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Francisco dos Santos Dias Bloch Marcelo Manhães de Almeida Wendell Salomão
2 2ª quinzena - Março 2018 – nº 6
Sumário
Construção e Incorporação
Responsabilidade e danos morais pela demora em entrega das chaves
de imóveis financiados - Parte I ............................................................................... 27
Construtoras terão que restituir integralmente dos valores pagos aos
compradores, por atraso na entrega de imóvel ........................................................ 30
Compra e Venda
Barulho: Escolha bem o apartamento para evitar problemas e desvalorização ........... 19
Vendedora conseguiu reter 25% dos valores pagos, para compensar pelas
despesas da rescisão contratual ............................................................................... 21
Prescrição de hipoteca inscrita na matrícula de imóvel ............................................... 22
Venda de imóvel após 30 dias do recebimento da carta de preferência pelo locatário .. 22
Condomínio
Sete maneiras de desestimular a inadimplência nos condomínios .............................. 5
É dever da construtora entregar prédio residencial equipado com para-raios ............ 7
Incorporadora comprova que não é obrigada a pagar taxas de condomínio ............... 8
Verificação da prestação de contas do condomínio ..................................................... 9
Locação
Ação de Despejo se torna improcedente, pois o locador tinha plena ciência dos novos
ocupantes do imóvel .................................................................................................. 10
Direito de renovar o contrato de locação comercial .................................................... 11
Possibilidade de pedir arresto dos bens do locatário para quitar dívida de locação ........ 12
Locatário que queria usucapir o imóvel locado foi despejado ..................................... 13
O rateio do valor anual do IPTU se faz considerando a área ocupada pelo locatário ....... 14
Usucapião
Usucapião de bens imóveis urbanos - Entendam as formas - Parte I .......................... 23
Cabimento de ação divisória e não de usucapião de área rural entre herdeiros .............. 26
O número é maior que a último ano. Isso significa que com um inchaço nas ações e
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população de alguns grandes a quantidade de processos ju- processos e, por isso, não con-
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países: 59,8 milhões. Essa é a diciais nessa área triplicou em segue acelerar a resolução dos
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deviam alguma prestação, os pesquisou as ações ajuizadas condomínios. O que fazer, en-
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julho de 2017, segundo o CPC Paulo e encontrou 6.059 ações ta de pagamento de taxas
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cional de Dirigentes Lojistas. de São Paulo, no ano passa- Observando bem os fatores
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que devem parcelas da taxa novo Código de Processo Ci- usados para solucionar os ca-
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condominial. Em tempos de vil, que começou a vigorar em sos, encontramos sete alterna-
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crise e de desemprego, era março passado, agilizou a co- tivas que síndicos e adminis-
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esperado que esse valor, de brança judicial e os síndicos tradoras podem lançar mão
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ações por atraso de condomí- entanto, todos sabemos, a Jus- Administração transpa-
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nio haviam crescido 226,5% no tiça do estado e do país sofre rente: é preciso expor aos
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contas. Transparência e serie- Índice de inadimplência: podem ficar refratários a qual-
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dade sensibilizam quem age de sem citar nomes ou unidades, quer chamado. Em vez disso,
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boa fé, que é a maioria dos sem constranger ninguém, é convide o proprietário da uni-
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usuários, acredite. Saber onde importante que proprietários dade devedora para uma con-
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seu dinheiro está sendo usado saibam qual é a taxa de versa, chame para uma ses-
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é um fator importante de ade- inadimplência do condomínio e são de mediação, se ele for
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são e de valorização da taxa conheçam a margem de nego- mais fechado. Os mediadores
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condominial. ciação para esse valor. Se to- profissionais têm técnicas
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os recursos disponíveis (de pressão sai das costas do sín- dam as partes a chegar num
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gem no WhatsApp, passando sa a ser uma missão de todos Conciliação: se não tiver
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redes sociais) para manter os Desconforto: não há nada muito convencido de que dia-
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ção financeira do edifício. As- conviver mal com vizinhos. ele para uma sessão de con-
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sim, ninguém pode alegar des- Seja por divergência de opi- ciliação numa câmara particu-
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conhecimento e todos se sen- nião ou por conflitos mal re- lar. O atendimento ali é mais
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tem mais seguros. A chance de solvidos, evitar essa situação rápido que na Justiça tradicio-
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pessoas bem informadas, que desconfortável é dever e de- nal, mais acessível, voluntá-
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condomínio, não atrasarem o O patrimônio comum e a vida tem valor legal e pode até ser
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pagamento é bem maior. In- coletiva devem sempre estar homologado pelo Juiz se ne-
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discussão, mais metas: as- proprietários. Quando nos diálogo é a alma dessas câ-
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sembleias condominiais podem sentimos ouvidos e respeita- maras, o que garante que de-
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se tornar verdadeiros pesade- dos, passamos a vestir a ca- pois do acordo, os vizinhos
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çarem a discordar e a bater pagamento cai, porque acha- trando no elevador sem ne-
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metas e propostas factíveis, Mediação: mesmo que o quem um dia deveu, passa a
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costumam funcionar bem e Código de Processo Civil faci- ser parceiro por ter sido ouvi-
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terminam antes que as pes- lite a ação para cobrança da do e ter suas questões acolhi-
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soas percam a paciência. As- taxa de condomínio, use o re- das numa mesa em que nin-
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suntos de ordem financeira curso em última instância. O guém quer ganhar, mas sim,
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rem discutidos nesses encon- da administradora logo é per- fatório para todo mundo.
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Comentário do BDI: Trata-se de uma ação de responsabilidade civil contratual pela não ins-
talação de um equipamento de para-raios em um condomínio edilício.
O condomínio alegou que há vícios na obra realizada pela construtora e que há ausência de
para-raios, tendo sido necessária a contratação de uma outra empresa para realizar o serviço. Por
isso, pediu a condenação da construtora ao pagamento e indenização por danos materiais, no
valor de R$ 26.834,68.
