NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas
Antonio Michel de Jesus de Oliveira Miranda
Francilane Lima de Sousa
Maria Estely Rodrigues Teles
MULTIMODALIDADE
NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas
2021
Conselho Editorial
Dr. Clívio Pimentel Júnior - UFOB (BA)
Dra. Edméa Santos - UFRRJ (RJ)
Dr. Valdriano Ferreira do Nascimento - UECE (CE)
Drª. Ana Lúcia Gomes da Silva - UNEB (BA)
Drª. Eliana de Souza Alencar Marques - UFPI (PI)
Dr. Francisco Antonio Machado Araujo – UFDPar (PI)
Drª. Marta Gouveia de Oliveira Rovai – UNIFAL (MG)
Dr. Raimundo Dutra de Araujo – UESPI (PI)
Dr. Raimundo Nonato Moura Oliveira - UEMA (MA)
Dra. Antonia Almeida Silva - UEFS (BA)
Editoração
Acadêmica Editorial
Diagramação
Danilo Silva
Capa
Marcus Vinícius Machado Ramos
Reprodução e Distribuição
CAJU: Educação, Tecnologia e Editora
Ficha Catalográfica elaborada de acordo com os padrões estabelecidos no
Código de Catalogação Anglo – Americano (AACR2)
ISBN: 978-65-88307-92-2
CDD: 370.7
Bibliotecária Responsável:
Nayla Kedma de Carvalho Santos – CRB 3ª Região/1188
DOI: 10.29327/539389
Link de acesso: https://doi.org/10.29327/539389
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................7
7
EDUCAÇÃO NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES SOBRE OS
MULTILETRAMENTOS NA PRÁTICA DE ENSINO............................................
ENSINO............................................11
11
Ana Vitória Damasceno Amorim
Fabricia Pereira Teles
DOI: 10.29327/539389.1-1
LITERATURA E MULTILETRAMENTO LITERÁRIO: POSSÍVEIS IMPACTOS
DO (SUPER)USO DA TECNOLOGIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
NA FORMAÇÃO DO LEITOR..............................................................................
LEITOR.............................................................................. 23
Claudia Regina Camargo
DOI: 10.29327/539389.1-2
ACIEPE E ENSINO REMOTO: RESSIGNIFICANDO A PRESENCIALIDADE
COM O AUXÍLIO DE TECNOLOGIAS................................................................
TECNOLOGIAS................................................................ 40
Igor Gabriel Leal
Maria Estely Rodrigues Teles
Vinícius de Príncipe Italiano
DOI: 10.29327/539389.1-3
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM DIÁLOGO
POSSÍVEL?........................................................................................................... 55
POSSÍVEL?
Iury Fagundes da Silva
DOI: 10.29327/539389.1-4
OFICINAS DE JOGOS DIGITAIS COMO METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM
DA LIBRAS.
LIBRAS........................................................................................................... 68
Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro
Luísy Danielle Azevêdo da Rocha
DOI: 10.29327/539389.1-5
DO MEDO À OUSADIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE BOAS PRÁTICAS
VIRTUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL...............................................................
INFANTIL............................................................... 84
Shirley Gava
Vanice Conceição de Melo Simões
Esleide de Cássia Rodrigues
DOI: 10.29327/539389.1-6
LEITURA DE MEMES COMO POSSIBILIDADE DE PRÁTICA MULTILETRADA
NA ESCOLA.
ESCOLA........................................................................................................100
...................................................................................................... 100
Djanes Lemos Ferreira Gabriel
Elizandra Dias Brandão
DOI: 10.29327/539389.1-7
LITERATURA DE CORDEL – XILOGRAVURA COMO METODOLOGIA DE
ENSINO PARA ALUNOS SURDOS.
SURDOS.................................................................... 111
Luísy Danielle Azevêdo da Rocha
Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro
DOI: 10.29327/539389.1-8
LINGUAGEM: UM ESTUDO SOBRE LEITURA EM TEMPO DE
PANDEMIA.........................................................................................................
PANDEMIA .........................................................................................................126
126
Luiz Alves de Souza Júnior
Carlos Gustavo de Carvalho Fonseca Júnior
Vitor Hugo Sousa Oliveira
DOI: 10.29327/539389.1-9
RETEXTUALIZAÇÃO: PRODUÇÃO DE SENTIDO NA ESCRITA DE L2 DO
ALUNO SURDO..................................................................................................
SURDO..................................................................................................142
142
Francisca Arlene Soares Cantuário
Djanes Lemos Ferreira Gabriel
Thanmyres Maria Leite Cavalcante
DOI: 10.29327/539389.1-10
A FAMÍLIA E A DEFICIÊNCIA AUDITIVA: SENTIMENTOS E
EXPECTATIVAS.................................................................................................. 158
EXPECTATIVAS
Ana Maria Brito Silva
Francisca Sheyla da Silva Barros
DOI: 10.29327/539389.1-11
SOBRE O(AS) ORGANIZADOR(AS) ................................................................170
.............................................................. 170
SOBRE O(A)S AUTORE(A)S.............................................................................
AUTORE(A)S............................................................................. 171
ÍNDICE REMISSIVO.
REMISSIVO...........................................................................................179
......................................................................................... 179
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 7
APRESENTAÇÃO
Apresentação
8 MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas
Apresentação
10 MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas
Organizadores.
Introdução
como a soma dessas linguagens num texto, mas a interação que existem
entre elas e que fazem com que o leitor compreenda melhor do que se tivesse
apenas a linguagem verbal.
