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Monique Farias
moniqueecampos61@gmail.com
090.741.734-54
SEMANA 03
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido
qualquer tipo de repasse.
Monique Farias
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qualquer tipo de repasse.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Banca: FGV A) Não pode ser exigida;
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de B) Pode ser exigida, desde que prevista
Polícia - Edital nº 01 na lei orgânica;
1- João, brasileiro com vinte anos de idade e C) Pode ser exigida, desde que prevista
que jamais solicitara o seu alistamento em lei ordinária;
eleitoral, requereu, à Secretaria de Estado de D) Pode ser exigida, desde que fixada em
Segurança Pública do Estado Alfa, informações patamares módicos;
a respeito de auditoria realizada pelo órgão E) Pode ser exigida e será reembolsada
competente de controle interno nas se o pleito for acolhido.
contratações realizadas pelo órgão. Acresça-se
que, no bojo desse requerimento, João não Banca: FGV
indicou a finalidade em que essas informações Prova: FGV - 2022 - DPE-MS - Defensor Público
seriam utilizadas. Substituto
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar 3- O Brasil aderiu ao Estatuto de Roma (ER),
que o requerimento de João deve ser internalizando-o por meio do Decreto nº 4.388,
Alternativas: de 25 de setembro de 2002. Para eliminar ou
A) Indeferido, pois as informações ao menos para atenuar as incompatibilidades
solicitadas são exclusivas para o uso interno. entre o ER e a Constituição da República de
B) Indeferido, pois somente o cidadão 1988 (CRFB/1988), a Emenda Constitucional nº
pode ter acesso às informações almejadas.
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45, de 2004, inseriu o §4º, no Art. 5º, dispondo
C) Indeferido, já que não moniqueecampos61@gmail.com
foi declinada em que o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
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que finalidade as informações seriam utilizadas. Penal Internacional (TPI) a cuja criação tenha
D) Deferido, sendo irrelevante o fato de manifestado adesão.
João não ser cidadão e de não indicar a Um exemplo de incompatibilidade entre o ER e
finalidade das informações. a CRFB/1988 é a previsão de:
E) Deferido, desde que João, após a Alternativas:
devida provocação, indique em que finalidade A) Pena de prisão perpétua no ER, ao
as informações serão utilizadas. passo que a CRFB/1988 veda pena de caráter
perpétuo;
Banca: FGV B) Prescritibilidade para todos os crimes
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial pelo ER, ao passo que a CRFB/1988 especifica
de 3ª Classe alguns crimes imprescritíveis;
2- Maria, no exercício do direito de petição, C) Retroatividade da lei mais gravosa
compareceu à Secretaria Municipal de Obras para prejudicar o réu pelo ER, ao passo que a
para solicitar que fossem adotadas as CRFB/1988 veda a aplicação da lei mais severa
providências necessárias ao recapeamento superveniente para agravar a situação do réu;
asfáltico das ruas do seu bairro. Afinal, a falta D) Vedação de estabelecimento, pelo TPI,
de manutenção contribuiu para o aumento dos de princípios aplicáveis às formas de reparação
buracos e os acidentes se multiplicaram. O às vítimas pelo ER, ao passo que a CRFB/1988
servidor responsável pelo protocolo solicitou fomenta a indenização às vítimas.
de Maria o comprovante de recolhimento da
“taxa de expediente”, o que seria necessário
para que o seu pleito fosse apreciado.
À luz da sistemática constitucional, a taxa
mencionada pelo servidor:
Alternativas:
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Além da ´revisão constitucional temos a Lei Disposição do art. 5º, VIII, CF-88 – “Ninguém
12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) que será privado de direitos por motivo de crença
em seu art. 10, parágrafo 3º, veda religiosa ou de convicção filosófica ou política,
expressamente exigências quanto aos motivos salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
da solicitação de informações de interesse legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
público, que pode ser feita por qualquer prestação alternativa, fixada em lei. “
interessado (não necessariamente cidadão
6- Alternativa “C” – Somente poderiam
alistado eleitoralmente).
abrir o pacote, contra a vontade do remetente,
2- Alternativa “A”- Não pode ser exigida; mediante autorização judicial ou nas hipóteses
previstas em lei.