A construtora se defendeu dizendo que a obra foi executada em sintonia com os projetos
aprovados junto à municipalidade e que a instalação do para-raios não estava inclusa no projeto
da construção.
O Tribunal entendeu que a instalação do para-raios é a segurança do condomínio (art. 618, do
CC), sendo dever da construtora entregar o prédio equipado com para-raios e a falta dele repre-
senta um ato ilícito contratual que interfere no patrimônio do condomínio, a construtora se valeu
de uma lacuna na lei municipal para não colocar o para-raios.
Portanto, condenou a construtora a pagar ao condomínio o valor de R$ 26.834,68, por danos
materiais corrigidos monetariamente.
Ementa: Responsabilidade civil contratual. Instalação de equipamento (para-raios) em condo-
mínio edilício e pedido de restituição do valor perante a construtora. Discussão sobre a
obrigatoriedade de entregar o prédio munido de haste metálica protetora de descargas elétricas.
Contrato omisso. Diante da lacuna e observando a Lei Municipal Campineira nº 11.207/02, que
trata da obrigatoriedade de instalação de para-raios para edifícios em que habitualmente se reúna
grande número de pessoas, tais como Repartições Públicas, Igrejas, Escolas, Quartéis, Teatros,
Cinemas, grandes lojas e outros com essa característica, é de rigor responsabilizar a construtora
(responsabilidade pressuposta pela segurança da obra). Não há porque excluir o condomínio
edilício da abrangência da norma local, vez que se presume que em edifício residencial, mais do
que nos conglomerados enumerados, esse grande número de pessoas permanecem em seu inte-
rior não só por curtos períodos ou em determinados dias da semana como acontece em igrejas,
cinemas, teatros etc, mas diuturnamente, fazendo com que aumente a exposição ao risco. Pre-
sente o vício de construção e a responsabilidade da ré em reembolsar o montante gasto com
instalação de para-raios no prédio no importe de R$ 26.834,68 que deveria ter integrado o memorial
descritivo ou o projeto da construção. Dano material presente (artigo. 186 CC, 927 do CC).
Dados da Decisão: TJSP – Apelação nº 1017940-85.2015.8.26.0114 – Relator: Enio Zuliani –
Data do julgamento: 12.12.2017
Nota do BDI: Leia a íntegra em www.diariodasleis.com.br.
Comentário do BDI: Trate-se de uma Ação de Cobrança movida pelo condomínio, contra a
Incorporadora.
O condomínio alegou que a incorporadora é legitima para figurar como responsável na ação, por
ela ser proprietária do imóvel. Por isso, tem a responsabilidade de arcar com as taxas de condomí-
nio.
A incorporadora se defendeu dizendo que a responsabilidade é do atual adquirente.
O Tribunal analisando as argumentações, observou que a incorporadora não era responsável
pelos débitos, uma vez que havia vendido o imóvel para o atual adquirente. Portanto, o atual
adquirente responde pelo pagamento das taxas de condomínio.
Ementa – Embargos de Declaração na Apelação Cível. Obrigação propter rem. Ilegitimidade
passiva da embargada. Inexistência de omissão, obscuridade ou contradição. I – A obrigação dos
pagamentos condominiais tem natureza propter rem, ou seja, persegue a coisa a teor do artigo
1.345 do Código Civil. II – Em relação a condomínio, o adquirente de unidade responde pelos
débitos do alienante. III – Em assim sendo, não há de se falar em legitimidade passiva da embargada.
III – Ausentes os requisitos determinados pelo art. 1.022 do Código de Processo Civil, tais como
omissão, obscuridade, contradição e mesmo erro material, impõe-se a rejeição dos embargos.
embargos declaratórios rejeitados.
Dados da Decisão: TJGO – Embargos de Declaração na Apelação Cível nº 112486-
55.2014.8.09.0051 – Relator: Des. Norival santomé - Data do julgamento: 28.11.2017
Nota do BDI: Leia a íntegra em www.diariodasleis.com.br.
Pergunta: Podemos verificar a pasta de prestação de contas, que já está aprovada e assinada
pelo síndico e conselheiros?
BDI Responde: Qualquer condômino poderá verificar a pasta de prestação de contas para saber
se houve fraudes e apropriações indébitas, como preços, etc., e assim poder questioná-las e adotar
medidas em prol do condomínio, entretanto, se a a assembleia aprovar as contas, nenhum condômino
tem legitimidade para exigir nova prestação de contas.
Normalmente, para a prestação de contas, tem o síndico o dever legal de convocar a Assembleia
Geral, Código Civil, art. 1.350: Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembleia dos
condôminos, na forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as
contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e
alterar o regimento interno.
§ 1º Se o síndico não convocar a assembleia, um quarto dos condôminos poderá fazê-lo.
§ 2º Se a assembleia não se reunir, o juiz decidirá, a requerimento de qualquer condômino.
As contas devem ser prestadas de forma minuciosa e documentada.
Quem aprova as contas são os condôminos presentes na assembleia
Comentário do BDI: Trata-se de uma Ação de Despejo cumulado com cobrança de aluguéis,
em que o juiz de 1ª instância julgou improcedente o pedido.
O locador argumentou que a cessão ou transferência do contrato de locação depende do seu
consentimento e não da locatária. Alegou que jamais concordou com a cessão da locação. Portanto,
pede o despejo da atual locatária, bem como a condenação desta ao pagamento dos encargos
locatícios vencidos e vincendos.
O Tribunal verificou que o locador tinha plena ciência da cessão e dos novos ocupantes do imóvel,
conforme comprovam os documentos, do contrário não teria consentido com a continuidade do
contrato, tanto é que seguiu recebendo os pagamentos de aluguéis.