É o que Alderson (2000, p. 76, apud BARBOSA; ARAÚJO; ARAGÃO,
2016, p.629) discute ao afirmar que um “texto que contenha apenas
informações verbais, especialmente em letras pequenas, será não apenas
intimidante, mas também mais denso e, portanto, muito mais difícil de ser
processado”. Ou seja, a multimodalidade torna-se uma facilitadora para uma
melhor compreensão dos textos. Entretanto, a escola segue uma tradição
de super valorizar e dar mais importância para a linguagem verbal e do que
para linguagem não verbal, e acaba resultando no que Lemke (2010[1998],
p. 491 apud CANI; COSCARELLI, 2016, p.17 ) diz a respeito dos professores
não ensinarem “os alunos a integrar até mesmo desenhos e diagramas em
sua escrita, muito menos arquivo de imagens fotos, clipes de vídeo, efeitos de
som, áudio de voz, música, animação, ou representação mais especializadas”.
Essa postura da escola não é mais válida para o contexto atual, já que
as TDIC’s “[...] têm produzido um efeito estufa, acelerando e proliferando o uso
de textos multimodais” (UNSWORTH, 2009, p. 377, apud BARBOSA; ARAÚJO;
ARAGÃO, 2016, p.628), tornando mais do que necessário o trabalho com
esses tipos de textos na sala de aula. Isso não significa uma desvalorização
do código escrito, pelo contrário, até na escrita existem traços multimodais,
seja na cor, formato ou tamanhos das letras, requerendo também uma leitura
multimodal.
O outro aspecto dos multiletramentos são as multimídias, que se
refere aos diversos recursos tecnológicos, como: celular, computador, rádio e
entre outros, que estão no nosso meio não apenas para apresentar o conteúdo
como também para produção. Sendo assim, “as tecnologias devem ser objeto
de ensino e não somente ferramenta de ensino” (LORENZI; PÁDUA, 2012, p.
39), a começar pelo uso do celular nos ambientes das salas de aula, já que é
um aparelho tão presente na vida cotidiana dos alunos.
Com a popularização do celular, independente da classe social,
muitos adolescentes e, inclusive, crianças fazem desse dispositivo
um meio de se manterem conectados com o mundo, no momento em
que eles têm vontade. A geração atual de jovens conhece e faz uso
das inúmeras possibilidades tecnológicas oferecidas na internet e
disponibilidades de diferentes formas (em redes sociais, canal de
youtube, músicas, aplicativos, jogos, sites etc) (MARQUES, 2016, p.
109).
Além disso, ao estarem na rede eles têm contato com diversas culturas
locais, nacionais e globais, pois a internet possibilitou a quebra de barreira
geográfica, proporcionando aos seus usuários conhecer outros contextos
sem a necessidade de se fazer presente em determinado lugar. E isso está
relacionado com o outro fundamento dos multiletramentos, denominado
de multiculturalismo, que discute justamente a valorização da diversidade
cultural, começando pela dos alunos (SIQUEIRA; LAGE, 2019), já que no espaço
da sala de aula é um exemplo nítido de como essa variedade existe, e é preciso
ser valorizada e respeitada, pois todas são importantes para a constituição do
ser e da sociedade.
A escola abre espaço para os alunos conhecerem outras realidades e
perceberem que existem diversos pontos de vista para determinado conteúdo,
seja de forma científica ou não, isso vai depender de onde está sendo abordado,
mas existe uma relação entre eles. Como por exemplo, a discussão é sobre a
terceira idade, o professor ao se trabalhar na perspectiva do multiculturalismo
não irá se restringir apenas na visão nacional e local, mas discutir o que
se pensa sobre os demais países e como funciona lá, e relacionando com a
realidade do nosso Brasil, mostrando as diferenças e semelhanças, e que tudo
depende do contexto histórico, político e principalmente cultural.
Diante de tudo isso surge o questionamento: Como os professores
podem desenvolver um trabalho fundamentado na pedagogia dos
multiletramentos? Diferentemente dos métodos de alfabetização que
mostram passo a passo bem definidos e com certo rigor para obtenção dos
resultados, os multiletramentos são orientações de como os professores
podem estar trabalhando em sala de aula, como mostra o quadro abaixo:
Fonte: THE NEW LONDON GROUP, 2000, p.35, apud OLIVEIRA; SZUNDY, 2014, p. 196.
Procedimentos Metodológicos
Conclusão
Referências
LITERATURA E MULTILETRAMENTO
LITERÁRIO: POSSÍVEIS IMPACTOS DO
(SUPER)USO DA TECNOLOGIA DURANTE
A PANDEMIA DE COVID-19
NA FORMAÇÃO DO LEITOR
Claudia Regina Camargo
DOI: 10.29327/539389.1-2
Introdução
Assim, a literatura também pode ser favorecida pela familiaridade que o leitor
tenha com esses multimeios, facilitando a compreensão de literaturas que
transgridam essa linearidade, por exemplo.
Quando falamos de leitura não linear, estamos falando de um modo
de se comunicar o que deseja, um arranjo de texto, uma coesão multimodal a
partir de sua organização, sendo que esse aspecto da construção textual irá
determinar o caminho de leitura, pois quando os elementos são organizados de
forma linear o caminho de leitura é mais restrito do que quando a organização
é mais dinâmica e modular, permitindo ao leitor percorrer caminhos diversos
de leitura. Segundo Kress e Van Leeuwen:
Se um caminho de leitura é circular, alguém pode ler de dentro para
fora, em círculos concêntricos, começando no que seria o coração da
mensagem. Se o caminho de leitura é linear e horizontal, ele constitui
uma progressão, movendo inevitavelmente em direção ao futuro (ou
ao contrário, em direção à origem de todas as coisas). Se é vertical,
um sentido de hierarquia é produzido, um movimento do geral para
o específico, do título para o rodapé. (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006,
p. 205, tradução nossa1).
1 If the reading path is circular, one reads outwards, in concentric circles, from a central
message which forms the heart, so to speak, of the cultural universe. If the reading path is
linear and horizontal, it constitutes a progression, moving inexorably forwards towards the
future (or backwards, towards the ‘origin’ of all things). If it is vertical, a sense of hierarchy is
signified, a movement from the general to the specific, from the ‘headline’ to the ‘footnote’.
