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Mensagem da

Presidente
Desde que assumimos a presidência, temos
trabalhado para aperfeiçoar o funcionamento da
estrutura do Crea-ES, sempre visando aprimorar
a fiscalização do exercício profissional nas áreas
abrangidas pela Instituição em todo o Estado.
Dentre as tarefas que vimos desempenhando, a
descentralização das atividades do Conselho é uma
das formas de aproximação com os profissionais O trabalho do inspetor é de extrema
e, consequentemente, com toda a sociedade. importância para o desenvolvimento das
Desta forma, temos fortalecido as inspetorias atividades de fiscalização do Crea-ES, pois
regionais, designando inspetores adjuntos e realiza uma função pública e, por meio de sua
implementando melhorias como forma de dar credibilidade e experiência, atua de forma ativa
suporte ao trabalho de fiscalização e consolidar na divulgação das orientações, instruções e
as relações institucionais do Crea-ES junto à determinações do Conselho.
comunidade. Assim, apresentamos este manual, que
Esperamos que o Manual do Inspetor possa deve servir como instrumento de orientação
contribuir no esclarecimento das atividades e ferramenta de consulta para que norteie as
desenvolvidas pelos inspetores, que são grandes atividades e referencie a conduta do inspetor
colaboradores do sistema organizacional e de como representante digno da instituição em sua
gestão do Conselho. área de atuação.
Os inspetores são representantes do Crea- Aproveite o conteúdo e nos ajude a alcançar
ES em diversas regiões do Estado. O cargo, que todos os locais onde se faz necessário o trabalho
é honorífico, é regido por lei e pelo Código de do Crea-ES, em defesa do exercício profissional e
Ética, e seu ocupante tem a missão de promover de toda a sociedade.
a valorização profissional, além de defender a
Eng. Cívil Lúcia Vilarinho
sociedade em seus aspectos humanos, sociais,
Presidente do Crea-ES
econômicos e ambientais.
Sumário
I. Fundamentação Legal da Fiscalização do exercício profissional .....................................
8
II. O Sistema Confea/Crea ...............................................................................................
10
III. O Crea-ES ................................................................................................................
Fiscalização Valoriza O Profissional E Oferece Segurança A Sociedade 12
IV. Organograma Funcional ........................................................................................ 16

V. A Inspetoria ................................................................................................................
17
VI. O Inspetor .................................................................................................................
Posição do inspetor no Sistema 19
Missão do inspetor
O inspetor como função pública
O inspetor e o funcionário do Crea
O que se espera do inspetor
O que não se deseja do inspetor

VII. Leis ............................................................................................................................


Do Exercício Profissional
26
Anotação de Responsabilidade Técnica
Código de Ética Profissional
Links úteis
Anexo I - Salário Mínimo Profissional

VIII. Anexo I - Salário Mínimo Profissional ......................................................................


29
IX. CREA no Espírito Santo ..............................................................................................
32
X. Fontes de Consulta .....................................................................................................
34
I. Fundamentação Legal da
Fiscalização do Exercício
Profissional
A Fiscalização do exercício e das atividades Para viabilizar a execução da Fiscalização
profissionais regulamentadas tem como do exercício e das atividades profissionais
fundamentos primordiais, o disposto na regulamentadas, a União descentralizou
Constituição Federal: esta obrigação, autorizando a criação,
por lei, dos Conselhos e Ordens, sob a
Art.5º, inciso XIII, que diz: “é livre forma de Autarquias Federais autônomas,
o exercício de qualquer trabalho, dotadas de personalidade jurídica de
ofício ou profissão, atendidas as direito público e constituindo serviço
qualificações profissionais que a lei público federal.
estabelecer.”

Art. 170, parágrafo único, in verbis:


“É assegurado a todos o livre
exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos,
salvo nos casos previstos em lei.”

