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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA DO

TRABALHO DA COMARCA DE MOGI DAS CRUZES – SP.


Autos nº
Akira, brasileira, casada, CTPS nº 8xxxx, inscrito sob o nº de CPF xxx, nome da mãe:
Sssssss, PIS: ssssssss, residente e domiciliado a Axxxxxx, Copacabana, Rio de Janeiro
– RJ, CEP xxxxx, e-mail: não possui, por seu representante abaixo firmado,
devidamente qualificada no instrumento procuratório incluso, com escritório
profissional estabelecido a Rua Álvaro Miranda, 896, Pilares, São Paulo – SP,
CEP:XXXX, endereço eletrônico xxxxxxxxx, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, com fulcro no artigo 8400 da CLT e Artigo7º e Incisos da CF/1988 ajuizar
a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de KKW, inscrita sob o nº de CNPJ: xxxxxxxx, com endereço principal a
Rua Cxxxxxxxxxxx, com endereço eletrônico xxxxxxxxxxx, os fatos e fundamentos
que adiante seguem:
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer os benefícios da justiça gratuita, à luz da Lei nº 1060/50, vez que
é pobre na forma da lei, não podendo arcar com as despesas processuais, sem prejuízo
do seu próprio sustento e de sua família, nomeando o signatário da presente como seu
patrono, que de logo aceita o munus.
DA SINTESE DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi contratado através de contrato por prazo indeterminado, no


dia 01/02/2012, para exercer a função de ajudante geral, e trabalhava de segunda a sexta
feira das 8h até as 17h, sendo que todas as sextas feiras, era dispensado as 14h, e sempre
gozava de uma hora de intervalo para refeição e descanso, tendo recebido como última
remuneração (salário base e outras verbas salariais), R$1.500,00 (um mil e quinhentos
reais).

No desempenho de seu ofício, o Reclamante desenvolvia as seguintes atividades:


laborava próximo a caldeiras, sem qualquer proteção.

O rompimento do contrato de trabalho ocorreu por dispensa sem justa causa, no dia


17/03/2020, quando o trabalho foi efetivamente interrompido sem aviso prévio, ressalte-
se que jamais recebeu férias +1/3, 13º salário, FGTS+40%, ou INSS, uma vez que seu
empregador alegava que Carlos era trabalhador autônomo.

razão pela qual se propõe a presente Reclamação trabalhista.


DO DIREITO

. Adicional de Insalubridade

Durante todo o período em que perdurou o contrato de trabalho, o Reclamante manteve


contato permanente com determinados agentes insalubres previstos na NR 15, jamais
tendo recebido o adicional correspondente, restando, assim, violados os artigos 189, 192
e 200 da CLT, bem como os incisos XXII e XXIII do art. 7º da Constituição.

Segundo se depreende da exegese do art. 189 da CLT, são atividades insalubres aquelas
que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos acima dos limites de tolerância fixados pela Norma Regulamentadora
nº 15.

Para sua caracterização, inclusive, não é necessária a atuação permanente e ininterrupta


durante o labor, configurando-se ainda que seja intermitente, de acordo com a Súmula
47 do E. TST.

Agravando ainda mais a situação de insalubridade na qual trabalhava, o Reclamante não


recebeu nenhum equipamento de segurança (EPI’S) que pudesse ao menos aliviar os
fatores de dano à saúde, valendo dizer, à propósito, que mesmo o fornecimento de
apenas alguns equipamentos, entregues de forma esparsa e irregular, não afasta o direito
ao adicional pleiteado, ex vi da Súmula nº 289 do TST.

O Reclamante também faz jus à incidência reflexiva do adicional de insalubridade sobre todas
as verbas de direito, tais como férias, 13º salário, DSR, FGTS e demais verbas de direito.

Nesse sentido, desde já se requer a designação de perícia, para que esta comprove a situação
insalubre em que o reclamante sempre esteve exposto, em decorrência do trabalho por este
exercido, sendo concedido a este o percentual equivalente ao adicional de
insalubridade/periculosidade, Por todo tempo trabalhado na empresa, e o que desde já se
requer.

