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15/11/2021 00:28 Disciplina Portal

Planejamento e controle de
obras

Aula 1 - Cálculo de áreas – normas brasileiras


INTRODUÇÃO

Nesta aula, estudaremos o Custo Unitário Básico (CUB): um indicador de custos no setor da Construção, calculado e
divulgado pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (SINDUSCONs) estaduais e regido pela Lei nº 4.591/1964.

O CUB Brasil é uma média ponderada dos indicadores de alguns dos principais Estados da federação.

OBJETIVOS

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Definir CUB.

Explicar o histórico, a metodologia e a finalidade do CUB.

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CUSTO UNITÁRIO BÁSICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL


O Custo Unitário Básico (CUB) é o orçamento de três tipos de insumos para a construção de um projeto-padrão dividido
pela área construída. Assim, chegamos ao valor em R$/m2 médio de uma construção.

Veja:

Principal indicador do setor da Construção, o CUB é calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da
Construção Civil (SINDUSCONs) de todo o Brasil.

Além disso, determina o custo global da obra para fins de cumprimento do estabelecido na Lei de Incorporação de
Edificações Habitacionais em Condomínio, assegurando aos compradores em potencial um parâmetro comparativo à
realidade dos custos.

Desde a criação do CUB/m2, por meio da Lei nº 4.591/1964 (glossário) , o mercado imobiliário nacional passou a
contar com um importante instrumento para suas atividades.

Criado, inicialmente, para servir como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis, o CUB/m2 foi, ao longo dos
anos, conquistando o caráter de indicador de custo setorial, reflexo de sua seriedade, comprovada tecnicamente pela
evolução normativa que o acompanha.

O CUB/m2 faz parte do dia a dia do setor da Construção no País. É ele que possibilita uma primeira referência de
custos dos mais diversos empreendimentos e é ele que também permite o acompanhamento da evolução desses
custos ao longo do tempo.

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Ressaltar sua importância é destacar a necessidade de bom planejamento em todas as etapas de uma obra.

Atualmente, a variação percentual mensal do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de preços em contratos
de compra de apartamentos em construção e até mesmo como índice setorial.

Assim, os tipos de CUB Residencial previstos na norma atingem 11 especificações. O lote básico de cada projeto é
composto de 29 insumos: 25 para materiais, 2 para mão de obra, 2 para despesa administrativa (engenheiro) e
equipamentos (betoneira).

APARATOS LEGAL E TÉCNICO


“Custo por metro quadrado de construção do projeto-padrão considerado, calculado de acordo com a metodologia
estabelecida pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, em atendimento ao disposto no artigo 54 da Lei nº
4.591/64 e que serve de base para a avaliação de parte dos custos de construção das edificações”.

Conforme detalhado anteriormente, o CUB/m2 possui um aparato legal: a Lei nº 4.591/1964. Além dele, o CUB/m2
também possui seu aparato técnico, conforme esclarecido pelo artigo 53 dessa lei. Atualmente, a norma brasileira que
estabelece a metodologia de cálculo do CUB/m2 é a NBR 12721:2005 (ASSOCIAÇÃO, 2005).

De acordo com essa norma, o CUB é:

Projeto-padrão

É uma forma de classificação, onde projetos são selecionados para representar os diferentes tipos de edificações, que
são usualmente objeto de incorporação para construção em condomínio e conjunto de edificações.

Características dos projetos

• Número de pavimentos;

• Número de dependências por unidade;

• Áreas equivalentes à área de custo padrão, privativas das unidades autônomas;

• Padrão de acabamento da construção;

• Número total de unidades.

Exemplo de caracterização dos projetos-padrão

Área Área
Sigla Nome e descrição Dormitórios Real equivalente
(m2) (m2)

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Residência
unifamiliar padrão
baixo: 1 pavimento,
R1-B com 2 dormitórios, 2 58,64 51,94
sala, banheiro,
cozinha e área para
tanque.
Fonte: NBR 12721:2005.

Ao todo, são 16 siglas diferentes, que englobam residências simples, condomínios residenciais, prédios comerciais, até
galpões industriais.

OBJETIVO E DIVULGAÇÃO
O objetivo básico do CUB/m2 é disciplinar o mercado de incorporação imobiliária, servindo como parâmetro na
determinação dos custos dos imóveis.

Em função da credibilidade desse indicador, alcançada ao longo de mais de 40 anos de existência, a evolução relativa
do CUB/m2 também tem sido utilizada como indicador macroeconômico dos custos do setor da Construção Civil.

Publicada mensalmente, a evolução do CUB/m2 demonstra a evolução dos custos das edificações.

Atendendo o disposto no artigo 54 da Lei nº 4.591/1964, os SINDUSCONs ficam obrigados a divulgar o CUB até o dia 5
do mês subsequente, adotando, como referência do indicador, o mês da publicação e coleta de preços e salários.
Portanto, o CUB a ser utilizado é o do mês anterior à data de sua divulgação.

Exemplo
,
O CUB referente ao mês de fevereiro de 2007, divulgado no início do mês de março de 2007, corrige os contratos com data de
vencimento em março de 2007. 

HISTÓRICO
A Lei nº 4.591/1964 (artigo 54) prevê que os SINDUSCONs ficam obrigados a divulgar mensalmente até o dia 5 de cada
mês, os CUBs a serem adotados nas respectivas regiões jurisdicionais, calculados com base nos diversos projetos-
padrão representativos residenciais (R1, PP4, R8, PIS, R16), comerciais (CAL8, CSL8 e CSL16), galpão industrial (GI) e
residência popular (RP1Q).

Devem ser levados em consideração os lotes de insumos (materiais e mão de obra), despesas administrativas e
equipamento, e os respectivos pesos definidos nos quadros da NBR 12721/2005 (ASSOCIAÇÃO, 2005).

Essa avaliação inicial deve ser feita por meio de um procedimento matemático simplificado e a partir dos CUBs,
fornecidos para o m2 pelos SINDUSCONs.

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METODOLOGIA DE CÁLCULO
O CUB/m2 é calculado com base nos diversos projetos-padrão estabelecidos pela NBR 12721:2005 (ASSOCIAÇÃO,
2005), levando em consideração os lotes básicos de insumos (glossário) com seus respectivos pesos constantes na
referida norma.

Na determinação dos CUBs, os SINDUSCONs devem adotar os seguintes procedimentos:

Os preços coletados de acordo com as determinações apresentadas na norma da ABNT devem ser submetidos a uma
análise estatística de consistência.

Após análise de consistência, calcula-se o promédio de cada insumo.

Aplica-se o coeficiente físico correspondente ao respectivo insumo no lote básico de cada projeto-padrão ao valor do
promédio de cada insumo.

Para o cálculo dos custos da mão de obra, aplica-se o percentual relativo aos encargos sociais e benefícios.

Esse percentual deve incluir todos os encargos trabalhistas e previdenciários, direitos sociais e obrigações decorrentes
de Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) de cada sindicato.

O método de cálculo e o percentual de encargos sociais e benefícios devem ser explicitados pelos respectivos
SINDUSCONs.

A metodologia de cálculo do CUB/m2 é simples e permite a consecução e gera indicadores muito realistas.

Os salários, os preços dos materiais de construção, as despesas administrativas e os custos com aluguel de
equipamentos são pesquisados mensalmente pelos SINDUSCONs de todo o País.

A pesquisa, preferencialmente, é realizada junto às construtoras, mas também pode, eventualmente, ser realizada junto
a fornecedores da indústria, do comércio atacadista ou varejista, conforme prevê o item 8.3.3 da NBR 12721:2005
(ASSOCIAÇÃO, 2005):

“[...] no caso dos materiais de construção, a coleta pode eventualmente ser realizada com
informações levantadas junto a fornecedores da indústria, do comércio atacadista ou
varejista, [...] os preços dos materiais, posto obra, devem incluir as despesas com tributos e

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fretes”.

A NBR 12721:2005 (ASSOCIAÇÃO, 2005) recomenda que a coleta de dados (preços dos insumos) seja composta de, no
mínimo, 20 informações, e deve ser realizada mensalmente entre o 1º e o 25º dia do mês de referência do custo.

Além disso, deve-se efetuar um tratamento estatístico dos dados, ou seja, o cálculo não pode se resumir apenas à
verificação do desempenho médio dos insumos.

Deve-se buscar, para cada insumo, um dado que espelhe com fidelidade a real evolução do preço. Só assim, é possível
obter um CUB mais realista em valor absoluto. Portanto, o tratamento estatístico dos dados é etapa fundamental para
conseguir esses valores.

De acordo com a ABNT, o lote básico de insumos é composto de materiais de construção, mão de obra, despesas
administrativas e equipamentos, conforme detalhado a seguir:

2
Lote básico (por m de construção) Unidade
2
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m m

Aço CA-50 ø 10 mm kg

Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1cm,.br. 1 e 2 pré-


m3
dosado

Cimento CP-32 II kg
3
Areia média m

Brita n° 02 m3

Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x


un
19 cm

Bloco de concreto sem função estrutural 19 x 19 x 39 cm un

Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m m2

Porta interna semioca para pintura 0,60 x 2,10 m un

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Esquadria de correr tamanho 2,00 x 1,40 m, em 4 folhas (2


2
de correr), sem básculas, em alumínio anodizado cor m
natural, perfis da linha 25

Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em


perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em m2
fundo anticorrosivo

Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55


m2
mm), em ferro, acabamento cromado

Placa cerâmica (azulejo) de dimensão ~30 cm x 40 cm, PEI


un
II, cor clara, imitando pedras naturais

Bancada de pia de mármore branco 2,00 m x 0,60 x 0,02 m un


2
Placa de gesso liso 0,60 x 0,60 m m
2
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa m

Tinta látex PVA I

Emulsão asfáltica impermeabilizante kg


²
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm m

Disjuntor tripolar 70 A un

Bacia sanitária branca com caixa acoplada un

Registro de pressão cromado ø 1/2" un

Tubo de ferro galvanizado com costura ø 2 1/2" m

Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm m

Mão de obra

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Pedreiro h

Servente h

Despesas administrativas

Engenheiro h

Equipamentos (locação)

Betoneira 320 l dia

CUB/M2 REPRESENTATIVO
Os SINDUSCONs podem apurar um CUB padrão representativo de sua região, desde que explicitem o critério utilizado
para obtê-lo, ficando na obrigação de divulgá-lo mensalmente, até o dia 5 do mês subsequente, juntamente aos demais
CUBs referentes aos projetos-padrão previstos na norma e calculados conforme os critérios nela estabelecidos, com a
finalidade específica de servir como indexador contratual.

Fonte:

Portanto, a NBR 12721:2005 (ASSOCIAÇÃO, 2005) permite que os SINDUSCONs adotem um custo representativo,
desde que explicitem o critério para fazê-lo.

Como o CUB/m2 é calculado para os diversos projetos-padrão, os SINDUSCONs de todo o País utilizam o CUB/m2
representativo, ou seja, um projeto-padrão específico, para acompanhar a evolução dos custos do setor.

CUB MÉDIO DO BRASIL


Mensalmente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio de seu Banco de Dados, calcula o CUB
médio Brasil.

Esse procedimento é realizado a partir dos resultados dos CUBs estaduais divulgados pelos SINDUSCONs de todo o
País. O objetivo é acompanhar a evolução dos CUBs estaduais e regionais, além dos preços de seus itens
componentes.

O CUB médio Brasil funciona como uma média nacional e exerce o papel de parâmetro com o qual se pode comparar e
balizar não apenas os CUBs regionais, mas também outros indicadores nacionais para o setor, como, por exemplo, o
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC/FGV).

Atualmente, 21 Estados compõem a média do CUB Brasil, obtido por meio da agregação dos CUBs regionais por meio
de média ponderada, cuja fórmula é a seguinte:

Pi * Xi / Pi

Onde:

• Xi = valor do CUB padrão de cada Estado no mês de referência;

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• Pi = ponderação relativa de cada Estado, que foi determinada pela referência das licenças Habite-se (área total das
edificações) para os municípios das respectivas capitais e os dados de população residente destas capitais.

Os CUBs de cada Estado estão representados pelos das respectivas capitais, a despeito do fato de existirem CUBs
calculados por outras cidades dos Estados. Para o cálculo do CUB médio Brasil, é utilizado o CUB representativo
adotado por cada Estado.

Na formação desses CUBs, não foram considerados os seguintes itens:

• Fundações;

• Submuramentos;

• Paredes-diafragma;

• Tirantes;

• Rebaixamento de lençol freático;

• Elevadores;

• Equipamentos e instalações – fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação,


ventilação e exaustão;

• Playground – quando não classificado como área construída;

• Obras e serviços complementares;

• Urbanização;

• Recreação – piscinas, campos de esporte;

• Ajardinamento;

• Instalação e regulamentação do condomínio;

• Impostos;

• Taxas e emolumentos cartoriais;

• Projetos – arquitetônicos, estrutural, de instalação, especiais;

• Remuneração – do construtor e do incorporador.

Esses itens devem ser levados em conta na determinação dos preços por m2 de construção, de acordo com o
estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular.

FINALIDADE DO CUB
Determinar o custo global da obra para fins de cumprimento do estabelecido na lei de incorporação de edificações
habitacionais em condomínio, ressaltando que o CUB é um custo meramente orientativo para o setor da Construção
Civil.

Não é o custo real da obra, que só é obtido por meio de orçamento completo, com todas as especificações de cada
projeto em estudo ou análise.

No entanto, hoje em dia, a variação percentual mensal do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de preços em
contratos de compra de apartamentos em construção e até mesmo como índice setorial.

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Saiba mais
,
Para entender melhor o tema desta aula, veja um Exemplo de aplicação do CUB (galeria/aula1/docs/exemplo_aplicacao.pdf) .

Questão 1: Em determinada obra, a previsão de gastos é a seguinte:

• Materiais = R$ 80.000,00;

• Mão de obra = R$ 135.000,00;

• Equipamentos = R$ 30.000,00.

Sabendo que a área a ser construída é de 70 m2, qual será o CUB (cálculo simplificado) dessa obra?

R$ 3.000,00
R$ 3.500,00
R$ 4.000,00
R$ 4.500,00
R.N.A.

Justificativa

Questão 2: Os SINDUSCONs são obrigados a divulgar mensalmente, até o dia 5 de cada mês, os CUBs a serem
adotados nas respectivas regiões jurisdicionais. A lei que prevê isso é:

Lei nº 5.419/1946
Lei nº 4.591/1964
Lei nº 12.721/2006
Lei nº 17.221/2007
N.R.A.

Justificativa

Questão 3: Qual é o CUB relativo ao Estado do Ceará, no mês de junho de 2017, sem desoneração da mão de obra e
sem variação percentual, para residências (padrão normal tipo R1)?

R$ 1.399,76
R$ 1.304,28
R$ 1.378,70
R$ 1.220,73
N.R.A.

Justificativa

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Glossário
INSUMOS

• Materiais de construção;

• Mão de obra;

• Despesas administrativas;

• Equipamentos.

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Planejamento e controle de
obras

Aula 2 - Aprovação de Projetos e Obras


INTRODUÇÃO

Você sabe o que fazemos antes de iniciar uma obra?

Nesta aula, conheceremos as condições legais de que uma obra de grande ou pequeno porte necessita, bem como os
trâmites burocráticos. A ideia é evitar problemas com a fiscalização e, consequentemente, multas ou paralisação da obra.

Além disso, compreenderemos o significado do contrato de Construção Civil ou contrato de empreitada – também
conhecido como contrato de execução de obra, contrato de obra ou contrato de edificação –, que é celebrado pelo
incorporador, o dono da obra ou o condômino e uma empresa para a execução de obra ou serviço de Construção Civil, no
todo ou em parte.

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Tudo isso será analisado dentro das esferas legais. Bons estudos!

OBJETIVOS

Analisar a forma de contratação de arquiteto ou engenheiro, a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e a


aprovação do projeto arquitetônico junto à Secretaria de Urbanismo do Município (SMU).

Reconhecer o alvará de construção, o Certificado de Vistoria e Conclusão de Obra (CVCO) e a Certidão Negativa de
Débitos (CND).

Explicar averbação e fiscalização.

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CONTRATAÇÃO DE UM ARQUITETO OU ENGENHEIRO


É necessária a contratação de um engenheiro civil ou de um arquiteto, para que este elabore e assuma a responsabilidade
dos projetos e da execução da obra.

Quem fiscaliza se uma obra tem um engenheiro ou arquiteto contratado é o Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (CREA) (glossário), de acordo com o qual em qualquer obra, é obrigatória a contratação de um
engenheiro ou arquiteto.

Em toda construção, há uma série de procedimentos técnicos que, quando não são feitos de forma correta, podem causar
muitos problemas.

Para construir um local que seja seguro, confortável e que atenda as necessidades particulares do cliente, é preciso
contar com uma equipe qualificada e formada tanto por engenheiros (glossário) quanto por arquitetos.

O trabalho do arquiteto é fundamental para as primeiras fases de uma construção, isto é, em sua concepção e seu
planejamento.

Já a contratação do engenheiro civil é essencial para o sucesso de uma obra, pois é por meio do trabalho realizado por ele
que as melhores soluções serão implementadas.

O especialista em Arquitetura é também responsável por:

Fazer bom uso do espaço disponível no lote

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Muitos empreendimentos poderiam ter espaços melhores se um arquiteto tivesse sido contratado. Por meio do
projeto elaborado por ele, cada metro quadrado do terreno é bem aproveitado e aperfeiçoado, fazendo com que
locais desprezados por muitos, tenham bastante utilidade.

