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ABERTURA DOS TRABALHOS

Porta fechada, só quem abre é um


com a força de Deus pai , com a força de Ogum,
Eu me chamo Ogum do tempo, filho de Ogum-Megê,
eu vim dessa aruanda, só para ganhar e vencer

Mas ele trabalha na areia meu Pai,ele trabalha no mar,


oi Salve Ogum-Megê, Ogum Rompe-mato, Ogum beira-mar

Campo aberto, vamos trabalhar


De luz acesa, para iluminar
Ilumine o sol, ilumine a luz
Que os anjos do céu que vem nos ajudar
Saravá, mesa de umbanda, salve os santos no altar

Quem vem, quem vem lá de tão longe


São os guias que vem trabalhar
Ajudai pelo amor de Deus, meu pai
Oh daí me forças nos trabalhos meus

Oi corre gira meu pai eu quero ver


Oi corre gira meu paI Ogum mege

Se é filho de umbanda vamos saravá


Bate sua cabeça aqui nesse altar
Oferece uma prece pra Deus te ajudar
Glória a Deus nas altura, paz nesse congá

Senhor Oxossi, matou o pássaro de pena,


foi foi foi lá nas matas da Jurema

Nas horas viva Oxossi ê,


Nas horas viva Oxosse á,
Nós somos guerreiros de umbanda,
Oxossi ê, maracajá

O não me mexa na espada de Ogum,


Ô não me mexa no machado de Xangô
Ô não me mexa no bodoque de Oxossi
Lá nas matas tem, caboclo caçador

Oi caçador, da beira de um caminho


Não me mate essa coral na estrada
Ela abandonou sua choupona, caçador
foi no romper da madrugada, caçador

O caça, caçador, eu gostei de te ver caçar


De dia caça em terra, de noite caça no mar

O Jureminha, o Jurema
Suas folhas caem serena Jurema, aqui nesse congá
Salve o sol, salve a lua
Salve São Sebastião, Salve a cabocla Jurema
que nos deu a proteção

Jurema de mim tem pena, Jurema de mim tem dó


Quando abaixa no terreiro, ela faz levantar pó

PONTOS CANTADOS DE CABOCLO

O saravá seu Sete Flechas, seu Sete Flechas Guarani,


segura seus filhos de Umbanda, não deixa a Umbanda cair

Urubatâ é um guia mas ele vem aconselhando,


ele arrebenta corrente de aço no ar Urubatâ não encontra embaraço

Mas que penacho é esse, é penacho de arara


quando rompe a mata virgem é o caboclo Ubirajara.

Caboclo não tem caminho para caminhar,


Caminha por cima das folhas,
Por baixo das folhas por qualquer lugar

Vestimenta de caboclo é samambaia, é samambaia, é samambaia,


saia caboclo não se atrapalha saio do meio da samambaia

Caboclo de pena azul, que anda quase nú,


Foi buscar pena nas matas, encontrei seu Pena-azul.

Okê Caboclo, caboclo indio, como vai você,


Okê Caboclo, eu vim de longe só pra te ver, Okê Okê

As aguas vem descendo pela serra,


vem batendo pelas rochas, é cachoeira no terreiro de Umbanda,
vai chegando e vai girando é a falange dos caboclos cachoeira

As caboclos quando vem lá de Aruanda,


traz uma estrela que é sua guia, estrela é iluminosa
que clareia a noite, que clareia o dia.

Sindorerê auê cauiza, sindorerê é sangue real,


se ele é neto, eu sou filho da jurema,
sindorerê auê cauiza, cauiza um rei é um orixá, cauiza é um orixá

Surgiu um clarão no céu, que as matas virgem estremeceu,


aonde andam os capangueiros da Jurema, que até agora não apareceu

Arreia os capangueiros, capangueiros da Jurema,


Arreia os capangueiros, capangueiros arreia já

A Iraci mora lá nas cachoeiras, que vem descendo lá do alto das pedreiras
Como é linda a cachoeira de Iraci, é guarnecida por soldados de Ogum
Pisa caboclo, pisa lá que eu piso cá,
Pisa caboclo, quero ver você pisar