8
II. O Sistema Confea/Crea
O Sistema Confea/Crea é composto pelo o Art. 34 define suas atribuições, o Art.
Conselho Federal e pelos Conselhos 35 define suas fontes de receita, o Art.
Regionais, presta serviço público federal 36 determina que os Conselhos Regionais
de normatização e fiscalização do exercício repassem parte da arrecadação para o
das profissões nas áreas da Engenharia, da Conselho Federal, conforme preceitua
Agronomia, da Geologia, da Geografia e o Art. 28, inciso I, desta mesma lei e os
da Meteorologia, em seus níveis superior Arts 37 a 44 disciplinam a composição e
e técnico, em todo o território nacional. organização dos mesmos. Para orientar
sua operacionalização ainda se conta com
O Confea, conforme disposto no Art. as Resoluções, Decisões Normativas e
26 da lei supra, é a instância superior Decisões Plenárias baixadas pelo Confea,
da fiscalização do exercício profissional os Atos Normativos do próprio Conselho
dessas profissões, em seus níveis superior Regional e as Normas de Fiscalização
e técnico. As atribuições do Confea estão e Decisões elaboradas pelas Câmaras
elencadas no Art. 27, a previsão de receita Especializadas.
está disposta no Art. 28 e sua composição
e organização estão disciplinadas Arts 29 a Compondo o Sistema Confea/Crea, tem-
32, todos da Lei 5.194/1966. se a Mútua - Caixa de Assistência dos
Profissionais do Crea, criada pela mesma
Os Conselhos Regionais também são lei que criou a ART, Lei 6.496 de 7 de
regidos pela Lei 5.194/1966, na qual dezembro de 1977, que é considerada
o Art. 33, os define como órgãos de o braço social do Sistema, por oferecer
fiscalização do exercício das profissões a inúmeros benefícios aos profissionais a ela
ele inerentes, em suas respectivas regiões, associados e chamados Mutualistas.

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III. O Crea-ES
O QUE É O NOSSA
O QUE FAZ?
MISSÃO

Autarquia Federal responsável Promove a defesa e o desen- Ser uma instituição pública
pela fiscalização de atividades volvimento da sociedade por que contribui para o desen-
profissionais nas áreas da En- meio do aperfeiçoamento volvimento sustentável do
genharia, Agronomia, Geolo- e da fiscalização preventiva Espírito Santo, assegurando à
gia, Geografia e Meteorolo- e corretiva do exercício das sociedade que o exercício da
gia, além das atividades dos profissões da área tecnológi- Engenharia, da Agronomia,
Tecnólogos, Técnicos Agríco- ca, assegurando a aplicação da Geologia, da Geografia
las e Técnicos de Segurança correta, legal e ética dos e da Meteorologia seja
do Trabalho. Suas atribuições conhecimentos e serviços. desempenhado por profissio-
são definidas no artigo 33 da nais e empresas legalmente
Lei 5.194 de 24/12/66. habilitados.

TRANSPARÊNCIA
A gestão oferece total transparência aos resultados de sua atuação, reforçando o com-
promisso com a legalidade e a responsabilidade com suas práticas. A Lei de Acesso à
Informação, que regulamenta o direito constitucional de acesso às informações públicas,
é atendida com a publicação dos resultados na seção Transparência, disponibilizada no
menu principal do site www.creaes.org.br.

OUVIDORIA
A Ouvidoria do Crea-ES é um canal para profissionais, empresas e comunidade apresen-
tarem suas críticas, dúvidas e sugestões de maneira a tornar o Conselho mais eficiente.
Além de fortalecer a cidadania, a Ouvidoria demonstra o seu compromisso em interagir
com seus usuários de forma democrática. Atua, em última instância, na mediação das
demandas, depois de esgotadas as possibilidades de atendimento e solução pelas unida-
des do Conselho.
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FISCALIZAÇÃO VALORIZA O PROFISSIONAL
E OFERECE SEGURANÇA A SOCIEDADE
A Fiscalização do Crea-ES existe para garantir e assegurar à sociedade que o exer-
cício profissional nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências seja desen-
volvido por profissionais e empresas legalmente habilitados e registrados no Con-
selho.

Para exercer legalmente a profissão e/ou atividade, os profissionais e as empre-


sas da área tecnológica precisam fazer e manter regular seu registro no Crea-ES,
como determina a Lei Federal nº 5.194 de 24/12/1966.
DENÚNCIA
ONLINE
O Crea-ES disponibiliza em seu site o ícone Denúncia Online,
onde é possível comunicar ao Conselho irregularidades e
cobrar a presença da fiscalização nos locais denunciados.

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no site do Conselho. O processo é possível cadastrar novos cursos,
finalizado em apenas 24 horas. informar a alteração de algum já
cadastrado e informar a formatura
de uma turma. Tudo isso direto do
computador.