Distribuição correta dos cômodos

É, também, por meio do trabalho do arquiteto que os cômodos, por ele projetados, não ficam com tamanhos
discrepantes – cada ambiente é elaborado em harmonia com o outro. Ele facilita o acesso à entrada de cada
cômodo e não deixa que o acesso a um dependa do outro.

Funcionalidade da casa

Além de cuidar da parte estética do projeto, o arquiteto é responsável pelo conforto do empreendimento – um bom
projeto deve ter uma ventilação adequada e que tenha boa entrada de luz natural, melhorando, dessa forma, a
funcionalidade da casa.

Já o engenheiro desempenha uma série de funções que complementam o projeto arquitetônico, tais como:

Realizar cálculos estruturais

Todos os cálculos estruturais de uma obra devem ser feitos pelo engenheiro civil. O profissional possui
conhecimentos avançados em:

• Estruturas;

• Geotecnia – disciplinas em mecânica dos solos, rochas e fundações;

• Hidráulica;

• Elétrica;

• Saneamento.

Dimensionar e gerenciar a obra

Além dos cálculos, o engenheiro também dimensiona as etapas da obra. Ele planeja cada tarefa, insumos
necessários, número de trabalhadores e estipula os prazos para o cumprimento de cada serviço, para evitar assim
despesas desnecessárias. Logo, ele é responsável por otimizar os processos do empreendimento, tornando sua
construção rápida, eficiente e mais barata.

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São comuns as parcerias entre profissionais da Engenharia e da Arquitetura. O arquiteto é fundamental para o projeto do
empreendimento e o engenheiro o executa, utilizando todos os métodos por ele conhecidos.

Por mais que um arquiteto faça um projeto de ótima estética e funcionalidade, ele precisa do profissional em Engenharia
para aplicar as devidas normas técnicas, como a NBR 6118, que determina a representação estrutural do imóvel.

Portanto, por meio do trabalho desses dois profissionais, é realizada a gestão das obras (glossário), tornando-as mais
rápidas, seguras e eficientes – obedecendo a todos os procedimentos técnicos e os desejos dos clientes.

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA


A Lei nº 6.496/1977 (glossário)  instituiu a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): instrumento indispensável para
identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou pelos serviços prestados por profissionais ou empresas.

A ART assegura à sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado. Sua função é
defender a sociedade, proporcionando, também, segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é
contratado.

Trata-se de um documento do CREA, por meio do qual o profissional – engenheiro civil ou arquiteto – assume a
responsabilidade pelos projetos e pela execução da obra.

Vejamos alguns aspectos importantes das ARTs:

Quem deve emitir?

O preenchimento do formulário da ART é de responsabilidade do profissional legalmente


habilitado com visto ou registro no CREA-SC, que consequentemente é responsável por todas
as informações contidas nela. Havendo empresa executora, também deverá estar legalmente
habilitada com visto ou registro no CREA.

De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA)


(//www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home) , em sua Resolução nº
1.025/2009 (//normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=43481 ) , quando o
profissional emite a ART como autônomo, cabe a ele o pagamento da respectiva taxa.

Quando o profissional executa a obra/serviço por meio de uma empresa executora (existe
vínculo empregatício entre o profissional e uma empresa), cabe à pessoa jurídica empregadora
a responsabilidade pelo pagamento da taxa de ART.

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Prazo de pagamento

O prazo de pagamento de uma ART é de 10 (dez) dias corridos após sua emissão, não havendo
prorrogação. Caso ocorra atraso no pagamento, a emissão de nova ART será bloqueada. O
desbloqueio se dará mediante o efetivo pagamento da ART que possui pagamento pendente.

Taxas

Os valores das taxas devidas pelas ARTs são objetos de resolução específica do CONFEA. A
tabela de valor de taxas de ARTs fica disponível em qualquer unidade de atendimento do CREA
ou no site.

O profissional pode simular uma ART para verificar o valor de sua taxa por meio do calculador
de ART que está disponível no site do CONFEA. Para isso, deverá preencher o calculador com
as atividades técnicas e valor de contrato/obra, que por sua vez disponibilizará o valor da taxa
da respectiva ART.

APROVAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO


Em alguns pequenos municípios brasileiros, onde a estrutura pública de planejamento e controle de obras ainda é falha,
esse processo não é bem definido.

No entanto, para cidades médias e grandes, é possível que se estabeleça um padrão dos procedimentos necessários
desde a idealização do projeto até a ocupação da residência.

Aprovação do projeto arquitetônico deve ser realizada junto a Secretaria de Urbanismo do Município (SMU). Os demais
projetos, elétrico, telefônico, de água esgoto e estrutural não necessitam de aprovação apenas que sejam executados por
um profissional competente.

Fonte:

O serviço de aprovação de projeto arquitetônico tem como objetivo principal verificar a adequação da área física às
atividades desenvolvidas nos estabelecimentos relacionados, direta ou indiretamente, com a saúde nos casos de nova
obra, reforma, adequação ou ampliação.

A solicitação do serviço pode ser feita por empreendedores, arquitetos, engenheiros civis, responsáveis técnicos ou
funcionários dos estabelecimentos e proponentes da área pública – secretários ou funcionários da Administração
Pública.

O interessado poderá solicitar o serviço nas Gerências Regionais de Saúde (GRS). O tempo estimado para conclusão total
do serviço é de 90 dias corridos.

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VALOR DA TAXA E DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA


As entidades filantrópicas ou de utilidade pública estatal, municipal ou federal, têm isenção da taxa. As demais devem
pagar uma taxa de Saúde Pública correspondente a 0,5 Unidades Fiscais de seu Estado por m2 de área total construída,
recolhida por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE).

A documentação necessária inclui:

1. Requerimento de Aprovação de Projeto Arquitetônico (RAPA) – 40.38 KB;

2. Relatório técnico contendo, a depender da natureza do estabelecimento:

• Proposta assistencial – no caso de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde;

• Objetivos da empresa – no caso de Estabelecimento de Interesse da Saúde;

• Memorial técnico de obra – incluindo especificação básica de materiais de acabamento;

• Projeto arquitetônico completo.

3. Memória de Cálculo de área de projeto;

4. Documento de Arrecadação Estadual (DAE) quitada (código 159-4) – referente à taxa de saúde pública,
correspondente a 0,5 UFEMG, para cada m2 de área construída, reajustada em 1º de janeiro de cada ano.

Estão isentas dessa taxa, e desobrigados de apresentar a Memória de Cálculo, os estabelecimentos públicos
federais, estaduais e municipais, bem como as entidades filantrópicas.

5. Certificado atualizado de entidade filantrópica, fornecido pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

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ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO
A solicitação de alvará de construção é realizada por meio da aprovação do projeto arquitetônico e do projeto de
instalações hidrossanitárias, bem como da autorização para construir edificações, emitida pela SMU.

Os procedimentos burocráticos e os documentos exigidos são praticamente os mesmos em diversas cidades do País. O
que varia são os valores das taxas e os nomes (nomenclatura) dos requerimentos e alvarás.

Não é necessário tirar o alvará para execução de pequenas reformas, tais como:

• Pintura;

• Troca de revestimento;

• Substituição e consertos em esquadrias e portas, sem modificação de vãos;

• Troca de telhas ou elementos de cobertura;

• Reparos em instalações elétricas e hidráulicas.

Para reformas que alterem a estrutura original do imóvel, é necessário o alvará de aprovação e execução para reforma.
Você deve providenciar, em xerox simples (sem autenticação):

• A cópia do último carnê do IPTU ou INCRA – não precisa estar quitado;

• Uma cópia de um título de propriedade – escritura, formal de partilha ou contrato particular de compra e venda
registrado em cartório;

• Duas cópias do projeto;

• Duas cópias da carteira que comprove o registro do engenheiro responsável no CREA e duas cópias de seu Cadastro de
Contribuintes Municipais (CCM);

• RG e CIC do proprietário do imóvel;

• Comprovante de regularidade da construção existente – caso você não o possua, pode conseguir as cópias originais das
plantas aprovadas do imóvel com a própria prefeitura.

O alvará de construção pode variar de nome conforme a cidade, chamando-se de: Alvará de Execução, Licença de
Execução, Licença de Construção ou Demolição (conforme o caso).

Fonte:

Ele garante que a obra foi aprovada pelas autoridades técnicas do município quanto às questões urbanísticas legais,
define um prazo e quem será o responsável por construir atendendo as questões de saúde, segurança e meio ambiente.

CERTIFICADO DE VISTORIA E CONCLUSÃO DE OBRA


O Certificado de Vistoria e Conclusão de Obra (CVCO) ou Habite-se é uma certidão expedida pelas prefeituras municipais
declarando que as obras de uma edificação (como uma casa, prédio, galpão ou salão) estão prontas e ela pode ser
habitada.

O mesmo vale para reformas: o Habite-se atesta que o edifício está pronto para receber seus ocupantes.

Para o proprietário ele é uma garantia de que a construção seguiu corretamente o projeto aprovado conforme a legislação
(como o código de obras, código sanitário, lei de uso e ocupação do solo e zoneamento).

Assim, ele relaciona-se diretamente à segurança dos futuros moradores, autorizando o início da utilização.

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Para solicitar esse serviço, é necessário já ter obtido ou feito:

• Consulta de uso e ocupação do solo;

• Verificação de projeto legal de construção;

• Aprovação de projeto de prevenção de incêndio em edificação;

• Aprovação de projeto legal de construção;

• Alvará de construção;

• Obra executada;

• Alvará sanitário de construção (Habite-se).

Documentos necessários para requerer

• Cópia do alvará de construção;

• Cópia do alvará sanitário de construção (Habite-se) ou do protocolo (comprovante) de que o Habite-se já foi
solicitado;

• Cópia da aprovação de projeto de prevenção de incêndio em edificação, em caso de edificação de uso comercial,
de serviço, industrial, institucional ou condomínio residencial ou comercial.

O CVCO não representa qualquer garantia de segurança quanto à execução da obra. A responsabilidade pela segurança é
única e exclusiva do responsável técnico pela execução da obra. Pode ser concedido CVCO parcial para edificações
mistas.

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS


A Certidão Negativa de Débitos (CND) é um documento emitido pela Receita Federal cuja função é comprovar que a
pessoa ou objeto (carro, imóvel, terreno etc.) não possui débito junto aos órgãos públicos, ou seja, que não existem ações
civil, criminal ou federal com relação a essa pessoa ou objeto.

Para obras acima de 70m2, o registro de imóveis solicita a CND do INSS.

No início da obra, deve ser feita uma matrícula junto ao INSS (Cadastro Específico do INSS – CEI) para o
recolhimento dos impostos relativos a execução da obra.

Ao final da obra, deve ser procurada uma agência da Receita Federal, munido do projeto aprovado, da ART e do
CVCO, para que seja verificado o valor devido pela obra ao INSS. A esse valor deve ser deduzido o valor recolhido
durante a execução, o qual deverá ser pago para a emissão da CND.

Quem quiser consultar ou emitir uma CND, basta acessar o site da Receita Federal, preencher um formulário com os
dados necessários e receberá via internet. A certidão só será emitida se não houver débitos e sua validade é de 180 dias.

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AVERBAÇÃO

Averbação é o ato de constar à margem de um assento (registro) um fato ou referência que o altere ou o cancele.

No plano do Registro Público, é utilizado com frequência por profissionais que trabalham como registradores e notários.
Esses profissionais que prestam um serviço privado por meio de delegação do poder público irão averbar sentenças
judiciais nos livros de registro que ficam guardados sob os cuidados dos titulares em seus cartórios.

As averbações podem ser exigidas, por meio de um requerimento disposto no cartório de registro de imóveis, pelo próprio
interessado no registro.

Após a obra concluída e emitida a CND do INSS, a construção pode ser averbada junto ao registro de imóveis. Em outras
palavras, onde continha apenas um terreno, agora, será incluída a construção em questão e a obra finalmente estará
regularizada.

Atenção
,
A única garantia que você tem de dispor integralmente de seu bem imóvel, de preservá-lo e protegê-lo de qualquer dano provocado
por terceiros, é quando seu nome consta como proprietário.

FISCALIZAÇÃO
Todos os trâmites acima citados são obrigatórios para qualquer tipo e tamanho de construção. Entre algumas
fiscalizações comuns estão a do CREA e a municipal (SMU).

O objetivo da fiscalização do CREA é verificar se as obras e os serviços técnicos de Engenharia, Agronomia, Geologia,
Geografia e Meteorologia estão sendo conduzidos tecnicamente por profissionais e empresas legalmente habilitadas
junto ao conselho.

Ao responsável técnico cabe exercer a profissão em observância aos princípios éticos, tecnológicos e ambientais
compatíveis com as necessidades da sociedade.

O CREA tem duas formas de fiscalização:

Fiscalização pedagógica ou de orientação

De cunho preventivo, realizada de várias formas (atendimento presencial, palestras, site, revista
de tópicos etc.), sempre com o intuito de orientar e informar aos profissionais e responsáveis
por empresas, sobre suas responsabilidades legais e tem como objetivo gerar regularizações
sem punições.

Fiscalização punitiva

Aplicada quando estão esgotadas as possibilidades preventivas e de regularização da obra ou


serviço. Estas geram notificações, autuações, multas, inscrição em dívida ativa e, em certos
casos, até execuções fiscais.

O CREA mantém uma fiscalização constante em todas as regiões, verificando se as obras em andamento estão sendo
acompanhadas por um profissional qualificado (engenheiro civil ou arquiteto).

Quando destas visitas, o fiscal do CREA identifica a obra com um adesivo do CREA. Além disso, ele verifica a
disponibilidade das ARTs dos projetos e da execução da obra, bem como a placa de obra.

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Por fim, o fiscal deixa um relatório de visita com o responsável pela obra, anotando o que encontrou. Existindo alguma
irregularidade o proprietário é notificado em tem um prazo para regularizar, estando este passível de multa.

Caso a obra não possua os projetos, será necessário protocolar todos os projetos da obra junto ao CREA para posterior
análise.

Na fiscalização municipal, a prefeitura, por meio da SMU, normalmente verifica as obras mediante uma denúncia. Caso
contrário, apenas fará uma vistoria na obra quando da solicitação do CVCO.

Tratando-se de denúncia e existindo alguma irregularidade na obra, o proprietário é notificado, tem um prazo para
regularizar a obra e estará passível de multa e embargo (paralisação) da obra.

Questão 1: Quem fiscaliza se uma obra tem engenheiro ou arquiteto contratado?

SMU
CREA
HABITE-SE
INSS
ART

Justificativa

Questão 2: Que documento assegura à sociedade que as atividades técnicas em uma obra são realizadas por profissional
habilitado?

CREA
CAU
ART
HABITE-SE
SMU

Justificativa

Questão 3: Que documento é uma garantia de que a construção seguiu corretamente o projeto aprovado conforme a
legislação?

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CAU
HABITE-SE
CREA
ART
SMU

Justificativa
ATIVIDADE
Existem diversos simuladores que são utilizados para calcular o custo de uma construção.

Acesse o simulador do site Planta Pronta que leva em consideração a localização do terreno
(https://www.plantapronta.com.br/custo-de-obra/qxiuygaa.html (glossário)/custo-de-construcao) e realize a simulação de
uma construção com 150 m² de área construída, com os pavimentos térreos, e com um padrão de nível médio. Ao
introduzir essas informações, o sistema desse site lhe dará informações sobre o custo da: Estrutura, Alvenaria, Laje,
Telhado, Reboco, Contra Piso e Calçada, Portas e Janelas, Pisos e Revestimento, Pintura, Aparelhos Hidráulicos,
Instalações Hidráulicas, Instalações Elétricas e Mão de Obra.

Verifique se o custo total ficará acima ou abaixo de R$ 250.000,00.

Resposta Correta

Glossário

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Planejamento e controle de
obras

Aula 3 - Engenharia legal, legislação social e


trabalhista e SMS
INTRODUÇÃO

Nesta aula, constataremos que, na indústria da Construção Civil, é preponderante a figura da empreitada. Por conta disso,
surge sempre o debate sobre a responsabilidade civil dos envolvidos na obra.

Abordaremos também, o ramo de especialização da Engenharia que atua na interface com o Direito, colaborando com
juízes, advogados e as partes, para esclarecer aspectos técnicos legais envolvidos em demandas da área da Construção
Civil.

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Conheceremos os conceitos básicos de vistoria, perícia, laudo e parecer.

OBJETIVOS

Reconhecer como contratar com Preço Fechado ou Empreitada por Preço Global.

Reconhecer como contratar com Preço de Custo ou Construção por Administração.

Reconhecer como contratar com Preço Máximo Garantido ou PMG.

Reconhecer como contratar com Preço Tomada de Preços ou Empreitada por Preços Unitários.

Compreender os principais conceitos de Engenharia Legal.

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PREÇO FECHADO OU EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL

O “preço fechado” ou a “empreitada por preço global” é o contrato mais prático e de menor risco que existe.

O cliente paga um preço fixo e determinado e a construtora executa a obra de forma completa, desde a fundação até o
acabamento. Para que o contrato por preço fechado funcione bem, é fundamental que o escopo da obra esteja claro para
ambas as partes e com os projetos bem definidos.

A principal desvantagem dessa modalidade é tributária. Como, no Brasil, temos a cobrança de vários impostos diretos
(PIS, COFINS e ISS, por exemplo), quando a construtora emite uma nota fiscal para o empreendedor imobiliário pagar, ela
incluirá esses impostos sobre o seu preço, inclusive sobre produtos e serviços de subcontratados. Assim, ocorre a
cobrança de imposto sobre imposto, encarecendo a obra.