Olha, olha quem vem lá, é a Virgem maria,


Olha, olha quem vem lá, é a linha de São Gabriel,
É a falange dos caboclo encruzilhada, que vem saudar os seus filhos de fé

Uma rosa no jardim apareceu, a umbanda me chamou e lá vou eu,


ele é […] sua aldeia, seu Rompe-mato na sua banda ele não bambeia

Bambeia, bambaia, bambear, bambeia os caboclos das matas,


bambeia o bambear

Tambor, tambor, vai buscar quem mora longe tambor,


vai buscar as cabocladas tambor, oi no terreiro de Xangô, tambor

Arrebenta pau, arrebenta toca,


quero ver se ele é caboclo

Tupinambá, Tupinambá, Tupinambá


Tupinambá, Tupinambá venceu demanda
Tupinambá, Tupinambá chefe guerreiro
Tupinambá, Tupinambá tá no terreiro

Quem manda nas matas é Oxossi,


Oxossi é caçador, Oxossi é caçador
Eu vi meu pai assoviar, mandou me chamar, mandou me chamar
Vem de aruanda vem, vem de aruanda vem, caboclinho de pena,
vem de aruanda

É madrugada, Xangô reina, esse caboclo vai se embora,


ele vai pra sua aldeia, eu não sei onde é, eu não sei onde mora,
ele vai embora deixando saudade

Aonde tem Deus, é na estrada, chega e


arrodeia a falange das 7 encruzilhadas

Caboclo pega sua flecha,o seu bodoque


que o galo já cantou lá na aruanda
Oxalá lhe chama para sua banda

A minha estrada é longa, meu caminho tem areia,


eu vou falar é com a mamãe sereia

Despedida de caboclo, faz chorar,


faz chorar, faz soluçar, faz chorar

O lua nova que clareia o mundo


O lua nova nova que clareia o mar
O lua nova que clareia o terreiro
pros caboclos guerreiros virem trabalhar

Ele é um caboclo que não pede licença


em seu terreiro quando tem que trabalhar,
ele é um caboclo que vence demanda,
Senhor Ogum cariri rei do mar

Corta língua, corta mironga, corta língua dos falador,


na sua aldeia, não há embaraço, chegou Ubirajara do peito de aço

Caciquê tartaruga, tartaruga do […],o seu rio é de água doce


que se encruza com o mar, onde baia não der, onde baia não há,
cacique tartaruga cruze a linha com o povo do mar

Oi caçador, da beira de um caminho


Não me mate essa coral na estrada
Ela abandonou sua choupona, caçador
foi no romper da madrugada, caçador

O caça, caçador, eu gostei de te ver caçar


De dia caça em terra, de noite caça no mar

Ogum em seu cavalo corre, e a sua espada reluz,


Ogum, Ogum-megê, sua bandeira cobre
os filhos de Jesus, Ogum iê

Ogum não devia beber, Ogum não devia fumar,


mas a fumaça são as nuvens que passam e a cerveja
é espuma do […] Ogum

Ogum de lei, não me deixe sofrer tanto assim meu pai


Quando eu morrer vou passar lá na aruanda,
Saravá Ogum, saravá seu Sete Ondas.

Oxalá meu pai, tenha pena de nós, tenha dó,


que a volta do mundo é grande e seus poderes bem maior

Meu Pai Oxalá é o rei venha me valer,


que o velho é Omulu atotô baluaê,
atotô baluaê, atotô babá, atoto baluaê, atoto é ori

Se seu saiote é carijó, a sua flecha é bem maior,


caboclo é quem sabe aonde a flecha caia, ele atirou,
ele atirou, ele atirou e ninguém viu caboclo Pajé
e quem sabe, aonde a flecha caiu

Foi numa tarde serena, lá nas matas da Jurema


eu vi os caboclos trabalhar, quioo quió quio quio quiera,
sua mata estava em festa, Saravá senhor Oxossi,
ele é rei da floresta
Arariboia, ê arariboia
Arariboia caboclo muito forte, caboclo que é valente
ninguém pode com ele