Disposição do artigo art. 5º XXXIV da CF-88-
“São a todos assegurados, independentemente A questão traz a previsão constitucional do
do pagamento de taxas: direito fundamental ao sigilo das
correspondências.
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou “Art. 5º, XII, CF-88. É inviolável o sigilo da
abuso de poder; correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações
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telefônicas, salvo, no último caso, por ordem Disposição constitucional prevista no artigo 5º,
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei LXXI CF-88- conceder-se-á mandado de
estabelecer para fins de investigação criminal injunção sempre que a falta de norma
ou instrução processual penal. “ regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das
Não havendo autorização judicial ou fora das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
hipóteses legais, é ilícita a prova obtida soberania e à cidadania.
mediante abertura de carta, telegrama, pacote
ou meio análogo (STF, Tese RG 1.041, 2020). Bem como da legislação específica do
remédio constitucional em seu art. 8º, lei
7- Alternativa “E” - Apenas fazem jus à
assistência jurídica gratuita aqueles que nº 13.300. Reconhecido o estado de mora
comprovarem insuficiência de recursos legislativa, será deferida a injunção para:
econômicos.
I - Determinar prazo razoável para que o
Constitui direito constitucionalmente impetrado promova a edição da norma
garantido, conforme art. 5º, LXXIV, da regulamentadora;
Constituição Federal, o direito à assistência
jurídica gratuita e integral a todos aqueles que II - Estabelecer as condições em que se
comprovarem a insuficiência de recursos dará o exercício dos direitos, das
financeiros para demandar em Juízo, sem liberdades ou das prerrogativas
prejuízo de seu próprio sustento e/ou de sua reclamados ou, se for o caso, as condições
família. em que poderá o interessado promover
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ação própria visando a exercê-los, caso não
8- Alternativa “C”- petição, que
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seja suprida a mora legislativa no prazo
independe do pagamento de taxas e pode ser
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determinado.
exercido pelos estrangeiros residentes no País;
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Banca: FGV À luz da sistemática constitucional:
Prova: FGV - 2022 - SSP-AM - Técnico de Nível Alternativas:
Superior A) Somente Joana será responsabilizada
1-No caso em tela, eventual ação indenizatória pelos danos causados a Pedro, mesmo que não
deverá ser ajuizada por Davi em face seja demonstrada sua culpa;
Alternativas: B) O Município Alfa será responsabilizado
A) Da Secretaria de Segurança Pública do pelos danos causados a Pedro, mas apenas se
Estado Alfa, com base em sua responsabilidade for demonstrada a culpa de Joana;
civil subjetiva, sendo necessário se comprovar C) O Município Alfa será responsabilizado
o elemento subjetivo na conduta do agente, pelos danos causados a Pedro, ainda que não
que deverá responder em ação regressiva, caso seja demonstrada a culpa de Joana;
haja condenação da referida Secretaria e João D) É necessário que o Município Alfa e
tenha agido com culpa ou dolo. Joana sejam simultaneamente
B) Da Secretaria de Segurança Pública do responsabilizados, desde que provada a culpa
Estado Alfa, com base em sua responsabilidade desta última;
civil objetiva, sendo desnecessário se E) Joana e o Município Alfa não serão
comprovar o elemento subjetivo na conduta de responsabilizados pelo dano causado a Pedro,
João, que não está sujeito à ação regressiva, pois o interesse público prepondera sobre o
pela teoria do risco administrativo. individual.