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ORGANOGRAMA FUNCIONAL CREA-ES 2019

ESTRUTURA BÁSICA
PLENÁRIO
CCC ES DIRETORIA
COLÉGIO DE COORDENADORES
DE CÂMARAS ESPECIALIZADAS

PRESIDÊNCIA
cpenc-ie
COL. PRESID. DE ENTIDADES DE CLASSE
E DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES
DE ENSINO INSPETORIAS COMISSÕES E CÂMARAS
GRUPOS TRABALHO ESPECIALIZADAS
ASSESSORIAS ESPECIAIS
CINSP E DE ENGENHARIA
COLÉGIO DE INSPETORES (06)

CONTROLADORIA
CCONSULT
COLÉGIO CONSULTIVO CEEMM CEEC CEEST CEAGRO CEEE
MECÂNICA/METALURGICA CIVIL SEG. TRABALHO AGRONOMIA ELÉTRICA

OUVIDORIA SECRETARIA

CONSULTORIA JURÍDICA
PROCURADORIA

ESTRUTURA AUXILIAR
NÚCLEO DE APOIO A CONTENCIOSO INTERNO
SUPERINTENDÊNCIA CONTENCIOSO EXTERNO
GESTÃO - NUGE GERAL RECUPERAÇÃO DE RECEITAS

SISTEMA DE GESTÃO
DA QUALIDADE - SGQ SUB ASSISTENTE JURÍDICO
ASSESSORIA
PROCURADORIA (02)

RELACIONAMENTO TECNOLOGIA E
ADMINISTRATIVA FINANCEIRA COMUNICAÇÃO FISCALIZAÇÃO ATENDIMENTO INOVAÇÃO
INSTITUCIONAL

SUPERVISÃO ASSESSORIA DE SUPERVISÃO SUPERVISÃO SUPERVISÃO


SUPERVISÃO
COMPRAS E LICITAÇÕES COMUNICAÇÃO FISCALIZAÇÃO DE ATENDIMENTO T.I
CONTÁBIL

ASSESSORIA DE ASSESSOR DE
SUPERVISÃO ASSISTENTE JUNIOR SUPERVISÃO
RECURSOS HUMANOS SUPERVISÃO IMPRENSA SUPERVISÃO DESENVOLVIMENTO
(01) DE APOIO DE APOIO OPERACIONAL DE REGISTRO (03)

COMPRAS E LICITAÇÕES
PREFEITURA INTERNA ASSESSORIA TÉCNICA INTERNA
SUPERVISÃO DE SUPERVISÃO SUPERVISÃO DESENVOLVIMENTO
(LOGÍSTICA/ARQUIVO) DÍVIDA ATIVA PLENÁRIO DE CURSOS E EVENTOS EXTERNA DE ACERVO TÉCNICO
FPI SUPORTE/MANUTENÇÃO
GED CÂMARAS
CONTABILIDADE COMISSÕES E GTs MARKETING CADASTRO PROFISSIONAIS
RECURSOS HUMANOS
FINANÇAS ENGENHARIA E AGRONOMIA SOCIAL PUBLICIDADE CADASTRO EMPRESAS
CERTIFICAÇÕES
ORÇAMENTO PODER PÚBLICO JORNALISMO CADASTRO ENTIDADES DE CLASSE
PATRIMÔNIO
COBRANÇA GRANDES EMPRESAS CURSOS E EVENTOS CADASTRO INSTITUIÇÕES DE ENSINO
(MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO) REGISTRO / ART
ACERVO TÉCNICO
ATENDIMENTO INSPETORIAS

SEDE INSPETORIAS
VITÓRIA ARACRUZ, CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM, COLATINA, GUARAPARI, LINHARES, VILA VELHA E SÃO MATEUS