Asteca vem, asteca vai,o seu povo é valente,


mas não cai

Seu Pantera Negra quando vem da aldeia,


ele traz na cinta é uma cobra coral
Era uma cobra coral

Agoiê Xangô, afirma o ponto nosso rei chegou nessa linha dos caboclos
[…] quando vem no terreiro é pra fazer a justiça, filho de umbanda
venceu demanda, filho […]

Quem vem lá das colinas verdes, é os caboclos Tupinambá,


ele veio com a sua falange, vem da cidade da Juremá

Tava na beira do rio, sem poder atravessar, chamei pelos caboclos,


caboclos Tupinambá, Tupinambá chamei , chamei Tupinambá eaa

Ele é caboclo de Oxossi na Umbanda de Pai Oxalá,


ao chegar no terreiro 7 estrelas saravou nosso pai,
Ele vem das matas onde Oxossi é o rei,
Saravá seu 7 estrelas, saravou a vossa lei.

Gira, gira gira uma estrela ao redor,


vai chegando e vai girando, é os caboclo girassol,
hoje a noite é bela e o dia já raiou, é o caboclo girassol
que no terreiro já chegou.

Eu não tive mãe, eu não tive pai, nas matas eu me criei,


com a idade de 12 anos, meu pai era africano, a minha mãe
eu não sei, caboclo indio, caboclo indio Ogum Beira-mar,
eu vim, eu vim de muito longe, eu vim da minha aldeia
só para trabalhar

Que linda pisada, pisada de caboclo,


[…]

Eu me perdi meu pai, eu me perdi, lá nas matas da Amazônia,


eu me perdi, procurei Japiaçu e não achei, lá nas matas da Jurema,
eu encontrei, ó longe muito longe, Japiaçu, Japiaça e foi no terreiro,
no meu congá, lá nas matas da Jurema eu encontrei

O vento ventou lá nas matas, as folhas caiu lá no chão,


o vento ventou, as folhas caiu, caboclo vem pegar folha do chão

Minha conga roncou lá nas matas, roncou para chamar filhos de fé,
ronca, ronca, ronca minha conga, para chamar […] aimoré
A jurema sua flecha, oi ninguém sabe, oi ninguém viu,
eu vou chamar o caboclo ventania, só ele sabe onde a flecha caiu.

Aqui nessa aldeia, tem um caboclo que ele é Real,


ele não mora longe, mora aqui mesmo neste canzuá

Nas matas virgens piou uma cobra coral


Anunciando seu mano vem aí, ele é guerreiro,
ele é guerreiro da falange guarani

Ele é Pedra preta, ele é filho do grande Xangô,


[…] sai da sua aldeia pra trabalhar
[…]

Xangô que brada as pedras nas pedreiras,


firma seu ponto mãe Iemanjá, mas ele é rei,
ele é o rei da Umbanda, oi Saravá ao caboclo 7 montanhas,
aruê, aruá, vem de aruanda pra seus filhos proteger,
aruê aruá, vem de aruanda pra seus filhos saravar.

Eu vi o sol correr, eu vi a lua clarear, eu vi seu Rompe-mato,


lá no seu Irajá, com as suas 7 flechas debaixo das 7 estrelas,
Guerreando com seus filhos lá no congá

Atravessei os Sete Mares, nas pedreiras vi Xangô,


lá nas matas vi Oxossi, rei das matas caçador

A folha da bananeira como o vento vai levando,


olhas as folhas vai caindo e os caboclos apanhando.

Atira, atira ele atirou no ganzá, ele vai atirar


veado no mato e correr de Oxossi na mata é caçador

Caboclo afirma o ponto […] de cipó,


á meia noite na lua, ao meio dia no sol.