C) De João, diretamente, com base em Banca: FGV
sua responsabilidade civil subjetiva, sendo Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial
necessário se comprovar o elemento subjetivo Monique Farias
de 3ª Classe
em sua conduta, e o Estado Alfa moniqueecampos61@gmail.com
está sujeito à 3- João, investigador policial da Polícia Civil do
ação regressiva, pela teoria do 090.741.734-54
risco Estado Alfa, cumpria diligência determinada
administrativo, caso João seja condenado. por delegado de polícia no bojo de inquérito
D) Do Estado Alfa, com base em sua policial que apura crime de associação para o
responsabilidade civil subjetiva, sendo tráfico de drogas. Para tanto, João realizava o
necessário se comprovar o elemento subjetivo mapeamento de determinada rua, quando, por
na conduta de João, que não está sujeito à ação descuido, deixou sua arma cair no chão,
regressiva, pela teoria do risco administrativo. causando um disparo que atingiu a perna de
E) Do Estado Alfa, com base em sua Maria, moradora da comunidade.
responsabilidade civil objetiva, sendo Após receber alta no hospital onde foi
desnecessário se comprovar o elemento atendida, Maria procurou a Defensoria Pública
subjetivo na conduta de João, que deverá e ajuizou ação indenizatória em face:
responder em ação regressiva, caso haja Alternativas:
condenação do referido Estado e o agente A) De João, diretamente, com base em
tenha agido com culpa ou dolo. sua responsabilidade civil objetiva, sendo
desnecessária a comprovação de ter o policial
Banca: FGV agido com culpa ou dolo;
Prova: FGV - 2022 - MPE-BA - Estagiário de B) De João, diretamente, com base em
Direito - Edital nº 01 sua responsabilidade civil subjetiva e solidária,
2- Joana, servidora pública do Município Alfa, sendo necessária a comprovação de ter o
ao manusear uma politriz portátil, com o policial agido com culpa ou dolo;
objetivo de dar polimento em um monumento C) Da Polícia Civil do Estado Alfa, com
situado em praça pública, terminou por base em sua responsabilidade civil objetiva,
danificar o veículo de Pedro, que estava sendo desnecessária a comprovação de ter
estacionado próximo ao local. Acresça-se que agido João com culpa ou dolo;
Joana não seguiu as orientações de segurança D) Do Estado Alfa, com base em sua
estabelecidas pelo Município. responsabilidade civil objetiva, sendo
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desnecessária a comprovação de ter agido João 5-José e João, inspetores de Polícia Civil do
com culpa ou dolo; Estado do Rio de Janeiro, em cumprimento a
E) Do Estado Alfa, com base em sua mandado de prisão preventiva pelo crime de
responsabilidade civil subjetiva, sendo estupro, compareceram ao local onde o réu
necessária a comprovação de ter agido João André estava escondido e realizaram sua prisão
com culpa ou dolo. captura. Após a leitura do mandado, André não
Banca: FGV ofereceu qualquer resistência. Os policiais civis
Prova: FGV - 2022 - DPE-MS - Defensor Público o conduziam algemado até a viatura, quando
Substituto surgiram dois vizinhos que espancaram André
4-João é jornalista e cobria, presencialmente, até sua morte, quedando-se omissos os
uma manifestação em que ativistas de direitos policiais. Os filhos do agora falecido André
humanos protestavam contra os altos índices buscaram atendimento na Defensoria Pública e
de letalidade policial no Estado Alfa. Na ajuizaram ação indenizatória em face do Estado
qualidade de profissional de imprensa, do Rio de Janeiro.
