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A*B
Acidente topográfico: objecto ou fenómeno concreto, fixo e permanente, da superfície
terrestre.
Altitude geodésica: distância entre um lugar e a superfície de referência, segundo a
normal a esta. (Fig. 1)
Altitude geodésica elipsoidal: altitude geodésica referida ao elipsóide de referência.
(Fig. 1)
Altitude natural: o mesmo que altitude ortométrica. (Fig. 1)
Altitude ortométrica: distância vertical entre um lugar e o geóide, medida ao longo da
linha de fio-de-prumo. (Fig. 1)
Altura de maré: distância vertical instantânea entre o zero hidrográfico e a superfície
do mar. (Fig. 2)
Aspecto: modalidade de uma projecção geométrica, conforme a orientação da
respectiva superfície de projecção. Assim, as projecções dizem-se normais, transversas
ou oblíquas conforme o eixo da superfície de projecção é, respectivamente,
coincidente, perpendicular ou oblíquo em relação ao eixo da Terra.
Atlas: colecção organizada de cartas concebida para cobrir um espaço geográfico e um
ou mais temas escolhidos.
Atlas nacional: atlas poli temático que apresenta conhecimentos científicos
contemporâneos nos domínios da geografia física, económica e política de um país.
Azimute (de uma direcção): ângulo diedro entre o plano do meridiano de um lugar e o
plano vertical que contém a direcção considerada. Os azimutes são, em geral, medidos
de 0 a 360º, a partir do Norte, no sentido dos ponteiros do relógio
Azimute astronómico: ângulo diedro entre o plano do meridiano astronómico e o
plano que contém a vertical do lugar e a direcção considerada
Azimute geodésico: ângulo diedro entre o plano do meridiano geodésico de um lugar e
o plano que contém a normal à superfície de referência e a direcção considerada.
Batimetria: designação comum da geometria do fundo do mar, lago ou curso de água,
expressa pelas isobatimétricas de uma carta e pela sequência de cores que
representam as classes de sonda reduzida entre elas. Em geral, utiliza-se o branco, o
verde e várias tonalidades de azul, de forma variável com o tipo de carta. (Fig. 3)
Batimétrica: o mesmo que isobatimétrica. (Fig. 3)
Bolembreano: nome comum das construções em alvenaria de forma tronco-cónica
que, em Portugal, são utilizadas como vértices geodésicos de 2ª e 3ª ordens. (Fig. 4)
C
Carta: representação simbólica, geralmente plana, da superfície terrestre, ou de outro corpo
celeste, e dos objectos e fenómenos aí localizados. Na terminologia portuguesa, a distinção
entre os termos mapa e carta não está consolidada: mapa é um termo de utilização comum,
enquanto carta é especialmente usado no âmbito da cartografia topográfica e hidrográfica.
Carta cadastral: o mesmo que planta cadastral. (Fig. 5)
Carta corográfica: carta topográfica de escala intermédia, em regra compreendida entre
1:500 000 e 1:50 000, que representa os traços gerais de países ou regiões (termo em desuso).
Carta de base: 1. Carta cujo objectivo é a representação espacial de informação geográfica de
carácter genérico, comportando em geral um conjunto organizado de folhas que cobrem um
país ou região, de forma sistemática. São cartas de base as cartas topográficas e hidrográficas.
2. Carta que serve de suporte, ou fundo, a uma carta temática.
Carta electrónica de navegação: carta náutica em suporte informático, associada a um sistema
de visualização (sistema ECDIS: Electronic Chart and Display Information System).
Carta física: carta temática que representa, essencialmente, os aspectos naturais da
topografia e hidrografia da superfície terrestre (termo em desuso, ainda utilizado em atlas).
(Fig. 6)
Carta geográfica: carta topográfica de escala pequena, em regra inferior a 1:500 000, que
representa os traços mais gerais de vastas regiões do globo terrestre (termo em desuso).
Carta hidrográfica: carta de base cujo objectivo é a representação de informação relativa aos
oceanos, lagos e cursos de água. Não existindo em Portugal cartas hidrográficas propriamente
ditas, o seu papel é, em geral, desempenhado pelas cartas náuticas.
Carta hipsométrica: carta temática que representa as classes de altitude através de cores
hipsométricas.