Caboclo […] é verde e verde é a cor do mar,


vamos saravar, vamos saravar, vamos saravar senhor Oxossi
aqui neste canzuá

PONTOS DE PRETO-VELHOS

Bahia, ô África vem cá vem nos ajudar


Força baiana, força africana, força divina,
vem cá, vem ver

Saravá pra Vovó Catarina que é dona da gira desse terreiro,


Saravá Vovó Catarina e todas as almas do cativeiro
Vovó Catarina ê ê, Vovó Catarina e á
Vovó Catarina que veio de Angola vamos saravá
Cambinda mama ê, Cambinda mama ié,
Segura Cambinda que eu quero ver esse
filho de pemba não tem querer

Preta Cambinda que fala nagô,


Preta da Costa Rica, filha de Babalaô,
É na macumba êê, é na macumba aa,
Preta bebe, preta fuma na batida do tampor,
preta pega seu marafo e saravá seu protetor

Hoje é noite de alegria, a galinha já cantou,


trazia uma fita nos pés, e fita é a coisinha de Jesus,
é de Congo, é de Congo aruê, no terreiro de Umbanda
proteção de Deus baixou

Preto chegou no reino, os pretos já chegou,


Preto filho de pemba, nosso senhor que mandou,
Saravá esse terreiro, saravá esse congá
Saravá todas pretadas que acabou de chegar

No fundo do cativeiro contara 7 vintem,


Cipriano na senzala não fazia mal a ninguém
Preto velho rezador cumpria sua missão
Trazendo a virgem Maria, muita paz no coração

Mas que caminho tão distante tão cheio de areia,


aonde Maria […]

Rosa branca cheira na beira do mar, proteção e caridade


Vovó Rita vai lhe dar, ela vem de longe, vem beirando mar,
Saravá Nossa Senhora ela é Rainha do Mar

Vovó Luiza é uma preta velha, dona de pemba


ela é rezadeira, vovó luiza abaixou no torreiro,
oh viva Deus, nosso senhor
ô balanceia Vovó Luiza, ô balanceia
Que uma andorinha só não faz verão, verão
Dá uma volta na Bahia e vai buscar a proteção

E Tia Maria, preta velha da Bahia


Bezendeira de quebrante, com arruda e guiné,
Quem quiser saber teu nome, pega figa e guiné

E no terreiro do meu pai tem pemba,


E no terreiro do meu pai tem mironga,
E no terreiro do meu pai eu quero ver,
A preta velha Maria Conga

Olha rola o pilão é de Moçambique,


é de Moçambique ê ê ê á,
Se for de pemba Moçambique vai rolar
Preto velha tem tem um segredo
[…]

Lá no céu relampeou, o meu Deus o que será


Nosso chefe de terreiro que acaba de chegar

Pai Joaquim ê e, Pai Joaquim ê a,


Pai Joaquim veio de Angola, pai Joaquim é de Angola Angolá

A bengala de pai Joaquim bate devagar, mas pode doer


O rosário de Pai Joaquim tem mironga pra benzer,
Tem dendê o meus filhos, ô tem dendê, o rosário de Pai Joaquim tem mironga pra benzer

Meu senhor da senzala, meu senhorzinho


Ele vem cansado meu Pai Joaquim,
Um grito de liberdade, negro ecoou quando Oxalá chamou,
recebeu toda paz pela humildade,
hoje ele nos traz a caridade, Luanda, ô Luanda,
Como é tão lindo Pai Joaquim em nossa banda

Eu vi um velho, um velho eu vi,


Sentado no toco, eu vi Pai Joaquim
Ele rezava, ele benzia dia e noite, noite e dia
Quanta caridade ele fazia dia e noite, noite e dia
As santas almas sempre lhe guiam, no rosário de Maria

Pai Joaquim vem de aruanda, é de Bara Ogum


Com licença de Oxalá Pai Joaquim vem trabalhar
aeeeee aueeeeeaaa

Eu abro esse terreiro, eu abro esse Congá


Chegou pai Antônio de Congo que véio pra trabalhar

Pai pai pai todo mundo tem pai, mas pai bom é o meu
Todo mundo tem pai, mas pai bom é o meu
Pai Tobias de Aruanda no terreiro quero ver
(no caderno do terreiro estava: Pai Tobias de Aruanda que vem para trabalhar, qual o
correto?)