enquanto fazia a cobertura jornalística, João foi De acordo com a jurisprudência do Superior
ferido pelo policial militar José, ao receber uma Tribunal de Justiça, no caso em tela, a
pancada com cassetete em seu rosto, no pretensão indenizatória:
momento em que havia conflito entre policiais Alternativas:
e manifestantes. A) Merece prosperar, desde que
Inconformado com as lesões que sofreu, João comprovado que o evento danoso teria
buscou atendimento na Defensoria Pública ocorrido mesmo se a vítima não estivesse sob
para ajuizar ação indenizatória, ocasião em que sujeição de agentes estatais, incidindo a
lhe foi explicado que, de acordo com Monique
a Farias
responsabilidade civil subjetiva por omissão;
jurisprudência do Supremo Tribunalmoniqueecampos61@gmail.com
Federal, no B) Merece prosperar, desde que
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caso em tela, a responsabilidade civil do Estado comprovado que os policiais civis poderiam ter
é: agido para evitar o resultado morte, mas
Alternativas: optaram por não fazê-lo, incidindo a
A) Subjetiva, mas não cabe responsabilidade civil subjetiva por omissão;
responsabilização direta do policial militar José, C) Merece prosperar, diante do dever
em razão da teoria da dupla garantia, seja para especial do Estado de assegurar a integridade e
a vítima, seja para o agente público; a dignidade daqueles que se encontram sob
B) Subjetiva, mas cabe o reconhecimento sua custódia, incidindo a responsabilidade civil
da culpa concorrente, eis que os danos foram objetiva por omissão;
causados em evento multitudinário; D) Não merece prosperar, pois o
C) Objetiva, mas cabe a excludente da resultado morte decorreu de ato ilícito de
responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, terceiro, que rompe o nexo de causalidade
caso João tenha descumprido ostensiva e clara entre o dever de segurança especial da
advertência sobre acesso a áreas delimitadas Administração e eventuais danos à vida, à
como de grave risco à sua integridade física; integridade e à dignidade da vítima;
D) Objetiva, mas cabe a excludente da E) Não merece prosperar, pois incide a
responsabilidade da força maior, diante da excludente de responsabilidade civil da culpa
imprevisibilidade do conflito entre os exclusiva de terceiro, haja vista que o Estado
manifestantes e os policiais, desde que a Polícia não pode ser erigido a garantidor universal da
Militar comprove que planejou regularmente não superveniência de qualquer ato ilícito.
sua atuação. Banca: FGV
Prova: FGV - 2022 - SSP-AM - Técnico de Nível
Banca: FGV Superior
Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de Polícia 6- Em matéria de classificação dos bens
Civil públicos quanto à sua destinação, é correto
afirmar que o imóvel onde está sediada a
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Secretaria Estadual de Segurança Pública do que a sua nulidade seja reconhecida pelo Poder
Estado Gama é um bem Judiciário em sentença transitada em julgado;
Alternativas: D) Não será oponível à União,
A) De uso comum do povo, pois todos os considerando tratar-se de bem público, bem
cidadãos podem ser usuários do serviço público como pelo fato de o registro de imóveis indicar
prestado. mera presunção relativa de propriedade do
B) De uso especial, porque é usado para particular;
prestação de serviço público pela E) Não será oponível ao Estado,
Administração com finalidade pública. considerando tratar-se de terra devoluta, bem
C) Dominical, porque tem uma como pelo fato de o registro de imóveis indicar
destinação pública específica dirigida a toda mera presunção relativa de propriedade do
coletividade. particular.
D) Afetado, porque não tem uma
destinação pública específica, ficando a cargo Banca: FGV
do Secretário estadual definir quais serviços Prova: FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços
serão prestados pelos agentes lotados no de Notas e de Registros - Remoção
órgão. 8-Os bens públicos gozam de determinadas
E) Desafetado, porque tem uma prerrogativas decorrentes do regime jurídico de
destinação pública específica, ficando a cargo direito público que lhes é peculiar.
do Secretário estadual lotar os servidores Nesse sentido, a doutrina de Direito
públicos em cada setor do órgão. Administrativo indica algumas garantias, via de
regra, de um bem público imóvel, como a:
Banca: FGV Monique Farias
Alternativas:
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Prova: FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços A) Penhorabilidade, segundo a qual o
de Notas e de Registros - Provimento 090.741.734-54
bem público pode ser penhorado em juízo,
7-José ofereceu a João, por um bom preço, um para garantia de uma execução contra a
terreno inserido na faixa de 33 metros, fazenda pública, por exemplo;
medidos a partir da linha da preamar-média de B) Operabilidade, segundo a qual o bem
1831, em direção à terra, em área banhada por público pode ser objeto de direito real de
águas sujeita à influência das marés. garantia, como a instituição de penhor,
Precavido, João compareceu ao Registro de anticrese e hipoteca para garantir débitos do
Imóveis da circunscrição e constatou que o ente estatal;
terreno, em sua integralidade, possuía C) Imprescritibilidade, segundo a qual o
matrícula, e José figurava como seu bem público não pode ser adquirido pela posse
proprietário. mansa e pacífica por determinado período de
Caso João adquira o imóvel e promova o tempo continuado, exceto se se tratar de bem
registro da respectiva escritura de compra e dominical que se sujeita à prescrição aquisitiva;
venda, a sua propriedade: D) Inalienabilidade, segundo a qual o bem
Alternativas: público não pode ser vendido, senão para
A) Será oponível a todos, pessoas outros entes federativos, desde que
naturais ou jurídicas, públicas ou privadas, o demonstrado o interesse público para ambos
que decorre do princípio da continuidade do os entes envolvidos no negócio, mediante a
registro; realização de prévia audiência pública;
B) Será oponível a todos, pessoas E) Alienabilidade condicionada, segundo
naturais ou jurídicas, públicas ou privadas, a qual o bem público pode ser alienado, desde
salvo se constar, na matrícula do imóvel, que esteja desafetado da destinação pública,
averbação de que se trata de terreno de haja prévias avaliação, licitação e autorização
marinha; legislativa, assim como seja demonstrado o
C) Será oponível a todos, pessoas interesse público.
