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UNIVERSIDADE SALVADOR

LUÍS FERNANDES LOBO DAMACENO

PESQUISA PRÁTICA DE JURISPRUDÊNCIA

APS - TCDF

Salvador – BA
Luís Fernandes Lobo Damaceno
PESQUISA PRÁTICA DE JURISPRUDÊNCIA

APS - TCDF

Este trabalho consiste em pesquisar e


analisar uma jurisprudência encontrada no
site do Supremo Tribunal Federal (STF), no
qual a mesma equivale a nota da Atividade
Prática Supervisionada (APS) para a
disciplina de Teoria da Constituição e dos
Direitos Fundamentais.

Salvador – BA
ESTUPRO DE VULNERÁVEL

O caso escolhido aborda sobre circunstancias em que haja estupro de


vulneráveis, sendo estes considerados menores de catorze anos. Já na ementa do
caso apreciado, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), considera e
adota o entendimento de ser absoluta a presunção de violência nos casos de
estupros contras menores de catorze anos, ou seja, presume-se, absolutamente,
que o estuprador agiu de má fé contra uma pessoa vulnerável. A primeira turma
ainda diz que esta presunção se dá mesmo se o caso de estupro tenha ocorrido
antes da Lei 12.015 do ano de 2009, fazendo com que na mesma exista uma
retroatividade legal.
A retroatividade da lei tem como objetivo fazer com que uma norma tenha
efeitos em acontecimentos/atos praticados anteriores à ela, podendo ser dividida em
três tipos em relação à intensidade ou grau da retroação, sendo esses:
retroatividade máxima, a qual ocorre quando a lei retroage para atingir atos ou fatos
já concluídos anteriormente (direito adquirido, ato jurídico perfeito ou coisa julgada),
retroatividade média, ocorre quando a lei retroage para atingir atos ou fatos
pendentes, ou seja, que ainda não aconteceram, mas estão pendentes (como uma
nova lei, o qual seu conteúdo fala sobre a redução da taxa de juros, aplica-se às
prestações vencidas de um contrato, mas que ainda não foram pagas) e, por fim, a
retroatividade mínima ocorre quando a nova lei retroage para atingir efeitos futuros
de atos e fatos anteriores.
No direito brasileiro, porém, não é praticada a retroatividade da lei, exceto
em casos específicos como a retroatividade da lei penal benigna e em
circunstancias em que o STF julgar constitucional, como é o exemplo do caso
escolhido para o trabalho, pois no acórdão e o documento do processo fica claro que
os atos de violência sexual praticados contra menores de catorze anos anteriores à
Lei 12.015 de 2009 também serão contemplados pela mesma.
A decisão da primeira turma reconhece o agravo da situação neste caso e
nega provimento ao acusado e ainda admite a retroatividade da norma como visto
acima, fazendo com que está decisão seja válida, pois o Supremo Tribunal Federal é
a Suprema Corte e o guardião da Constituição Federal de 1988.

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