Exemplo
,
Por exemplo, imagine que uma obra custe R$9,6 milhões sendo que:

• R$3 milhões de mão de obra de empreiteiros;

• R$5 milhões de materiais + equipamentos e

• R$1,6 milhão de margem para a construtora (incluindo nessa margem os custos indiretos, folga para riscos e lucro da empresa).

Ao emitir a nota fiscal de empreitada global, a construtora pagará os mesmos impostos que os empreiteiros e os fornecedores de
produtos já recolheram sobre os R$8 milhões.

Então, a construtora repassa esses custos extras para o cliente que deve arcar com um preço R$292 mil acima do custo total
considerando os acréscimos de 3,65% referentes a PIS e COFINS, por exemplo, se a construtora estiver no lucro presumido.
Entenda essa quebra de preços com o gráfico abaixo:

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Existe uma leve variação do modelo preço fechado que é a aplicação do conceito “turn key”, no qual a construtora tem
liberdade de executar a obra com tecnologias próprias.

A construtora garante o fim (obra pronta), mas o cliente não tem controle sobre o meio (como ela construirá).

PREÇO DE CUSTO OU CONSTRUÇÃO POR ADMINISTRAÇÃO


Essa modalidade de contratação é utilizada quando se tem uma ideia macro, como um projeto básico, mas muitos
detalhes estão sem definição, funcionando da seguinte forma: a construtora executa a obra e cobra uma taxa de
administração que pode ser calculada por um percentual (de 8% a 25% conforme o tipo e tamanho da obra – quanto
maior, mais barata) sobre os custos de materiais e mão de obra ou uma remuneração fixa mensal.

Fonte:

Daí o nome de contrato de construção por administração ou preço de custo, porque o cliente sabe exatamente o custo de
cada item da obra.

Como a construtora não pode orçar a obra para passar um preço fixo pela falta de detalhes e definições, mas o cliente
quer começar a construção e definir, por exemplo, acabamentos e revestimentos mais adiante, o cliente pagará essa taxa
de administração para garantir a margem da construtora.

Se o empreendedor precisar parar, por algum motivo, a obra por administração, geralmente não há penalidades.

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Fonte:

Isso quer dizer que quanto mais cara ficar a obra, mais a construtora ganha?

Sim, esse tipo de contratação sofre bastantes críticas por conta desse risco e é difícil encontrar empresas sérias que
trabalham de forma eficiente apesar deste empecilho.

No mesmo exemplo da obra de R$9,6 milhões, se fosse fechada uma taxa de administração de 20% com a construtora
sobre os custos de mão de obra, equipamentos e materiais, o cliente pagaria exatamente os R$9,6 milhões caso os
custos estimados fossem efetivamente executados.

Supondo que, durante a obra, a construtora tenha conseguido economizar 3% na mão de obra, porém gastado 15% a mais
com equipamentos e materiais, a taxa de administração será cobrada em cima do executado e não da estimativa.

Neste caso, o cliente desembolsa essa diferença arcando então com uma obra de quase R$10,4 milhões:

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PREÇO MÁXIMO GARANTIDO (PMG)


A modalidade de “Preço Máximo Garantido” é conceito de contrato híbrido entre o preço fechado e a construção por
administração. No PMG, a construtora elabora um orçamento aberto com uma taxa de remuneração e apresenta ao
empreendedor.

Caso ele concorde, assinam o contrato com duas condições principais:

• se a obra custar mais barato, eles dividem o resultado da economia;

• se a obra ficar mais cara, a construtora assume o prejuízo.

Retomando o exemplo da obra de R$9,6 milhões, suponhamos que o “Preço Máximo Garantido” seja estabelecido em
R$10 milhões:

•se a obra custar mais do que isso, o cliente paga somente este valor;

• se a obra custar menos, eles dividem a economia em 50%.

O que aconteceria se a construtora contratasse mal seus fornecedores estourando seu orçamento de materiais, mão de
obra e equipamentos em R$800 mil (R$300 mil de mão de obra e R$500 mil de materiais + equipamentos)?

Neste caso, ela teria que utilizar sua própria margem para absorver o estouro de custos e garantir o preço máximo de
R$10 milhões para o cliente:

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Quando ocorre o aumento dos custos, há sempre o risco de a construtora desistir da obra ao ver que não será possível
finalizá-la no preço acordado. Como a construtora deveria tirar recursos do próprio bolso para terminar a obra, ela pode
simplesmente largar a obra incompleta para não tomar o prejuízo, o que só piora para o contratante.

A matemática deste tipo de contrato de construção é simples, mas, na prática, a negociação é bem complicada.

No estabelecimento do orçamento da obra, a construtora tende a superestimar os custos para tentar aumentar suas
chances de economizar, enquanto o cliente precisa ter o discernimento técnico para julgar os preços e as soluções
propostas.

O Preço Máximo Garantido funciona bem com empresas parceiras e com mútua confiança representando uma excelente
solução para ambas as partes trabalharem juntas alinhando interesses e evitando o estouro de orçamento.

TOMADA DE PREÇOS OU EMPREITADA POR PREÇOS UNITÁRIOS


Nesta modalidade, cada serviço executado para construir o projeto tem um preço determinado por unidade de medida.

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Exemplo
,
• metro cúbico de estrutura de concreto;

• quilos de estrutura de aço;

• metro quadrado de assentamento de piso;

• metro linear de muro de divisa.


O preço final da construção é a soma dos preços dos serviços multiplicados pelas suas quantidades. Essa forma de
contratar é comum em obras de manutenção, reformas e de infraestrutura, onde há poucos serviços e grandes
quantidades.

Tomando como exemplo uma obra de uma estrada, fixa-se um preço pelo metro cúbico de movimentação de terra e pelo
metro quadrado de asfalto, ao final de uma etapa, mede-se as quantidades executadas e paga-se o preço, o qual pode ter
leve variação do orçamento inicial.

Fonte:

Para encontrar o melhor modelo de contrato é importante que você entenda como cada construtora está acostumada a
trabalhar. O ideal é perceber qual a forma de contrato que resultaria no melhor preço, sem comprometer o prazo nem a
qualidade.

A ENGENHARIA LEGAL
A Engenharia Legal:

Compreende todas as atividades do engenheiro que tendem a solucionar problemas jurídicos dependendo de
conhecimentos técnicos, os quais normalmente não são inerentes aos advogados e magistrados, traduzindo
especialmente a função do perito judicial em matéria de Engenharia.

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Atua na interface Direito-Engenharia, colaborando com juízes, advogados e as partes, para esclarecer aspectos
técnicos legais envolvidos em demandas.

Talvez seja a mais antiga das Ciências Forenses. As primeiras perícias em Engenharia são atribuídas aos antigos
egípcios, os quais as realizavam para preparar as terras doadas pelos faraós aos súditos.

Para a Engenharia Legal, a análise do problema compreende não somente a determinação da(s)causa(s) direta(s), mas
também de tudo aquilo que está relacionado, mas não atuou diretamente.

Não basta dizer o que provocou o evento, e sim como se chegou a ele. É muito comum haver uma causa imediata, às
vezes, facilmente visível e inapropriadamente dita como causa única.

Fonte:

Pode-se dizer então que Engenharia Legal é a aplicação dos princípios das mais diversas áreas das engenharias para
responder questionamentos oriundos de situações delituosas ou de conflitos. Normalmente, estas situações envolvem
crimes, acidentes, falhas, desastres ambientais, catástrofes e outras mais.

PRINCIPAIS CONCEITOS (CONFORME A NBR 13.752/1996)


Vejamos:

Projeto

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Descrição gráfica e escrita das características de um serviço ou obra de Engenharia ou de


Arquitetura, definindo seus atributos técnicos, econômicos, financeiros e legais.

Arbitramento

Atividade que envolve tomada de decisão ou posição entre alternativas, tecnicamente,


controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos.

Vistoria

É a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos


elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram.

A vistoria é uma importante fase do processo de avaliação visando permitir ao engenheiro de


avaliações conhecer, da melhor maneira possível, o imóvel avaliando e o contexto imobiliário a
que pertence. (DANTAS, 1998)

Patologia Construtiva

É o estudo que se ocupa da natureza das modificações estruturais e/ou funcional, produzindo
anomalias construtivas.

Laudo

É a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá suas conclusões
ou avalia, fundamentadamente, o valor de coisas ou direitos.

Do ponto de vista prático, o laudo é o resultado da perícia expresso em conclusões escritas e


fundamentadas, devendo conter fiel exposição das operações e ocorrências das diligências,
concluindo com parecer justificado sobre a matéria submetida a exame do especialista e
respostas objetivas aos quesitos formulados pelas partes e não impugnados pelo juízo.
(MEDEIROS JR. e FIKER, 1996)

Parecer

Opinião, conselho ou esclarecimento técnico emitido por um profissional legalmente habilitado


sobre assunto de sua especialidade.

Difere do laudo pericial por não ser necessariamente requisitado por um juiz e por ter um
modelo mais simples de regras para sua elaboração. Tende a ser mais informal para facilitar a
compreensão do consultante.

Os pareceres técnicos dos assistentes poderão ser concordantes ou discordantes do laudo do


perito judicial. Em qualquer um dos casos, seu objetivo será sempre o de verificar os pontos do
laudo oficial, de maneira clara e objetiva, tendo em vista sempre o esclarecimento da verdade,
acima dos interesses das partes. (FIKER, 1989)

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Perícia

Atividade que envolve a apuração das causa que motivaram determinado evento ou da
asserção de direitos.

Dentre os vários meios produtores de prova no Direito, a perícia se destaca como um meio
especial. O concurso de um profissional especialista, na área em questão, faz-se necessário
para o esclarecimento de fatos técnicos.

A PERÍCIA
Vejamos:

Objetivo

Examinar o fato característico e peculiar de um litígio fornecendo, por meio do Laudo Perícias
(redigido em linguagem acessível ao ser humano normal) condições para julgamento e
apreciação jurídica do fato estudado.

No Brasil, a Perícia Judicial é introduzida pelo código de processo civil de 1939, em seus art.
238 e 254, que regulam a perícia, a nomeação do perito pelo juiz e a indicação pelas partes.

Com a Reformulação do CPC, a Perícia atualmente está disciplinada nos art. 145 a 147 (Do
perito) e art. 420 a 430(Da Prova Pericial).

Tipos

A perícia pode ser: judicial, extrajudicial.

Lei mais sobre perícia judicial e extrajudicial (galeria/aula3/docs/tipos_pericia.pdf).

A Perícia como prova

A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação (Art. 420, CPC).

Nos assuntos que envolvem Engenharia, só podem ser realizadas por profissional habilitado.

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Ao executar uma perícia de Engenharia, o profissional deve considerar os efeitos sociais, tais
como:

• Uma justa e honesta partilha de bens, de um processo de inventário;

• Uma resolução de uma questão trabalhista;

• A determinação do valor de um bem numa ação de danos reais.

O compromisso moral e ético do perito para com a sociedade e para com sua classe
profissional constitui o principal lastro e sustentação da realização profissional.

A Perícia: profissional

O perito em Engenharia é aquele que investiga, analisa informações colhidas e apresenta


conclusões sobre as condições técnicas de um imóvel, de uma máquina, ou de qualquer outro
produto da sua área.

O perito engenheiro civil avalia as causas de um acidente, como o desmoronamento de um


edifício por falha estrutural, patologias, anomalias ou qualquer desempenho insatisfatório da
edificação decorrente de má-execução, erro de projeto ou problema com material.

A Perícia: Engenharia e Direito

Não é preciso ter conhecimentos profundos de Direito, mas noções sobre o Código Civil e a
disciplina processual ajudam muito quem trabalha como perito judicial (a pedido de juízes) ou
como assistente técnico.

Saber a linguagem jurídica para se comunicar com clientes, e mesmo a legislação ordinária
pertinente à Construção Civil, são requisitos que estão além de uma sólida formação técnica
em Engenharia.

Questão 1: Qual a principal desvantagem da modalidade “preço fechado”?

Tributária
Tempo
Materiais
Mão de obra

Justificativa

Questão 2: Em um empreendimento com contrato de PMG de situação favorável, a construtora economizou R$550 mil
(sendo R$200 mil em mão de obra e R$350 mil em materiais + equipamentos). Qual seria o valor do desconto no preço
final que o cliente receberia?

R$ 550 mil

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R$ 275 mil
R$ 200 mil
R$ 350 mil

Justificativa

Questão 3: Como é constituído o preço final de uma construção contratada por meio da modalidade de empreitada por
preços unitários?

É a soma dos preços dos serviços divididos pelas suas quantidades.


É a subtração dos preços dos serviços multiplicados pelas suas quantidades.
É a soma dos preços dos serviços multiplicados pelas suas quantidades.
É a subtração dos preços dos serviços divididos pelas suas quantidades.

Justificativa

Questão 4: “A constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o
constituem, sem a indagação das causas que o motivaram”, é a definição de:

Parecer
Laudo
Vistoria
Perícia

Justificativa

Questão 5: De acordo com o art. 420 do CPC, a prova pericial consiste em?

Exame, vistoria e avaliação


Laudo extrajudicial
Parecer jurídico

Justificativa
ATIVIDADE
Quando você vai construir um imóvel, é preciso antes pedir um alvará de construção na prefeitura. Para que esse alvará
seja aprovado, o tamanho da construção e do terreno devem seguir as regras impostas pelo município.

É dever da construtora entregar o projeto na prefeitura para avaliação, segundo a Lei n. 1.172/96.

Primeiramente, o proprietário (ou preposto) deve comparecer à Administração Regional competente e apresentar o
projeto arquitetônico com os documentos complementares, assim o processo será autuado e receberá um número. O
setor de projetos e obras conferirá esses documentos e emitirá um visto sobre o projeto caso seja aprovado. Qual será o
próximo passo do construtor?

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Resposta Correta

Glossário

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Planejamento e controle de
obras

Aula 4 - Planejamento e Controle de Obras:


Objetivos e principais aspectos
INTRODUÇÃO

Nesta aula, veremos que o responsável pelo planejamento de uma obra deve dominar, de maneira segura e global, todo o
empreendimento adquirindo um alto grau de conhecimento do projeto, e permitindo mais eficiência na execução dos
trabalhos.

Deve-se ter em mente a obra como um todo. Com a elaboração do planejamento, o profissional tem a oportunidade do
estudo dos projetos, bem como, a análise do método construtivo, a produtividade considerada no orçamento e o período
trabalhável em cada frente de serviço.

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OBJETIVOS

Reconhecer a importância do orçamento de uma obra.

Compreender o planejamento e as suas ferramentas.

Analisar o funcionamento do controle de custos em uma obra.

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A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO DE UMA OBRA


O orçamento é um produto definido, informando:

• o valor para a realização de um determinado produto ou serviço,

• as condições necessárias para a sua realização,

• o objeto a ser realizado e

• o prazo para que este produto ou serviço se realize.

Elaborar um orçamento exige um processo ao qual denominamos de orçamentação. A técnica orçamentária exige:

• identificação clara do produto e ou serviço;

• descrição correta;

• quantificação;

• análise e valorização de uma série de itens, requerendo técnica, atenção e,

• principalmente, conhecimento de como se executa uma determinada obra e ou serviço.

O conhecimento detalhado do serviço, a interpretação detalhada dos desenhos, planos e as especificações da obra
nos permite a melhor maneira de realizar cada tarefa, bem como reconhecer a dificuldade de cada serviço e
consequentemente seus custos.

Atenção
,
O orçamento é a base de fixação do preço de um determinado projeto ou empreendimento. É uma das mais importantes áreas no
negócio da Construção Civil.
Executar um orçamento não pode ser considerado um jogo de adivinhação, deve ser um trabalho bem feito, com critérios,
normas, regras e utilização de informações confiáveis.

Para que o verdadeiro custo de um empreendimento se aproxime ao máximo da estimativa de custo realizado, ou seja,
nenhum orçamento fixa de antemão o valor exato dos custos.

O que um bom orçamento realmente consegue é uma estimativa precisa de custos em função da qual a empresa
construtora irá atribuir o seu melhor Preço de Venda.

Em geral, um orçamento é elaborado considerando-se:

Custos diretos

Mão de obra de operários, materiais e equipamentos.

Custos indiretos

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Equipes de supervisão e apoio, despesas gerais com o canteiro de obras, taxas etc.

Preço de venda

Incluindo custos diretos e indiretos, adicionando-se os impostos e o lucro da operação.

O preço final de um orçamento, em uma planilha de vendas, proposto por uma construtora ou por um construtor não deve
ser tão baixo a ponto de não permitir lucro; e também não deve ser tão alto a ponto de não ser competitivo com outras
empresas na disputa da realização de determinado serviço e ou empreendimento.

Na elaboração de um orçamento, duas empresas construtoras chegarão sempre a valores bem distintos e diferentes para
uma determinada concorrência; porque diferentes são os critérios utilizados:

• a metodologia de levantamento de quantidade;

• as técnicas e os métodos para a execução da obra;

• os preços coletados;

• o BDI (Bonificação de Despesas Indiretas) adotado pelas empresas, dentre outros fatores.

Em resumo, podemos afirmar que o orçamento reflete a ideologia e as premissas de uma construtora, constituindo-
se em um produto que define a qualidade e competência da empresa.

O PLANEJAMENTO E SUAS FERRAMENTAS


Vejamos:

Planejamento

Quanto mais o planejamento for eficaz, mais se consegue a garantia de qualidade e


produtividade das obras, racionalização e economia de materiais e serviços, treinamento da
mão de obra, entre outros.

Ao planejar bem uma obra, o gestor adquire alto grau de informação do empreendimento, o
que lhe permite ser mais eficiente na condução dos trabalhos.

Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula4/docs/planejamento.pdf).

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Ferramentas

Um dos instrumentos mais conhecidos para a realização do planejamento de obra é o


cronograma de barras ou gráfico de Gantt (veremos um exemplo a seguir).

O cronograma de barras ou cronograma físico-financeiro mostra-nos a sequência de atividades


planejadas previstas para a realização de um respectivo empreendimento, em determinado
tempo, associado ao recurso disponível a ser utilizado e consumido nesse período de tempo.

É um método relativamente antigo, pois foi criado em 1918, mas ainda bastante praticado.

Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula4/docs/ferramentas.pdf).

O FUNCIONAMENTO DO CONTROLE DE CUSTOS EM UMA OBRA


O controle de custos e os preços fazem parte do conceito econômico, são estimativas e quantificações técnicas de
despesas e receitas, não relacionadas diretamente com o dinheiro.

O conceito econômico nas despesas são as obrigações contratuais e nas receitas são os direitos contratuais.

O conceito financeiro engloba as entradas e saídas de dinheiro propriamente dito, ou seja, desembolsos-saídas de
caixa e recebimentos-entradas de caixas.

Neste sentido, o controle de custos, no gerenciamento de um determinado empreendimento, são as obrigações


contratuais e correspondem às despesas necessárias para o cumprimento do contrato, portanto devem ser objeto de
exame rigoroso, no sentido de ser cumprido o que foi previsto quando da elaboração do orçamento.

Na execução de uma obra, devem ser considerados dois tipos de custos:

Diretos

Aqueles diretamente relacionados com os serviços a serem feitos na obra.

Indiretos

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Aqueles que não estão diretamente relacionados com os serviços, mas fazem parte da estrutura organizacional da
empresa construtora e da administração da obra.

Fazem parte dos custos diretos:

• mão de obra produtiva;

• salário e encargos sociais;

• materiais;

• equipamentos;

• despesas da obra com abastecimento;

• segurança e outros.

Em relação aos custos indiretos, são:

• despesas relativas às instalações do escritório, aluguel, condomínio, luz, telefone etc.;

• despesas com pessoal administrativo (diretor, gerente, contador, secretária e outros);

• despesas com comercialização (montagem de propostas, visitas a clientes, marketing, brindes etc.);

• despesas com apoio técnico de escritório com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de serviço).

EXERCÍCIOS
Questão 1: Assinale apenas a opção que representa um custo direto na elaboração de um orçamento de obra:

Equipes de supervisão e apoio.


Despesas gerais com o canteiro de obras.
Mão de obra de operários.
Taxas

Justificativa

Questão 2: Um dos instrumentos mais conhecidos para a realização do planejamento de obra é o?

Gráfico de Gantt
Gráfico do Excel
PDCA
Gráfico de pizza

Justificativa

Questão 3: Aqueles que não estão diretamente relacionados com os serviços, mas fazem parte da estrutura
organizacional da empresa construtora e da administração da obra são denominados?

Custos diretos
Custos flexíveis
Custos indiretos
Custos essenciais

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Justificativa
ATIVIDADE
Indique a diferença entre estimativa de custos e orçamento.

Resposta Correta

Glossário
GRÁFICO DE GANTT

Desenvolvido em 1917, pelo engenheiro mecânico, Henry Gantt, esse gráfico é utilizado como uma ferramenta de controle de
produção. Nele, podem ser vistas as tarefas de cada membro de uma equipe, bem como o tempo utilizado para cumpri-las.

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15/11/2021 00:30 Disciplina Portal

Planejamento e controle de
obras

Aula 5 - Técnicas, métodos e sistemas


INTRODUÇÃO

Nesta aula, veremos que não se trata do controle de obras por si só, sem a referência de sua continuidade e de sua
dependência quanto ao planejamento. Ambos se complementam, de forma a garantir os resultados planejados para os
empreendimentos.

Além disso, observaremos que o controle de obras não é uma atividade avulsa, empírica, esporádica, que explora somente
os pontos aparentemente críticos da construção. Seu papel é evitar as distorções (perdas) e os desvios de parâmetros
em relação ao que foi planejado.

OBJETIVOS

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Listar as principais técnicas aplicáveis ao controle de obras.

Reconhecer o conjunto de métodos e sistemas para impedimento de perdas.

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15/11/2021 00:30 Disciplina Portal

PRINCIPAIS TÉCNICAS APLICÁVEIS AO CONTROLE DE OBRAS


O sistema de planejamento e controle pode ser representado, de maneira resumida, pelo ciclo das seguintes etapas que
se repetem:

Quanto mais racional e rigoroso o sistema de controle, maior segurança e confiabilidade nas programações física e
financeira, e maior o progresso na obtenção de melhores índices de produtividade e redução das perdas.

Planejamento, programação e controle são atividades interligadas e interdependentes que não se desenvolvem
sequencialmente, mas se sobrepõem em uma complementação que se opera em todas as direções.

Não há, portanto, sentido em pensar em desenvolver uma das três atividades sem as outras.

O controle de obras (glossário) é uma atividade permanente e deve ser programada para atuar de forma preventiva e
raramente corretiva. Para isso, existe a necessidade de implantar um sistema formalizado, racional, sistemático,
abrangente, objetivo e detalhado, utilizando manuais de instruções bem elaborados.

Fonte:

A ideia é que todos os elementos envolvidos na obra tomem conhecimento e saibam como proceder para que o sistema
cumpra seu objetivo.

O sistema de controle de obras tem objetivos claramente definidos. São eles:

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Acompanhar, diariamente, a execução dos serviços, visando a bons resultados de produtividade e custos, o que
proporciona grande ajuda na administração da obra.

Apurar prazos reais de execução de serviços e etapas construtivas, bem como de seus custos reais, permitindo
comparações com os parâmetros previstos – chamamos essa apuração ou coleta de apropriação de dados.

Tomar decisão em casos de desvios nos prazos ou custos previstos/executados (reais).

Obter dados que sirvam para realimentar todo o processo de planejamento, programação e controle em
empreendimentos futuros.

Para um controle eficiente, seu método precisa ser simples, e o planejamento e a programação, bem trabalhados.

Por issoproduzidos nas fases de planejamento e programação. Entre eles, destacamos:

a) Projetos executivos completos e atualizados em suas eventuais alterações;

c) Orçamentos e suas memórias de cálculo;

b) Cronogramas físicos e financeiros e, se for o caso, redes de precedência;

d) Especificações técnicas da obra, com suas eventuais alterações;

e)Tabelas de composição de custos para obras, em livros, revistas especializadas ou terminais de computadores que
forneçam tais dados;

f) Plano de contas da empresa usado para a obra.

Em resumo, o controle é dividido em quatro fases, como mostra o quadro a seguir:

FASE DESCRIÇÃO

Nível de desempenho esperado para cada meta. Os parâmetros


Estabelecimento de parâmetros de
servem como pontos de

desempenho
referência para avaliar o desempenho real.

Os dados de desempenho são obtidos de três fontes:

1. Relatórios por escrito;

Medição de desempenho
2. Relatórios verbais;

3. Observação pessoal.

O avaliador analisa o desempenho. Desvios pequenos são


Comparação do desempenho com
aceitáveis, já grandes

o parâmetro
desvios podem ser graves.

Garantia de que as operações serão ajustadas para atingir os


Medidas corretivas resultados inicialmente

planejados.

Adaptado de: Rocha, 2007.

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15/11/2021 00:30 Disciplina Portal

O controle de obras constitui-se, portanto, de uma forma de se evitar perdas. Como exemplo, podemos citar as perdas de
materiais, que podem ter origem em diferentes momentos dentro da vida de um empreendimento.

Simplificadamente, podemos distinguir três grandes fases do empreendimento:

Fonte da Imagem:

Concepção

Execução

Utilização

Assim, um superdimensionamento da estrutura poderia ser considerado perda de aço, na medida em que estivesse
especificando uma quantidade de material excedente em relação àquela preconizada pelas normas técnicas.

Da mesma forma, a utilização de maior quantidade de tijolos que aquela estritamente necessária para a vedação
dos vãos representaria uma perda na execução (SOUZA, 1997).

MÉTODOS E FERRAMENTAS PARA IMPEDIMENTO DE PERDAS

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Os métodos de combate ao desperdício de uma empresa envolvem a utilização de ferramentas que visam reduzir ao
desperdício, que se empregam no processo produtivo, tornando-o mais eficiente e eficaz.

As perdas constituem uma grande preocupação de quem procura gerir um processo produtivo. Dessa forma, para que
seja possível melhorar qualquer sistema ou processo, é necessário, antes, dispor de uma ferramenta que permita
entender o que está realmente ocorrendo.

Vamos conhecer, a seguir, algumas dessas ferramentas.

Indicadores

À expressão numérica das perdas ou consumos de materiais damos o nome de indicador.

Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula5/docs/indicadores.pdf).

Diagrama de Pareto

O Diagrama de Pareto é uma das ferramentas da qualidade e permite uma fácil visualização e
identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de
esforços para saná-los.

Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula5/docs/diagrama_pareto.pdf).

Curva ABC

Com base no princípio do Diagrama de Pareto, no qual se estima que 80% dos problemas
sejam provocados por 20% das causas, surgiu a Curva ABC.

Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula5/docs/curva_abc.pdf).

Controle de prazos

O controle de prazos e de custos é uma troca de informações constante entre o planejamento


e a obra, feita de maneira sistemática, de acordo com uma espécie de manual de rotinas
operacionais.

O cronograma físico (diagrama de barras) é o mais natural e objetivo meio de controle dos
prazos.

Para maior eficiência, a equipe de produção poderá desenvolver maior detalhamento do


cronograma, desmembrando serviços e reduzindo subunidades de tempo, de modo a propiciar
visualização em zoom, o que facilita as tomadas de decisões.

As redes Pert-CPM associadas também ajudam muito.

Curva S

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A Curva S é uma ferramenta que permite aos gestores controlarem o andamento do projeto e
verificarem se cada etapa está de acordo com a linha base definida na fase de planejamento.

Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula5/docs/curva_s.pdf).

Metodologia tempo-caminho

Uma técnica de programação linear que se destaca é a metodologia tempo-caminho, também


conhecida como linha de balanço. Essa técnica se resume ao conceito de que as tarefas são
repetidas inúmeras vezes ao longo do processo de construção. Para continuar lendo, clique
aqui (galeria/aula5/docs/metodologia_tempo_caminho.pdf).

EXERCÍCIOS
Questão 1: Analise a relação entre os tópicos e suas respectivas descrições:

I. Estabelecimento de parâmetros de desempenho

II. Medição de desempenho

III. Comparação do desempenho com o parâmetro

IV. Medidas corretivas


( ) O avaliador analisa o desempenho. Desvios pequenos são aceitáveis, já grandes desvios podem ser graves.

( ) Os dados de desempenho são obtidos de três fontes: relatórios por escrito, relatórios verbais e observação pessoal.

( ) Nível de desempenho esperado para cada meta. Pontos de referência para avaliar o desempenho real.

( ) Garantia de que as operações serão ajustadas para atingir os resultados inicialmente planejados.

Agora, assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA:

III - II - I - IV
II - III - IV - I
I - IV - III - II
IV - I - II - III
III - II - IV - I

Justificativa

Questão 2: A expressão dos valores das perdas e dos consumos associada a mais de uma etapa do fluxograma dos
processos é chamada de indicador:

Geral
Local
Global
Parcial
Universal

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Justificativa

Questão 3: De acordo com o estudo da Curva ABC, a classe B é aquela com:

Maior importância, valor ou quantidade, que corresponde a 20% do total.


Maior importância, valor ou quantidade, que corresponde a 70% do total.
Menor importância, valor ou quantidade, que corresponde a 50% do total.
Menor importância, valor ou quantidade, que corresponde a 80% do total.
Importância, quantidade ou valor intermediário, que corresponde a 30% do total.

Justificativa
ATIVIDADE
Pendente

Resposta Correta

Glossário
CONTROLE DE OBRAS

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Conjunto de atividades que leva à comparação eficaz entre o efetivamente realizado e o planejado, com as providências de
enquadramento dos resultados na conjuntura total apreciada, a fim de não produzir desvios em relação ao previsto.

MANUAL DE ROTINAS OPERACIONAIS

Coletânea auto-orientativa de planilhas e gráficos com informações e apropriações que serão consideradas nas análises do
desempenho da construção.

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Planejamento e controle de
obras

Aula 6 - Planejamento e Controle de Obras: da


teoria à prática (parte I)
INTRODUÇÃO

Saber o que o cliente precisa e elaborar o projeto com base nisso aumenta, e muito, a aceitação de um empreendimento
no mercado.

O terreno ideal é uma questão que também deve ser considerada. A análise da documentação necessária do terreno,
assegurando que a obra não terá problemas futuros, é importantíssima.

Um cronograma garante uma programação melhor das atividades. O projeto arquitetônico (planta) e estrutural bem

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detalhado facilita o trabalho de todos os envolvidos.

Nesta aula, você verá como se dá esse processo.

OBJETIVOS

Compreender a Pesquisa de Mercado.

Reconhecer o Terreno Ideal.

Analisar as Regularizações.

Elaborar Cronograma.

Elaborar Projeto.

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VÍDEO
Antes de iniciarmos nossa aula, vejamos o vídeo Aula 7 - Participantes do mercado de capitais. Através
dele, conheceremos como funciona a bolsa de valores do Brasil, a BM&F Bovespa.

A PESQUISA DE MERCADO

Apesar de parecer difícil conseguir informações, isso é só a primeira impressão mesmo: atualmente, já existem diversos
mecanismos para você não ficar só nas suposições do que as pessoas estão valorizando no momento e o que vão
valorizar no futuro. Por isso, antes de começar a formatar sua obra, conte com a orientação de uma pesquisa de mercado.

Dada a importância desse recurso, muitas empresas chegam a contratar institutos de pesquisa para fazer essa
verificação antes de dar qualquer passo mais significativo no mercado.

Em alguns casos, a pesquisa pode ser realizada pela própria empresa, como é o caso das construtoras, que têm à
disposição uma forma barata e muito assertiva para levantar essas informações.

Para obter dados mais precisos sobre as demandas do mercado, o construtor pode realizar entrevistas com moradores
das regiões que estão em vista, buscando entender o que as pessoas valorizam e não gostam na localização e no
empreendimento onde moram, para poder corrigir erros e ressaltar vantagens no projeto que será desenvolvido.

Principais motivos para utilizar a de pesquisa de mercado:

Conhecer melhor seu cliente ou cliente potencial de forma direta: Uma boa pesquisa junto aos consumidores (já
existentes ou futuros) indica como um produto será recebido, quem se interessa por ele e até que preço o
consumidor está disposto a pagar.

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Pode mostrar como o público reage ao nome do empreendimento, sua localização, seu design, suas
funcionalidades, entre outras características.

Minimizar chances de erros: Com o mercado mudando tão rapidamente e com tantos fatores em jogo, ninguém
pode mais trabalhar apenas na base de suposições.

Por isso, é importante fazer as perguntas certas, no momento certo, para as pessoas certas.

Identificar novas oportunidades:  As pessoas compram coisas que as ajudam e facilitam o seu dia a dia.

Por isso, além dos dados demográficos é preciso incluir questões emocionais, funcionais e também sociais e, se
possível, considerar uma etapa de observação comportamental como, por exemplo, acompanhar a rotina de um
cliente e o uso que faz dos espaços privativos e áreas comuns de empreendimentos já lançados.

Avaliar tendências do seu setor: O estilo de vida das pessoas vem mudando rapidamente e reflete direto no conceito
de moradia, ambiente de trabalho, comunicação, consumo e lazer.

Podem ser considerados ou validados, na pesquisa de mercado, tendências de novos materiais e sistemas
construtivos: reutilização de insumos, energias renováveis, novas formas de concepção de empreendimentos,
desenvolvimento e a mobilidade urbana e o conceito de Cidades Inteligentes.

O TERRENO IDEAL
Para escolha do terreno ideal algumas questões devem ser consideradas:

Acesso

o local do lote deve ter vias de acesso que possibilitem chegar a ele com vários tipos de
veículo e mesmo em dias chuvosos.

Também é preciso verificar o fluxo do trânsito das ruas próximas e se há restrições para o
tráfego de caminhões em determinados horários.

Topografia

a chuva não impacta somente na questão do acesso. Também é importante verificar com a
vizinhança se não costumam ocorrer alagamentos na região em dias chuvosos – esse é um
fator que pode, inclusive, acabar desvalorizando o imóvel.

Caso o terreno não seja plano, devem ser avaliados gastos com movimento de terra (corte e
aterro) em lotes inclinados acima ou abaixo do nível da rua (aclive e declive).

Redes públicas

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a existência de rede pública de água, energia e esgoto, representa uma facilidade e também
uma economia para a construção.

Caso contrário, terão que ser construídos poços e fossas sépticas, por exemplo, para uso
durante a obra.

Tipo de solo

verificar se o solo é resistente e capaz de suportar o prédio a ser construído, evitando o uso de
fundação de alto custo, e se não encharca facilmente, o que pode acabar atrasando a obra e o
lançamento do empreendimento.

Orientação

dê preferência a lotes que recebem mais luz do sol e ventilação para construir ambientes com
mais conforto térmico e possibilitar economias com energia elétrica e climatização.

Atenção
,
Clique (galeria/aula6/docs/outros_fatores.pdf) para acessar outras considerações a serem
observadas.
É possível solicitar a guia amarela junto à Secretaria de Urbanismo. Esta guia apresenta alguns parâmetros que deverão
ser verificados antes da construção, entre eles os mais importantes são:

Recuo

Recuo frontal: Espaço na frente do terreno onde não é possível construir. Normalmente é de 5,00m, mas deverá ser
verificado, pois pode haver variações. Recuo das divisas: Espaço exigido entre a construção e as divisas laterais e
dos fundos.

