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“Metodologia de Auditoria de

Gestão Ambiental”

Engº Cezar Augusto Pinto Motta

TCE/RS -SRSM
cmotta@tce.rs.gov.br
Comissão Especial
Portaria 525/02
Dra. Rosângela Motiska Bertolo
Dra. Rosane Heineck Schmitt
Engº Cezar Augusto Pinto Motta
Adv. Lígia Zamin
Econ. Carlos Alberto dos Santos Dorneles
Atribuição de Fiscalizar
“A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo
e pelo sistema de controle interno de cada Poder”
(CF-88, art. 70)

“O controle externo (...) será exercido com o auxílio


do Tribunal de Contas (...)”

(CF-88. art. 71)


(Texto repete-se na Constituição Estadual, quanto ao TCE)
Obrigação do Estado,
Dever dos Cidadãos.
“Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações”
(CF-88, art. 225)

Não há discricionariedade: É DEVER

LRF, art. 45: Preservação do patrimônio público


LIMA (2003) argumenta neste sentido
No Rio Grande do Sul:
Código Estadual do Meio Ambiente
(Lei 11520/00)

Art. 24 Fica proibido o acesso a financiamento


por bancos estaduais e fundos especiais de
desenvolvimento àquelas empresas e órgãos
públicos cuja situação não estiver plenamente
regularizadas diante desta lei.

§ único ...excluídos (...) projetos que objetivem à


implantação ou à regularização...

Caberia ao TCE: fiscalização de bancos, fundos e


tomadores de recursos.
Código Estadual do Meio Ambiente
(Lei 11.520/00)

Art. 25 A liberação de recursos do Estado (...)


somente efetivar-se-á àqueles que cumprirem
toda a legislação ambiental...
(apresenta algumas exceções)

Art. 63 Serão consideradas nulas as eventuais


licitações para a realização de obras públicas
dependentes de licenciamento ambiental que não
estiverem plenamente regularizadas perante os
órgãos ambientais.

Repete a lógica da Lei 8666, nos art. 6º e 12


Auditoria Ambiental - Princípios

Os princípios gerais das auditorias ambientais são em


muito similares e têm origem nos conceitos das
auditorias “contábeis/financeiras” (convencionais):

-dependem de metodologia padronizada e/ou


sistematizada;
-adequação a padrões preestabelecidos (normas,
regulamentos, leis);
-ênfase em dados fáticos;
-qualificação das equipes;
-planejamento do processo.
Auditoria Ambiental
São “instrumentos de gerenciamento que compreendem uma
avaliação objetiva, sistemática, documentada e periódica da
performance de atividades e processos destinados à proteção
ambiental, visando a otimizar as práticas de controle e verificar a
adequação da política ambiental executada pela unidade auditada”
Lei Estadual 11520/00 (RS)

“Conjunto de procedimentos aplicados ao exame e avaliação dos


aspectos ambientais envolvidos em políticas, programas, projetos
e atividades desenvolvidos pelos órgãos e entidades sujeitas ao seu
controle”.
Manual de Auditoria Ambiental do TCU, 2001
Gestão Ambiental
Gestão Ambiental

“É a condução, a direção e o controle, pelo governo, do uso dos


recursos naturais, através de determinados instrumentos, o que inclui
medidas econômicas, regulamentos e normalização, investimentos
públicos e financiamento, requisitos interinstitucionais e judiciais”
(FEEMA, 1986, citando Felden, 1973).

Sistema de Gestão Ambiental

“Conjunto inter-relacionado das políticas, das práticas e


procedimentos organizacionais, técnicos e administrativos de uma
empresa que objetiva obter melhor desempenho ambiental, bem
como controle e redução dos seus impactos ambientais” (LA
ROVÈRE et al., 2002).
Antes de prosseguir

Há que se observar que nenhuma atividade


pública “ambiental” está sendo criada, para o
seu posterior controle: as atividades que
exercem impactos sobre o meio
ambiente já existem e são as mesmas
que sempre foram exercidas pelos órgãos
e entidades públicos. Apenas a análise deve
ser feita sob ótica, até então desconsiderada.
Proposta de Atuação do TCE/RS

Fiscalização da Gestão dos Recursos Públicos


Análise da gestão dos recursos públicos utilizados em ações com potenciais
impactos ambientais, oriundos do uso de financiamentos, de incentivos, de subsídios,
de convênios e/ou contratos, etc.

Auditoria de Empreendimentos Públicos


a. Análise das despesas previstas no PPA, LDO, LOA e consubstanciadas em
empreendimentos públicos, realizados direta ou indiretamente, incluindo as atividades
com repercussão ambiental.
b. Verificação de Conformidade Legal dos Empreendimentos.

Auditoria de Planos e Programas Governamentais


a. Eficácia, eficiência e efetividade das ações realizadas.
b. Existência e objetividade das metas e o atingimento das mesmas, sob
parâmetros objetivos.

Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental


a. Existência de políticas ambientais.
b. Existência de estrutura de sustentação das ações propostas.
Priorização de temas
principais

-Relevância e/ou premência;

-Aproveitamento do conhecimento
institucional existente (formalizado ou não).
Ações Básicas
- Disponibilização de dados e informações em rede (leis,
atividades licenciáveis, ...;
- Treinamento e formação dos auditores;
- Definição e escolha de indicadores ambientais;
- Utilização de questionários estruturados, in loco;
- Montagem de banco de dados consistente, com apoio de
informações originadas em órgãos de gestão e/ou
fiscalização ambiental, qualificando o planejamento das
atividades e a execução das auditorias;
- Elaboração de rotinas;
- Elaboração de manuais.
Atuação em rede
Busca de otimização do uso dos recursos
públicos e troca de informações para melhor
qualificação técnica e apoio mútuo.

Tribunais de Contas
Ministério Público
Órgãos de Controle e Licenciamento Ambiental
Órgãos Gestores de Meio Ambiente
Órgãos de Controle Interno

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