Dessa forma, vários estudos têm sido feitos sobre as práticas de ensino
que envolvem multimodalidades, inserindo o aluno em contextos culturais
diferentes com a ajuda da tecnologia. As mídias digitais e a web fazem com
que os aparelhos como computadores, tablets e smartphones se transformem
4 We have defined multimodality as the use of several semiotic modes in the design
of a semiotic product or event, together with the particular way in which these modes are
combined - they may for instance reinforce each other (‘say the same thing in different ways’),
fulfil complementary roles, (…), or be hierarchically ordered (…).
5 The aim is to give students a sense of how patterns of meaning are the product of different
contexts (...).
6 In that perspective, modes offer distinct ways of engaging with the world and distinctive
ways of representing the world. They offer different and distinct potentials for presenting the
world. They offer different and distinct possibilities of transcription; and, with that distinct
‘cultural technologies’ of transcription.
9 O mercado editorial na quarentena: como fica o mundo dos livros durante a crise? Disponível
em: https://www.vailendo.com.br/2020/05/05/o-mercado-editorial-na-quarentena-como-
fica-o-mundo-dos-livros-durante-a-crise/. Acesso em: 26 mar. 2021.
certamente não foi fácil, e muitas vezes, nem possível. Para as instituições
públicas e particulares ainda houve resistência de professores e famílias
quanto ao ensino virtual. Para os professores, a dificuldade foi adaptar as
aulas para o formato digital, seja na forma de videoaula, aula interativa, ou
outras formas, sem treinamento adequado sobre a melhor pedagogia a ser
utilizada por esses canais e sobre a própria tecnologia que seria utilizada.
Para os alunos, foi necessário aprender a utilizar a tecnologia de outra
forma, não mais como apenas entretenimento, mas sim como ferramenta
de aprendizagem, além de gerenciar o tempo de estudos, não se distraindo
com outras redes sociais e apps durante as aulas. Para as famílias, assumir a
tarefa de tutor dos filhos na educação formal, especialmente com as crianças
menores, auxiliando com a tecnologia, com o cumprimento das atividades e,
muitas vezes, com o próprio ensino, visto que, por vezes, era mais fácil assumir
esta tarefa que utilizar os canais oferecidos pela instituição para contactar os
professores.
Neste contexto, algumas soluções para o ensino de leitura literária
foram adotadas em algumas instituições, por meio de plataformas digitais:
rodas de leitura em voz alta por meio da plataforma Zoom ( MESCLE –UFRGS10);
Tertúlia Literária Dialógica do programa de aprendizagem do Instituto Natura
e Universidade Federal de São Carlos11; experiências de letramento literário
por meio de plataformas digitais de reunião — webconferências (oficinas
literárias, diários de leitura, encontros para discussão); letramento literário
por meio de outras plataformas como podcasts, grupos de discussão na
plataforma WhatsApp, chats on-line e recursos como vídeos e formulários on-
line também foram usados para auxiliar nessa tarefa.
Desta forma, percebemos a importância do multiletramento, na
medida que amplia muito às possibilidades de ensino de diferentes disciplinas,
logo, também da literatura. Isso se faz muito importante, especialmente
no contexto de leitura literária em que nosso país se encontra, além dos
desafios que podem surgir quando menos se espera, como foi a pandemia de
COVID-19. Além disso, oferecer um multiletramento pode ser também uma
estratégia de melhorar a formação de leitores com competência diferenciada
para apreciação de textos não lineares ou com multiplicidade de itens, muito
comuns em vários gêneros na literatura contemporânea.
Considerações finais
Referências
PETIT, M. Os jovens e a leitura: uma nova perspectiva. São Paulo: Editora 34,
2008.
Introdução
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 41
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 43
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 45
Segundo Alves (2011), a década de 1970 foi marcada por dois grandes
acontecimentos na EaD: o Projeto Minerva, uma parceria entre Fundação
Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta, na produção de textos e
programas; e a Fundação Roberto Marinho com o oferecimento do telecurso,
um programa de educação supletiva a distância para ensino fundamental e
ensino médio, disponibilizando aulas transmitidas pela emissora de televisão
Rede Globo.
Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92),
que atingiu três campos distintos: I) a ampliação do conhecimento cultural
com a organização de cursos específicos de acesso a todos; II) a educação
continuada, reciclagem profissional às diversas categorias de trabalhadores e
àqueles que já passaram pela universidade; III) e o ensino superior, englobando
tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1996, foi criado pelo Ministério
da Educação a Secretaria de Educação a Distância (SEED) baseado na Lei
nº 9.394/96 (Lei De Diretrizes e Bases da Educação Nacional), na qual a
Educação a Distância (EaD) foi oficializada no Brasil como modalidade válida
e equivalente para todos os níveis de ensino (ARAÚJO et. al., 2017).
[...] foi somente regulamentada em 20 de dezembro de 2005 pelo
Decreto n° 5.622 que revogou os Decretos n° 2.494 de 10/02/98,
e n° 2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria
Ministerial n° 4.361 de 2004. Essa normatização deixa claro que
a EAD não é uma modalidade de ensino de qualidade inferior às
tradicionais (ARAÚJO et al. , 2017, p. 823).
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 47
na última semana do curso a proposta para os quatro grupos foi, por meio de
uma produção final, responder a seguinte questão: quais sementes levamos
conosco?
As reflexões nas atividades assíncronas eram fundamentadas
teoricamente e instigadas por novos questionamentos e perguntas
disparadoras nos encontros síncronos. Podemos elencar alguns desafios,
principalmente no início do curso, a saber: a falta de fluência digital, a conexão
com a internet, a quantidade de participantes e o tempo nas aulas síncronas.