Portanto, é improcedente a cobrança de alugueres em face da atual locatária, o que violaria o
primado da boa-fé contratual.
Assim, condenou o locador, com base no disposto §11º, do art. 85 do NCPC, cuja exigibilidade
fica suspensa em face do locador ser beneficiário da gratuidade processual.
Ementa: Ação de Despejo com pedido de cobrança de aluguéis. Cessão de fato da posição
contratual dos locatários a terceiro. Sentença de improcedência. Alegação de ausência de consen-
timento do locador. Circunstâncias dos autos, todavia, a indicar que o locador tinha plena ciência da
alteração fática e consentiu com o prosseguimento da locação em face dos novos locatários. Ausen-
te responsabilidade do antigo contratante. Apelação que não elidiu os fundamentos da sentença,
confirmada nos termos do art. 252 do Regimento Interno do TJSP. Apelo desprovido.
Dados da Decisão: TJSP – Apelação nº 1043032-10.2015.8.26.0100 – Relator: Azuma Nishi –
Data do julgamento: 14.12.2017
Nota do BDI: Leia a íntegra em www.diariodasleis.com.br.
O contrato de locação pode mesmo ramo, pelo prazo mí- será estendido também para
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ser pactuado por qualquer pra- nimo e ininterrupto de três a empresa, nos termos do §
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zo, devendo as partes res- anos. 2º do artigo 51 da Lei de Lo-
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peitá-lo, sob pena de aplica- ○
Porém, se o proprietário do cação.
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ção das penalidades legais e imóvel não estiver disposto a Por fim, de acordo com o
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contratuais. Muitas vezes, renovar o contrato, a renova- art. 51, § 5º, da Lei de Loca-
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após transcorrer o prazo de ção não se dará de forma au- ção, a ação deve ser proposta
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duração do contrato, o proprie- tomática, logicamente, deven- no interregno de um ano, no
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tário do imóvel não possui in- do o locatário ingressar judi- máximo, até seis meses, no
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teresse em renová-lo, e de- cialmente com uma ação re- mínimo, anteriores à data da
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seja que o inquilino desocupe- novatória em face do locador, finalização do prazo do contra-
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o, ou até mesmo as partes di- observando o prazo legal, que to em vigor, sob pena de in-
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vergem no valor do aluguel. será explicado posteriormen- correr em decadência. Por
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Contudo, se o locatário preen- te. O direito de renovar o con- exemplo, se o contrato possui
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cher alguns requisitos dispos- trato de locação não é somen- prazo de cinco anos, a ação
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tos em lei, terá o direito de te do locatário. Igualmente, deverá ser ajuizada entre o
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renovar o contrato por igual poderá ser exercido pelos início do quarto ano do con-
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prazo, para proteger o seu cessionários ou sucessores da trato, até a metade desse
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ponto empresarial. locação. Vale destacar que, no quarto ano. Se a demanda for
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A Lei n.º 8.245/91 (Lei de caso de sublocação total do ajuizada faltando menos de
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Locação) elenca três requisi- imóvel, o direito a renovação seis meses para o término do
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tos que o locatário deve pre- somente poderá ser exercido contrato, o direito do locatário
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encher cumulativamente. São pelo sublocatário. já terá decaído. Por isso, caso
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deve ter sido celebrado por que se o locatário fizer parte renovar o contrato, é impor-
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escrito e com prazo determi- do quadro social de uma so- tante que proceda com o
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nado; b) o prazo mínimo do ciedade, e o contrato de loca- adendo contratual antes de fin-
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contrato a renovar ou a soma ção prever que este sócio po- dar o prazo decadencial da
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dos prazos ininterruptos dos derá utilizar o imóvel com o ação renovatória, para não
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contratos escritos seja de cin- escopo de exercer atividade perder o prazo no caso de o
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co anos; c) o locatário esteja comercial em nome da socie- locador não possuir interesse
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BDI Responde: Tendo em vista que o contrato está vigorando a prazo indeterminado, é possível
pedir o despejo em caráter liminar.
Na fase executiva, quando já existe um título líquido, certo e exigível, na forma do art. 830 do
CPC, se o locatário não for encontrado, pode-se pedir o arresto dos bens móveis no interior da loja
do mesmo para assegurar o direito do locador de receber o valor que lhe é devido.
Os fiadores, mesmo que sem imóveis, também podem responder pela dívida com os seus bens
móveis, tais como veículos, ou até mesmo com a própria conta bancária.
Comentário do BDI: Trata-se de Ação de Despejo por falta de pagamento, que determinou a
desocupação do imóvel.
O locatário argumentou que assinou o contrato sob coação e ameaça. Por isso, pediu a nulidade
do contrato locatício, o reconhecimento da usucapião a seu favor, tendo em vista que exerceu a
posse do imóvel desde julho de 2003. Requer também, a retenção das benfeitorias que realizou no
imóvel.
O locador, em sua defesa, argumentou que o locatário teve má-fé, com base no art. 80, inciso
II, III e VII do CPC/15, deixando de realizar o pagamento dos alugueres atrasados e encargos
devidos.
O Tribunal entendeu que não existia prova a desconstituir o contrato de locação entabulado
entre as partes ou da coação alegada pelo locatário, e que conforme o contrato foi expressamente
pactuado que as benfeitorias realizadas no imóvel seriam incorporadas sem direito a qualquer
retenção das mesmas. Em consequência, entendeu pela ausência de direito ao reconhecimento
de usucapião urbana, por considerar válido o contrato locatício. Por fim, julgou procedente o
pedido de despejo.
Ementa: Direito Civil e Processual Civil. Apelação Cível em Ação de Despejo por falta de
pagamento. Sentença de procedência. Provas suficientes para convencimento do julgador. Art.