Taxa de ocupação

Normalmente é de 50%, ou seja, poderá ser construído no máximo 50% da área do terreno. Exemplo: em um terreno
de 300m², a parte térrea da casa poderá ter até 150m².

Faixa de drenagem

Destina-se à drenagem da água da chuva. A indicação na guia amarela é um alerta expedido pelo IPPUC para toda a
quadra onde passa a faixa de drenagem. É necessária uma consulta junto à prefeitura para verificar a localização
exata da faixa de drenagem na quadra e a eventual passagem no terreno em questão.

É interessante também, verificar algumas características nas imediações do terreno, como:

galeria/aula6/img/slider01.jpg

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Padrão das casas ou das quadras vizinhas quanto ao acabamento e ao material utilizado:

• se têm um bom acabamento,

• se são em alvenaria ou em madeira,

• se são térreas ou sobrados.

Isto é interessante ser verificado para que, por exemplo, você não construa uma casa térrea entre dois
sobrados, ficando sem sol em nenhum horário. Outra possibilidade é que você possa ter a sua casa de
alvenaria rodeada por casas de madeira.
galeria/aula6/img/slider02.jpg
Distância dos comércios mais próximos como:

• supermercado,

• farmácia,

• banco,

• lotérica.
galeria/aula6/img/slider03.jpg
Distância de alguns locais públicos como:

• ponto de ônibus,

• hospital,

• posto de saúde,

• escola,

• creche,

• módulo policial.
galeria/aula6/img/slider04.jpg
Distância até uma rua principal, rodovia, aeroporto ou indústria:

devido ao barulho ou incômodo que podem trazer futuramente. 

Vale a pena reforçar que o terreno deve ser escolhido considerando também as informações captadas
do público nas pesquisas de mercado.

Além dos aspectos mencionados, há também a orientação de verificar se o terreno está regularizado
antes de começar a construir.

REGULARIZAÇÕES
Antes de iniciar o projeto propriamente dito, deve-se exigir do vendedor do terreno toda a documentação necessária
assegurando que a construção não terá problemas futuros.

Ao analisar essa documentação de compra e venda, será possível identificar possíveis irregularidades do lote em relação
a:

Pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

Débitos nas concessionárias (taxas de água, luz e coleta de lixo, por exemplo).

Alvarás para demolição – quando for o caso.

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Passivos ambientais, os quais podem envolver indenizações e multas pendentes por impactos gerados à natureza.

O ideal é que o terreno a receber seu empreendimento esteja com tudo em dia – outra maneira de confirmar isso é
verificando a matrícula do imóvel, registrada na prefeitura.

Feito isso, é hora de providenciar a aprovação e regularização do projeto junto à prefeitura para gerar o alvará de
construção.

O órgão de cada município possui exigências específicas, por isso, é necessário pedir orientações sobre todos os
documentos para a aprovação da obra na própria cidade onde o empreendimento será construído.

Vale lembrar também que os projetos devem estar adequados ao Código de Obras e Zoneamento do município, que versa
sobre itens como:

• recuos (espaço entre calçada a área útil para a construção) e

• número máximo de pavimentos de acordo com a região.

Mas não para por aí. Antes de iniciar a construção, é necessário:

Que o engenheiro ou arquiteto responsável pelo projeto apresente à prefeitura a ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) da obra junto com o seu plano de construção.

Com esse documento, o profissional, amparado pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), assume
responsabilidade pelos projetos e sua execução.

Para construções de empreendimentos com mais de 70 metros quadrados é preciso ainda abrir uma matrícula
junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para o recolhimento de impostos relativos à execução da obra.

Somente depois de obter documentações e licenças como essas é que a obra pode começar, caso contrário, a
construtora poderá ser multada e a obra embargada e, em casos mais extremos, até demolida.

Fonte:

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Sem contar que não construir o empreendimento, de acordo com o projeto combinado, pode atrasar a emissão do Habite-
se e impedir a ocupação do imóvel na data combinada. Isto obrigará que a construtora faça todas as adequações
exigidas pelos órgãos municipais para o cliente em fim começar a habitar, gerando mais custos e insatisfação do
consumidor.

ELABORAÇÃO DO CRONOGRAMA
Elaborar um cronograma para a construção ajuda a prever o tempo que será gasto em cada fase da obra e programar
melhor as atividades desenvolvidas nelas.

É desse planejamento que serão retiradas informações para a realização de outras etapas com sucesso, além de ajudar a:

• atender aos prazos,

• controlar o financeiro,

• programar compras,

• gerir e contratar mão de obra e

• prevenir conflitos entre as atividades.

Um cronograma eficiente é composto por todas as ações necessárias para a finalização do empreendimento,
sequência de execução e tempo estimado.

A definição de atividades é o momento de listar todas as ações necessárias para entregar o empreendimento finalizado,
as quais podem ser informadas de forma simplificada ou detalhada. O ideal é fazer o desdobramento de cada etapa para
controlar melhor sua execução.

Fonte da Imagem:

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A colocação de uma piscina, por exemplo, pode ser dividida em:

• escavação,

• fundações,

• alvenaria,

• impermeabilização,

• revestimentos cerâmicos,

• instalações hidráulicas e

• iluminação.

Os serviços podem ser segmentados por local de trabalho também. Na construção de um edifício residencial, por
exemplo, a etapa de alvenaria acontece em vários locais, como térreo, 1º e 2º pavimento e assim por diante.

Para essa relação ficar o mais completa possível, vale buscar informações em todos os documentos disponíveis, como,
por exemplo, orçamentos e projetos de arquitetura, estrutural, elétrico e hidráulico.

Depois de listar todas as atividades, é hora de definir o relacionamento e a dependência entre elas. Nesse momento, serão
previstas ligações do tipo:

• “fim com início” (quando uma etapa inicia após o fim de outra),

• “início com início” (quando duas etapas devem começar juntas) e

• “fim com fim” (quando duas etapas devem finalizar juntas).

Fonte:

Aqui, vale tomar cuidado com a sobreposição de atividades. A execução de contrapiso e trabalhos na fachada, por
exemplo, são serviços que exigem interdição, por isso, deve-se evitar atividades simultâneas no mesmo ambiente.

Após listar e definir a posição de cada ação dentro do cronograma é preciso estimar a duração de cada uma delas. As
estimativas podem ser feitas com base em obras semelhantes (parâmetros) ou ainda com base na opinião de
especialistas:

• se o revestimento de fachada durou 2 meses, pode ser adotado o mesmo na obra atual;

• se o piso cerâmico do apartamento de 100 metros quadrados foi feito em 5 dias, no apartamento de 60 metros
quadrados podem ser estimados 3 dias.

Independentemente da técnica escolhida, o construtor não pode esquecer-se de considerar, nessa hora, itens que podem
impactar nos prazos estimados:

• limitações como verba liberada e disponibilidade;

• capacidade e velocidade dos equipamentos;

• além de condições climáticas adversas.

A maneira mais simples de começar a elaborar um cronograma é listar as atividades nas linhas e os meses nas colunas,
conforme modelo abaixo:

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Fonte: <https://goo.gl/iLtrGQ (glossário)>

Os campos preenchidos por linhas fazem parte de uma etapa do cronograma também muito importante para o bom
andamento da obra: a sua utilização.

Acompanhar o cronograma significa atualizá-lo periodicamente para sinalizar o estágio de evolução de cada atividade.
Isso permite que os construtores saibam o momento certo de iniciar as fases seguintes e, se preciso, recalcular prazos.

ELABORAÇÃO DO PROJETO

Um projeto é o documento de referência que vai guiar toda a execução da obra e mostrar aonde se precisa chegar.

Deve ser elaborado por arquitetos e engenheiros habilitados — responsáveis pelo projeto arquitetônico (planta) e
estrutural, respectivamente — e conter o máximo possível de detalhes para facilitar o trabalho no canteiro de obras e
garantir o alvará junto à prefeitura com mais agilidade.

Vale lembrar que as funções de engenheiros e arquitetos se complementam e são igualmente importantes nessa etapa.

Na maior parte dos casos:

Arquiteto

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O arquiteto é responsável pela elaboração da planta, onde fará o melhor aproveitamento possível do terreno e
planejará a utilização do espaço de forma funcional, distribuindo corretamente os cômodos e espaços internos da
construção, além de atentar a questões como ventilação e iluminação.

Engenheiro

O engenheiro, por sua vez, busca soluções técnicas para a implantação do projeto do arquiteto, elaborando planos
complementares como o estrutural, elétrico e hidrossanitário. Cabe a ele atividades como dimensionar vigas e
colunas, calcular a distribuição das cargas e projetar as instalações, além de assumir a responsabilidade pela
execução da obra perante a prefeitura.

Elaborar projetos arquitetônicos e estruturais é importante também porque, nessa fase, todas as necessidades do usuário
– identificadas em pesquisas de mercado – podem ser trabalhadas e atendidas da melhor forma, o que envolve não
apenas estética como também condições de habitação, acesso e conforto.

Além disso, na fase do projeto, podem ser estudadas e implantadas soluções para tornar a edificação mais eficiente,
possibilitando economia de energia e reutilização de água, por exemplo, fazendo com que a obra ofereça um custo global
atraente após a entrega e ajudando ao construtor a apresentar diferenciais competitivos importantes.

A qualidade do projeto está diretamente relacionada com os lucros do empreendimento. Se um projeto for bem concebido
e detalhado, é possível prever e solucionar problemas que poderiam surgir durante a fase de execução. Dessa forma, há
um aumento do controle de materiais e serviços, proporcionando a redução de custos global da edificação.

EXERCÍCIOS

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Questão 1: Assinale as opções que justificam a de pesquisa de mercado:

Conhecer melhor seu cliente ou cliente potencial de forma direta.


Identificar novas oportunidades.
Avaliar tendências do seu setor.
Minimizar chances de erros.
Todas as alternativas anteriores.

Justificativa

Questão 2: Marque a opção correta quanto às ligações em um cronograma:

Quando duas etapas devem finalizar juntas – “Fim com Fim”


Quando uma etapa inicia após o fim de outra – “Início com Início”
Quando duas etapas devem começar juntas – “Fim com Início”

Justificativa

Questão 3: A quem cabe a elaboração dos projetos de uma obra?

Somente ao arquiteto.
Somente ao engenheiro.
Ao arquiteto e ao engenheiro.
Ao dono do terreno.

Justificativa
ATIVIDADE
A elaboração do orçamento dá suporte à criação de um cronograma físico-financeiro para programação de recursos
humanos e, consequentemente, de suprimentos para abastecer a obra.

Isso evita atrasos e desperdícios, além de facilitar o acompanhamento da obra, criando diretrizes e sistemática de
trabalho por meio do controle de materiais ou serviços que têm grande participação em todo o processo de construção.

Como as empresas têm trabalhado a tarefa de orçamentação nos dias atuais?

Resposta Correta

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Glossário

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Planejamento e controle de
obras

Aula 7 - Planejamento e controle de obras – da


teoria à prática (Parte II)
INTRODUÇÃO

Imagine que este é o momento de transformar as informações dos projetos e do cronograma em números – mais
precisamente valores.

Por isso, nesta aula, vamos aprender a planejar o orçamento da obra, que prevê o quanto será gasto em materiais,
equipamentos e serviços.

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O orçamento permite fazer comparações entre aquilo que foi investido e o que foi, de fato, realizado, a fim de verificar
se a evolução da obra está de acordo com os custos registrados até então.

Vamos lá?.

OBJETIVOS

Elaborar o planejamento financeiro de uma obra.

Propor recursos para execução da obra.

Julgar a contratação de mão de obra e fornecedores.

Identificar a importância da segurança no canteiro de obra.

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PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE UMA OBRA


O ideal é que a obra só inicie quando seu orçamento estiver pronto.

Para a elaboração de um bom planejamento financeiro, é necessário, primeiramente, levantar todos os custos
relacionados a ela, como de:

Insumos.

Mão de obra.

Aluguel de equipamentos.

Cargas tributárias incidentes sobre as atividades.

Para isso, é preciso conhecer muito bem a quantidade de materiais e serviços consumida em cada etapa da obra.

Feito o levantamento dessas quantidades da forma mais precisa possível, o construtor pode começar a pesquisar
preços, negociar com fornecedores e decidir de acordo com as condições mais vantajosas.

Fonte:

Quanto maior a quantidade de itens orçados, melhores os preços e as condições de pagamento.

Disso resulta a importância de se ter todos os números já levantados corretamente.

Vejamos um modelo de planilha que pode ser utilizada:

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Disponível em: https://goo.gl/H8d2DP (glossário). Acesso em: 28 nov. 2017.

O orçamento deve ir junto para a obra como uma ferramenta de gestão e de controle de gastos. É a partir dele que são
gerados outros documentos importantes, como o cronograma físico-financeiro, que identifica se o consumo do
orçamento está condizente com o estágio de sua construção.

Por isso, ele é um forte aliado para melhorar o fluxo de caixa, pois ajuda a conciliar o melhor o fluxo de desembolso
com o de entrada de dinheiro em cada obra, fornecendo uma visão completa das despesas de cada obra.

Para auxiliar nessa etapa de orçamento, podemos:

Utilizar uma solução tecnológica para gerir todas as informações levantadas para fins orçamentários.

Garantir acompanhamento e replanejamento adequados.

Integrar todas as áreas da empresa envolvidas nesse fluxo, facilitando a troca de informações entre canteiro de
obras e administrativo.

As principais vantagens e os benefícios de um planejamento bem realizado são:

• Redução de custos durante a obra;

• Organização e sincronia da obra;

• Otimização de recursos da obra.

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BUSCA DE RECURSOS PARA EXECUÇÃO DA OBRA


Com o valor total estimado da obra em mãos, chegou a hora de marcar um cafezinho com seu gerente do banco para
saber de que formas a instituição financeira pode ajudar sua construtora na nova empreitada.

Ele poderá orientar sobre as linhas de crédito disponíveis que tenham taxas de juros mais vantajosas, além de informar
sobre as modalidades de financiamento de construção mais adequadas para seu bolso.

Muitos bancos oferecem, por exemplo, a de imóvel na planta, na qual o construtor não precisa utilizar recursos próprios
para iniciar o empreendimento, e a construção vai evoluindo à medida que as unidades forem sendo vendidas.

O construtor também pode acionar recursos próprios ou utilizar consórcios imobiliários para captar esse valor.

Autorizado pelo artigo 278 da Lei nº 6.404/1976 (glossário) , o consórcio de empresas consiste na associação de
companhias para obterem um objetivo comum, geralmente de custo elevado, como é o caso da execução de obras de
Engenharia.

O saldo apurado no resultado do consórcio é transferido às consorciadas na proporção prevista no contrato.

Como o mercado da Construção Civil ainda está aquecido, as construtoras precisam de mais crédito para financiar as
obras e também gerar mais empregos, uma coisa leva a outro e tudo contribui para o crescimento do País.

Fonte:

Esse setor é de grande interesse para os bancos. Existem aqueles, por exemplo, que têm uma linha de crédito única e
exclusiva: os bancos financiam imóveis na planta para a Pessoa Física.

Entretanto, essa operação só será oferecida para construtoras que também utilizarem as linhas de crédito do banco
para viabilizar seu investimento. Dessa forma, a construção é mais rápida, a venda é mais fácil, e a construtora cumpre
com o prazo de entrega.

Saiba mais
,
Para continuar lendo sobre a busca de recursos para a execução da obra, clique aqui. (galeria/aula7/docs/busca_recursos.pdf)

CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS
Já sabendo do tipo e da quantidade de mão de obra que será necessária na execução do projeto, os quais estarão
especificados em documentos como projetos, cronogramas e orçamentos, o ideal é providenciar a contratação de
profissionais para todas as etapas da obra antes mesmo de ela começar.

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A área de Construção Civil possui uma grande oferta de profissionais, desde empresas que cuidam de toda a obra – ou
partes específicas dela – até profissionais autônomos.

Ao firmar contrato com uma empresa terceirizada, por exemplo, a construtora não precisa admitir funcionários com
habilidades tão específicas, pois essas empresas já possuem estruturas montadas para atender essas demandas.

No caso de optar pela contratação de profissionais específicos para cada etapa, como eletricistas e gesseiros para as
etapas de acabamento, por exemplo, o ideal é a construtora contar com um banco de profissionais de referência, que já
tiveram seu trabalho recomendado e até contratado pela empresa em outra ocasião.

O mesmo deve acontecer com os fornecedores de matéria-prima e equipamentos:

Fonte:

Se você já sabe o quanto vai precisar e para quando, por que não já deixar tudo acertado para não ficar para a última
hora e evitar atrasos no cronograma?

Dessa forma, assim que você estiver com a lista de insumos e equipamentos a serem utilizados em mãos, será hora de
solicitar cotações.

Para deixar esse processo ainda mais ágil e assertivo, hoje é possível contar com ferramentas que disponibilizam as
solicitações de cotações para diversos fornecedores e cruzam os dados recebidos para facilitar a avaliação da
construtora.

Ao fazer seu cadastro nesse sistema, o fornecedor é acionado e pode incluir diretamente todas as informações que
você solicitar, como preço, prazo de entrega e condições de pagamento.

CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA


Na hora de contratar a mão de obra a parte mais difícil é contratar profissionais éticos e eficientes para realizar o
serviço.

O primeiro passo ao começar uma obra é contratar um responsável por ela, seja um arquiteto, engenheiro ou tecnólogo
com formação na área.