A falta de fluência digital refere-se à falta de experiência dos
alunos e professores no uso da plataforma Moodle e do Google Meet. É uma
forma efetiva de usar a tecnologia que abrange muito além de apenas ter
competências, mas ter um nível de proficiência nas áreas de informação,
comunicação, criação de conteúdos, segurança e resolução de problemas
(CARMO, 2018). Os encontros semanais dos professores assistentes, junto à
professora titular, serviram para, além dos combinados referentes ao curso,
se apropriar mais sobre a plataforma e as ferramentas digitais citadas. Muitos
alunos tiveram dificuldades em navegar e executar o que fora proposto. Neste
caso, a aprendizagem aconteceu de forma mútua entre professores e alunos
durante todo o processo.
A falta de conectividade atrapalhou bastante o acesso ao AVA e aos
encontros virtuais. A internet de muitos não tinha a capacidade suficiente
para acessar e manter a conexão, além de um congestionamento causado
pela grande demanda na utilização da internet e da ferramenta escolhida
para o curso: o Google Meet. Um dos relatos exemplifica essa situação em
que um episódio de duração de cerca de 20 minutos foi visto por uma das
participantes em cinco horas. No caso dos encontros virtuais, alguns alunos
não conseguiam acompanhar o tempo todo, havendo quedas nas conexões.
A possibilidade da gravação das aulas foi a solução mais adequada para a
realidade vivida, porém, perdendo a oportunidade de interação síncrona com
o grupo.
Isso exemplifica alguns abismos digitais que ainda perduram na
questão da conectividade. De acordo com Sorj (2018, p.150):
As relações entre democracia e internet pressupõem que todos os
cidadãos estão conectados à rede. Portanto, a inclusão digital é
precondição de cidadania digital (e-cidadania). A universalização
do acesso a computadores nas escolas é um passo nessa direção,
especialmente em sociedades em que somente uma parcela da
população tem acesso à internet.
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 49
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 51
Considerações Finais
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 53
Referências
Igor Gabriel Leal - Maria Estely Rodrigues Teles - Vinícius de Príncipe Italiano
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 55
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: UM DIÁLOGO POSSÍVEL?
Iury Fagundes da Silva
DOI: 10.29327/539389.1-4
Introdução
Considerações finais
Referências
BURTON, D.; GUAM, G. Six Concepts to Help You Align With NCLB. The
Technology Teacher, v. 66, n. 1, p. 17-20, sep. 2006.
campuscomputing.net/archive/papers/tech_and_instruction.pdf. Acessado
em: 02 de nov. 2020.
WANG, Y-S.; WU, M-C.; WANG H-Y. Investigating the determinants and age
and gender differences in the acceptance of mobile learning. British Journal
of Educational Technology, v. 40, n.1, p. 92-118, Jan. 2009.
Introdução
Os Jogos Digitais
Fonte: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.httpblackstarlab.lilliplayalfa-
beto&hl=en
ser utilizado por outras faixas etárias. Para dar início ao jogo precisa escolher
um personagem e o nível para sua execução – nível fácil (para aprendizado) e
nível difícil (para testar os conhecimentos acerca do alfabeto em Libras).
Imagem 03 – Jogo Digital ForcaBras
Destarte, é fato que os jogos digitais são uma ferramenta que gera
muitos benefícios criando base para o sucesso do ensino-aprendizagem,
através de aulas motivadoras, capaz de envolver a atenção dos alunos em
aprender os conteúdos ministrados com esse mecanismo.
Quem acha que a aprendizagem não pode e não deve ser divertida
está claramente vivendo tempos arcaicos. (BANKERS, 2012). Bisson e Luckner
(1996) dizem que a diversão é importante para o aprendizado, uma vez que
o aprendiz fica “relaxado, motivado e, consequentemente, mais disposto a
aprender” (BISSON & LUCKNER, 1996, p. 109-110).
A psiquiatra Stuart Brown em sua pesquisa relacionada às brincadeiras
e jogos, fala que a ausência de atividades lúdicas, principalmente na infância,
pode comprometer a capacidade humana da aprendizagem, prejudicando
o desenvolvimento criativo, a empatia, e a felicidade. Pois o brincar, está
relacionado com a satisfação pessoal (BROWN, 2009). A revista Next
Generation Maganize (1995) afirma que os jogos são gatilhos para os adultos
voltarem a serem crianças, onde a imaginação infantil vivencia as situações
nos jogos e não apenas criam. “O jogo não é para crianças, é para mim. É para
um adulto que ainda tem o caráter de uma criança” (NEXT GENERATION
MAGAZINE, 1995, p.8).
Nesse viés, o jogo é o responsável por instigar o jogador a continuar
jogando, pois, “o verdadeiro sujeito do jogo [...] não é o jogador, mas o próprio
jogo. É o jogo que mantém o jogador no caminho, [...]” (GADAMER, 1999, p. 181).
Criando assim, a diversão. Assim, as oficinas pedagógicas podem e devem ser
divertidas, pois além de ser uma metodologia de trabalho que prevê troca de
informações e saberes, deve haver momentos de interação.
As oficinas pedagógicas são instrumentos de inovações para o
aperfeiçoamento didático de uma escola com aprendizagem aberta e
dinâmica, troca de experiência e construção de conhecimento. Schulz (2002)
caracteriza- a como sendo “um sistema de ensino-aprendizagem que abre
novas possibilidades quanto à troca de relações, funções, papéis entre
educadores e educandos” (SCHULZ apud VIERA & VOLQUIND, 2002, p.11).
Complementando esse pensamento, Moita e Andrade (2006) ainda
acrescentam:
As oficinas pedagógicas são situações de ensino e aprendizagem
por natureza abertas e dinâmicas, o que se revela essencial no caso
da escola pública – instituição que acolhe indivíduos oriundos dos
meios populares, cuja cultura precisa ser valorizada para que se
entabulem as necessárias articulações entre os saberes populares
e os saberes científicos ensinados na escola (MOITA; ANDRADE,
2006, p. 11).