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prevê a forma de cobrança do IPTU, com a declaração de sua nulidade e condenação da locadora
na devolução dos pagamentos realizados a este título.
O Tribunal determinou que a cobrança relativa ao rateio de despesas comuns seja mantida nos
valores que vinham sendo cobrados, com a condenação desta na devolução, tão somente, dos
valores excedentes, corrigido monetariamente e acrescidos de juros de mora a partir da citação.
Em relação ao IPTU a locadora demonstrou e esclareceu, por meio de documento, que o aumento
do valor do IPTU decorreu-se de reajuste do valor anual do imposto e que o rateio se faz conside-
rando a área ocupada pela locatária. Assim, a cláusula contratual não apresenta abusividade,
nem vantagem ou obrigação desproporcional.
Ementa: Contrato atípico de (sub) locação e outras avenças loja situada em hipermercado
Artigo 54, da Lei nº 8.245/91 - Rateio das despesas comuns - Contrato que prevê expressamente
a obrigação de pagamento do rateio das despesas e o direito de alterar, a qualquer tempo, o valor
do somatório do Coeficiente de Rateio de Despesas, independentemente de aviso ou notificação -
Sem hipótese para declaração de nulidade da cláusula - Aumento desproporcional do encargo
que, entretanto, não foi discriminado §§1º e 2º, do artigo 54, da Lei nº 8.245/91 - Necessidade
de manutenção da cobrança relativa ao rateio de despesas comuns nos valores que vinham sendo
cobrados antes da majoração praticada pela ré, com a condenação desta na devolução tão so-
mente dos valores excedentes - Rateio do IPTU - Fato gerador determinado - Reajuste anual -
Rateio considerando a área ocupada - Ausência de revisão do contrato - Razoabilidade na fixação
da obrigação - Sucumbência recíproca - Recurso da ré parcialmente provido e recurso da autora
não provido.
Dados da Decisão: TJSP – Apelação Cível n° 1000204-83.2017.8.26.0114 – Relator: Sá Moreira
de Oliveira – Data do julgamento: 15.1.2018
Nota do BDI: Leia a íntegra em www.diariodasleis.com.br.
Um casal adquiriu um apar- e cessão de posse”, a CDHU imóvel junto a CDHU, solicitan-
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tamento de um conjunto não havia tomado ciência ou do, então, que esta outorgas-
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negociação ocorreu sob “con- realizado entre comprador e A CDHU negou a outorga de
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trato de gaveta”, uma vez que vendedor, sem que a CDHU e escritura definitiva em nome
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o casal vendedor não pediu Registro de Imóveis recebes- do casal comprador, alegando
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autorização a CDHU, para sem a devida comunicação. que a escritura sairia em nome
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Assim, apesar de as partes entre as partes, com reconhe- que adquiriu o imóvel junto a
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terem negociado o imóvel, por cimento de firma realizado em ela - CDHU), uma vez que não
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comprador ajuizou ação con-
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tra a CDHU, pedindo que esta
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fosse obrigada, por meio de
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sentença, a outorgar a respec-
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tiva escritura pública de com-
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pra e venda.
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Ao analisar o caso, o juiz ○
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fundamentando que, tendo em habitacional para reconhecer a so ao TJSP. Este, por sua vez,
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vista a quitação integral e an-
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tecipada do imóvel, havia o veta. Hipótese em que restou vendo a CDHU da obrigação
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incontroverso que o financia- de outorgar a escritura, ten-
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definitiva de compra e venda mento do imóvel foi quitado, do em vista que ela não au-
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aos compradores. o que torna imperiosa a ou- torizou a negociação do imó-
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A sentença mencionou de- torga da escritura definitiva em vel.
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Justiça de São Paulo (TJSP). real proprietária do imóvel. trecho da decisão de 2ª ins-
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Conveniente transcrever a ju- Decreto de extinção afastado tância (8ª Turma do TJSP):
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risprudência utilizada: “Caso - Recurso provido para julgar “Como é sabido, o contra-
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em que, ainda que o negócio a ação procedente.” (TJSP, to de gaveta não possui vali-
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sição do imóvel celebrado en- 11.8.26.0007, 9ª Câmara de não anuiu com referido ins-
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imóvel “sub judice” tenha sido Aparício Coelho Prado Neto, pode, pois, ser compelida a
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da ré COHAB, não pode ela se Assim, o juiz de primeira ser demandada) em favor de
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recusar a outorgar a escritura instância julgou a ação proce- quem com ela, não contra-
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consagrado por esta Colenda definitiva do imóvel em favor dores, dentre eles, é a impos-
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Muitas pessoas em busca quanto os quartos ficam na so daquele que comprou sem
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de um local para morar dei- parte superior. O problema, é analisar essa possibilidade.