INSPETORES ADJUNTOS

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IV. A Inspetoria encaminhadas à sede do Crea para análise
e devidas providências no que couber;
cabe ao Conselho a criação de Inspetorias
e fixação de sua jurisdição.
- Cumprir e fazer cumprir a legislação
federal, as resoluções, as decisões Para a criação de uma Inspetoria, o Crea
normativas, as decisões plenárias baixadas pauta-se na análise de critérios que
A Inspetoria é um órgão descentralizado agente de fiscalização, responsáveis
pelo Confea, os atos normativos, decisões comprovem tal necessidade, segundo
do Crea, criado segundo a conveniência pelos procedimentos administrativos
de plenárias, de diretoria e os atos determina a lei.
e disponibilidade administrativa do e fiscais. Estes funcionários reportam-
administrativos baixados pelo Crea.
Conselho para contribuir com a melhoria se em primeira instância ao gerente
O Conselho possui sete Inspetorias
da fiscalização e, por extensão, do exercício de Atendimento e ao de Fiscalização
• Distribuição geográfica: Para facilitar organizadas geograficamente segundo
profissional. respectivamente, e agem em consonância
e tornar mais eficiente os trabalhos de a distribuição dos profissionais e a
com o modelo de gestão implementado.
fiscalização do exercício profissional em importância da região.
A Inspetoria é um órgão auxiliar da
municípios ou regiões do Espírito Santo
administração do Conselho. Cada São competências das Inspetorias:
Inspetoria possui Inspetores, de diferentes
modalidades profissionais, concernentes a - Representar o Crea na sua jurisdição;
cada uma das Câmaras Especializadas. Um - Exercer a fiscalização profissional dentro
deles é designado Inspetor-Chefe. dos limites das respectivas jurisdições;
- Divulgar a legislação referente às
• Atribuições funcionais: O arranjo profissões abrangidas pelo Sistema Confea/
organizacional difere entre cada inspetoria, Crea e o Código de Ética Profissional;
segundo suas peculiaridades, demandas - Emitir guias de recolhimento de
e disponibilidades administrativas, anuidades, taxas, emolumentos e multas;
vinculadas funcionalmente à gerência - Orientar os interessados no tocante a
de Relacionamento Institucional. regulamentação profissional;
Todas possuem estrutura mínima - Receber e encaminhar, devidamente
de atendimento que contempla um informados, requerimentos ao Crea-ES;
funcionário administrativo e um - Instruir documentos protocolados a serem

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V. O Inspetor
• O Inspetor: É o profissional voluntário • Papéis do Inspetor: O contato do
designado pelo Crea para, junto à sua Inspetor com o Conselho, do qual tem a
comunidade, melhorar a eficiência da ação delegação, deverá ser permanente, a ele
fiscal, em defesa do exercício profissional devendo se reportar e com ele dialogar
e da sociedade. periodicamente. Sua conduta correta e
pró-ativa deverá ser fundamento balizador
• O profissional como Inspetor: O de seu papel ante os colegas.
Inspetor, antes de tudo, é um profissional.
Ele representa a presidência do Crea Seu compromisso é com a profissão e com
junto aos demais profissionais de sua cada um de seus titulares:
circunscrição e de sua comunidade
profissional. Sua ação afetará a sua - Os profissionais;
comunidade profissional, a corporação - As empresas da área tecnológicas;
em nível estadual e até nacional, bem - As Entidades de Classe;
como a sociedade como um todo. É um - As Instituições de Ensino.
delegado corporativo que deverá estar
O Crea tem representação das Entidades de
atento às necessidades, anseios e práticas
Classe, mas não tem representante junto
do seu ambiente social de atuação. O
a elas, alcançando a desejada eficiência
Inspetor será um observador da conduta
corporativa através do Inspetor. O Inspetor
de seus pares, tanto da ética como da
tem o papel de agir no Sistema, segundo
administrativa. Deve, por exigência legal e
as políticas e programas da Presidência,
moral, estar em dia com suas obrigações
do Conselho e das Câmaras Especializadas
e gozar de ilibada reputação.
para sua comunidade profissional e de