Materiais e Métodos
Resultados e Discussões
Considerações finais
de diálogo, e, por fim, que a pesquisa sirva como paradigma para o uso de
aplicativos e jogos em oficinas pedagógicas em sala de aula. Assim, incluindo-
se o comprometimento com a luta e a esperança de uma educação para todos.
Referências
BROWN, Stuart L. Play: How it shapes the brain, opens the imagination, and
invigorates the soul. Penguin, 2009.
DIAS, Donaldo de Souza; SILVA, Mônica Ferreira da. Como escrever uma
monografia: Manual de elaboração com exemplos e exercícios. São Paulo:
Atlas, 2010.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO E METODOLOGIA
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edit#gid=110756853
DISPONÍVEL EM:
Disponível em: https: https://www.canva.com/design/DAELO3PFboQ/i9exmt7w_wfCl0G-
https://www.canva.com/design/DAELO3PFboQ/i9exmt7w_wfCl0G-JJhRrQ/view?utm_content=DAELO3PFboQ&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_
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DISPONÍVEL EM:
Disponível em: https://www.canva.com/design/DAELO3PFboQ/i9exmt7w_wfCl0G-
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DISPONÍVEL EM:
Disponível em: DISPONÍVEL EM:
https://youtu.be/RRuzTB4IHNk Disponível
https://youtu.be/kbCjiXAaSD8
https://youtu.be/RRuzTB4I
em:https://youtu.be/kbCjiX
HNk
AaSD8
DISPONÍVEL EM:
Disponível
https://www.youtube.com/channel/
https://www.youtube.com/chan
UCRB08BPTJAwO5Jw_76cLo-Q/?disable_ Disponível em:
DISPONÍVEL EM:
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nel/UCRB08BPTJAwO5Jw_76 https://wordwall.net/pt/re
folclore
Disponível em:
DISPONÍVEL EM:
https://padlet.com/vanice/rv8bfy8k4mswr0nw cLo-Q/?disable_polymer=true source/3662105/folclore
https://padlet.com/vanice/rv8bfy8k4mswr0nw
DISPONÍVEL EM:
https://pt.quizur.com/trivia/cemei-
https://pt.quizur.com/trivia/cemei-dep-vicente-botta-xRpv
dep-vicente-botta-xRpv
DISPONÍVEL EM:
Disponível em https://youtu.be/97ziijflLB4
https://youtu.be/97ziijflLB4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
vivências, adaptar materiais, aprender e sugerir algo novo para que as crianças
fossem inseridas nesse contexto de ensino remoto expressivo. E, não menos
importante, nos autoformarmos nessa proposta prática, coletiva e dialógica.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
____________. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São
Paulo: Olho D’Água, 1997.
Introdução
O gênero meme
textos mêmicos e afirma que “os memes são textos porque atuam como meio
de comunicação e transmissão de conhecimentos e são mêmicos porque são
passados de indivíduo para indivíduo em ambiente virtual”.
Destaca-se, dessa forma, que o meme é um gênero discursivo porque
é produzido para atender a uma situação de comunicação partilhada pelos
interlocutores que agem de forma colaborativa para a construção de sentido
a partir desse gênero, bem como apresenta uma estrutura composicional e
conteúdo temático. Além disso, vale ressaltar a relação dialógica dos memes,
porque surgem de uma interação e diálogo com outros textos a partir dos
quais são reproduzidos.
Considerando o processo de criação e replicação do gênero meme
virtual, por exemplo, podemos dizer que se trata de um gênero
essencialmente dialógico, porque conserva em si ressonância de
outros discursos, de outros gêneros, oriundos de outras esferas
da atividade humana, que o constituem como gênero. Todo meme
rememora outros memes (e também outros gêneros), porque com
eles dialoga: seja por meio do estilo, da estrutura composicional, do
conteúdo temático (elementos característicos do gênero – relações
dialógicas intergêneros) ou mesmo pelo fato de ser atravessado
constitutivamente por outros discursos, por outras vozes que
representam diferentes lugares sociais que se estabilizam e se
desestabilizam durante o processo de replicação (SILVA, 2016, p.12).
Figura 2 - Meme 2
ironia e o jogo de sentidos que o leitor terá que compreender. A posição entre
as duas imagens, ou seja, a justaposição permite inferir que a “nova” política
é semelhante à velha política, pois foi duplicada.
Na figura 3, abaixo, a ironia se mostra pela contradição das imagens
e da porção verbal. Tem-se uma oposição bem marcada em que de um lado a
situação de ameaça pelo Corona Vírus parece não amedrontar os brasileiros,
que estão mais interessados nos dias de “folga” a que terão direito, caso
adoeçam. A compreensão é redirecionada pelo contexto, já que a doença deixa
de ser vista como ameaça que pode custar a vida, passando a ser considerada
como fato normal.
Atente-se, também, nesse caso, que além da situação cômica
perpassada no meme, é possível enxergar a crítica e ideologia no que se refere
ao comportamento irresponsável de alguns sujeitos frente à pandemia que
tem ceifado muitas vidas. A partir desse reconhecimento, os alunos poderão
formular comentários e formar opiniões sobre temas relevantes na sociedade.
Nesse sentido, o meme critica, com humor, situações reais que requerem
posicionamentos. Congruente a esta ideia, Silva (2016) pondera que os memes
apresentam conteúdo humorístico que se propagam velozmente, mas não
são simples cópias, e Horta (2015) afirma que o meme é uma ressignificação
consciente com um propósito determinado.
Quanto à forma e o conteúdo, afirma-se que os memes apresentam
uma certa regularidade, visto que trazem textos sobrepostos a imagens que
são recriadas em forma de paródia, ironizando uma situação do cotidiano.
O humor do meme ocorre quando a imagem e texto se associam. O material
linguístico sobreposto nos memes está perpassado de valores, ideologias,
sentidos que são partilhados pelos interlocutores.