Do vovô eu quero a benção, da vovó a proteção


E da fumaça do seu cachimbo Vovô, desabafa esse coração

Olha a fumaça do cachimbo do vovô,


Sobe no ar só não ver quem não quer,
Ele cachimba com São Cripriano,
A mironga da velho é debaixo do pé

Se arreiou na minha linha, se arreiou no meu congá


Curimba, curimba preto velho, curimba, curimba devagar
Olha o vento que balança folha da Guiné,
Olha como balança, e e ê Pai Tomé, olha como balança

O meu navio negreiro que estava em alto mar,


vem trazer os africanos para trabalhar,
O saravá povo de Congo, sua gira é formosa em qualquer lugar

Preto velho africano, coração de veludo,


trabalha com os olhos fechados meu Pai, ele vê tudo

Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá,


Chora meu cativeiro, meu cativeiro não pode parar,
no tempo da escravidão, preto velho era trabalhor,
preto velho na sua senzala bate atabaque com nosso senhor

Nesta casa tem 4 cantos, cada canto tem seu santo,


No meio mora São Jorge e o Divino Espírito Santo

Vovô não quer casca de coco no terreiro,


para não lembrar do tempo do cativeiro,
Vovó não quer casca de coco pelo chão,
para não lembrar do tempo da escravidão

Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá,


meu cativeiro não pode parar,
No tempo da escravidão quando o senhor me batia,
eu gritava por Nossa Senhora como a pancada doía.

Tem tem tem Vô Querino também tem,


Vô Querino vem da Bahia,
com a proteção da Virgem Maria

Venturina é uma rosa, Chico Preto é uma flor,


aonde Chico abaixo, corre água e nasce flor

Chico Preto é preto, é preto de verdade,


quando abaixa no terreiro é pra fazer a caridade

Cambinda tava dormindo na porteira do curral,


Alevanta Cambinda alevanta, alevanta ra trabalhar

Lá vem vovô, descendo a serra com sua sacola


é com seu patuá e sua bengala ele vem de Angola
Eu quero ver vovô, eu quero ver
Eu quero ver, esse filho de pemba tem querer

Preto velho tá cansado, de tanto trabalhar,


preto velho tá cansado de tanto curimbar,
pega pemba risca o ponto que é longa caminhada,
quem tem fé tem tudo quem não tem fé não tem nada
Mãe Maria cadê Pai José, tá na roça colhendo café,
Pois diga a ele que quando vier que suba as escadas sem bater os pés,
Mãe Maria cadê Pai João, tá na roça plantando feijão,
Pois diga a ele que quando vier que suba as escadas em bater os pés

Bahia dos encantos, Bahia dos encantados


Saravá os pretos velhos, que tão no canto […]

Oi dai-me forças Jesus de Nazareno,


Oi dai-me forças pros mediuns trabalhar,
Dizem que a Umbanda tem mironga,
se tem mironga preto velho vai baixar

Zé quecê, de quando ela onda Zé quecê de quando eu mandar,


ó cos anjos de los anjos, Zé quimuganguê
é um pé de mu, Azul di bã, Azuléde, Azulelê, Azuléde caianga

Vovó tem 7 saias, na ultima saia ela tem mironga,


Vovó veio de angola pra salvar filhos de Umbanda,
Com seu patuá, figa e guiné, vovó veio de Angola
pra salvar filhos de fé

Casa de pau a pique, cercado de Jatobá,


é Maria do Balaio que veio pra trabalhar

Casinha de pau a pique, sem quintal e sem portão,


morada de preto velho, preto velho Pai João,
Menino de calça curta que lhe chamam de Vovô,
Pai João quero que me conte, a história do senhor,
história de lobisomem, boi tatá e assombração,
a história do senhor guardo no coração