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retornar aos órgãos que representa com não é provido de suplente. Ao candidatar- modalidades. O Inspetor, como agente de concernentes à própria missão do Crea.
as respostas produzidas. se à vaga de Inspetor, o profissional deve de eficiência da ação fiscal do Crea, vincula-se • Legal: A Lei 5.194/66, em seu artigo
antemão verificar sua efetiva possibilidade normativamente as Câmaras Especializadas. 33 determina que o Crea é o órgão com
• Mandato: O mandato do cargo de de frequência às reuniões, não tirando atribuição de fiscalizar o exercício de nossas
Inspetor tem duração de três anos, a oportunidade de outros com maiores • Política: Nas ações locais concernentes à profissões em suas respectivas regiões. A
podendo concorrer a uma segunda eleição. condições de participação. difusão das políticas especiais do Crea, sua mesma lei, em seu artigo 34, “l” diz que
Ao findar dois mandatos o Inspetor deverá vinculação se dá por colaboração com a o Crea pode criar Inspetorias e nomear
ter um interstício de um mandato, para Posição do inspetor no Sistema gerência de relacionamento institucional. Inspetores para que se possa aperfeiçoar
então se candidatar novamente. a sua missão básica de fiscalização do
O Inspetor, no exercício de suas funções, • Participativa: O Inspetor é oriundo da exercício profissional. Assim, a função
• Circunscrição: A atuação do Inspetor se vincula-se de uma forma ou de outra, com comunidade profissional e com ela tem primeira do Inspetor é a busca de melhor
dá na área de abrangência da jurisdição todas as instâncias e organismos gestores do identidade. Junto a esta comunidade eficiência da ação fiscal.
da Inspetoria a que pertence. Sua Sistema profissional. Sua posição geral é de exercerá suas funções. Como representante
atuação será delimitada regionalmente portador da missão e de articulador das ações local do Crea vincula-se ativamente com No exercício desta função determinada
no espaço e funcionalmente segundo do Crea com a sua comunidade profissional e ela. Da mesma forma, é membro da por lei, o Inspetor terá como objetivos
sua modalidade profissional. Porém, com a sociedade civil na qual se insere. organização profissional e tem participação específicos:
é assegurada a interação com outras na formulação, divulgação, implantação e
modalidades profissionais, bem como com • Hierárquica: O Inspetor é nomeado acompanhamento das políticas de interesse - Fazer com que as normas estabelecidas
outras Inspetorias. pelo presidente, após a aprovação de das profissões e da sociedade. pelas Câmaras Especializadas sejam
sua indicação pelo Plenário do Crea. observadas pelos colegas;
• Frequência em reuniões: O Crea-ES adota Sua vinculação representativa é com a Missão do inspetor - Supervisionar a aplicação e o cumprimento
o calendário anual com reuniões mensais. presidência do Conselho e funcionalmente destas normas na prática;
A frequência, a princípio, não é obrigatória, se articula com a Gerência de Relações O Inspetor, como profissional que é, tem - Avaliar os resultados, observando as
porém desejada. Considerando-se que cabe Institucionais. a titularidade de seus direitos e deveres peculiaridades da dinâmica local;
ao Inspetor eleito defender e representar conferidos pela lei e pela codificação ética. - Sugerir incrementos, melhorias e
o Crea-ES, sua ausência nos trabalhos • Normativa: As Câmaras Especializadas Uma vez empossado, é também membro adequações à normativa e à sua execução.
resultará na descontinuidade dos programas têm a atribuição legal de produzir as normas integrante do organismo que representa.
e ações, uma vez que o cargo de Inspetor de fiscalização de suas respectivas Adquire atributos adicionais, estes • Ética: Ainda dentro do objetivo legal,

