WBA0189_V1_0

Legislação e Políticas
Públicas de Inclusão e
Multiculturalidade
Tema 06 – Deficiências Física e Múltiplas
Bloco 1

Gleidis Roberta Guerra

Introdução

Vamos compreender um pouco as causas das

deficiências, considerando o momento da vida
de uma pessoa em que ela pode ocorrer.
As causas das deficiências podem ser
genéticas ou hereditárias e também
adquiridas durante a vida do sujeito.
Em relação à fase da vida em que ocorrem,
podem ser: pré-natais, perinatais ou pós-
natais.
Causas pré-natais

São aquelas que ocorrem no período da

gestação, antes do nascimento da criança.
Podem ser:
• Genéticas ou hereditárias.
• Infecções na gestação (rubéola, sífilis,
toxoplasmose, entre outras).
• Contato da gestante com radiação.
• Uso de álcool e drogas na gestação.
• Desnutrição etc.
Causas perinatais

São aquelas que ocorrem no momento do

parto. Podem ser:
• Uso de fórceps.
• Prematuridade.
• Anóxia neonatal (falta de oxigênio).
• Infecções hospitalares.
Causas pós natais

Ocorrem durante a vida da pessoa. Podem

ser:
• Doenças degenerativas.
• Doenças autoimunes.
• Doenças como paralisia infantil e
meningite.
• Acidente Vascular Cerebral.
• Acidentes de maneira geral.
• Violência doméstica e urbana etc.
Prevenção

Muitas deficiências podem ser evitadas com o

acompanhamento da gestante durante todo o
período da gravidez e de vacinas que devem
ser tomadas pelo bebê.
Além disso, após o nascimento, os bebês
considerados com algum tipo de risco devem
ser acompanhados para que, se necessário,
sejam atendidos o mais precocemente
possível.
Deficiência física

A deficiência física pode ser definida pela

perda total ou parcial da capacidade motora
de um indivíduo.
Deficiência Física: alteração completa ou
parcial de um ou mais membros do corpo
humano, acarretando comprometimento da
função física, apresentando-se sob a forma de
paresias ou plegias, amputação ou ausência
do membro, paralisia cerebral, membros com
deformidade congênita ou adquirida.
Paresias e plegias

As paresias referem-se a uma paralisia

parcial ou incompleta da motricidade de uma
ou mais partes do corpo.
Já a plegia é uma paralisia total de
determinado membro.
Paresias e plegias

Os termos utilizados ainda referem-se à

quantidade de membros afetados, por
exemplo:
Monoplegia: paralisia de um membro.
Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo.
Paraplegia: paralisia da cintura para baixo.
Tetraplegia: paralisia do pescoço para baixo,
afetando os 4 membros (braços e pernas).
Paresias e plegias

O mesmo raciocínio pode ser feito para as

paresias, sendo:
Monoparesia: apenas um membro
parcialmente paralisado.
Hemiparesia: paralisação parcial de um dos
lados do corpo.
Paraparesia: Membros inferiores parcialmente
afetados.
Tetraparesia: paralisia parcial dos 4 membros.
Na escola...

Na escola diferentes diagnósticos de

deficiência física serão encontrados.
Teremos alunos com mais ou menos
possibilidades de locomoção, escrita e até de
fala, visto que quando há comprometimento
muscular, este pode também afetar a fala a
ponto de torná-la ininteligível.
Na escola...

É fundamental que o professor, com a

cooperação da gestão escolar, possa ter
informações sobre o diagnóstico do aluno,
pois isso o auxiliará a conduzir seu trabalho,
sempre com o apoio do professor especialista
e demais áreas da saúde.
Para refletir...

O principal objetivo da escola deve ser que a

criança com deficiência física possa acessar o
conhecimento escolar, interagir com o
ambiente que frequenta em condições
adequadas a sua locomoção, comunicação,
conforto e segurança. (SCHIRMER, 2007).
Legislação e Políticas
Públicas de Inclusão e
Multiculturalidade
Tema 06 – Deficiências Física e Múltiplas
Bloco 2

Gleidis Roberta Guerra

Paralisia cerebral

Dentre os casos de deficiência física incluídos

na sala de aula regular que precisarão de
maior atenção e auxílio estão as crianças com
paralisia cerebral, patologia atualmente
denominada como Encefalopatia Crônica não
progressiva ou da infância.
Paralisia cerebral

A paralisia cerebral (PC) é causada por uma

lesão cerebral ocorrida antes dos 3 anos de
idade. 86% dos casos de PC são causados por
fatores pré e perinatais, sendo que apenas
14% são fatores pós-natais.
A maior causa da PC é a anóxia neonatal, ou
seja, a falta de oxigênio no cérebro no
momento do nascimento. Aquela criança que
demorou para chorar, que nasceu “roxinha”.
Paralisia cerebral

O grau de comprometimento das crianças

pode variar, desde uma hemiparesia, por
exemplo, até uma tetraplegia. Os alunos com
PC podem apresentar problemas como
sialorreia, distúrbios de fala, sensoriais ou
mentais, entre outros.
Paralisia cerebral

Na sala de aula, as adaptações de materiais

mobiliários, equipamentos, currículo, objetivos
e outras devem ser realizadas sempre que
necessário.
A criança pode ainda necessitar de um
sistema de comunicação alternativa,
geralmente realizado com figuras e pranchas
de comunicação, que irão auxiliar o aluno no
seu dia a dia.
Deficiências múltiplas

Este termo é utilizado para designar o

indivíduo que tem mais de uma deficiência
associada. Elas podem ser de ordem física,
mental, sensorial ou de comportamento
social.
Deficiências múltiplas

Não podemos pensar a deficiência múltipla

como se fosse a somatória de duas
deficiências isoladas.
Uma criança surdo-cega não se desenvolve
como uma criança surda ou como uma
criança cega, ela terá peculiaridades próprias
da surdo-cegueira.
Deficiências múltiplas

As crianças com deficiências múltiplas terão

um comprometimento mais acentuado, que
irá resultar em uma dificuldade maior na
escola.
O desenvolvimento irá variar para cada
criança, dependerá dos estímulos que esta irá
receber e do grau de comprometimento que
tem.
Na escola...

É importante que sejam observadas suas

necessidades de adaptação e/ou
suplementação curricular.
Devemos compreender cada aluno,
considerando suas necessidades.
Para o desenvolvimento integral dos alunos
com deficiências múltiplas, faz-se necessário o
trabalho interdisciplinar e intersetorial
Na escola...

Educação, saúde e assistência social devem

trabalhar em colaboração.
Atender às necessidades das crianças é
fundamental para um bom desenvolvimento
escolar.
Falamos em necessidades educacionais
especiais, mas o que é isso?
Necessidades educacionais especiais

O termo Necessidades Educacionais Especiais,

como sinônimo de criança com deficiência,
não é mais utilizado, pois entendemos que
todas as pessoas tem algum tipo de
necessidade, seja ela deficiente ou não.
Mas este termo, enquanto uma característica
do aluno, se refere a uma criança que
apresenta uma dificuldade maior do que as
outras, e que mesmo com o uso de recursos
comuns à escola, esta dificuldade se mantém.
Para refletir...

Quando pensamos em uma escola de fato

inclusiva, não há espaço para o fracasso. O
que temos são alunos com ou sem
deficiências, que aprendem coisas diferentes,
de maneiras diferentes, que possuem ritmos
de aprendizagem diversos e que o professor
precisa estar atento as suas necessidades,
focando não em suas limitações e
dificuldades, mas em suas habilidades e
potencialidades.