Do aviso prévio indenizado


Tendo em vista a inexistência de justa causa do contrato de trabalho, surge para o Reclamante
o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogado o término do contrato para o mês de junho
de 2015, uma vez que o § 1ºdo art. 487, da CLT, estabelece que a não concessão de aviso
prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período,
integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.

Dessa forma, requer o pagamento do aviso prévio indenizado, bem como, o recolhimento do
INSS, FGTS + 13º proporcional (1/12) avos, férias + 1/3 proporcional (1/12).

VIII – DA MULTA DO § 8º DO ART. 477 DA CLT Caso a reclamada não pague as verbas
rescisórias devidas nos dez dias subsequentes à rescisão do contrato, devendo ser condenada
a pagar ao reclamante a multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT.

IX- DA MULTA DO ART. 467DA CLT


Preconiza o artigo 467 da CLT que em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo
controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao
trabalhador, à data do comparecimento à justiça, a parte incontroversa dessas verbas, sob
pena de paga-las acrescidas de cinquenta por cento.

Portanto, Excelência, requer o reclamante o pagamento de multa caso a empresa reclamada


não pague, no momento da audiência, a parte incontroversa das verbas pleiteadas nesta
exordial.

.
DOS REQUERIMENTOS
Assim, por todo o exposto o Reclamante REQUER a VOSSA EXCELENCIA o
seguinte:
I. DEFERIR os benefícios da justiça gratuita, nos termos da Lei n.º 1.060/50,
inclusive com isenção das despesas postais, tendo em vista que o reclamante não
possui condições de arcar com as custa processual sem prejuízo de sustento próprio e
de sua família.
II. DETERMINAR a Determinar a notificação da reclamada para que, querendo,
conteste a presente ação no prazo legal sob pena de revelia e confissão quanto à matéria
de fato nos termos do art. 844 da CLT;;

III. Condenar a reclamada no pagamento do FGTS depositado a menor e não depositado, bem
como determinada a fornecer ao trabalhador a chave de conectividade social e o TRCT no
código 01 para viabilizar o levantamento de eventual valor que tenha sido depositado na conta
vinculada do Reclamante;

d) Condenar a reclamada a pagar ao reclamante 13º; férias + 1/3; multa de 40% do FGTS,
conforme explanado no tópico VII;

e) Condenar a reclamada a pagar a multa do § 8º do art. 477 da CLT;

f) Condenar a reclamada a pagar a multa do art. 467 da CLT;

h) A designação de pericia, para que esta comprove a situação insalubre/perigosa a que o


reclamante sempre esteve exposto, em decorrência do trabalho por este exercido, sendo
concedido a este o percentual equivalente ao adicional de insalubridade/periculosidade, por
todo período, tudo conforme fundamentação.

l) Requer também seja a reclamada compelida a juntar nos autos todos os documentos
funcionais do reclamante, em especial folhas de presença, cartões de ponto, demonstrativos
de pagamentos de salários, ficha de registro de empregado, comprovantes de depósitos de
FGTS, comprovante de recolhimento de INSS e demais documentos pertinentes a presente
causa, Sob pena de confissão.

Finalmente, protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, tais como juntada de novos documentos, expedição de ofícios, perícias,
depoimento pessoal do representante legal da reclamada, sob pena confissão (Enunciado 74
do C. TST), oitiva de testemunhas, bem como qualquer outro meio que no curso da instrução
se faça necessário.
A procuradora declara que as cópias dos documentos ora juntados e destinados a fazer
provam das alegações da Reclamante, conferem com os originais, nos termos do
art. 830 da CLT.

Dá-se à presente o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), para efeitos de alçada, uma vez
que o valor total devido ao reclamante deverá ser apurado em oportuna fase de liquidação de
sentença.

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

… (Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (an

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