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há que se destacar o papel do Crea como • Política: a principal política do Crea lei 5.194/66). Considera-se que o remuneração, por eleição, nomeação,
agência promotora da ética profissional. é a defesa da sociedade. O corpo corporativismo é uma ideia de organização designação, contratação ou qualquer outra
A conduta dos jurisdicionados é também institucional do Conselho, composto social segundo a aglutinação das pessoas forma de investidura ou vínculo, mandato,
objeto de atenção do Inspetor. Dentro da por Conselheiros, Inspetores e mais pelas afinidades de ofício. A união cargo, emprego ou função nas entidades
missão de melhoria da eficiência fiscal, cabe recentemente pelos membros dirigentes proporcionará o fortalecimento de nossas mencionadas acima relacionadas (Art.
ao Inspetor o zelo e a promoção dos preceitos do CreaJr proporcionam o suporte e profissões, uma vez que contará com o 2.º, da Lei n.º 8.429/92). São atos de
éticos. Esta é uma atitude fiscal preventiva também o alcance que o Conselho aporte de diferentes ideias, conceitos e improbidade aqueles praticados por
que busca a redução das infrações ao Código precisa para a efetividade das políticas percepções. Isto, sem dúvida, enriquece qualquer agente público, servidor ou não,
de Ética Profissional (CEP). Este mesmo CEP que formula. O Inspetor é fundamental a corporação e o seu trabalho. Porém, é contra a administração direta, indireta ou
diz, em seu artigo 8º, que as entidades, para que as ações não só sejam salutar transpor a linha da nossa própria fundacional de qualquer dos Poderes da
instituições e conselhos que integram a realizadas, mas que também tenham profissão a ponto de fundir-se com as União, dos Estados, do Distrito Federal,
nossa organização são permeados pelos permeabilidade suficiente até a base demais profissões que compõem o Sistema, dos Municípios, de Território, de empresa
preceitos éticos. Diz também que estes do Sistema. Também, e não menos fortalecendo-o em toda a sua diversidade. incorporada ao patrimônio público.
entes profissionais são partícipes solidários importante, para que a sociedade perceba Ao Inspetor cabe o estabelecimento desta
em sua construção, adoção, divulgação, não só a necessidade, mas também sadia visão corporativa junto a seus pares. Considera-se ato de improbidade
preservação e aplicação. a segurança conferida pela correta administrativa, nos termos do Art. 11º, da
atuação profissional. Particularmente O inspetor como função pública Lei n.º 8.429, de 2 de junho de 1992, além
O Inspetor, além de sua postura individual ao Inspetor, cabe perceber os anseios da de outras condutas ali previstas: Qualquer
como profissional, é intimamente classe profissional e da comunidade onde Por ser o Crea um órgão público e o Inspetor ação ou omissão que viole os deveres de
relacionado em suas funções com as atua e se relaciona, de tal maneira que uma função pública prevista em lei, sua honestidade, imparcialidade, legalidade e
Entidades de Classe, com as Instituições possa, de forma contínua e crescente, função equipara-se à de um agente público, lealdade às instituições, e notadamente:
de Ensino, com o Crea e com a sua diminuir as distâncias e atender aos tanto em direitos quanto em deveres e está
comunidade profissional. Por todos estes anseios tanto da classe profissional sujeito às determinações e sanções legais - Praticar ato visando fim proibido em
motivos, ele está comprometido com a quanto da sociedade em geral. aplicáveis ao funcionalismo público. lei ou regulamento ou diverso daquele
preservação e a divulgação de nossos previsto, na regra de competência;
valores morais e a prevenção da infração • Corporativa: a missão organizacional • Improbidade administrativa: Reputa-se - Retardar ou deixar de praticar,
ética. O Inspetor é um agente ético de cunho corporativo é a segurança do agente público todo aquele que exerce, indevidamente, ato de ofício;
especial junto à sua própria comunidade. exercício das profissões (Art. 2º, ainda que transitoriamente ou sem - Revelar fato ou circunstância de que tem