naturais ou jurídicas, públicas ou privadas, até Banca: FGV
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Prova: FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de Serviços E) Deferido, pois, apesar de o registro de
de Notas e de Registros - Remoção imóveis fazer prova relativa da propriedade,
9- Maria recebeu a cobrança de uma taxa de prepondera a sua presunção de veracidade
ocupação devida à União com base na alegação enquanto não for anulado por decisão judicial.
de que sua casa fora construída em um terreno
de marinha, o que era faticamente verdadeiro, Banca: FGV
já que demonstrado em procedimento próprio. Prova: FGV - 2021 - TCE-PI - Auditor de Controle
Em razão do ocorrido, solicitou certidão de Externo
inteiro teor do Registro de Imóveis, no qual 10-Márcia, ao sagrar-se vencedora em processo
figurava como proprietária do imóvel e se licitatório, firmou com o Município Alfa
constatava inexistir qualquer averbação que contrato administrativo para utilização de bem
vinculasse o imóvel à União. Com base nessa público, consistente em um box num mercado
certidão, formulou requerimento municipal, por prazo determinado.
administrativo de anulação da referida Assim, Márcia obteve consentimento do poder
cobrança. público para utilização especial de bem público
À luz dessa narrativa, o requerimento mediante:
administrativo de Maria deve ser: Alternativas:
Alternativas: A) Autorização de uso, cuja extinção
A) Indeferido, pois o terreno de marinha antes do prazo fixado lhe garante, em tese,
se sobrepõe à praia, com ela se identificando; direito à indenização;
logo, trata-se de bem de uso comum do povo; B) Permissão de uso, cuja extinção antes
B) Indeferido, pois o terreno de marinha do prazo fixado não lhe garante, em tese,
referido na narrativa consubstancia Moniquebem Farias
direito à indenização;
dominial da União, não lhe sendomoniqueecampos61@gmail.com
oponível o C) Concessão de uso, cuja extinção antes
registro de imóvel; 090.741.734-54
do prazo fixado lhe garante, em tese, direito à
C) Indeferido, desde que a União tenha indenização;
ingressado com ação judicial para a anulação D) Concessão de direito real de uso, cuja
do registro de imóveis e obtido provimento extinção antes do prazo fixado não lhe garante,
cautelar para suspender a sua eficácia; em tese, direito à indenização;
D) Deferido, já que o registro de imóveis E) Cessão de uso, cuja extinção antes do
faz prova absoluta da propriedade, sendo prazo fixado não lhe garante, em tese, direito à
oponível à União enquanto não determinado o indenização.
seu cancelamento por decisão judicial;
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GABARITO
1- Alternativa “E”- Do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo
desnecessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta de João, que deverá responder em
ação regressiva, caso haja condenação do referido Estado e o agente tenha agido com culpa ou
dolo.
Disposição do art 37 da CF, § 6º: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa. “
2- Alternativa “C”- o Município Alfa será responsabilizado pelos danos causados a Pedro, ainda que não
seja demonstrada a culpa de Joana;
Por disposição do art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente
público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de
serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, garantido o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. STF. Plenário. RE 1027633/SP, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 14/8/2019 (repercussão geral) (Info 947).
