Os Direitos Fundamentais São Básicos de Todos Os Seres Humanos

Você também pode gostar

Você está na página 1de 2

Os direitos fundamentais são básicos de todos os seres humanos,

sendo eles reconhecidos e aplicados em todo o mundo, porém, às vezes,


ocorrem casos em que esses direitos se colidem e para que um se
“sobressaia” sobre o outro, ocorre o uso da ponderação de princípios. O direito
à liberdade de expressão está previsto na Constituição Federal de 1988 em
seu Art. 5°, incisos IV e IX, tornando este um direito fundamental, no qual, no
Brasil, todos têm o direito de expressar suas ideias, opiniões e sentimentos das
mais variadas formas, sem que essa expressão seja submetida a um controle
prévio, por censura ou licença. O direito à privacidade também está previsto na
CF de 88 em seu Art. 5°, inciso X, no qual o mesmo se trata de proteger a
privacidade assim assegurando que são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

No caso escolhido para a atividade, o reclamante Luiz Carlos


Mendonça de Barros entrou com uma ação contra o reclamado Carlos
Francisco Ribeiro Jereissati, pois, segundo a parte reclamante, o Sr. Carlos
Francisco teria grampeado o telefone do mesmo que, na época, era atual
ministro das comunicações, onde teria obtido uma conversa entre Luiz Carlos
Mendonça de Barros e André Lara Resende, na ocasião Presidente do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no que ficou conhecido
como "grampo do BNDES”. Luiz Carlos Mendonça de Barros e seu advogado
defenderam a tese de que o direito a privacidade do ministro na época teria
sido violado pela parte reclamada, já Carlos Francisco Ribeiro Jereissati e seu
advogado defenderam o direito à liberdade de expressão que Carlos Francisco
possui, havendo assim uma colisão entre esses direitos fundamentais.

Enfim, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram que,


como ministro das comunicações, os assuntos tratados na conversa
grampeada seriam de interesse público, dizendo o seguinte: “O Tribunal, por
maioria, apreciando o tema 562 da repercussão geral, deu provimento ao
recurso extraordinário, para reformar o acórdão proferido pelo Superior Tribunal
de Justiça e julgar integralmente improcedente o pedido formalizado na inicial,
invertidos os ônus de sucumbência, na forma fixada mediante o acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no que confirmada a sentença,
mas reduzidos os honorários advocatícios devidos pelo ora recorrido, nos
termos do voto Relator, vencido o Ministro Edson Fachin, que provia o
extraordinário, extinguindo o feito sem julgamento de mérito, na forma do art.
485, VI, do CPC. Foi fixada a seguinte tese: “Ante conflito entre a liberdade de
expressão de agente político, na defesa da coisa pública, e honra de terceiro,
há de prevalecer o interesse coletivo”, vencidos os Ministros Alexandre de
Moraes e Rosa Weber, que fixavam tese diversa. Afirmou suspeição o Ministro
Roberto Barroso. Plenário, Sessão Virtual de 15.5.2020 a 21.5.2020.”

Você também pode gostar