncer se desenvolva.
Conclusão

E uma doença hereditária, o defeito genético está presente nos cromossomos de


um dos pais (ou em ambos) e é transmitido para o zigoto além de tudo isso que também
pode proporcionar a criação do tumor são aquelas pessoas tabagista, radiação ionizante,
vírus pode chegar a adquirir um câncer. E outra diferencia importante entre oncogenes e
genes supressores do tumor é que os oncogenes resultam da ativação de proto-
oncogenes, enquanto que os genes supressores do tumor provocam câncer quando eles
são inativados. Alterações herdadas do gene supressor do tumor foram encontradas em
algumas síndromes cancerígenas hereditárias causando certos tipos de câncer, em
determinadas famílias. Mas, de novo, a maioria das mutações de genes supressores do
tumor é adquirida, não herdada. Por exemplo, anormalidades do gene TP53 (que
codifica a proteína p53) foram encontradas em mais de metade dos cânceres humanos.
Referência Bibliográfica

Lodish, H., Berk, A., Zipursky, S. L., Matsudaira, P., Baltimore, D., and Darnell, J.
(2000). Proto-oncogenes and tumor suppressor genes. Molecular cell biology (4th ed.,
section 24.2). New York, NY: W. H. Freeman. Acesso em 22.09.2021

Roberts, P. J. and Der, C. J. (2007). Targeting the Raf-MEK-ERK mitogen-activated


protein kinase cascade for the tratamento off câncer. Acesso em 22.09 2021

oncoguia.org.br/conteúdo/oncogenes-e-genes-supressores-do-tumor.Acesso
em22.09.2021

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