3- Alternativa “D”- do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a
comprovação de ter agido João com culpa ou dolo;
Em sendo ação indenizatória, Maria deve comprovar a conduta, constando como dano e o nexo
causal, sendo desnecessária a comprovação de ter agido João com culpa ou dolo, senão vejamos:
"A responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por seus agentes é objetiva, bastando,
para sua caracterização, a ocorrência do dano, a ação ou a omissão administrativa e o nexo de
causalidade entre ambos, não se perquirindo se o agente público praticou o ato lesivo motivado por
dolo ou com culpa e só podendo ser Monique Farias
elidida por culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito"
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(20140110891803APC, Mario-Zam Belmiro, 8ª Turma Cível, DJE: 28/02/2018).
4- Alternativa “C”- Objetiva, mas cabe a 090.741.734-54
excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima,
caso João tenha descumprido ostensiva e clara advertência sobre acesso a áreas delimitadas como
de grave risco à sua integridade física;
Informativo 1021, STF. É objetiva a responsabilidade civil do Estado em relação a profissional da
imprensa ferido por agentes policiais durante cobertura jornalística, em manifestações em que haja
tumulto ou conflitos entre policiais e manifestantes. Cabe a excludente da responsabilidade da
culpa exclusiva da vítima, nas hipóteses em que o profissional de imprensa descumprir ostensiva e
clara advertência sobre acesso a áreas delimitadas, em que haja grave risco à sua integridade física.
5- Alternativa “C”- Merece prosperar, diante do dever especial do Estado de assegurar a integridade e
a dignidade daqueles que se encontram sob sua custódia, incidindo a responsabilidade civil objetiva
por omissão;
O Supremo Tribunal Federal admite em casos específicos que a responsabilidade por omissão
também seja objetiva: no caso do suicídio do preso ou assassinato, o Estado responde
objetivamente por violação do seu dever específico de zelar pela integridade física e moral do preso
sob sua custódia (STF: ARE 700.927). Na mesma linha a superlotação de cela gera dever de indenizar
de indenizar o preso em razão da situação degradante (STF, RE n. º 580.282, julgado em 16/2/2017).
6- Alternativa “B”- De uso especial, porque é usado para prestação de serviço público pela
Administração com finalidade pública.
Disposição do artigo 99, CC-02. “Art. 99. São bens públicos: II - Os de uso especial, tais como
edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias (...). “
7- Alternativa “D”- não será oponível à União, considerando tratar-se de bem público, bem como pelo
fato de o registro de imóveis indicar mera presunção relativa de propriedade do particular;
Súmula 496 do STJ: “Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de
marinha não são oponíveis à União”.
Os "terrenos de marinha" são imóveis de propriedade da União em certos episódios a propriedade
pertence aos Estados e aos Municípios concomitantemente, que são medidos a partir da linha do
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preamar médio de 1831 até 33 metros para o continente ou para o interior das ilhas costeiras com
sede de município.
8- Alternativa “E”- alienabilidade condicionada, segundo a qual o bem público pode ser alienado,
desde que esteja desafetado da destinação pública, haja prévias avaliação, licitação e autorização
legislativa, assim como seja demonstrado o interesse público.
Os bens dominicais podem se sujeitar a alienação, nos termos do art. 101 do CC-02, pelas formas de
contratação adotadas pelo direito privado ou público, desde que, necessária e obrigatoriamente, os
bens estejam desafetados e que haja interesse público na alienação.
Os bens inalienáveis estão constantes no artigo 100 d CC-02, bens de uso comum do povo, bens de
de uso especial e os que a Constituição Federal ou a Lei conferem. art. 225, §5º, CF (as terras
devolutas), art. 231, §4º, CF (terras tradicionalmente ocupadas pelos índios).
9- Alternativa “B”- Indeferido, pois o terreno de marinha referido na narrativa consubstancia bem
dominial da União, não lhe sendo oponível o registro de imóvel;
Os terrenos de marinha são pertencentes à União, conforme o art. 20, VII, da Constituição Federal.
São considerados bens públicos dominicais, não devendo ser confundidos com praias, que são bens
públicos federais de uso comum (art. 20, IV, da Constituição Federal).
