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Disciplina de

Metodologia
Científica
Trabalho de Laís Carvalho Oliveira 120.151

Metodologia
Natália Guedes Alves 120.157

Gustavo Miranda Terra 120.145

Científica
Isabella Betta Alves 122.098

Beatriz Fernandes Baptista 114.841

Estudo sobre Saúde Sexual


Introdução

Houve, nos últimos anos, um crescimento do número de diagnósticos de Doenças


Sexualmente Transmissíveis (DST) entre adolescentes, como mostra o Boletim
Epidemiológico de AIDS publicado pelo Ministério da Saúde¹, onde foram registrados
362.364 casos de AIDS no Brasil. Infelizmente, ainda há números que mostram a falta de
informação quanto à saúde sexual e o mal uso de tais informações. Uma pesquisa² feita
por alunos da Universidade Federal de Pelotas conseguiu resultados onde adolescentes
diziam se sentir “impunes” ou “intocáveis” à ocorrência de DST/IST.
Introdução

A sexualidade humana também é entendida como uma construção histórica e


cultural com base nas experiências vivenciadas pelos indivíduos em seus vários
ambientes de inserção. Esta, quando tratada como fator isolado a outros aspectos
sócio-culturais, é utópica. Pois é um processo ininterrupto, acompanhando o indivíduo por
todo o seu ciclo de vida, recebendo diversas influências (fisiológicas, emocionais,
culturais). Porém, possuindo um embasamento, entendimento e crescimento,
completamente social e ambiental, a sexualidade ainda é permeada por diversos mitos,
tabus e “regras” impostas socialmente.
Introdução

Podemos observar com clareza a evolução histórico-temporal dos pensamentos


relacionados à sexualidade, como por exemplo o pensamento onde a mulher era vista
apenas como meio para a procriação (ignorando o prazer físico/emocional da mesma),
entre tantos outros exemplos que podem ser dados.
Neste mesmo tempo, não podemos deixar de citar a evolução da medicina (também
em áreas do corpo sexual), onde houve uma maior introdução do cuidado físico e
psicológico em situações que contemplavam o ato e vida sexual dos seres humanos.
Introdução

Assim, há o interesse cada vez mais latente em observar como os seres humanos
se comportam com as novas informações, descobertas, liberdades; como lidamos com a
responsabilidade sexual tanto individual como com a comunidade em que vivemos,
nossos parceiros, sejam passados ou futuros.
É necessário acompanhar esta evolução, pois com ela podemos observar
comportamentos desordenados que acometem resultados negativos que afligem a
sociedade como um todo, danificando a vida de muitas pessoas, colocando em risco vidas
futuras e deixando, no ambiente social, uma desconfiança.
Resumo da Pesquisa
O estudo teve como finalidade descrever o perfil
sexual dos participantes e investigar o
conhecimento dos mesmos acerca das condutas
e práticas voltadas para a contracepção e
prevenção das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), assim como entender
como estes se comportam com a
responsabilidade física e psicológica de seus
atos sexuais.
Metodologia
Os dados foram obtidos de forma anônima,
através da aplicação de um questionário de
abordagem quantitativa, composto de 13 à 15
questões objetivas, abordando dados biográficos
e relacionados à educação sexual, práticas
sexuais, acompanhamento médico quanto à
saúde sexual e gravidez.
A amostra conta com a participação de 850
participantes, sendo estes variados, possuindo
uma diversidade em questões sócio-culturais.
Resultados
Os resultados em nossa pesquisa demonstram
uma maioria feminina, jovem (entre 18 e 24
anos), onde há prevalência heterossexual e
bissexual, solteiros.
Quanto a rotina sexual, obtivemos resultados
bem variados. Mas, o resultado de maior peso foi
o de frequência sexual semanal, com parceiro
fixo e uso predominante de contraceptivos.
Também houve a preocupação em
entendermos mais quanto ao acompanhamento
médico dos participantes com base em suas
vidas sexuais. Neste ponto, percebemos uma
maioria de resultados que apontavam pouco ou
mínimo acompanhamento, como a falta de
acompanhamento anterior à perda da
virgindade, tendo a frequência (após a perda da
virgindade) em maioria anualmente, mas
apresentando dados expressivos de
participantes que nunca fizeram
acompanhamento médico quanto à saúde
sexual.
Apesar destes resultados, 67,1% dos
participantes alegaram já terem feito algum
exame de rotina visando a saúde sexual.
Apenas 8,8% responderam não terem tido
interesse ou procurado saber mais sobre
DST/IST e todos os participantes disseram
saber o que a sigla DST significa.
Por fim, obtivemos resposta de 37 participantes
que vieram a obter uma gravidez (desejada ou
não) após início da vida sexual.
É possível observar a variedade de métodos
contraceptivos que foram utilizados para evitar
a gravidez, mas há uma expressividade no
número de atos sexuais sem o uso de qualquer
método contraceptivo.
Como última pergunta, procuramos entender o
acompanhamento médico para a gravidez, em
si, incluindo qualquer tipo de exame ou apenas
consultas de rotina. Obtivemos a resposta de
que onze participantes não tiveram
acompanhamento algum e um participante
alegou ter tido um acompanhamento raro.
Conclusão
Olhando esta pesquisa podemos observar
algumas afirmações feitas pela sociedade atual.
Dentre elas, observamos a falta de
responsabilidade de um extrato jovem quanto à
sua saúde e quanto à saúde de seus/suas
companheiros/as sexuais.
Apesar de observarmos o aumento de
campanhas para expandir as noções sobre vida
sexual ativa, muitos jovens ainda se portam com
irresponsabilidade e incoerência com as
informações recebidas.
Mesmo tendo uma maioria de participantes
mulheres, podemos observar um hábito sexual
olhando para suas respostas, apontando suas
escolhas quanto a parceiros e parceiras
sexuais, uso de métodos contraceptivos e a
frequência de acompanhamento médico.
Talvez ainda falte campanhas que
conscientizem os jovens da necessidade do
apoio médico e das noções que este
acompanhamento traz ao próprio corpo e ao
corpo do outro.
Referências

¹ http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/05/2016_034-Aids_publicacao.pdf
² http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222017000300443&lang=pt
http://www.scielo.br/pdf/ean/v11n1/v11n1a08.pdf
http://www.scielosp.org/pdf/csc/v14n4/a02v14n4
http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n4/v13n4a20
http://www.redalyc.org/html/2814/281421862017/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672017000501033&lang=pt

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