Ô na Bahia tem, tem preto velho de luz


Ô na bahia tem na lapa do Bom Jesus,
eu quero ver, eu quero ver meu Pai Carreiro

No terreiro, ele faz a Umbanda girar


Eu quero ver meu pai Carreiro no terreiro
e a proteção de Deus baixar

Meu cachimbo está no topo (ou toco), mandei moleque buscar,


no alto da derrubada, meu cachimbo ficou lá

Meu cachimbo tem mironga, meu cachimbo tem dendê


Quem dúvida do meu cachimbo que venha ver, que venha ver

Os pretos velhos que nasceu no cativeiro


Quando abaixa no terreiro
De cachimbo e pé no chão
Pega na pemba, risca ponto e faz mironga
Saravá Maria Conga, Saravá meu Pai João
Oxalá mandou, Vó Luiza na terra, para salvar seus filhos
que choram por amor a Jesus

Todo dia era dia de choro e de muita dor, mesmo assim


uma escrava chegava de bom humor,
Quem chorava passava a sorrir, quem caía ficava de pé,
Ela era a esperança, o amor e a fé
Na passagem de um mundo pro outro seu povo sentiu
E aquela com sua alegria não mais existiu, ela disse
que ia voltar, precisando pode lhe chamar,
na Aruanda atabaque pode tocar,
Conga, vó Maria conga, que saudade de você
Conga, vó Maria Conga, estou chamando por você
Preta velha feiticeira, rainha do cateretê

Ela é vovó Ana, ela é do cruzeiro,


ela vem saravá, ela vem sarava nesse terreiro
Ela é de Nanã, ela é de boroquê
Ela vem saravá, ela vem curiá, pra ajudar você

Vovo já vai, é cedo ainda, quando correr sua gira vovo,


passa no meu canzuá, leve toda mironga vovo, para o fundo do mar

Adeus meus pretos-velhos, quando eu precisar eu chamo,


Zambi quem trouxe, Zambi é quem vai te levar,
Agradeço a toalha de renda divina meu pai Oxalá

Preto velho é pai de tudo, Eu não sou pai de ninguém


Pai de tudo é Jesus Cristo que morreu pro nosso bem

Vou firmar a minha gira, confiar nos Orixás, contando com a proteção
do Rei Congo no congá, corre gira preto velhos, seus filhos vão trabalhar,
Cantando com a proteção do Rei Congo no congá,
Ôô Pai Mané, e Vó Maria, saravá Stº São Paulo, Salve a Virgem Maria,
ôô Pai José e Vó Sabina, saravá santo São Paulo, Salve a Estrela guia

PONTOS DE BAIANOS

Galo cantou, cantou de madrugada


está na hora de chamar as baianada
Balança porteira velha, balança balanceou
Balança porteira velha, povo baiano chegou
Chegou, chegou, chegou de madrugada

Eu sou da Bahia, de São Salvador,


eu sou mensageiro de muita paz e de muito amor,
a Bahia é boa todo mundo acha, da cidade alta, da cidade baixa

Baiano é povo bom, é povo trabalhador,


Quem mexe com baiano, mexe com nosso senhor
Cadê meus cocos que eu deixei lá na Bahia,
Cadê o meu facão de de desmanchar feitiçaria

Clareou, clareou, clareou e tornou a clarear,


a lua clareia o terreiro, é os baianos que vem trabalhar

Baiana cadê sua guia, sua guia é de Oxalá


Com baiana de miçanga ninguém pode demandar

Eu fui a Bahia, e implorei ao Senhor do Bonfim,


para que ele me ajudasse, a seguir a Umbanda,
meu caminho até o fim, ó meu Senhor do Bonfim,
me ajude eu preciso de paz e saúde

Na Bahia que tem baiano, na Bahia que tem dendê


Baiano estou lhe chamando pra você me defender

Filho de Umbanda quando sai pra trabalhar, se ele


tomba no caminho, baiano vai levantar

A baiana chegou na Bahia, todo mundo comeu vatapá,


Vatapá e Acarajé, comida de santo quem é que não quer

Santa Rita me vale, meu Senhor do Bonfim,


chegou povo baiano no terreiro de Umbanda,
baixou pai Jobim

Eu subi no coqueiro para apanhar um coco, me segura baiano,


senão eu caio, senão eu caio, senão eu caio, me segura senão eu caio

Quem mexe com a Bahia, tem que saber patuá,


baiano é Zé dos Cocos, vem com ordem dos Orixás

Mas olha eu camarada, camarada meu,


Sou eu Seu Severino que chegou aqui agora,
Candomblé bateu de queto, Umbanda bateu na Angola