10- Alternativa “C”- concessão de uso, cuja extinção antes do prazo fixado lhe garante, em tese, direito
à indenização;
A concessão é o direito real de uso e existe todas as vezes em que o Estado precisa fazer
urbanização de área pública, mas é instrumento privado. “A concessão de direito real de uso de
bem público é o contrato que tem como objeto a transferência da utilização de terreno público ao
particular, como direito real resolúvel, para fins específicos de urbanização, industrialização,
edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social, consoante art. 7º do Decreto-
Lei nº 271, de 28.02.67, que a instituiu, sendo que a referida transferência poderá ser, à vista do
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aludido dispositivo, remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado”.
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GABARITO
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Código que seja exigida de forma integral apenas do analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a
culpado. verdadeira e (F) para a falsa.
Disposição do art. 414. “Sendo indivisível a obrigação, todos
( ) Leônidas, policial militar lotado no Estado do Rio Grande
os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na
do Sul, cometeu um crime militar no Estado de São Paulo.
pena, mas esta só se poderá demandar integralmente do Desse modo, compete à Justiça Militar do Estado de São
culpado, respondendo cada um dos outros somente pela Paulo julgá-lo.
sua quota.
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação
regressiva contra aquele que deu causa à aplicação da
( ) Compete à Justiça Estadual julgar a conduta delituosa de
pena. ” divulgar pelo Facebook mensagens de cunho discriminatório
contra o povo judeu.
PROCESSO PENAL
( ) Um índio que comete furto a um estabelecimento
comercial deverá ser julgado pela Justiça Federal.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-DFT Prova: FGV - 2022
- TJ-DFT - Analista Judiciário - Área Judiciária ( ) A competência para julgar crimes contra agência
franqueada dos Correios é da Justiça Estadual.
1.Determinado casal de namorados realiza o grande sonho
de uma viagem internacional para a Flórida, destino em que As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
deliberam pela visita dos parques de diversões. No entanto,
se inicia acalorada discussão sobre qual grupo detém os Alternativas
melhores parques, o que ocasiona uma ruptura da relação e o
A) F – F – F – V.
retorno da mulher ao Brasil. Ao chegar a sua cidade natal,
B) F – V – V – V.
Niterói/RJ, e acessar suas redes sociais, constata diversas
Monique FariasC) V – F – V – F.
manifestações do seu ex-namorado, nos grupos de Facebook
moniqueecampos61@gmail.comD) V – V – F – F.
que ambos subscrevem, com várias ameaças direcionadas a
090.741.734-54
ela, com ênfase na ideia de que, por ser sua mulher, deveria 3. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: DPE-MS Prova: FGV -
concordar com seus gostos e preferências, e, caso insistisse 2022 - DPE-MS - Defensor Público Substituto
em manter a preferência pelo parque rival, ela sofreria
retaliação, consistente na depredação de qualquer item Durante a investigação de Raider, Chaise, Marchal, Iscai e
pessoal que ostentasse qualquer símbolo alusivo aos parques Roque por associação criminosa, roubo e furto de veículos
ou personagens concorrentes. O homem permaneceu nos automotores, corrupção consistente no pagamento de
Estados Unidos da América, afirmando, ainda, que propina a funcionários do Detran/MS e lavagem de dinheiro
aguardava o imediato retorno da mulher. referente ao valor ilícito recebido da venda de veículos
adulterados, a oitiva de Dagoberto fez menção à possível
Diante desse cenário, é correto afirmar que a competência evasão de divisas, sem o fornecimento de elementos de
para o processo e julgamento do delito praticado é da: prova que confirmassem tal alegação. A investigação
revelou, por derradeiro, que Raider, deputado estadual,
Alternativas
chefiava o grupamento criminoso e era quem determinava os
A) Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; modelos de veículos que deveriam ser subtraídos.
B) Justiça Estadual no Rio de Janeiro; Recebendo os autos do inquérito policial, o promotor de
C) Justiça Federal do Distrito Federal; justiça da comarca em que os delitos foram praticados
D) Justiça Federal em Niterói; ofereceu denúncia contra os investigados, deixando de
E) Justiça Federal no Rio de Janeiro. adotar qualquer providência em relação ao suposto delito
contra o Sistema Financeiro Nacional.