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xam de refletir sobre pontos que o barulho do movimento Análise prévia pode evitar
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importantes na hora de esco- mais “animado” do primeiro erros que custam caro
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lher o imóvel. A falta de aten- piso é suportado pelos mora- É preciso que os adquiren-
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ção, de critérios ou até mes- dores do andar debaixo. tes tenham cautela em suas
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mo a carga emocional em ob- Adquirir um apartamento escolhas para evitar surpre-
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ter uma nova residência pode ao lado ou logo acima do sa- sas com algo inesperado e
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gerar grandes problemas fu- lão de festas do prédio ou inimaginável por quem não
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turamente. A inexperiência embaixo de uma “Top House’’, está habituado as diversas
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tem custado caro àqueles que para quem procura sossego e variáveis que somente os es-
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dispensam uma consultoria paz após um longo dia de tra- pecialistas estão aptos a
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que não tenha interesse na balho, pode não ser uma boa alertar. A decepção e os abor-
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conclusão do negócio, pois ao ideia, já que existem diver- recimentos surgem também
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ouvir a opinião de um espe- sas pessoas que agem de ma- por falta de conhecimento da
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cialista muitos deixam de ad- neira egoísta e individualista, existência de boates, clubes,
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quirir uma moradia ao lado de e acabam não respeitando o bares e ainda do início de
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um clube, casa de festas, es- outro, fazendo festas com obras de grandes empreendi-
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cola, delegacia, boate ou som alto e ruídos em exces- mentos nas proximidades da
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Alguns proprietários têm zações ocorrerem na parte in- É comum encontrar tam-
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sido surpreendidos ao adqui- ferior da cobertura faz com bém diversas pessoas que
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rirem um apartamento logo que o incômodo para o vizi- mudam do local onde residem
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abaixo de uma “Top House’’, nho do andar debaixo seja por conta de fatos que pas-
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que consiste numa cobertura muito maior, já que seu apar- sam a ocorrer aos arredores
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invertida, na qual, os espa- tamento está ligado direta- de sua rua, tais como:
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ços de lazer, piscina, churras- mente com o local onde os comercialização de drogas e
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queira, confraternização, fes- saltos altos, o arrastar de insegurança que acabam per-
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tas, são realizados no primei- móveis e as brincadeiras das turbando o sossego dos mo-
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barato do que mudar
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No Brasil temos visto uma
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inversão de valores, onde al-
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guns, de maneira absurda fa-
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lam: “os incomodados que se
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retirem”. Nada mais imoral e
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injusto! Há várias leis fede- ○
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falta de sono ou de condições
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de descanso. Seja o imóvel
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parte de um edifício ou um
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dem ao terem enorme gasto em média para os cartórios de
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financeiro com um processo notas e de registro de imó-
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trabalho, a lei proíbe que seu civil, além de outro na esfera veis, mais perda das cortinas,
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nociva.
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judicada pode requerer que o pois há infrator que insiste em outro imóvel, gastos com a
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juiz aplique uma multa diária irritar a vizinhança que não mudança (que sempre dani-
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pode aplicar multas com base exigir amigavelmente ou ju- decoração da nova moradia,
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nos artigos 1.336 e 1.337 do dicialmente uma solução, pois a qual não sabemos se tem
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Meu cliente quer adquirir uma fazenda, onde na matrícula há uma hipoteca, em favor de um
banco privado, datado de março de 1999. A escritura, de fevereiro de 1999, foi concedida para
garantir o credito rotativo de um terceiro (outra pessoa jurídica) junto ao Banco.
Entretanto, jamais houve qualquer movimentação do banco para a execução desta hipoteca.
Hoje, o herdeiro não tem conhecimento de quem é o terceiro e muito menos se foi ou não quitado
o referido crédito rotativo.
Pergunta: Esse crédito está prescrito?
BDI Responde: Analisando o artigo 1485, podemos dizer que não está prescrito. Veja:
“Art. 1.485. Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se
a hipoteca, até 30 (trinta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá
subsistir o contrato de hipoteca reconstituindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso,
lhe será mantida a precedência, que então lhe competir.”
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Pergunta: O proprietário de um imóvel esta vendendo a casa que está alugada e estamos no
seguinte situação:
Emitimos a carta no dia 03/02, o cliente assinou e nos devolveu no dia 15/02. Devo esperar
completar os 30 dias para lavrar a escritura com provável comprador?
Mesmo ele devolvendo a carta, precisamos esperar 30 dias da data de envio para celebrar a
venda?
BDI Responde: Sim, é necessário esperar os 30 dias, conforme legisla o artigo 28 da Lei 8245/91:
“Art. 28. O direito de preferência do locatário caducará se não manifestada, de maneira inequívo-
ca, sua aceitação integral à proposta, no prazo de trinta dias.”
Os 30 dias contarão da ciência inequívoca do locatário.
Se a notificação for pelo correio, há um aviso de recebimento da data em que o locatário recebeu.
Se a carta foi entregue em “mãos”, terá que ter o recibo e a data recebida, onde começa a correr
o prazo de 30 dias à partir desta data.
Assim, vamos entender de que a usucapião nada mais é tizando, dessa forma, a carac-
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uma vez que a ideia principal do que uma forma originária terística de dono.
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proteção da função social da tida por lei, tendo como obje- ca: Importante que não haja
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propriedade, ou seja, apesar tivo atingir a função social da nenhuma contestação do pro-
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da garantia fundamental ao terra por aqueles que, aten- prietário legítimo registrado no
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direito de propriedade, cons- dendo a certos requisitos, ga- Cartório de Registro de Imó-
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tante no art. 5º, Inciso XXII, rantem a estabilidade da pro- veis da área usucapienda
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não se mostra de forma abso- Vejamos então os requi- a qualquer tempo contestação
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quanto cumpre a função so- dono (animus domini): É 3. Posse de boa-fé e com
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cial, ou seja, atendendo às exi- fundamental que a posse do justo título: Estes requisitos
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gências fundamentais de orde- imóvel usucapiendo não seja somente são exigíveis na mo-
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nação da cidade expressas no decorrente de atos de mera to- dalidade de usucapião ordiná-
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○
plano diretor, conforme reza o lerância, como oriundos de rio, constante no art. 1.242 do
○
○
○
art. 182, § 2º da CF. contratos de locação, Código Civil, onde tratarei de-
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Nesse sentido, verifica-se comodato e depósito, concre- les adiante, em conjunto com
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usucapião. com justo título e boa-fé, o 79, que regulamenta o
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4. Posse contínua e du- possuir por 10 (dez) anos. Pa- parcelamento do solo urbano.