Na Bahia tem um coco, nesse coco tem dendê,


me ensina como é que se come esse coco, esse
coco é bom de comer, é de coco, é de coco á,
quem não guenta com a mandinga não carrega patuá,
quem não gosta de dendê não pode comer vatapá

Na bahia tem um coco, que ninguém pode comer,


esconde os coco, esconde coco só que que eu quero ver

Ô baiano quando vem de Alagoas,


tome cuidado com balanço da canoa
Ô baiano é Santo de quem quiser,
só não maltrate o coração dessa mulher
(estava assim no caderno, é assim msm?)

Menina linda porque tanto tu me olha,


se você não me conhece, porque tanto me namora,
eu sou baiano, eu sou baiano, eu sou devoto de Nossa Senhora

Quebra, quebra gariroba, quero ver quebrar


quebra bem devagarinho pra não machucar,
aqui não tem, aqui não há , o caruru ou vatapá

Baiano é ruim que nem Surucucu, o ganga,


pisa no toco ganga, baiano zanga

O vento balançou o coqueiro, o coco caiu não quebrou


sou eu seu Zé das Candeias na fé de Nosso Senhor

Ele é baiano e arrebenta a sapucaia,


ai ai ai, ele arrebenta sapucaia

Meu chapéu de couro, meu chapéu de palha,


trabalha Zé Baiano, trabalha na virada

Baiano quebra coco, baiano serra madeira,


baiano no terreiro não gosta da brincadeira
auuê baiano da Serra da Mantiqueira,
auuê baiano não gosta da brincadeira,
Se ele é baiano agora que eu quero ver,
comer pimenta da costa com azeite de dendê

Ô Bahia, o baianada, ô Bahia, o baianada,


eu sou batedor de Zabumba, eu sou jogador de punhal,
bambeia pra quem sabe bambear, quanto mais o cabra
macho mais ele corre devagar

Meus trabalhos tem pemba, tem pemba,


Dentro do meu terreiro, terreiro, meus trabalhos tem força, tem força,
com meus companheiros, povo da Bahia mandaram me chamar para
afirmar os meus trabalhos […]

O povo da Bahia, mandaram me chamar, me deram de presente,


uma agulha e um dedal

Baiano(a) é feiticeiro(a), é filho(a) de […]


Trabalha com pó de pemba pra saudar Babalaô,
Baiano (a) faz e não manda, não tem medo de demanda.

Baiano quando vem da Bahia, estrada ele não via,


cada encruza que passava uma vela ele acendia

Baiano tá bebo gente, quem mandou ele beber,


pega um copo que a caneca tá furada, baiano não bebeu nada
Ô na Bahia tem, eu vou mandar buscar,
Lampião de vidro sha dona, para clarear, para clarear,
Lampião de vidro sha dona, para clarear

Quem cortou meu pé de arvoredo, aonde eu passava meus dias,


junto a Deus, Nossa Senhora, Salve Oxossi e nossos guias

Pau Pereira, pau pereira, pau pereira do sertão, todos tem pau
tem a força, a força de um baiano bom

Minha santa está na proa, vou sair pra navegar,


vou pescar lá na Bahia, Bahia do meu congá

É o Zé Baiano Mirongueiro que vem descendo


a serra com sua sacola, é com seu patuá é com
seu rosário, ele vem de angola

Quando o galo canta, ele louva maria e as


santas almas pedem, uma Ave Maria
Ave maria, cheia de graça, o senhor é convosco,
bendita sua voz entre as mulheres, bendito é o fruto
do vosso ventre nosso senhor Jesus

Como é bonito meu pai, como é bonito,


como é bonito a Umbanda combina,
a Umbanda é uma festa muito […],
e os pretos-velhos (ou outro guia) também sabem curimbar.