Ele dará o apoio não somente para a contratação da mão de obra, mas também para a especificação correta da
reforma, o que é mais importante, pois, em muitos casos, exige projetos.

Esse tipo de profissional também assegura que as melhores técnicas sejam empregadas. Devemos escolhê-lo com
base nos trabalhos já executados por ele e na satisfação de clientes antigos.

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A análise de casos deve ter por base projetos similares ao que o contratante deseja realizar no que diz respeito ao
porte e grau de dificuldade da obra.

Esta é uma das boas e velhas formas de conduzir a obra: perguntar para a mãe, o cunhado, o vizinho e o amigo quem
foi o pedreiro, arquiteto, engenheiro, empreiteiro, eletricista, pintor ou marceneiro que trabalhou em sua casa. Assim, dá
para saber se a pessoa é de confiança, se deixa o lugar limpo, se promete e não cumpre ou se costuma atrasar.

Saiba mais
,
Para continuar lendo sobre contratação de mão de obra, clique aqui. (galeria/aula7/docs/contratacao_mao_de_obra.pdf)

CONTRATAÇÃO DE FORNECEDORES
Existem várias formas para a avaliação e qualificação de um novo fornecedor. Toda construção precisa ter um
procedimento para cadastro de fornecedor. Ela começa avaliando:

A análise de casos deve ter por base projetos similares ao que o contratante deseja realizar no que diz respeito ao
porte e grau de dificuldade da obra.

Esta é uma das boas e velhas formas de conduzir a obra: perguntar para a mãe, o cunhado, o vizinho e o amigo quem
foi o pedreiro, arquiteto, engenheiro, empreiteiro, eletricista, pintor ou marceneiro que trabalhou em sua casa. Assim, dá
para saber se a pessoa é de confiança, se deixa o lugar limpo, se promete e não cumpre ou se costuma atrasar.

Os históricos recentes de vendas.

O atendimento a prazos.

As certificações – como ISO 9001.

Fonte:

Tudo isso é feito a partir do ponto de vista de um auditor. Não deve ser somente uma questão de preço.

Ao se estabelecer uma cadeia de fornecimento, é importante que se entregue no prazo, com qualidade, características
e especificações requeridas – prática não muito comum no setor da Construção Civil.

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Portanto, a qualificação de um fornecedor é estratégica, mas sua homologação não é algo definitivo.

A construção precisa retomar o processo periodicamente e avaliar sua cadeia de fornecimentos, pois existem produtos
que são críticos ao processo da construção: os itens primários (como concreto e aço). Para esses itens, é desejável
sempre ter uma gama de fornecedores aptos a atender no prazo e em condições comerciais. 

A mudança de fornecedor será sempre necessária quando os requisitos mínimos de qualidade, segurança,
disponibilidade, preço e bom atendimento não forem cumpridos.

SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRA


A segurança é uma das maiores preocupações de todos aqueles que trabalham diariamente em canteiros de obra.

De acordo com a última atualização do Anuário Estatístico da Previdência Social, entre 2007 e 2013, foram
registrados cinco milhões de acidentes de trabalho no Brasil. Os dados também mostraram que a Construção
Civil é o quinto setor econômico com o maior número de acidentes e o segundo mais letal aos trabalhadores.

Conforme destaca a Previdência Social, a construção de edificações é o segundo setor com o maior número de mortes
em acidentes de trabalho no País, perdendo apenas para a área de transporte rodoviário de carga.

Todos os envolvidos no projeto, de engenheiros a pedreiros, devem estar cientes dos riscos aos quais estarão expostos
na execução da obra. Cabe à construtora fazer essa avaliação e repassar essas informações por meio de treinamentos
teóricos e práticos inclusive aos trabalhadores terceirizados, antes da obra iniciar e durante ela também.

As capacitações são o momento de repassar orientações de segurança, como medidas de prevenção e de controle em
situações de emergência, e de conscientizar quanto à importância de seguir essas instruções.

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Também é necessário o investimento em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) (glossário) e Equipamentos de


Proteção Coletiva (EPCs) (glossário) de qualidade, e adequados à carga e às exigências de cada serviço.

Exemplos
,
• Capacetes;

• Óculos de proteção;

• Protetores auditivos;

• Cintos de segurança;

• Trava-quedas.
A construtora precisa, ainda, certificar-se de que o estado de saúde de todos é compatível com o trabalho a ser
realizado, por meio da emissão de Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs).

Além disso, deve seguir à risca todas as Normas Regulamentadoras (NRs) aplicadas ao setor, como é o caso da NR-35,
que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para os trabalhos em altura.

Atenção
,
O trabalho em altura é responsável por 40% dos acidentes de trabalho no Brasil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE). Por isso, merece atenção especial antes de a construtora iniciar os trabalhos. A maioria dos acidentes deve-se
à negligência de métodos de trabalho adequados no canteiro de obras.
Os três principais motivos que comprometem a segurança dos empreendimentos são:

Mau uso dos equipamentos de proteção

Nas obras, há muitas tarefas consideradas perigosas. Além disso, alguns trabalhadores e
gestores não verificam o uso de EPIs e EPCs. Esses instrumentos são fundamentais para
evitar danos à integridade física e à saúde do trabalhador.

Uso de maquinário antigo

Em muitas construções, os responsáveis não se atentam em renovar a frota de


equipamentos para construção.

Além de apresentar baixo desempenho, a máquina antiga pode sofrer estragos inesperados
que comprometem toda a integridade física do colaborador. O ideal é sempre renovar o
maquinário e ter uma política de manutenção que garanta o funcionamento e não cause
nenhum tipo de acidente.

Pressa nas obras

Cada etapa do empreendimento possui serviços complexos que demandam atenção dos
trabalhadores.

Com a redução da carga horária de 42 para 36 horas, há uma pressão em cima dos
operários para agilizarem o desenvolvimento da obra, evitando assim possíveis atrasos.

Devido a essa pressa, os colaboradores sempre utilizam técnicas improvisadas que não
obedecem às diretrizes das normas regulamentadoras, colaborando para o aumento do
número de acidentes.

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O ideal é estabelecer um planejamento adequado analisando equipamentos, materiais, métodos, condições


topográficas etc.

Elaborar um cronograma realista permite identificar qual a melhor forma de aplicar os recursos e melhorar a qualidade
da obra sem comprometer a higiene e segurança de todos os que estão envolvidos no empreendimento.

Todos os trabalhadores devem compreender essas normas. Além das técnicas de segurança do trabalho, eles devem
ficar atentos a tudo que acontece no espaço onde trabalham, verificando fatores físicos, químicos e biológicos que
podem prejudicar a saúde.

Saiba mais
,
Para continuar lendo sobre segurança no canteiro de obra, clique aqui. (galeria/aula7/docs/seguranca_canteiro_obra.pdf)

EXERCÍCIOS
Questão 1: Os consórcios imobiliários são:

Financiamentos de imóveis na planta para a Pessoa Física.


Financiamentos de imóveis na planta para a Pessoa Jurídica.
Associações de companhias para alcançar objetivos diversos.
Associações de companhias para alcançar um objetivo comum.
N.R.A.

Justificativa

Questão 2: Na hora de contratar a mão de obra, a parte mais difícil é selecionar profissionais éticos e eficientes para
realizar o serviço. Ao começar uma obra, o primeiro passo é escolher um responsável com formação na área, que pode
ser:

Bombeiro, eletricista ou pedreiro.


Bombeiro, arquiteto ou tecnólogo.
Arquiteto, engenheiro ou tecnólogo.
Arquiteto, engenheiro ou bombeiro.
Mestre de obra, pedreiro ou tecnólogo.

Justificativa

Questão 3: Correlacione as duas colunas de acordo com os tipos de equipamentos utilizados em uma obra:

I – EPI

II - EPC

( ) Capacete

( ) Corrimão

( ) Sinalizadores

( ) Protetor auricular

Agora, assinale a opção que apresenta a sequência correta:

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I - II - II - I
II - I - I - II
I - II - I - II
II - II - I - I
I - I - II - II

Justificativa
ATIVIDADE
O planejamento é a função administrativa que compreende a seleção de:

• Objetivos;

• Diretrizes;

• Planos;

• Processos;

• Programas.

Para que os objetivos sejam alcançados dentro da máxima eficiência, é indispensável que a empresa obtenha
harmonia entre os recursos físicos e financeiros por meio do planejamento racional, a fim de conseguir a definição
precisa dos recursos necessários, compatíveis com os prazos e custos.

Diante de deficiências na função administrativa, o que pode ocorrer?

Resposta Correta

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Glossário
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS)

Todo dispositivo ou produto, de uso individual do trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a
segurança e a saúde.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS)

Aqueles que envolvem uma gama variada de equipamentos com diferentes funções, tais como:

• Enclausuramento acústico de fontes de ruídos – volume propagado inferior a 80 dB;

• Ventilação e exaustão no ambiente de trabalho;

• Proteção de partes móveis de máquinas e de equipamentos;

• Capelas de segurança biológica e química – que restringem o risco de contaminação a um só local;

• Estruturas de ancoragem e plataformas de segurança em áreas altas;

• Sistemas de sinalização;

• Corrimões;

• Sirenes para incêndios;

• Iluminação;

• Pisos antiderrapantes;

• Fitas demarcadoras;

• Chuveiros lava-olhos.

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Planejamento e controle de
obras

Aula 8 - Emprego de ferramentas


computacionais
INTRODUÇÃO

Nesta aula, veremos que atrasos, mão de obra com baixa qualificação, falta de planejamento e até mesmo contratempos
relacionados à falta de segurança de trabalho podem ser evitados com investimentos em tecnologia.

As novidades do mundo digital são grandes aliadas de qualquer empresa na contemporaneidade, ainda mais quando o
objetivo é oferecer o máximo em produtividade.

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OBJETIVOS

Listar as vantagens do uso da tecnologia no planejamento e controle de obras.

Classificar o MS Project como ferramenta de gerenciamento de obras.

Empregar os princípios da Engenharia simultânea.

Explicar a tecnologia Building Information Modeling (BIM).

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VANTAGENS DO USO DA TECNOLOGIA NO PLANEJAMENTO E NO


CONTROLE DE OBRAS
Dentro de uma construção, convivem diariamente diversos tipos de profissionais que realizam tarefas convergentes em
prol de um objetivo.

É claro que, com a grande variedade de pessoas envolvidas e a realização de atividades de diferentes origens, é comum
que existam contratempos ou gargalos de produção.

Sabemos que as pessoas e as atividades dentro de um planejamento de obras possuem tarefas que, apesar de serem
interdependentes, necessitam estar em sincronia.

Contudo, além das equipes e insumos, é preciso pensar também na utilização de equipamentos ou recursos que
ajudem a promover o planejamento e o controle da obra.

O gerenciamento adequado de uma obra não é uma tarefa simples, justamente por demandar a administração de um
número tão grande de fatores. Nesse caso, a tecnologia pode se tornar a principal aliada na hora de:

Elencar e priorizar ações

Distribuir atividades

Estabelecer prazos

Acompanhar o cronograma de entregas

Identificar gargalos

Buscar melhores resultados.

Não utilizar os recursos adequados para o planejamento e controle de uma obra pode impactar negativamente todo o
projeto. A falta de visão do andamento das atividades prejudica o orçamento da obra e compromete, inclusive, a
qualidade da entrega.

Nisso, as tecnologias com foco na gestão de projetos de Engenharia têm sido utilizadas para aperfeiçoar processos e
prevenir os erros que, muitas vezes, aconteciam quando não haviam ferramentas específicas.

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Embora a experiência de um profissional conte muitos pontos a favor, ainda assim, são fundamentais tecnologias que
otimizem o planejamento, a execução e o controle.

Fonte:

Em uma construção, a comunicação é um dos pontos-chave para o sucesso.

Há uma infinidade de arquivos e revisões que precisam ser acessados e repassados entre os profissionais. Nesse quesito,
o uso de uma ferramenta tecnológica traz mais praticidade e segurança ao planejamento e controle da obra.

De preferência uma que utilize um serviço de hospedagem em nuvem. Isso garante que as informações estejam
disponíveis em qualquer momento e por diferentes dispositivos: desktop, tablet ou smartphone.

Dessa forma, é possível:

Enviar uma notificação instantânea sempre que houver atualização nos projetos – como criação de novos
documentos, upload de novas versões, acréscimo de comentários ou até mesmo visualização e download.

Organizar os documentos da melhor maneira – de modo que o usuário possa gerar diferentes disciplinas da obra,
inclusive emitindo permissões diferenciadas para cada uma.

Personalizar o acesso – garantindo a segurança das informações, a opção de adicionar usuários e limitar o acesso
apenas aos temas que lhes competem, bem como somente a possibilidade de visualizar até o poder de aprovação
dos arquivos que forem sendo incluídos.

Estabelecer atividades para determinados profissionais com prazos definidos no cronograma – a partir disso, o
gestor pode acompanhar atrasos e identificar gargalos em cada etapa da construção.

Sem dúvida, o bom planejamento e controle da obra exige profissionais qualificados e ferramentas computacionais
adequadas. Mas, para escolher uma ferramenta adequada, existem requisitos importantes, tais como:

Interface clara e amigável – de

fácil compreensão e uso intuitivo das funcionalidades, que minimiza o tempo de

aprendizado dos diferentes usuários.

Hospedagem dos arquivos na nuvem

– que torna possível o acesso remoto aos arquivos por todos os envolvidos.

Flexibilidade na definição dos

papéis para os diferentes colaboradores do projeto.

Controle do histórico de revisões

dos arquivos.

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Listagem automatizada da última

versão de cada arquivo e de cada disciplina (lista mestra).

Cadastro de atividades e de

recursos para acompanhamento de progresso.

Integração entre as equipes de

execução da obra e de gerenciamento.

Rastreabilidade de todas as ações

executadas em cada projeto e de cada colaborador.

Boa relação custo/benefício – que

permite armazenar na nuvem todos os projetos (em planejamento, em execução e já

executados), sem preocupação com espaço de armazenamento.

Atenção
,
Quando investimos em uma ferramenta, não apenas compramos um produto, mas tornamos a empresa desenvolvedora em
parceria de negócios. Por isso, é importante efetuar esse checklist com alguns pontos relevantes sobre a empresa.

MS PROJECT COMO FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE OBRAS

Em projetos, planejar é fundamental!

Há algumas ferramentas de mercado que nos auxiliam bastante na fase do planejamento, execução e monitoramento e
controle de um projeto.

O Microsoft Project é um aplicativo de gerenciamento de projetos que você pode utilizar para planejar, programar e
representar graficamente as informações sobre projetos. Com ele, é fácil criar e modificar um conjunto de tarefas para
atingir seus objetivos.

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Além disso, o Microsoft Project recalcula rapidamente os cronogramas e permite-lhe ver como as mudanças em uma
parte do projeto podem afetar seus planos.

Novas tarefas, tarefas obsoletas, datas intermediárias que afetam outras tarefas ou a disponibilidade irregular de um
recurso poderiam, caso contrário, passar despercebidas. Mas, com o esse aplicativo, você pode manter tudo sob controle.

MS Project é um dos produtos da Microsoft – o mais popular para criação de cronogramas. O Project gerencia três
fatores de seu projeto, de forma interdependentes e sujeitos às alterações no decorrer do processo.

Se houver modificação em um dos fatores, os outros também serão afetados. Entre eles, destacamos:

Tempo

Recursos

Escopo

Suas ferramentas permitem planejar as atividades, recursos e custos, de forma simples e completa, bem como gerar
dados diversos para os gestores de qualquer projeto para serem analisadas, visando atingir os resultados esperados.

Por meio desse instrumento, é possível:

Planejar e determinar o escopo do projeto;

Acompanhar o progresso das atividades;

Prever situações de riscos e imprevistos;

Obter maior controle sob os recursos de pessoal e financeiros;

Verificar cargas excessivas de trabalhos dos recursos;

Gerar relatórios e gráficos;

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Monitorar custos;

Comunicar informações com eficiência;

Alcançar produtividade;

Definir níveis hierárquicos das atividades etc.

Sua primeira versão foi criada em 1985 (glossário). Nos anos posteriores, sofreu profundas mudanças. Possui recursos
relacionados à gestão de projetos.

São vários os focos do MS Project, tais como:

• Tempo – datas, duração do projeto, calendário de trabalho;

• Gráfico de Gantt;

• Modelo probabilístico – para cálculos relacionados a planejamento;

• Diagrama da rede;

• Custos – fixos, não fixos etc.;

• Inúmeros relatórios.
Além disso, o MS Project:

• Baseia-se no modelo diagrama de rede;

• Utiliza tabelas no processo de entrada de dados;

• Permite o uso de subprojetos;

• Possui recursos para agrupar, filtrar e classificar tarefas;

• Dispõe de um conjunto padrão de relatórios;

• Possibilita aos usuários a criação de seus próprios relatórios;

• Viabiliza a definição de semana de trabalho etc.

São outras funções do MS Project:

Inspecionar projeto

Oferece dicas e avisos sobre o preenchimento do cronograma.

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Comparar projetos

Compara distintas versões de um mesmo projeto, mostrando as diferenças entre os arquivos.

Criar campos personalizados

Permite a construção de campos personalizados dos tipos:

• Custo;

• Data;

• Duração;

• Concluir;

• Sinalizador;

• Número;

• Iniciar;

• Texto;

• Código da Estrutura de Tópicos (EDT, WBS ou EAP).

Atualizar status

Quando o gerente de projetos define uma data e, nela, atualiza informações reais da execução


do projeto.