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radoura: Cada modalidade de rágrafo único: Será de 5 (cin- Além disso, estes loteamentos,
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usucapião estabelece um pra- co) anos o prazo previsto nes- em sua maioria, não são
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zo mínimo de posse para aqui- te artigo se o imóvel houver registrados no Cartório de Re-
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sição do direito à propriedade sido adquirido, onerosamente, gistro de Imóveis (CRI), con-
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por usucapião, conforme tra- ○ com base no registro constan- forme necessita o art. 167,
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rei mais adiante. te do respectivo cartório, can- inciso I, nº 19, da Lei 6.015/
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Contagem de prazo celada posteriormente, desde 73, o qual dispõe sobre os re-
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para a usucapião que os possuidores nele tive- gistros públicos.
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Para a contagem do tempo rem estabelecido sua moradia, Ademais, há outra corrente
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de posse, tem-se o art. 1.243, ou realizado investimentos de que possui outro pensamento,
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do Código Civil, que diz que o interesse social e econômico.” visto que, a ideia da usucapião
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possuidor pode, para o fim de Requisitos da Usucapião não é a validação do negócio
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contagem do tempo exigido Ordinária: jurídico, e sim, a garantia da
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pelos artigos antecedentes, Ademais, no que tange o função social da posse.
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acrescentar à sua posse a dos caput do referido artigo, tem- Nesse sentido, há o enun-
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contanto que todas sejam con- 1. Posse mansa, pacífica e reito Civil que diz: “Art. 1.242:
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tínuas, pacíficas e, nos casos ininterrupta com animus A expressão “justo título” con-
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do art. 1.242 (usucapião ordi- domini, por 10 (dez) anos. tida nos arts. 1.242 e 1.260
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nário), com justo título e de 2. Justo título: Este requi- do CC abrange todo ato jurídi-
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se aplica à usucapião consti- públicos, havendo sentenças mente de registro”. Além dis-
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Constituição Federal dá trata- que o instrumento particular acórdãos nas instâncias supe-
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mento específico ao tema. de compra e venda de imóvel riores seguindo este entendi-
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para imóveis urbanos, senão veis (CRI) não pode ser consi- é a constante no art. 1.201 e
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O Art. 1.242 do Código Ci- pois, geralmente, tais aquisi- obstáculo que impede a aqui-
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dade do imóvel aquele que, Poder Público, não obedecen- parágrafo único do art. 1.242,
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des, ou seja, o prazo diminui percebe-se, ao contrário da 1.240, CC; 9º, Lei nº
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para 05 (cinco) anos, se o imó- usucapião ordinária, o único 10.257/01)
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vel houver sido adquirido, one- requisito para a aquisição ori- O art. 183, caput, da Cons-
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rosamente, com base no re- ginária do imóvel é sua posse tituição Federal diz que:
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gistro constante do respectivo mansa, pacífica e ininterrupta “Aquele que possuir como
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cartório, cancelada posterior- com animus domini por 15 sua área urbana de até duzen-
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○
mente, desde que os possui- ○ (quinze) anos, não sendo exi- tos e cinquenta metros quadra-
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dores nele tiverem estabeleci- gido justo título ou boa-fé. dos, por cinco anos, ininte-
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○
do a sua morada, ou realizado Quando mencionamos o pa- rruptamente e sem oposição,
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investimentos de interesse so- rágrafo único do art. 1.238, CC, utilizando-a para sua moradia
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cial e econômico. este prazo diminui para 10 ou de sua família, adquirir-lhe-
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II) Usucapião Extraordi- (dez) anos se o possuidor hou- á o domínio, desde que não
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nária (art. 1.238, CC) ver estabelecido no imóvel a seja proprietário de outro imó-
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Já em relação ao art. 1.238 sua moradia habitual, ou nele vel urbano ou rural”.
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do Código Civil temos que: realizado obras ou serviços de Nesse sentido, este disposi-
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“Aquele que, por 15 (quin- caráter produtivo, ou seja, no- tivo foi reproduzido no art.
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ze) anos, sem interrupção, nem vamente diminui-se o prazo 1.240, CC e no art. 9º da Lei
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oposição, possuir como seu um para aquisição originária do 10.257/01 (Estatuto da Cida-
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dade, independentemente de primento da função social. Vale uma ressalva ao art. 9º,
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título e boa-fé, podendo reque- Assim, esta é considerada a § 3º da Lei nº 10.257/01 que
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rer ao juiz que assim o declare forma mais “simples” de aqui- diz “Para os efeitos deste arti-
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por sentença, a qual servirá de sição originária de imóvel por go, o herdeiro legítimo conti-
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○
título para o registro no Cartó- usucapião, uma vez que, bas- nua, de pleno direito, a posse
○
○
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rio de Registro de Imóveis. Pa- ta a posse mansa, pacífica e de seu antecessor, desde que
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rágrafo único: O prazo estabe- ininterrupta pelo prazo estipu- já resida no imóvel por ocasião
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á a 10 (dez) anos se o possui- Note-se que, é por este tanto, não se aplica a regra do
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dor houver estabelecido no motivo que o tempo exigido de art. 1.243 do CC, como vimos
○
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imóvel a sua moradia habitual, posse é maior frente às outras anteriormente, não sendo pos-
○
○
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ou nele realizado obras ou ser- modalidades de usucapião! sível, portanto, a soma das
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Nesse sentido, no que tan- cional ou Especial Urbana * Continua na próxima edição.
○
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○
Comentário do BDI: Trata-se de uma Ação de Usucapião movida por membros e herdeiros de
uma mesma família.
Uma parte da família alegou que detêm a posse de uma parcela do terreno, há mais de 15
anos, e pedem para que seja colocado em seus nomes o domínio no Registro de Imóveis.
O Tribunal verificou que o prazo de 15 anos de posse sobre o imóvel alegado não existe, ou
seja, esta parte do terreno é de todos os herdeiros e que, na verdade, pretendem a divisão e a
regularização do terreno de propriedade comum entre os irmãos, sendo certo que a ação de
usucapião não pode ser utilizada para este fim, cabendo aos herdeiros providenciarem a reparti-
ção do terreno.