Figura 3 - Meme 3
Considerações finais
Referências
Introdução
A Literatura Surda
Materiais E Métodos
• Características da Pesquisa
O presente trabalho se caracterizou pela pesquisa descritiva
bibliográfica e qualitativa. Segundo Laville e Dionne (1999), a análise de
conteúdo permite uma abordagem com uma gama de diversidade e de objetos
para a investigação, como valores, mentalidades, atitudes, representações,
ideologias, etc (LAVILLE; DIONE, 1999 p. 214). E para Dias e Silva, os métodos
para uma pesquisa qualitativa são projetados com intuito de ajudar os
pesquisadores a compreender o universo estudado (DIAS; SILVA, 2010, p. 47).
Em suma, Oliveira (1999), em seus escritos comenta a importância na
modalidade da pesquisa. Para o autor, a análise de documentos de domínio
científico como periódicos, livros, ensaios críticos, enciclopédias, artigos
científicos e dicionários, tem a construção identificadora, na qual pontua o
que é estudo direto em fontes científicas, sem precisar recorrer diretamente
aos fatos/fenômenos empíricos (OLIVEIRA, 1999, p. 69). Além disso, o
pesquisador poderá, dessa maneira, fornecer uma interpretação coerente,
tendo como base a temática abordada.
Como supracitado, o objetivo geral é analisar como a Literatura de
Cordel e o uso das imagens através da xilogravura adaptada para sala de aula
regular pode contribuir como proposta para o ensino-aprendizagem de alunos
surdos.
Análise da Pesquisa
Resultados e Discussões
Considerações Finais
Referências
BISOL, Cláudia. Tibi e Joca – Uma história de dois mundos. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 2001.
DEBS, Sylvie. Patativa do Assaré: uma voz do Nordeste. São Paulo: Hedra,
2000.
DIAS, Donaldo de Souza; SILVA, Mônica Ferreira da. Como escrever uma
monografia: Manual de elaboração com exemplos e exercícios. São Paulo:
Atlas, 2010.
INTRODUÇÃO
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Ressignificando práticas educativas 127
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2. METODOLOGIA
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Ressignificando práticas educativas 135
que a leitura e a escrita devem ser algo emergencial para que as crianças
brasileiras possam ter oportunidade igualitária de acesso e permanência aos
conhecimentos e saberes de sua realidade
Segundo Mortatti (2016), a falta de investimento na Educação Infantil
e nos Anos Iniciais, cada vez mais a precarização da leitura e da escrita no
cotidiano familiar e escolar vem perdendo forças, fazendo que o Brasil sempre
fique distante dos indicadores de leitura e escrita no âmbito internacional.
A prática de leitura e de escrita na Educação Infantil deve ser o primeiro
passo para consolidar as políticas públicas no contexto brasileiro, visto que o
país tem uma dívida imensa com a parcela mais vulnerável e esquecida de
nossa sociedade. (Crianças pobres, crianças negras, crianças analfabetas e
dentre outras. (AGUIAR, 2019)
Baseado em Cervo (2020), negar a uma criança brasileira o direito
de estudar, ler, escrever e conhecer a sua realidade cultural, educacional,
econômica, histórica, filosófica e sociológica é negar para si mesmo, o desejo
de construir uma sociedade mais democrática, participativa e com mudanças
de paradigmas educacionais e sociais.
Segundo Martins (2016), a família é peça fundamental no processo de
leitura, pois os primeiros contatos provém da família por meio da leitura no
momento de contar historinhas, em que geralmente ocorre no momento antes
de dormir.
Educar é ajudar a criança, no desenvolvimento da personalidade
em conformidade com a natureza. Contudo a prática de leitura e de
escrita na Educação Infantil é imprescindível no contexto familiar e
escolar. (MONTESSORI, 2018, p.52).
Luiz Alves de Souza Júnior - Carlos Gustavo de Carvalho Fonseca Júnior - Vitor Hugo Sousa Oliveira
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Dos sete artigos mencionados para essa categoria ficou claro que o
papel da família e da escola na formação leitora da criança no contexto da
Educação Infantil no Brasil.
Analisou-se que 67% dessa pesquisa demonstraram que os pais não
têm preocupação em trabalhar a leitura em casa com seus filhos. Assim, as
dificuldades impostas diante disso tudo vão desde conciliar o trabalho com
o tempo a ser reservado para dar atenção à criança até a própria falta de
habilidade em colaborar no ensino, já que, salvo exceções, os pais não têm
formação pedagógica e nem se esforçam para desenvolver competências de
leitura em casa.
Outras dificuldades apontadas pelos os pais foram a falta de tempo,
muitos colocaram que trabalham muito e não dispõe de tempo para ajudar nas
tarefas escolares de seus filhos. Para tanto, 33% dos professores de Educação
Infantil comentaram que não gostam de ler e nem de escrever. Estão na sala
de aula simplesmente por um bico, enquanto arrumo outro emprego. Muitos
deles refletiram que não gostam de trabalhar com crianças e muito menos
de contar estórias infantis e trabalhar com práticas de leitura. Diante disso,
fica evidente que a Educação Infantil é a base e precisaria ter os melhores
CONCLUSÃO
Luiz Alves de Souza Júnior - Carlos Gustavo de Carvalho Fonseca Júnior - Vitor Hugo Sousa Oliveira
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Ressignificando práticas educativas 139
REFERÊNCIAS
ALVES, R. A alegria de ensinar com leitura. 4ª ed. São Paulo: Ars Poética,
2018.
GIL, Antônio. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas,
2015.
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MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 141
MARCONI, M.A. & LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2015.