Carta náutica: carta temática destinada a apoiar a navegação marítima e que apresenta, sobre
um fundo de informação topográfica e hidrográfica mais ou menos simplificado, outra
informação específica relevante para a condução da navegação: perigos e ajudas à navegação,
corredores de tráfego marítimo, informação oceanográfica e meteorológica, etc. (Fig. 7)
Carta política: carta temática que representa informação caracterizadora de aspectos com
relevância política dos países, especialmente as divisões territoriais e administrativas e os
centros populacionais mais importantes (termo em desuso, ainda utilizado em atlas). (Fig. 8)
Carta temática: carta cujo objectivo é representar informação, ou apoiar actividades, de
carácter especializado. Tipicamente, as cartas temáticas apresentam, sobre um fundo de
informação geral mais ou menos simplificado, muitas vezes extraído de cartas topográficas,
hidrográficas e administrativas, fenómenos localizáveis de qualquer natureza, sob forma
qualitativa ou quantitativa. São cartas temáticas as cartas políticas, meteorológicas,
demográficas, geológicas, etc.
Carta topográfica: carta de base que representa, tão fiel e pormenorizadamente quanto a
escala o permita, a topografia da superfície terrestre. No passado, o termo aplicava-se
somente às cartas de maior escala, em regra igual ou superior a 1:50 000, reservando-se as
designações de carta corográfica e de carta geográfica para as escalas menores. (Fig. 9)
Cartografia: ciência que trata da concepção, produção, difusão e utilização das cartas.
Cartografia náutica: ramo da cartografia que trata das cartas náuticas.
Cartografia temática: ramo da cartografia que trata das cartas temáticas.
Cartografia topográfica: ramo da cartografia que trata das cartas topográficas. A produção das
cartas topográficas é, pelo seu interesse nacional, normalmente atribuída a organismos
estatais ou reconhecidos pelo Estado.
Cartometria: ramo da cartografia que trata das medições efectuadas sobre cartas.
Centro (de uma projecção): 1. O ponto de escala conservada numa projecção azimutal,
coincidente com o vértice. 2. O mesmo que ponto central.
Círculo máximo: termo de uso comum, embora formalmente incorrecto, que designa a
circunferência de uma superfície esférica, cujo plano contém o seu centro. O arco de círculo
máximo, ou ortodrómia, é o caminho mais curto entre dois pontos numa superfície esférica.
Círculo menor: circunferência de uma superfície esférica, cujo plano não contém o seu centro.
Compilação cartográfica: processo de reunião, selecção e representação gráfica dos elementos
de informação que serão representados numa carta. Estes elementos têm origem em
documentação variada, que inclui outras cartas, fotografias aéreas, resultados de
levantamentos topográficos e hidrográficos, etc.
Convergência dos meridianos: 1. A diferença entre as medidas dos ângulos formados por um
círculo máximo e dois meridianos adjacentes, numa dada latitude. A convergência dos
meridianos é nula no equador e máxima nos pólos, onde é igual à diferença de longitudes. 2.
Ângulo entre os meridianos da redes geográficas e os meridianos de uma quadrícula
cartográfica. (Fig. 11)
Coordenadas: quantidades lineares ou angulares que definem a posição de um ponto, no
plano, no espaço ou sobre uma superfície, relativamente a referências determinadas.
Coordenadas astronómicas: coordenadas geográficas que tomam como referências a vertical
do lugar, materializada pela direcção do fio-de-prumo, e a direcção do eixo de rotação da
Terra. (Fig. 12)
Coordenadas cartográficas: coordenadas rectangulares definidas numa quadrícula
cartográfica.
Coordenadas geodésicas: coordenadas geográficas definidas sobre a superfície de referência.
Coordenadas geodésicas elipsoidais: coordenadas geodésicas relativas ao elipsóide de
referência. (Fig. 13)
Coordenadas geográficas: a latitude e a longitude, definidas sobre a superfície terrestre ou um
seu modelo. (Fig. 14)
Coordenadas naturais: o mesmo que coordenadas astronómicas.
Coordenadas polares: um sistema de coordenadas polares, no plano, é aquele que utiliza uma
distância e um ângulo medidos a partir de uma origem e direcção arbitrários, para referenciar
a posição dos pontos. (Fig. 15)
Coordenadas rectangulares: um sistema de coordenadas rectangulares, no plano, é aquele que
utiliza duas medidas de distância rectilíneas a dois eixos perpendiculares entre si para
referenciar a posição dos pontos relativamente a uma origem arbitrária. (Fig. 16)
Cores hipsométricas: sequência convencional de cores destinada a representar as classes de
altitude definidas entre curvas de nível adjacentes. As cores são ordenadas do verde, para as
menores altitudes, até ao castanho avermelhado ou ao branco, para as maiores, com exclusão
do azul, que é reservado à representação da batimetria. (Fig. 17)
Cota: distância vertical entre um lugar e um nível tomado como referência.
Cultura: representação cartográfica dos acidentes topográficos artificiais (termo em desuso).