Ementa: Apelação Cível. Ação de usucapião. Sentença de improcedência. Insurgência dos
demandantes. Fração de terras pretendida usucapir que é integrante de uma área maior, cuja
propriedade é exercida em condomínio pela autora e seus irmãos, em decorrência de doação da
genitora. A despeito da viabilidade da ação de usucapião contra condômino, elementos constan-
tes nos autos revelam o não preenchimento do lapso temporal previsto em lei para a prescrição
aquisitiva. Demandantes que, em verdade, pretendem a divisão da área comum por via transver-
sa. Sentença de improcedência mantida.
Dados da Decisão: TJSC – Apelação Cível nº 0004910-38.2007.8.24.0113 – Relator: Jorge
Luiz Costa Beber – Data do julgamento: 6.6.2017
Nota do BDI: Leia a íntegra em www.diariodasleis.com.br.
O sonho de ter a casa pró- de negócio é regido pelo Có- cedor, porém com a peculiari-
○
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pria é a realidade de muitos digo de Defesa do Consumi- dade da promessa de compra
○
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○
brasileiros, sair do aluguel e ○ dor, Lei 8.078/90, como se e venda, essa regida pelo Có-
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morar no que é realmente seu extrai da seguir: digo Civil, entre os artigos:
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está no topo dos desejos de “Art. 2º. Consumidor é toda “Art. 462. O contrato preli-
○
○
○
○
qualquer pessoa, e os contra- pessoa física ou jurídica que minar, exceto quanto à forma,
○
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○
tos de financiamento de imó- adquire ou utiliza produto ou deve conter todos os requisi-
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veis passaram a ser uma por- serviço como destinatário fi- tos essenciais ao contrato a
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ta de entrada para a realiza- nal. ser celebrado.
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ção desse sonho, porém o pro- Parágrafo único. Equipara- Art. 463. Concluído o con-
○
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blema começa quando a em- se a consumidor a coletivida- trato preliminar, com obser-
○
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presa construtora ou a empre- de de pessoas, ainda que vância do disposto no artigo
○
○
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○
endedora do projeto imobiliá- indetermináveis, que haja in- antecedente, e desde que dele
○
○
○
rio não entrega as chaves na tervindo nas relações de con- não conste cláusula de arre-
○
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○
motivo relevante para isso, Art. 3º. Fornecedor é toda partes terá o direito de exigir
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casa própria em um verdadei- blica ou privada, nacional ou sinando prazo à outra para
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estudo acerca das responsa- desenvolvem atividade de to preliminar deverá ser leva-
○
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vidas aos promissários com- ção, construção, transforma- Art. 464. Esgotado o pra-
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do começa com a promessa de Assim, fica claro que se tra- Art. 465. Se o estipulante
○
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compra e venda, o comprador ta de uma relação de consu- não der execução ao contrato
○
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○
compra um imóvel que ainda mo, onde o consumidor com- preliminar, poderá a outra
○
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vai ser construído, e esse tipo pra um imóvel de um forne- parte considerá-lo desfeito, e
○
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Art. 466. Se a promessa de
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contrato for unilateral, o cre-
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dor, sob pena de ficar a mes-
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ma sem efeito, deverá mani-
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festar-se no prazo nela pre-
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visto, ou, inexistindo este, no
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que lhe for razoavelmente as- ○
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A compra de um imóvel na
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dor e um compromisso do
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nesse tipo de negócio sem te para indenizar os prejuí- da entrega de unidade imo-
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dúvida tem gerado os mais zos. Não há falar em indeni- biliária. Aquisição para fins de
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diversos problemas para o zação por dano moral na es- moradia. Configuração de
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consumidor, e com isso o au- pécie”, afirmou o ministro dano moral. Peculiaridades
○
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mento das demandas que Massami Uyeda, relator, o do caso concreto. Súmula 7/
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atraso na entrega das chaves que o consumidor faz jus a 1. O simples descumpri-
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sem dúvida é o maior respon- rescisão contratual para que mento contratual, por si só,
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○
sável por esse cenário, e de tenha ressarcido os valores não é capaz de provocar aba-
○
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acordo com dados do Ibedec, gastos com a construção, po- lo moral, sendo necessária a
○
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○
95% das obras no Brasil são rém como fica a sensação de existência de uma conse-
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entregues com atraso, o que ter um sonho interrompido? quência fática capaz de acar-
○
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é uma vergonha para nosso A desilusão de não mais ter a retar dor e sofrimento inde-
○
○
○
○
país, demonstrando o desca- casa própria sonhada e paga, nizável por sua gravidade.
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so das construtoras com seus muitas vezes com muito sa- 2. O atraso na entrega de
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turma do STJ decidiu que o Para configurar dano mo- extrapatrimonial ao promi-
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atraso de três anos na entre- ral, na esfera do Superior Tri- tente comprador, a depender
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planta não configurou dano rio muito mais do que o atra- lo emocional evidenciado no
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das parcelas pagas, devida- recente temos essa posição: 3. A revisão do acórdão re-
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cido de abalo moral, encon-
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tra óbice do enunciado da
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Súmula 7/STJ, prejudicando
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o alegado dissídio jurispru-
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dencial.
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4. Recurso especial não
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conhecido. (Recurso Especial ○
○
○
nº 1.661.095 - SP (2017/005
○
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9353-2)”
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trecho da decisão: vencido em maio de 2011, a um lar para si e para seus fa-
○
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miliares.
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intelecção, o atraso na entre- sas do autor com os aluguéis O comprador passa anos
○
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pagando pelo bem, sonhan-
○
○
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pode causar lesões de ordem nho de 2011, até a efetiva en- do com a casa própria e, pos-
○
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extrapatrimonial ao promi- trega da unidade tal como teriormente, vem a saber que
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tente comprador, a depender constou na bem lançada sen- todos seus esforços foram es-
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moral com base nas seguin- mente diante das peculiarida- acarretando-lhe drástica mu-
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so especial nº 1.661.095 - SP
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tro imóvel até a efetiva en- riqueiros. Ministro Luis Felipe Salomão.