Eu vou me embora pra Bahia, que lá tem patuá,


paz e amor eu vou deixar, aqui neste congá

Baiano bom, baiano bom, baiano bom é que sabe trabalhar,


baiano bom é que sobe no coqueiro, bebe água do coco e deixa o coco no lugar,
Baiano dá, baiano tira, baiano é bom, mas não gosta da mentira

PONTOS CANTADOS DIVERSOS


Pombinho branco, mensageiro de Oxalá,
Leva a nossa mensagem de todo coração até Jesus,
diga que somos soldados de Aruanda, trabalhando na Umbanda,
carregando a nossa cruz

Refletiu a luz divina, com todo seu esplendor,


vem do reino de Oxalá, aonde há paz e amor,
os que refletiu na terra, os que refletiu no mar,
dos que veio de Aruanda, para todo iluminar,
A Umbanda é paz e amor, é um mundo, cheio de luz,
é a força que nos dá vida, e a grandeza nos conduz,
avante filhos de fé, como a nossa lei não há,
levando ao mundo inteiro, a bandeira de Oxalá,
Salve a Umbanda, Salve a Umbanda, Salve meu Pai Oxalá
PONTOS DE ORIXÁS
Se ver um velho no caminho pede a benção
Que o velho é Omulu, atoto baba
Que o velho é Omulu, atoto é Orixá

Ogum de Deus, não me deixe sofrer tanto assim meu pai,


Quando eu morrer vou passar lá na Aruanda, Saravá Ogum,
Saravá Seu Sete Onda

Eu tenho sete espadas para me defender,


Eu tenho Ogum em minha compania,
Ogum é meu pai, Ogum é meu guia
Peço força a ele e a proteção da virgem Maria

Eu vi mamãe Oxum na cachoeira, sentada na beira do rio


Colhendo lírio lírio eee, Colhendo lírio lírio aaa,
Colhendo lírios para enfeitar nosso congá

Lá mar tem uma canoinha, toda enfeitada de flor


Dentro dela, vem mamãe sereia, para te livrar das dor

Se meu pai é Ogum, vencedor de demandas,


Ele vem de Aruanda para salvar filho de Umbanda,
Ogum, Ogum Iara, Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha, Salve a sereia do mar
Ogum, Ogum Iara, Ogum, Ogum Iara

Ogum, Meu pai, Amarra os inimigos e dá um nó


Oxossi, amarra os inimigos no cipó
Estão queimando vela, pra me derrubar
Eu já fiquei doente, meu pai, sem poder lutar
Hoje estou aqui, é pra saudar Xangô
Que mire essa macumba, meu pai,
No peito de quem mandou

Hoje, hoje eu vou cantar,


Vou louvar na areia, em lua cheia à mãe Iemanjá
Rosa do mar, minha estrela do céu azul,
Não é historia de pescador, que o meu amor eu vou lhe entregar
Deixa as ondas do mar passar, Ouça o canto da bela Odoiá,
Oxalá que mandou, um grande amor, do fundo do mar

Olha que o céu clareou, Quando o dia raiou, Fez o filho pensar,
A mãe do tempo mandou, a nova era chegou,
Agora vamos plantar, do humaitá Ogum bradou
Senhor Oxossi atinou, Iansã vai chegar
O ogã já firmou, atabaque afinou, agora vamos cantar
A Eparrei, Ela é Oyá, Ela é Oyá
A Eparrei é Iansã, é Iansã
A Eparrei
Quando Iansã vai pra batalha, todos cavaleiros param só pra ver ela passar

Dizem que Xangô, mora na pedreira


Mas não é lá sua morada verdadeira,
Xangô mora numa cidade de luz
Onde mora Santa Bárbara, Oxumarê e Jesus

Ele bradou na aldeia, bradou na cachoeira, em noite de luar


No alto pedreira, vai fazer justiça, pra nos ajudar
Ele bradou aldeia, kaô kaô, E aqui vai bradar, kaô kaô
Ele é Xangô da pedreira, Ele nasceu na cachoeira,
Lá no Juremá

Na pedra fria, no pé do morro,


Dizem que mora, um velho lá
Ele é curador, ele é rezador, ele é xapanã, Ele vai lhe curar

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