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ciência em razão das atribuições e que ver no funcionário do Crea um parceiro Espera-se também dos Inspetores, que atuem • Colégio de Inspetores: É constituído
deva permanecer em segredo; necessário para sua missão. A sua atitude, de modo cooperativo com os diferentes pela reunião de todos os Inspetores, de
- Negar publicidade aos atos oficiais; tanto de Inspetores como de funcionários, colaboradores do Conselho. Eles são os todas as Inspetorias do Crea-ES.
- Frustrar a licitude de concurso público; deverá ser a de respeito mútuo e de próprios Inspetores, Conselheiros titulares e
- Deixar de prestar contas quando esteja relação fraterna. suplentes e a administração do Conselho. • Atribuições do Colégio de Inspetores:
obrigado a fazê-lo; - Instituir Comitês Temáticos para o
- Revelar ou permitir que chegue ao O que se espera do inspetor Propõe também a integração destes com desenvolvimento de temas ou assuntos
conhecimento de terceiro, antes da as Entidades de Classe, Instituições de de interesse público e da cidadania, em
respectiva divulgação oficial, teor de medida - Dedicação às causas profissionais; Ensino, profissionais, empresas, órgãos suas regiões;
política ou econômica capaz de afetar o - Lealdade na luta pelas suas ideias e públicos e sociedade, através de uma - Tomar ciência e debater acerca de
preço de mercadoria, bem ou serviço. opiniões; estrutura formal e sistematizada de assuntos relacionados a administração
- Produção de resultados para o encontros regionais. do Crea-ES;
O inspetor e o funcionário do Crea desenvolvimento de sua profissão; - Avaliar o desempenho e a eficácia das
- Empenho na defesa da sociedade; O que não se deseja do inspetor reuniões abrangidas pelas Inspetorias,
O funcionário do Crea é um agente - Cumprimento formal, material e de assim como dos seus componentes.
público autárquico permanente. O prazos em suas tarefas; - Busca da satisfação de interesses - Orientar, quando e no que couber,
Inspetor é temporário. Ao funcionário - Liberdade de consciência nas suas pessoais; processos a serem encaminhados para
é encarregada a missão de fazer com posições; - Ostentação do cargo como símbolo de análise das câmaras especializadas;
que a máquina administrativa e fiscal da - Tratamento igualitário com seus colegas, status; - Contribuir para o bom andamento dos
autarquia funcione e produza resultados. representados e funcionários; - Uso da função para a promoção pessoal; trabalhos da Inspetoria;
Muitos dos funcionários, notadamente - Relação fraterna com todos; - Abuso dos privilégios da função; - Promover a integração da Inspetoria
os de cargos técnicos especializados, são - Intransigência e plenitude na postura e - Utilização da estrutura do Crea para com as entidades de classe por meio de
profissionais da Engenharia, Agronomia, conduta éticas; realização de negócios particulares; medidas de valorização profissional e
Geologia, Geografia, Meteorologia, - Colaboração e apoio as atividades - Uso das prerrogativas do cargo para aprimoramento da fiscalização.
técnicos e tecnólogos. Todo o trabalho operacionais e melhorias do processo de prejudicar ou favorecer terceiros;
do Inspetor não reverteria em resultados fiscalização na jurisdição de sua inspetoria. - Aproveitamento ou obtenção de
se não pelo auxílio funcional destes - Divulgação da legislação e valorização do vantagens pessoais dos programas,
homens e mulheres. O Inspetor deve profissional. eventos, convênios e contratos.

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VI. Leis

Do Exercício Profissional

Anotação de Responsabilidade Técnica

Código de Ética Profissional

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Serviços online Benefícios corporativos
Oferecem mais agilidade e Descontos de 50% em
eficácia no atendimento normas e cursos da ABNT.
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Podem ser acessados com login Assistência Médica com valores
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atendimento@creaes.org.br reduzida.

Legislação profissional
Descontos
Lei 5194/1966 – Exercício
Cursos de curta duração,
Profissional.
graduação, pós-graduação
Lei 6496/1977 - art.
e idiomas com descontos
Resolução do Confea 1.025/2009
de até 50%.
– art e Acervo Técnico.

Código de Ética Profissional Programa de bolsas


Código reúne informações Sorteio de bolsas de
da conduta ético-profissional estudo de 50% a 100%
que deve fazer parte do cotidiano de desconto, em cursos
dos profissionais. de curta duração e de
pós-graduação.

Benefícios Mutua-Es
Informe-se sobre os benefícios Cursos e Eventos
oferecidos pela Caixa de Oportunidade de participação
Assistência aos Profissionais em eventos gratuitos ou
do Crea-ES. com descontos.

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Anexo I
Salário Mínimo Profissional
LEI Nº 4.950-A, DE 22 ABR 1966 (*)

Dispõe sobre a remuneração de


profissionais diplomados em Engenharia,
Química, Arquitetura, Agronomia e
Veterinária.

Salário Mínimo Profissional

Art. 1º - O salário mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores


mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de
Veterinária é o fixado pela presente Lei.

Art. 2º - O salário mínimo fixado pela presente Lei é a remuneração mínima


obrigatória por serviços prestados pelos profissionais definidos no Art. 1º, com relação
de emprego ou função, qualquer que seja a fonte pagadora.

Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, as atividades ou tarefas desempenhadas pelos


profissionais enumerados no Art. 1º são classificadas em:

(*) Resolução do Senado Federal nº 12/71 suspendeu a aplicação da Lei 4.950-A/66 aos vencimentos dos
servidores públicos estatutários na esfera federal.