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lidade do prazo de tolerância, geral, planeja nele estruturar * Continua na próxima edição.
○
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12/07/2017, a Lei 13.465, que esclarecer alguns pontos rele- das edificações, a localização
○
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altera as regras para a regula- vantes da regularização das vias de circulação e a pre-
○
○
○
rização fundiária no Brasil, fundiária urbana, no que tan- sença de equipamentos públi-
○
○
○
onde milhares de brasileiros ge ao núcleo urbano informal, cos, entre outras circunstân-
○
○
○
serão beneficiados, pois facili- aquele clandestino, irregular cias a serem avaliadas pelo
○
○
○
tará a emissão de títulos para ou no qual não foi possível rea- Município.
○
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○
○
ocupantes de terras públicas e lizar, por qualquer modo, a Os moradores destas áreas
○
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famílias assentadas em áreas titulação de seus ocupantes, urbanas em que seu imóvel/
○
○
○
de reforma agrária, a nova lei ainda que atendida a legisla- Lote se encontra irregular, pe-
○
○
○
permite que processos sejam ção vigente à época de sua rante os órgãos públicos, po-
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pera para a tão sonhada es- consolidado, aquele de difícil mente, através do Reurb - Re-
○
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onde obedecerão às seguintes serem regularizadas, suas ca- dicação de intervenções a se-
○
○
○
fases: racterísticas, área, confronta- rem executadas, se for o caso,
○
○
○
○
○
I - Requerimento legitima- ções, localização, nome do conforme o projeto aprovado,
○
○
○
do; logradouro e número de sua aprovar o projeto de regulari-
○
○
○
II - processamento adminis- designação cadastral, se hou- zação fundiária resultante do
○
○
○
trativo do requerimento, no ver; quando for o caso, das processo de regularização
○
○
○
○
qual será conferido prazo para ○
quadras e suas subdivisões fundiária; e identificar e decla-
○
○
○
manifestação dos titulares de em lotes ou as frações ideais rar os ocupantes de cada uni-
○
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○
○
direitos reais sobre o imóvel e vinculadas à unidade regula- dade imobiliária com destina-
○
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dos confrontantes; rizada; dos logradouros, es- ção urbana regularizada, e os
○
○
○
○
III - elaboração do projeto paços livres, áreas destinadas respectivos direitos reais.
○
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○
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de regularização fundiária; a edifícios públicos e outros Aprovada a regularização
○
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○
○
IV - saneamento do proce- equipamentos urbanos, quan- urbana, o órgão responsável
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sso administrativo; do houver; de eventuais áre- emitirá a Certidão de Regula-
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V - decisão da autoridade as já usucapidas; das medi- rização Fundiária (CRF), acom-
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competente, mediante ato for- das de adequação para corre- panhado pelo projeto aprova-
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mal, ao qual se dará publici- ção das desconformidades, do. Deverá conter, no mínimo,
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fundiária aprovado perante o rias; das obras de infraes- cronograma; a indicação nu-
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oficial do cartório de registro trutura essencial, quando ne- mérica de cada unidade regu-
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unidade imobiliária com tos que sejam definidos pelo listagem com nomes dos ocu-
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apresentar o projeto urba- Reurb, processar, analisar e gistro, bem como o estado ci-
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fundiária, que deverá conter, rização fundiária; e emitir a inscrição no cadastro das pe-
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projeto de regularização apro-
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vados, deverá então o reque-
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rente comparecer ao cartório
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do local onde se encontra o
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imóvel para a efetiva abertura
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de nova matrícula do imóvel,
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quando for o caso; abertura de ○
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matrículas individualizadas
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para os lotes e áreas públicas da parcela mensal não poderá que se encontram na situação
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resultantes do projeto de re- ser inferior ao valor equivalen- de “irregular”, que poderão re-
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gularização aprovado; registro
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de direitos reais indicados na tulo de taxa de foro ou ocupa- Estados, ao Distrito Federal e
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ção, quando requerido pelo in- aos Municípios, diretamente ou
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respectivos lotes, dispensada teressado. Para ocupantes com por meio de entidades da ad-
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a apresentação de título indi- renda familiar acima de dez sa- ministração pública indireta; os
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vidualizado. lários mínimos, a aquisição po- seus beneficiários, individual ou
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Vale salientar que o valor de derá ser realizada à vista ou coletivamente, diretamente ou
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venda direta será com base no em até cento e vinte parcelas por meio de cooperativas
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previstos no artigo 11-C da Lei mo, 10% (dez por cento) do zações sociais, organizações da
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acessões e as benfeitorias rea- da parcela mensal não poderá público ou outras associações
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lizadas pelo ocupante. Para ser inferior ao valor equivalen- civis que tenham por finalida-
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situada entre cinco e dez salá- tulo de taxa de foro ou ocupa- senvolvimento urbano ou regu-
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rios mínimos, a aquisição po- ção, quando requerido pelo larização fundiária urbana; os
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em até duzentas e quarenta Por fim, com essa nova lei, terrenos, loteadores ou in-
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vas, mediante sinal de, no mí- regularização do imóvel/lote, Pública, em nome dos benefi-
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nimo, 5% (cinco por cento) do trazendo assim uma oportuni- ciários hipossuficientes; e o Mi-
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* O autor atua principalmente no Direito de Família e Sucessões, Ações Cíveis, Direito Penal,
Direito do Trabalho, entre outras, Pós Graduando em Direito Civil e Processo Civil. Membro da
Comissão de Ciências Criminais e Comissão de Direito de Família da OAB/DF.