E) suspeição, que precederá a qualquer outra I- Falso - Súmula 78 do STJ: "Compete à Justiça Militar
eventualmente oposta. processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que
o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa".
8. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA
Prova: FGV - 2018 - Câmara de Salvador - BA - II- Falso - O Superior Tribunal de Justiça decidiu que
Especialista - Advogado Legislativo compete à Justiça Federal julgar a conduta delituosa de
divulgar pelo Facebook mensagens de cunho discriminatório
Determinado vereador de município de unidade de contra o povo judeu.RE 628.624
federação que prevê, exclusivamente em sua Constituição
Estadual, foro por prerrogativa de função para que III- Falso CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA
vereadores sejam julgados pelo Tribunal de Justiça do ESTADUAL E JUSTIÇA FEDERAL. CRIME DE FURTO
Estado, em um evento comemorativo de seu aniversário de PRATICADO POR INDÍGENA. AUSÊNCIA DE
casamento, no próprio município em que atua, após ingerir INTERESSE DE COMUNIDADE INDÍGENA OU
bebida alcoólica, vem a discutir com um ex-namorado de DISPUTA POR SUAS TERRAS. APLICAÇÃO DA
sua esposa, que atuava como Juiz de Direito em outro SÚMULA N.º 140 DESTA CORTE. COMPETÊNCIA DA
Estado. Durante a discussão, o vereador desfere diversos JUSTIÇA ESTADUAL. 1. Não havendo prejuízo a
golpes com faca no coração do magistrado, golpes esses que interesses de comunidade indígena considerada como um
foram a causa eficiente de sua morte. Descobertos os fatos, o todo, ou disputa por suas terras, não há falar em
vereador vem a ser denunciado pela prática do crime de competência da Justiça Federal. 2. Aplicação do Verbete
homicídio qualificado consumado. Sumular n.º 140 desta Corte. 3. Conflito conhecido para
declarar competente o Juízo de Direito da Comarca de
Considerando apenas as informações narradas, será Itaiópolis/SC.
competente para julgamento do delito imputado:
Súmula 140 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual
Alternativas processar e julgar crime em que o indígena figure como
Monique Farias
A) o Tribunal de Justiça do Estado onde o vereador autor ou vítima.
moniqueecampos61@gmail.com
exerce suas funções; 090.741.734-54
IV - Competência no caso de crimes cometidos contra
B) o Tribunal do Júri do local dos fatos; agências dos Correios: Se a agência for própria:
C) a Câmara dos Vereadores à qual o vereador competência da Justiça Federal. Sendo agência franqueada,
encontra-se vinculado; a competência é da Justiça Estadual. STJ. 3ª Seção. CC
D) o Tribunal do Júri de comarca do Estado onde o 122596-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em
magistrado exercia suas funções; 8/8/2012 (Info 501).”
E) o Tribunal de Justiça do Estado onde o magistrado
exercia suas funções. 3. Letra B –
STJ. 3ª Seção. CC 150.712-SP, Rel. Min. Joel Ilan Art. 70, § 4º do CPP. Nos crimes previstos no art. 171 do
Paciornik, julgado em 10/10/2018 (Info 636). Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), quando praticados mediante depósito, mediante
É competente para deferir medida protetiva o juízo emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em
correspondente ao local onde a vítima tomou conhecimento poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante
das intimidações (STJ CC 156.284/PR) e, sendo o caso de transferência de valores, a competência será definida pelo
crime de ameaça contra mulher cometido por meio de rede local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de
social de grande alcance – estando o indiciado no vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. (Incluído
estrangeiro e a vítima no Brasil – será competente a Justiça pela Lei nº 14.155, de 2021)
Federal (STJ CC 150.172/SP).
5. Letra E - CPP, Art. 73. Nos casos de exclusiva ação
2. Letra A privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou
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Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de
repasse.
7. Letra D –
DAS EXCEÇÕES
III - litispendência;
8. Letra B
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