Atualizar duração, custos e trabalho real

Ao atualizar o status do projeto, também se atualiza a duração, custos e trabalho real, que são
os valores efetivamente realizados.

Analisar o cronograma

Quando o gerente de projetos inspeciona o projeto, observando, por exemplo:

• Vínculo das tarefas;

• Atribuição de todos os recursos;

• Nivelamento de todos os recursos;

• Restrições de tarefa e de recurso;

• Calendários etc.

Enfim, com esse software, controlamos tudo o que acontece durante a execução do projeto. Os clientes também ficam
cientes do que ocorre, pois recebem relatórios diários dos avanços que estamos realizando em sua obra. Por meio de um
aplicativo, eles acessam um álbum de fotos para acompanhar online a execução da obra.

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ADOÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA SIMULTÂNEA


O setor da Construção Civil apresenta um histórico de problemas relacionados à qualidade de seus produtos, serviços e
processos.

Vários estudos e iniciativas para a solução de tais problemas têm sido conduzidos por pesquisadores, profissionais e
organizações do vasto campo de atuação abrangido por esse setor.

A necessidade do aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão no processo e na integração entre as atividades de


projeto e execução permitem que as práticas da Engenharia simultânea sejam incorporadas ao setor de Construção Civil.

Grande parte dos problemas vividos durante a obra decorre da falta de compatibilização entre projetos inerentes e da falta
de detalhamento destes.

Comumente, os projetos não são contratados de modo formal, com as considerações e premissas definidas, o que leva a
interpretações distintas pelos projetistas.

Outro grande problema enfrentado é que as obras são iniciadas antes da conclusão dos projetos executivos, o que
pode gerar modificações durante sua execução.

A aplicação da Engenharia simultânea no gerenciamento de projetos contribui para a empresa no que se refere à redução
do tempo de elaboração, ao custo e à adoção de medidas de racionalização, tanto no projeto quanto na execução.

Assim, obtêm-se produtos compatibilizados e com mínimas interferências em outras áreas como:

• Arquitetônica;

• Estrutural;

• De instalações hidráulicas e elétricas, de telefone e interfone;

• SPDA;

• De prevenção e combate a incêndio.

As premissas da Engenharia simultânea são válidas para modernizar as práticas de gestão de projetos no setor de
construção de edifícios.

Com base nessas premissas e na análise das características do processo de produção e do processo de
compatibilização de projeto – próprios da construção de edifícios –, podemos postular um novo paradigma de projeto
simultâneo para gestão do processo de projeto de empreendimentos de edifícios (CASAROTTO FILHO, 1999).

No início dos anos 1980, foi iniciado um estudo pelo Defense Advanced Research Project Agency (DARPA) para aumentar
o grau de paralelismo das atividades, reduzindo o ciclo de desenvolvimento dos produtos.

Tarefas que eram executadas apenas depois da conclusão e aprovação das atividades precedentes são antecipadas,
independentemente das entregas anteriores.

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Entre os fundamentos da Engenharia simultânea, em vez de ocorrer de forma sequenciada, as etapas do projeto devem
ser realizadas paralelamente. As mudanças, quando necessárias, precisam acontecer o quanto antes, o que torna o
processo mais rápido, vantajoso e econômico.

A figura a seguir demonstra isso:

A Engenharia simultânea pode ser adotada com a intenção de:

Ampliar a qualidade do projeto e,

por conseguinte, do produto.

Aumentar sua construtibilidade.

Reduzir os prazos globais de

execução.

Integrar os agentes envolvidos no

processo.

Auxiliar na introdução de

novas tecnologias e de métodos no processo de produção de edifícios.

Especialistas afirmam que o sinal mais visível da Engenharia simultânea é o trabalho em equipe. Entretanto, sua adoção
pode gerar resistências e conflitos, pois os chefes funcionais devem compartilhar autoridade com o líder em favor das
equipes.

Em grandes empresas, onde os cargos são bem definidos, sua implantação exige treinamento dos recursos humanos,
inicialmente para a sensibilização da abordagem e posteriormente no adestramento das técnicas requeridas.

Do ponto de vista da Tecnologia da Informação (TI), o emprego da informática e tecnologia dá apoio às decisões e são
importantes ferramentas para o desenvolvimento de produtos com Engenharia simultânea.

Além de permitir, de forma mais barata e eficiente, a interatividade de pessoas alocadas em áreas geograficamente
distintas, a informática e as telecomunicações possibilitam:

Desenvolvimento de projetos parametrizáveis

Como cálculos e simulações, que podem ser sofisticados e mais detalhados, de forma a buscar soluções melhores para
as especialidades de produtos e processos, e, principalmente, permitir maior integração e análise global das soluções.

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Formação de bancos de dados

Nos quais se armazenam as soluções anteriores e os resultados obtidos, voltados para retroalimentar o processo de
projetos com experiências passadas.

Enfim, para que a implementação da Engenharia simultânea seja bem-sucedida, alguns fatores-chave devem ser
atendidos, tais como:

• Transformação da cultura da organização;

• Instituição de política da qualidade – estabelecimento de métricas para medição de desempenho;

• Definição de equipes interdisciplinares;

• Apropriação de novas tecnologias de informática e telecomunicações;

• Desenvolvimento, em paralelo, das diferentes especialidades do projeto;

• Foco no trabalho em série;

• Experiência prática das atividades.

Diante dos princípios, modelos e aspectos da incorporação da Engenharia simultânea, destacamos os benefícios básicos
dessa filosofia na gestão de projetos. São eles:

• Redução do processo global de desenvolvimento do produto – uma vez que as etapas são desenvolvidas em paralelo;

• Garantia da qualidade desde o princípio;

• Facilidade de compatibilização dos projetos de edificações;

• Enriquecimento da comunicação e cooperação entre projetistas, gerentes e outros profissionais envolvidos no processo
de desenvolvimento do produto;

• Integração dos departamentos;

• Maior envolvimento dos funcionários dentro da organização;

• Diminuição das mudanças de projeto;

• Redução da quantidade de trabalho em processo;

• Diminuição de custo do material;

• Redução do número de equipamentos e de ferramentas empregadas;

• Diminuição de defeitos e retrabalhos;

• Amortização de prazos de execução;

• Desenvolvimento de produtos com maior grau de satisfação dos clientes.

TECNOLOGIA BUILDING INFORMATION MODELING (BIM)


As primeiras formas de projetar construções eram rudimentares, sem muito planejamento específico, tudo feito
mentalmente e de acordo com o conhecimento prático.

Com o tempo, passou-se a utilizar desenhos em escala reduzida para representar em conceito o que seria feito na prática.
A princípio, todo o desenho era feito à mão, até que os computadores atualizaram esse processo.

Primeiramente, abandonou-se a prancheta e começou-se a projetar em 2D em softwares CAD (glossário). Depois,


surgiram o 3D e as maquetes eletrônicas com modelos renderizados.

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Para continuar lendo, clique aqui (glossário).

EXERCÍCIOS
Questão 1: Assinale a opção que apresenta os três fatores gerenciados, de forma interdependente, pelo MS Project:

Tempo, recursos e escopo.


Escopo, pessoal e cronograma.
Tempo, cronograma e pessoal
Recursos, detalhamento e tempo.
N.R.A.

Justificativa

Questão 2: A Engenharia simultânea é um(a):

Ciência
Filosofia
Software
Hardware
Demagogia

Justificativa

Questão 3: Na metodologia BIM, os LODs estão diretamente conectados aos conceitos de:

2D e 3D
3D e 4D
4D e 5D
3D e 4D e 5D
4D, 5D e 6D

Justificativa

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ATIVIDADE PROPOSTA
Que bom que a antiga prancheta ficou para trás!

Hoje, podemos contar com programas de desenho em computador e softwares especializados para controle de
cronogramas e execução de obras, por exemplo.

Quais são as maiores vantagens que essas tecnologias trouxeram para o engenheiro?

Resposta Correta

Glossário
PALAVRA

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Planejamento e controle de
obras

Aula 9 - Informações gerenciais –


produtividade
INTRODUÇÃO

Nesta aula, observaremos que concluir as obras dentro do cronograma previamente definido, sem comprometimento
da qualidade, é uma vitória e um objetivo arduamente perseguido. A produtividade entra nesse campo não para obter
lucro, mas para utilizar ferramentas que auxiliem em um melhor desempenho do projeto. Os ganhos de produtividade
obtidos num processo construtivo se devem muito mais ao planejamento e à gestão do que à utilização de sistemas
construtivos industrializados. Observaremos também que a produtividade na construção civil está intimamente ligada
ao bom uso dos recursos materiais, como máquinas, mão de obra e equipamentos.

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OBJETIVOS

Definir o conceito de produtividade no planejamento e controle de uma obra.

Listar formas de melhoria do processo construtivo.

Identificar métodos para aumento da produção por parte dos recursos materiais.

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PRODUTIVIDADE NO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS


Muitas vezes confundida com produção, a produtividade nada mais é do que a quantidade de trabalho realizada em um
período de tempo. Os dois conceitos estão relacionados, mas, quando se tem um incremento da produção, na maioria
das vezes ocorre também uma elevação de custos.

O aumento da produção nem sempre resulta em aumento da produtividade.

A produtividade tem como objetivo minimizar o uso de recursos, mão de obra, máquinas e insumos, de forma a reduzir
os custos. No entanto, melhorar a produtividade no canteiro de obras vai além de reduzir o tempo de entrega dos
projetos.

Muitos aspectos externos ao canteiro de obras têm impacto sobre a produtividade, como a prospecção do terreno e o
repasse final do imóvel. Por isso, é fundamental conectar o projeto aos diversos outros departamentos, de modo a
firmar o foco na cadeia de valor do empreendimento, do início ao fim.

A automação é uma das formas de aumentar a produtividade. Com ela, reduzimos o custo de empregar um funcionário
e arcar com seu treinamento, bem como a chance de acidentes por falha humana.

Mas, quando for automatizar seu canteiro, dê a preferência por máquinas alugadas. Esses equipamentos não carecem
de investimentos e, principalmente, não são necessárias paradas para manutenção. Dessa forma, as máquinas estarão
sempre em serviço, mantendo a produtividade da obra elevada.

É importante, também, zelar pela segurança da equipe, apostando em andaimes e materiais que atendam à
norma. Fazendo esse tipo de investimento, você contribuirá para o aumento da produtividade.

Um empregado capacitado, treinado e coberto pelos itens de segurança trabalhará de maneira efetiva, fazendo com
que os resultados sejam alcançados em menor tempo, o que, consequentemente, aumentará a produtividade de seu
canteiro de obras.

As principais alavancas para aumentar a produtividade do setor foram objetos de um estudo promovido, em 2016, pela
Universidade de São Paulo e a Consultoria EY. São elas:

Alavancas de Descrição resumida e exemplos de elementos envolvidos


produtividade

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Planejamento da execução • Planejamento da necessidade de recursos e de materiais em


de empreendimentos diferentes horizontes de

planejamento (curto, médio e longo prazo);

• Processos estruturados de atualização do planejamento conforme


a execução;

• Escritório integrado de gestão de projetos – Project Management


Office (PMO);

• Aplicação de softwares tipo Building Information Model (BIM).

Adoção de métodos de • Lean construction – construção baseada no paradigma de redução


gestão de desperdícios que ficou conhecido

como método Toyota de produção;

• Melhor sincronização do empreendimento e melhoria do fluxo de


materiais visando a eliminação das

atividades que não agregam valor;

• Strategic sourcing – otimização dos fornecedores e das compras.

Equipamentos • Modernização de equipamentos – gruas flexíveis, elevadores mais


rápidos etc;

• Maior taxa de utilização de equipamentos.

Materiais • Adoção de novos materiais mais eficientes – concreto autocurativo,


cimento magnesiano etc.

Métodos construtivos • Aplicação de métodos construtivos mais eficientes – vigas pré-


moldadas, alvenaria estrutural, estruturas metálicas etc.

Melhorias de projeto • Foco na melhoria dos projetos e sua adequação para a execução.

Qualificação da mão de • Ações para aprimorar recrutamento;

obra • Ações para aumentar a qualificação atual – treinamento, motivação


etc;

• Plano para retenção de profissionais.

Fonte: IBGE e FGV.

A produtividade é um dos melhores indicadores para medição da eficiência de uma construção. Precisamos nos
informar sobre novas técnicas de construção, equipamentos e máquinas, pois as novas tecnologias são fundamentais
para que o trabalho seja bastante produtivo.

Muitos aspectos externos ao canteiro de obras têm impacto sobre a produtividade, como a prospecção do terreno e o
repasse final do imóvel. Por isso, é fundamental conectar o projeto aos diversos outros departamentos, de modo a
firmar o foco na cadeia de valor do empreendimento, do início ao fim.

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COMO MELHORAR O PROCESSO CONSTRUTIVO?


Processo construtivo é a sequência de métodos, traduzida em ações no canteiro de obras para a execução de um
sistema construtivo.

Exemplo
,
Operações básicas para obtenção do concreto, tais como:

• Dosagem;

• Mistura;

• Transporte;

• Lançamento;

• Adensamento;

• Cura.
O edifício é um sistema extremamente complexo e apresenta uma enorme variedade de características. Assim,
devemos sempre procurar a otimização dos recursos materiais, humanos e organizacionais empregados no processo
construtivo, de modo que a execução dos subsistemas ocorra com o mínimo de desperdícios possível. 

De acordo com Fabrício (2009), o processo de execução de um empreendimento na Construção Civil diferencia-se das
indústrias de produção seriada devido às seguintes características:

O processo produtivo é fragmentado.

Há a participação de diversos profissionais, que nem sempre compõem uma equipe homogênea.

Na maioria dos casos, não há interação entre esses profissionais.

Em grande parte de seu processo produtivo, uma etapa depende da finalização da etapa anterior para ser
iniciada.

A mão de obra empregada nem sempre possui a qualificação necessária.

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A evolução tecnológica é uma realidade, pois temos visto sua aplicação em vários campos de atuação: na área
educacional, na medicina, na agricultura e na fabricação de diferentes produtos com a função de trazer conforto,
segurança e agilidade dos processos.

Na Engenharia, a tecnologia também se faz presente:

• Trazendo novas técnicas que têm inovado as etapas construtivas;

• Permitindo melhor planejamento, controle e execução das obras;

• Contribuindo para a redução de prazos e custos;

• Promovendo a melhoria da qualidade.

Vamos conhecer alguns desses sistemas construtivos especiais:

Construção a seco

Processo industrializado que, praticamente, nada utiliza de água. Disso resulta sua
denominação. Apresenta como uma de suas vantagens o fato de não criar sujeira com
acúmulos de detritos, restos de materiais, como acontece com os processos tradicionais.

Exemplo: Construção em drywall.

Banheiro pronto

Elemento pré-fabricado que chega à obra já com as etapas de revestimento, instalações


elétricas e hidráulicas prontas, com todos os acessórios já colocados. Depois de
posicionados no local projetado, estes banheiros são conectados às redes de água, esgoto e
energia.

Os banheiros prontos atendem às necessidades específicas de projetos, inclusive de


projetos especiais para atender a deficientes físicos.

Forma pronta

Um dos subsistemas dos processos construtivos. A forma pronta inicia o processo, dando a
partida do padrão requerido para a obra. Influencia na diminuição de prazos, custos e
melhoria da qualidade. Apresentam, também, como vantagens adicionais maior velocidade
de montagem, maior durabilidade e produtividade do que as formas tradicionais.

Alvenaria estrutural

Neste tipo de sistema construtivo, não existem armações. As paredes são autoportantes, ou
seja, elas próprias desempenham a função estrutural: absorver e transmitir as cargas
recebidas, além daquelas originadas de seu peso próprio.

Por isso, elas não podem ser removidas, porque, diferentemente do que acontece nos
sistemas tradicionais, essas paredes não têm a função apenas de ser elementos de
vedação.

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Armação pronta

Armaduras confeccionadas conforme o projeto e fornecidas já prontas para sua utilização.

Apesar de inicialmente haver um maior desembolso neste tipo de contratação, termina


sendo justificada financeiramente pela redução no custo final, já que essa alternativa
diminui, significativamente, o número de profissionais envolvidos na atividade, além de
agilizar o desenvolvimento desta etapa de serviços.

Fachadas

Painéis pré-fabricados em concreto para atender a função de fachadas em edifícios. Esses


elementos podem vir já completos de fábrica, com as peças necessárias para seu encaixe,
no canteiro, na altura certa compatibilizada com o projeto arquitetônico, atendendo a cores e
texturas previamente especificadas, inclusive com os caixilhos para a instalação das
esquadrias.

Outras estratégias vêm sendo tomadas, com destaque para a racionalização dos métodos, processos e sistemas
construtivos. Os objetivos principais são diminuir custos, e garantir atendimento dos prazos de execução e incremento
de qualidade dos edifícios construídos.

Os rudimentos de racionalização construtiva favorecem a aplicação adequada de todos os recursos envolvidos no


processo de produção, por meio da adequação tecnológica e da mudança organizacional dos processos tradicionais
de construção.

As medidas que visam à racionalização construtiva abrangem todas as fases do processo de produção – desde a
concepção até a execução de utilização dos edifícios.

Existem diversos processos construtivos. Entre eles, podemos citar:

• Condomínios horizontais;

• Steel frame (construtora sequência);


• Paredes Pré-moldadas de Concreto (PAC);

•Painéis cerâmicos pré-fabricados;

• Formas tipo banche;

• Isobloco Isocret;

• Painel Wall Eternity;

• Placas cimentíceas Bricka;

• Sistema LAX de edificações industriais;

• Processos tecnológicos Leonardi;

• TLM processo construtivo;

• Casa 10 Sistema Construtivo;

• Casa Fácil;

• TECWALL;

• Advanced Building System (ABS);

• Kalzip;

• Quick House;

• ARESTALRÚSTICOS;

• Sistema Construtivo ndustrializado CMC;

• Sistema Construtivo BLOKIT.