Curva de nível: linha de igual cota ou altitude, representada nas cartas. (Fig. 3)
D*E
Datum geodésico: conjunto dos parâmetros que constituem a referência de um determinado
sistema de coordenadas geográficas, e que inclui a definição do elipsóide de referência e a sua
posição relativamente ao globo terrestre.
Datum global: datum geodésico utilizado na cobertura geral do globo, escolhido de forma a
fazer coincidir o centro de massa da Terra com o centro do elipsóide de referência, e o eixo da
Terra com o eixo menor do elipsóide, procurando assim minimizar, globalmente, as diferenças
entre este e o geóide. Os sistemas globais de posicionamento utilizam um datum global. (Fig.
18)
Datum local: datum geodésico utilizado na cobertura de países ou regiões, escolhido de forma
a minimizar as distâncias entre o geóide e o elipsóide de referência, numa determinada zona
de interesse (Fig. 18)
Declinação magnética: ângulo, num determinado local e num determinado momento, entre as
direcções do Norte geográfico e do Norte magnético.
Deformação angular máxima: a maior diferença possível, numa determinada projecção
cartográfica, entre um ângulo medido sobre o modelo da Terra e na projecção.
Desenvolvimento: diz-se das projecções cilíndricas e cónicas, em que a superfície de projecção
é desdobrada num plano.
Desvio da vertical: ângulo entre a vertical do lugar e a normal ao elipsóide de referência. (Fig.
19)
Distância à meridiana: abcissa de um ponto numa quadrícula cartográfica, relativamente à
meridiana origem. (Fig. 20)
Distância à perpendicular: ordenada de um ponto numa quadrícula cartográfica, relativamente
à perpendicular origem. (Fig. 20)
Distância horizontal: projecção, sobre um plano horizontal, da distância rectilínea entre dois
pontos à superfície da Terra.
Distância natural: distância definida sobre a superfície de referência. (Fig. 21)
Distância rectilínea: distância segundo o segmento de recta que une dois pontos, no terreno.
(Fig. 21)
Distância reduzida: o mesmo que distância natural. (Fig. 21)
Elipse de deformação: figura teórica (elipse ou círculo) resultante da projecção de um círculo
de dimensões infinitesimais da superfície de referência sobre o plano de projecção, indicadora
das deformações lineares e angulares. (Fig. 22)
Elipse de Tissot: o mesmo que elipse de deformação. (Fig. 22)
Elipse indicatriz: o mesmo que elipse de deformação. (Fig. 22)
Elipsóide de referência: elipsóide utilizado como superfície de referência geodésica. Trata-se
geralmente de um elipsóide de revolução podendo, em circunstâncias especiais, ser um
elipsóide triaxial.
Elipsóide de revolução: figura formada pela revolução de uma elipse em torno do eixo menor.
Elipsóide internacional: designação comum do elipsóide de Hayford, adoptado
internacionalmente em 1924, como superfície de referência.
Equador: na esfera ou no elipsóide, círculo máximo perpendicular ao eixo de rotação da Terra.
(Fig. 10)
Equatorial: numa projecção cilíndrica, o mesmo que normal.
Equidistância gráfica: equidistância natural reduzida à escala da carta.
Equidistância natural: distância vertical entre duas superfícies de nível contíguas, isto é, entre
as altitudes correspondentes a duas curvas de nível adjacentes.
Escala: termo genérico que expressa o quociente entre o comprimento de um segmento na
carta e na superfície de referência cartográfica. Em geral, a escala varia com a posição e com a
direcção consideradas.
Escala das latitudes: a linha graduada em unidades de latitude que, por vezes, é impressa ao
longo de certos meridianos da carta. A escala das latitudes é, na projecção de Mercator,
utilizada como escala gráfica, sendo o minuto de latitude (milha marítima) aproximadamente
igual a uma milha náutica. (Fig. 23)
Escala das longitudes: a linha graduada em unidades de longitude que, por vezes, é impressa
ao longo de certos paralelos da carta. (Fig. 23)
Escala gráfica: segmento de recta graduado em unidades de comprimento, destinado à
indicação e medição de distâncias naturais sobre a carta. (Fig. 24)
Escala local: a escala num determinado ponto e segundo uma determinada direcção.
Escala natural: factor de redução a que o modelo da Terra é sujeito antes de a projecção
cartográfica ser realizada.
Escala numérica: expressão da escala natural de uma carta, em regra na forma de uma fracção
(por exemplo, 1/50 000 ou 1:50 000, sendo preferível o segundo).
Escala principal: o mesmo que escala natural.
Esfera autálica: esfera com a mesma área de um elipsóide de referência dado.
Exactidão: grau de conformidade de um valor com o valor verdadeiro ou aceite como padrão.
Não confundir com precisão.
F*G*H*I*L