RETEXTUALIZAÇÃO: PRODUÇÃO DE
SENTIDO NA ESCRITA DE L2
DO ALUNO SURDO
Francisca Arlene Soares Cantuário
Djanes Lemos Ferreira Gabriel
Thanmyres Maria Leite Cavalcante
DOI: 10.29327/539389.1-10
Introdução
Francisca Arlene Soares Cantuário - Djanes Lemos Ferreira Gabriel - Thanmyres Maria Leite Cavalcante
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Ressignificando práticas educativas 145
ser trabalhados com textos e não com vocábulos isolados.” Isso demonstra a
capacidade que o surdo tem de construir sentido tanto da leitura quanto da
escrita, sem o apoio do valor fonético dos vocábulos.
O que é retextualização
Francisca Arlene Soares Cantuário - Djanes Lemos Ferreira Gabriel - Thanmyres Maria Leite Cavalcante
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Metodologia
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https://www.infoescola.com/meio-ambiente/poluicao-dos-rios/
https://br.depositphotos.com/vector-images/ https//.www.cvsd.com.br/20524-2
tomando-banho-chuveiro
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https://www.marinha.mil.br/noticias/o-na- Hhp///editoradobrasil.com.br/educaçaoin-
vio-veleiro-cisne-branco-regressa- fanti/material_deapoiosua-sede-apos-
-participar-da-velas-latinoamerica-2018
2. Descreva o que você vê na cena abaixo.
https://www.infoescola.com/meio-ambiente/poluicao-dos-rios/
Retextualização
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Retextualização
Considerações finais
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Referências bibliográficas
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 10ª edição- São
Paulo: Contexto, 2018.
Introdução
emocional e social dos filhos, mas também esclarecendo o que é melhor ou pior
para seu crescimento, tendo a responsabilidade de proporcionar qualidade de
vida aos mesmos.
Para Oliveira (2019), os cuidados oferecidos pela família constituem
estratégias que favorecem o desenvolvimento humano à medida que
proporcionam amor, afeto, proteção e segurança dentro de um espaço de
inclusão e acolhimento aos filhos. É a qualidade dessas relações que permite
um melhor relacionamento consigo mesmo e o melhor convívio social com as
outras pessoas. Para a criança, o ambiente familiar pode ou não, dependendo
de sua qualidade, proporcionar o estabelecimento de vínculos e apego com os
membros familiares, contribuindo para a formação de sua estrutura psíquica.
Visto que essa relação familiar é o que norteará o psíquico dos filhos
para que tenham um bom desenvolvimento em todos os âmbitos da vida, temos
a noção de que, normalmente e por toda a vida, a família vai proporcionar a
perfeita satisfação física ou moral de seus filhos, sendo que, para isso, ela
deve respeitar, conhecer e entender as diferenças existentes entre eles.
A principal satisfação dos filhos é ter uma boa interação social
dentro do lar, pois essa interação importante exerce o papel para um bom
desempenho infantil e, consequentemente, nas demais fases da vida. No
processo de interação social, a comunicação favorece a compreensão das
dúvidas, a demonstração de carinho e amor, entre outras coisas, uma vez que
para adquirir essas informações é necessário estabelecer-se uma mesma
linguagem (SILVA, 2019).
Para Veiga (2019), família é a unidade básica de desenvolvimento
e experiência, realização e fracasso, saúde e enfermidade. Trata-se de
um sistema de relação bastante complexa, dentro do qual se processam
interações que podem ou não possibilitar o bom desenvolvimento de cada um
dos seus membros. É o primeiro grupo a que pertence um indivíduo e onde
ele tem a oportunidade de aprender através de experiências positivas (afeto,
estímulo, apoio, respeito, sentir-se útil) e negativas (frustrações, limites,
tristezas, perdas), todas elas, fatores de grande importância para a formação
de sua personalidade.
Qualquer coisa que aconteça a um membro da família, afeta os
subsistemas dos quais ela faz parte podendo refletir-se no sistema como um
todo. Nessa mesma perspectiva Nolasco (2015) descreveu que a família é
considerada um sistema em constante transformação ou um sistema que se
adapta às diferentes exigências das diversas fases do seu desenvolvimento.
Considerações finais
Diante ao que foi abordado, foi possível concluir que os pais sentem
diversos sentimentos dentre eles constrangimento, tristeza, aceitação,
conformismo, dentre outros, com relação ao seu filho surdo. Observou-se que
é de suma importância a comunicação dos pais para com seus filhos surdos,
para que os mesmos desenvolvam a auto-aceitação e a comunicação pela
linguagem de sinais entre os mesmos, logo percebe-se afetividade tem papel
fundamental no desenvolvimento da criança surda.
Os resultados apontaram para um perfil de famílias de sujeitos surdos
construídos por meio de sentimentos (reações, relações, emoções negativas e
positivas). Que estes precisam obter de suas famílias apoio necessário para
que os mesmos tenham orgulho do uso da Língua de sinais, orgulho de ser o
que é.
Os resultados mostraram também quão importante é a família focar
no filho surdo, resgatando essa identificação e valorização de uma cultura
surda por parte da família, ele vai se perceber valorizado ao longo de suas
experiências dentro da vida familiar e nas interações sociais como alguém
capaz, tendo seu autoconceito, independência e proativo na sociedade em que
vive. Nesse direcionamento, encontra-se o presente artigo, sendo um convite
para apreciar, enxergar e vivenciar questões relacionadas à deficiência
auditiva no contexto familiar.
Referências
E-mail: merteles@estudante.ufscar.br
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8010285288238496
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0292-9046
Shirley Gava
Atualmente é aluna do Mestrado, na Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar), na linha de pesquisa Educação Escolar: Teorias e Práticas e atua
como docente (PI- Educação Infantil e PIII – Educação Física) na Prefeitura
Municipal de São Carlos/SP. Tem experiência na área de educação, com ênfase
em docência e em gestão da Educação Básica. Especialista em Gestão Escolar
pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Educação Infantil pelo
Centro Universitário Central Paulista (UNICEP) e em Fisiologia do Exercício
pela Fundação Educacional São Carlos (FESC). Graduada em Educação Física
pela Fundação Educacional São Carlos (FESC), em Pedagogia pelo Centro
Universitário Central Paulista (UNICEP) e em História pela Universidade
Metropolitana de Santos (UNIMES).