29
a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) horas diárias de serviço;
Art. 7º - A remuneração do trabalho noturno será feita na base da remuneração do
b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6 (seis) horas diárias de serviço.
trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único - A jornada de trabalho é fixada no contrato de trabalho ou
determinação legal vigente.
Art. 8º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
Art. 4º - Para os efeitos desta Lei, os profissionais citados no Art. 1º são classificados
em:
AURO MOURA ANDRADE
a) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Presidente do Senado Federal
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de 4 (quatro) anos ou mais;
Publicada no D.O.U de 29 ABR 1966 - Seção I - Pág. 4.547
b) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de menos 4 (quatro) anos.

Art. 5º - Para a execução das atividades e tarefas classificadas na alínea “a” do artigo
3º, fica fixado o salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário mínimo comum
vigente no País, para os profissionais relacionados na alínea “a” do artigo 4º, e de 5
(cinco) vezes o maior salário mínimo comum vigente no País, para os profissionais da
alínea “b” do artigo 4º.

Art. 6º - Para a execução de atividades e tarefas classificadas na alínea “b” do


artigo 3º, a fixação do salário-base mínimo será feita tomando-se por base o custo da
hora fixado no artigo 5º desta Lei, acrescidas de 25% (vinte e cinco por cento) as horas
excedentes às 6 (seis) diárias de serviço.

30 31
CREA no Espírito Santo

MUCURICI

MONTANHA
PONTO
PEDRO
BELO
CANÁRIO

ECOPORANGA

PINHEIROS
CONCEIÇÃO
DA BARRA
ÁGUA
DOCE BOA ESPERANÇA
DO
NORTE
VILA PAVÃO
BARRA
DE SÃO SÃO MATEUS
FRANCISCO
NOVA VENÉCIA

MANTENÓPOLIS
ÁGUIA JAGUARÉ
BRANCA SÃO GABRIEL VILA VALÉRIO
ALTO DA PALHA
RIO
NOVO SOORETAMA
SÃO DOMINGOS DO
NORTE
RIO BANANAL
GOVERNADOR
REGIÃO VITÓRIA PANCAS LINDEMBERG

REGIÃO GUARAPARI
REGIÃO CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
REGIÃO COLATINA MARILÂNDIA LINHARES

REGIÃO LINHARES
REGIÃO ARACRUZ COLATINA

REGIÃO SÃO MATEUS


BAIXO
GUANDU

SÃO ROQUE JOÃO NEIVA


ITAGUAÇU DO CANAÃ

IBIRAÇU
LARANJA ARACRUZ
DA TERRA SANTA TERESA

ITARANA
FUNDÃO

SANTA MARIA
AFONSO DE JETIBÁ
CLÁUDIO
SANTA SERRA
BREJETUBA LEOPOLDINA

IBATIBA
CARIACICA
DOMINGOS MARTINS VITÓRIA
CONCEIÇÃO VENDA NOVA
IRUPI IÚNA DO CASTELO DO IMIGRANTE
VIANA
MARECHAL
VILA VELHA
FLORIANO
IBITIRAMA
MUNIZ
FREIRE
DIVINO CASTELO ALFREDO
DORES DE SÃO CHAVES GUARAPARI
DO LOURENÇO
RIO VARGEM
ALTA
PRETO

GUAÇUÍ ALEGRE ANCHIETA


ICONHA
CACHOEIRO
JERÔNIMO DE ITAPEMIRIM
MONTEIRO RIO NOVO PIÚMA
DO SUL

SÃO MUQUI
JOSÉ DO
CALÇADO
ATÍLIO
VIVÁQUA
ITAPEMIRIM
N
APIACÁ

BOM JESUS MIMOSO


DO SUL MARATAÍZES
DO NORTE PRESIDENTE
KENNEDY

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Fontes de Consulta
Conselhos de Fiscalização Profissional - Doutrina e Jurisprudência, Vladimir Passos de
Freitas e outros, 2ª edição, Rev e Amp., São Paulo-SP : Ed Revista dos Tribunais, 2008,
pags. 17 a 25.

Comentários à Lei 5.194/66 - Regula o exercício das profissões de Engenheiros e


Engenheiro Agrônomo, Claude Pasteur de Andrade Faria, 2ª edição, Rev. e Amp.,
Florianópolis-SC : Ed. Insular, 2012.

Normativos do Sistema Confea, Crea-ES e Mútua.

Manual do Inspetor dos CREAs BA, SC, SP, PR e PE.

Manual do Inspetor do CREA-ES 2015.

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