CV: http://lattes.cnpq.br/4031323295763787
Thanmyres Maria Leite Cavalcante
Graduada em Letras Libras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI),
especialista em Linguística da Libras pelo Instituto de Ensino Superior Múltiplo
(IESM)
Professora de Libras do Centro de Atendimento ao Surdo - CAS, Rede Estadual
do Piauí
E-MAIL: Thanmyres_leitte@hotmail.com
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7509499744068400
Vanice C. de Melo Simões
Possui graduação em Pedagogia pela ORG SANT ED E CULTURA-UNIVERSIDADE
DE SANTO AMARO (OSEC) - (2001), Pós-Graduação em Psicopedagogia pela
Faculdade de Educação São Luís (2005) e Educação Infantil pela Universidade
Cidade de São Paulo (2011). Atualmente, é professora efetiva (PEB I), da
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e, de Educação Infantil, da
Secretaria Municipal de Educação de São Carlos/SP.
CV: http://lattes.cnpq.br/6875993147417658
Vinícius de Príncipe Italiano
Possui Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestrado em andamento
no Centro de Educação e Ciências Humanas - Programa de Pós-Graduação
em Educação. Linha de pesquisa: Educação escolar: teorias e práticas. Atuou
ÍNDICE REMISSIVO
EDUCAÇÃO NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES SOBRE OS
MULTILETRAMENTOS NA PRÁTICA DE ENSINO
Aluno (11,12,13,14,15, 16, 20, 21)
Educação (11,12,13,16,17,20)
Ensino (12,13,14, 16, 17, 18, 19,)
Escola (11, 12, 13, 14, 15, 16, 20)
Formação (18,20,21)
Multiletramentos (11,12,13,14,15,16,17,18,19,20)
Prática Multiletrada (12,18,20)
Professor (12,13,14,15,16, 17, 18, 19, 21)
Sala de aula (12,13,14,15, 16, 17, 18, 19, 20)
Tecnologia (11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 20)
LITERATURA E MULTILETRAMENTO LITERÁRIO: POSSÍVEIS IMPACTOS
DO (SUPER)USO DA TECNOLOGIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
NA FORMAÇÃO DO LEITOR
Hipertexto (27, 28, 36, 37)
Homeschooling (34)
Plataforma (17, 18, 19, 33, 34, 35, 44, 46, 47, 52, 68, 72, 88, 90)
Formação do leitor (8, 23, 24, 25, 26, 27, 36, 37)
Leitura (8, 9, 14, 21, 23, 24, 25, 26, 27, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 43, 44, 45,
69, 81, 88, 93, 97, 98, 100, 103, 104, 106, 107, 109, 110, 112, 113, 114, 118, 119, 122,
126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 145,
148, 149, 150, 151, 155, 156, 157 )
Literatura (9, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 44, 111,
112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 127, 128, 129, 132,
133, 134)
Multiletramento (7, 8, 23, 24, 31, 32, 35, 36, 37, 104)
ÍNDICE REMISSIVO
180 MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas
Pandemia (7, 8, 9, 23, 24, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 40, 41, 42, 46, 52, 54, 68, 85, 87,
97, 108, 126, 127, 138, 139)
Enredo não linear (23, 27, 28, 36)
Covid-19 (7, 8, 23, 32, 33, 35, 40, 126)
ACIEPE E ENSINO REMOTO: RESSIGNIFICANDO A PRESENCIALIDADE
COM O AUXÍLIO DE TECNOLOGIAS
ACIEPE (40, 42, 43, 44, 46, 48, 51, 51)
Aprendizagens (48, 50, 51, 52)
Ensino (41, 42, 44, 45, 46, 49, 50, 51)
Moodle (44, 47, 48, 52)
Pandemia (40, 41, 42, 46, 52)
Pedagógicas (42, 43, 44, 46, 49)
Práticas (41, 42, 43, 44, 46, 48, 49, 50, 51)
Presencialidade (40, 41, 42)
Tecnologia (40, 41, 42, 44, 45, 46, 47)
TIDC (41, 44)
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA
EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM DIÁLOGO POSSÍVEL?
Aluno (56, 60, 61, 62, 63, 64);
Educação (55, 56, 57, 59, 60, 61, 62, 63, 64);
Educação especial (56, 62);
Educação inclusiva (56, 64);
Ensino-aprendizagem (55, 56, 57, 60, 62, 63, 64);
Escola (55, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65);
Pessoas com deficiência (55, 56, 57, 62);
Prática pedagógica (56, 59, 63, 64);
Recursos (56, 58, 59, 62, 63, 64).
Tecnologias digitais de informação e comunicação - TDICs (56, 57, 58, 59, 60, 61,
62, 63, 64, 65);
ÍNDICE REMISSIVO
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 181
ÍNDICE REMISSIVO
182 MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas
ÍNDICE REMISSIVO
MULTIMODALIDADE NA ERA DIGITAL:
Ressignificando práticas educativas 183
ÍNDICE REMISSIVO
A multimodalidade se desenvolvem ao longo do tempo e em meio
a esta era digital, seus aspectos passam a assumir outro tipo de relação
entre o signo e a linguagem, perpassados no processo educativo. E com
isso, com estas novas formas de multiletramento, é necessário excitar
em nós educadores, maiores reflexões sobre a multimodalidade e suas
práticas educativas, em uma sociedade em rede.
A obra “Multimodalidade na era digital: ressignificando
práticas educativas”, pretende despertar novas reflexões diante destas
multifacetadas formas de linguagem no âmbito educacional. Destarte, o
livro é composto de 11 (onze) capítulos que trazem à baila e provocam em
nós educadores, um novo olhar por sobre nossas práticas, e nos instigam
a refletir sobre os limites e as possibilidades destas múltiplas formas em
nossas salas de aula.