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Cada sistema possui suas peculiaridades e busca elevar a eficiência nas obras em que é utilizado, o que é uma
necessidade crescente no mercado altamente competitivo da Construção Civil no Brasil e no mundo.

Para continuar lendo sobre esses sistemas, clique aqui (glossário).

RECURSOS MATERIAIS: COMO FAZÊ-LOS PRODUZIR MAIS?


O processo de gestão de materiais tem assumido grande relevância, apontando seu caráter estratégico de potencial
redutor de custos, e propulsor da inovação tecnológica e organizacional das empresas de construção.

É comum nos depararmos com o armazenamento de materiais feito de maneira inadequada nos canteiros de obra.

Além de causar atrasos na construção e na rotina de trabalho dos funcionários, a desorganização e a falta de preparo
dos responsáveis por essa tarefa fazem com que muitos materiais sejam desperdiçados ou até mesmo inutilizados.

A tarefa é ainda mais complexa, porque cada material possui suas próprias características e aplicações. Por isso,
guardá-los todos no mesmo local ou da mesma maneira, certamente, trará prejuízos para os itens mais sensíveis
a alterações – como o cimento e madeira.

Veja, a seguir, a maneira correta de gerenciar o armazenamento de materiais na construção:

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Tijolos
Para empilhar os tijolos, é importante seguir algumas diretrizes. A pilha deve ser de 50 tijolos de
comprimento, 10 tijolos de altura e não mais do que 4 tijolos de largura. A distância livre entre pilhas
adjacentes deve ser igual ou superior a 80 cm.

Além disso, os tijolos também devem ser armazenados em terra seca e firme, perto do local de
trabalho dos funcionários. Dessa maneira, eles precisam fazer menos esforço para pegar e
descarregar o material, ganhando tempo e economizando energia para o dia de trabalho.

Tijolos com tamanhos, tipos e resistências diferentes – como os de argila, modulares, perfurados ou
ocos – devem ser empilhados separadamente.

Outra dica é armazenar separadamente os tijolos que vieram em cargas diferentes. Assim, se houver
algum problema, será mais fácil identificar de onde os tijolos defeituosos vieram e realizar a
substituição.

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galeria/aula9/img/slidertransicao/img-2.jpg
Peças de aço
Peças feitas de aço (estruturais ou de reforço) devem ser armazenadas para evitar distorções e
deterioração ou corrosão do próprio material. Aços de classes e tamanhos diferentes devem ser
armazenados separadamente, a fim de evitar cortes desnecessários nas peças.

Além disso, pintar as extremidades de cada barra de acordo com a classe ajuda na identificação e
utilização correta do material.

Se as barras de reforço precisarem ser armazenadas durante um longo período, empilhe-as, pelo
menos, 150 mm acima do nível do solo. No caso do aço estrutural, é recomendado aplicar uma
camada de revestimento protetor para evitar ferrugem e incrustações.
galeria/aula9/img/slidertransicao/img-3.jpg
Cimento
Armazene o cimento em um local seco e à prova de umidade.

Os sacos de cimento não devem ser empilhados diretamente no chão, para que o material não
absorva umidade. Coloque-os em cima de tábuas de madeira, de modo que fiquem 150 mm a 200 mm
acima do chão. Mantenha um espaço de 600 mm entre as paredes e as pilhas.

Os sacos também devem ser empilhados próximos uns dos outros para reduzir a circulação de ar. A
altura da pilha não deve ultrapassar 10 sacos, e a largura não deve ter mais de 3 metros.

Em pilhas com mais de 8 sacos de altura, estes devem ser dispostos alternadamente em
comprimento e em cruz, a fim de evitar que percam o equilíbrio e desmoronem no chão. Outra dica é
adicionar um rótulo com a data de recebimento do cimento. Assim, você garante que a equipe utilize
os sacos mais antigos primeiro, e o risco de perda do material é menor.
galeria/aula9/img/slidertransicao/img-4.jpg
Agregados
Materiais agregados também devem ser armazenados em um local seco e nivelado.

Se uma superfície com essas características não estiver disponível, prepare uma plataforma com
tábuas ou chapas de ferro corrugado antigas, ou, ainda, uma fina camada de concreto, a fim de evitar
a mistura com argila, poeira e outras substâncias.

Mantenha uma distância suficiente entre pilhas de agregados finos e grossos, para evitar que o
material nas bordas das pilhas se misture. Se possível, construa paredes divisórias para dar a cada
tipo de agregado seu próprio compartimento.

No caso dos agregados finos, empilhe-os em um lugar em que a incidência de vento seja baixa, de
modo a evitar perdas.
galeria/aula9/img/slidertransicao/img-5.jpg
Madeira
Armazene as madeiras em pilhas em cima de vigas ou pilares de tijolo, de modo que fiquem, pelo
menos, 150 mm acima do nível do solo. Peças com o mesmo comprimento devem ser empilhadas em
camadas com batedores de madeira que as separem, de modo a evitar atrito e para que a madeira
empene.

Coloque as peças mais longas na camada inferior e as peças mais curtas na camada superior, mas
mantenha uma extremidade da pilha alinhada verticalmente. Além disso, é recomendado que a largura

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e altura adequadas das pilhas sejam de cerca de 1,5 m a 2,0 m.

Evite colocar itens pesados sobre a pilha para evitar que a madeira se deforme ou danifique. Caso
seja necessário armazenar a madeira por cerca de 1 ano ou mais, proteja o material com cera ou
revestimentos específicos, para que as ripas não sofram fissuras ou ressequem com o tempo.
galeria/aula9/img/slidertransicao/img-6.jpg
Blocos de concreto
Assim como os tijolos, os blocos de concreto também devem ser armazenados perto do local de
trabalho dos funcionários para facilitar transporte e carregamento.

É importante empilhar um bloco de cada vez, a fim de minimizar quebras e acidentes com o material.
A altura da pilha não deve ser superior a 1,2 m, o comprimento não deve ultrapassar 3 m, e a largura
deve ser de, no máximo, 3 blocos.

Se os blocos de concreto forem fabricados no local da obra, não se esqueça de identificá-los pela
data na pilha. Assim, você evita que blocos com tempo de cura insuficiente sejam utilizados na
construção.

IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DO ESTOQUE DE MATERIAIS


Um sistema de gerência dos materiais inclui as funções principais de identificar, adquirir, distribuir e dispor dos
materiais necessitados em um projeto de construção.

Seus objetivos mais importantes são:

Assegurar que materiais de qualidade estarão disponíveis onde foram solicitados.

Obter o melhor valor para compras de materiais.

Fornecer, de forma eficiente, baixo custo de transporte, segurança e armazenamento dos materiais dentro dos
locais de construção.

Reduzir o excesso de materiais ao nível mais baixo possível.

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Uma boa gestão de estoques garantirá uma série de benefícios, tais como:

• Diminuição da hora improdutiva;

• Redução do desperdício;
• Produção constante;

• Aumento do lucro.

Incorporar os múltiplos critérios no processo de Gestão de Estoques torna-se fundamental em um momento em que as
construtoras entram na concorrência global, com lucros cada vez menores, visto que os materiais representam 60% a
70% do valor global da obra.

As políticas e objetivos estratégicos devem ser refletidos desde a definição de critérios de gerenciamento de materiais
até as decisões de políticas de estoques.

Talvez, a maior dificuldade na área de gerenciamento de estoques esteja em considerar aspectos que, a priori, não
podem ser medidos monetariamente ou facilmente obtidos, mas que os decisores consideram implícitos em suas
tomadas de decisão de classificação de estoques para compras.

E é justamente por negligenciar a relação entre tomada de decisão e apoio à decisão que aparece a principal
dificuldade: entender a decisão como um processo do qual fazem parte as características objetivas das ações e
as perspectivas subjetivas dos decisores.

Em um processo de construção baseado na estruturação, s modelos multicritérios apoiam a tomada de decisão.

EXERCÍCIOS
Questão 1: Usualmente, o conceito de produtividade é definido como:

Sinônimo de produção.
Sinônimo de elevação de custos.
Quantidade de tempo realizada em um período de trabalho.
Quantidade de trabalho realizada em um período de tempo.
N.R.A.

Justificativa

Questão 2: Qual dos sistemas construtivos a seguir utilizam aço como principal elemento?

Quick House
Isobloco Isocret
ARESTALRÚSTICO
Formas tipo banche
N.R.A.

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Justificativa

Questão 3: Para empilhar os tijolos, é importante seguir algumas diretrizes. Nesse caso, a pilha deve ser de:

150 tijolos de comprimento, 15 tijolos de altura e não mais do que 8 tijolos de largura.
50 tijolos de comprimento, 10 tijolos de altura e não mais do que 4 tijolos de largura.
100 tijolos de comprimento, 15 tijolos de altura e não mais do que 8 tijolos de largura.
100 tijolos de comprimento, 10 tijolos de altura e não mais do que 4 tijolos de largura.
50 tijolos de comprimento, 10 tijolos de altura e não mais do que 8 tijolos de largura.

Justificativa
ATIVIDADE PROPOSTA
Analise as características dos indicadores de produtividade e qualidade:

1. Indicadores de produtividade

2. Indicadores de qualidade

( ) Visam ao esforço.

( ) São mais voltados à satisfação dos clientes.

( ) Mensuram eficácia.

( ) Estão relacionados ao modo de utilização dos recursos.

( ) Mensuram eficiência.

( ) Garantem foco em resultados.

( ) Apontam o caminho para os trabalhos.

( ) Têm como índice o lucro ou retorno.

( ) Diante da importância do denominador, retira suas avaliações dali.

Agora, assinale a opção que apresenta a correlação CORRETA:

a) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1
b) 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2
c) 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2
d) 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1
e) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1 – 1

Justificativa

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Glossário

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Planejamento e controle de
obras

Aula 10: Informações gerenciais – qualidade


INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

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Identificar os indicadores de qualidade em uma obra.

Explicar a política de controle de qualidade da obra.

Analisar o controle da qualidade no processo construtivo.

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INDICADORES DE QUALIDADE EM UMA OBRA

Na indústria da Construção Civil, cada empreendimento apresenta um conjunto de peculiaridades quanto aos seguintes
aspectos:

 Elementos funcionais;

 Instalações;

 Orçamentos;

 Prazos específicos.

Por isso, esse setor necessita de um grupo de indicadores que possa ser adaptado às diversas realidades a que esteja
submetido.

Para atender a todas essas questões e como forma de melhorar a qualidade e a competitividade na área, o governo
federal instituiu, em 1998, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H).

Seu objetivo é ampliar o acesso à moradia de qualidade para a população de menor renda, por meio da elevação dos
patamares de qualidade e produtividade da indústria da Construção Civil, com o uso de procedimentos ambientais,
sociais e economicamente sustentáveis.

O programa conta com a organização do Ministério das Cidades, que regula o segmento da Construção Civil em torno de
duas questões principais: a melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.

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No PBQP-H, os indicadores da qualidade são instrumentos de acompanhamento e medição que devem ser utilizados
pelas empresas de Construção Civil para avaliarem o desempenho de seus empreendimentos.

Em toda etapa da prestação de serviço, os indicadores demonstram, de forma concreta, o desempenho do processo de
execução da obra e orientam a tomada de decisões (ações preventivas ou corretivas) para a garantia da qualidade do
serviço prestado.

Exemplo
,

Veja alguns exemplos de indicadores da qualidade para a execução de obras:

Entrega no prazo acordado;


Índice de lucro – lucro previsto X lucro obtido;
Índice de satisfação do cliente;
Índice de conformidade dos serviços – serviços realizados X serviços conformes;
Índice de desempenho de fornecedores de materiais;
Ações corretivas implementadas – ações planejadas X ações implementadas;
Eficácia de treinamentos.

Sem esses indicadores, não há como comparar resultados, identificar necessidades de mudanças e obter melhorias contínuas.
Vejamos algumas informações a respeito dos índices de qualidade de uma obra:

Para avaliar os processos do setor de projetos da Construção Civil, são implantados quatro indicadores de
desempenho e de análise.

Clique (glossário) para ler sobre esses indicadores.

Após a conclusão da obra, também são realizadas coletas de informações provenientes de indicadores de
desempenho (pós-obra).

Clique (glossário) para ler sobre esses indicadores.

Há também os indicadores de compras.

Clique (glossário) para ler sobre esses indicadores.

O processo de execução da obra também possui alguns indicadores de desempenho.

Clique (glossário) para ler sobre esses indicadores.

Para o processo de Recursos Humanos, são selecionados os seguintes indicadores.

Clique (glossário) para ler sobre esses indicadores.

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Todos os indicadores devem ser tabulados em planilhas eletrônicas, bem como analisados periodicamente pela direção
da empresa e seus principais gestores, a fim de verificar a eficiência e a eficácia dos processos presentes no dia a dia da
entidade. Com base nos dados obtidos, realizam-se mudanças e ajustes nos processos.

POLÍTICA DE CONTROLE DA QUALIDADE DA OBRA

A gestão da qualidade é uma das áreas primordiais para o gerenciamento de qualquer obra ou projeto de Engenharia.

Seu foco é alcançar a política de qualidade estipulada pela empresa e atender todas as necessidades e especificações do
cliente.

Mas garantir elevada qualidade em um canteiro não é um processo simples. Isso exige o comprometimento e a
participação de todos os envolvidos no projeto.

A política da qualidade é o compromisso, por escrito, no qual a organização firma seu comprometimento com a qualidade
e o atendimento às necessidades dos clientes, visando à melhoria contínua dos processos e produtos.

Diante do foco principal da organização, há vários objetivos dessa política que podem ser definidos pela Alta Direção.

Exemplo
,

Capacitar os colaboradores;
Aperfeiçoar produtos e serviços;
Aprimorar o ambiente de trabalho;
Garantir a melhoria contínua dos processos e a satisfação dos clientes.

Este último é o principal objetivo da ISO 9001.


Todos os colaboradores devem estar familiarizados com as metas organizacionais. Não basta decorar o que está escrito.
É necessário entender seu conteúdo.

Definida a política da qualidade, é o momento de criar seus objetivos com base em cada item documentado. Esses
objetivos devem ser mensuráveis e consistentes com os termos da política, além de estar sempre relacionados a um
processo.

A política da qualidade é uma das primeiras tarefas a serem realizadas quando iniciamos a implantação de um Sistema
de Gestão da Qualidade (SGQ). É uma das atividades da Alta Direção e contém orientações gerais, intenções e objetivos
da organização referente à qualidade.

Mas afinal, o que é uma política da qualidade? E como saber se minha política está correta?

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Uma política é um sistema de princípios definidos para orientar decisões que levarão a alcançar resultados mensuráveis.
Em outras palavras, é uma declaração formal do que é a qualidade para a empresa.

Fonte:

O que significa QUALIDADE para a sua organização? É isso que a política deve responder.

Trata-se, portanto, de um compromisso que a empresa declara para as partes interessadas. Assim como a missão, a
visão e os valores, ajuda a Alta Direção a tomar decisões relativas:

À priorização de projetos;
À contratação;
Ao desligamento de contratos;
A estratégias para alcançar resultados.

Essa política deve ser formalizada para que ajude as pessoas a tomarem decisões sobre processos e produtos.

Imagine que a política da qualidade de uma pizzaria seja:

“Fazer entregas rápidas que satisfaçam os clientes e gerem lucro para a empresa”.

Toda vez que uma melhoria de processo ajudar a fazer uma entrega mais rápida, estará colaborando para a empresa ter
mais qualidade. É claro que um critério não pode ferir o outro. Não adianta fazer a entrega rápida e não satisfazer o
cliente.

De acordo com o requisito 5.2.1 da ISO 9001:2015:

“A Alta Direção deve estabelecer, implementar e manter uma política da qualidade que:

• Seja apropriada ao propósito e ao contexto da organização, e apoie seu direcionamento estratégico;

• Proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos da qualidade;

• Inclua um comprometimento em satisfazer requisitos aplicáveis;

• Inclua um comprometimento com a melhoria contínua do SGQ”.

Uma política da qualidade realmente boa é aquela que é usada.

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Se a sua fica colada em um edital, escrita com letras pequenas no rodapé do e-mail ou guardada em algum repositório
físico ou eletrônico de documentos, mas não é comentada em nenhuma reunião, em que se tomam decisões, existe uma
grande probabilidade de não servir para nada.

A política da qualidade deve estar coerente a missão, a visão e os valores da empresa, bem como considerar o
planejamento estratégico da organização. A ideia é desdobrá-la em melhorias nos processos e impulsionar o crescimento
da companhia.

Com rigorosa aplicação dessa política, busca-se superar as expectativas dos clientes e colaboradores. Para isso, a
empresa compromete-se com:

A adoção de princípios para a tomada de decisões nas questões de qualidade – que pautem pela proatividade,
rapidez, flexibilidade, inovação e criatividade.

O atendimento a rígidos controles da qualidade – com foco na prevenção de problemas.

A busca permanente do aperfeiçoamento em todas as atividades – a fim de garantir, de forma sustentável, a


qualidade de produtos, processos e serviços, aumentando a produtividade e a satisfação dos clientes.

A promoção da qualidade das relações – por meio de comportamento empresarial baseado no diálogo, na ética e
na transparência.

Quer iniciar um projeto de cultura da qualidade em sua empresa?

Comece pela política da qualidade!

CONTROLE DA QUALIDADE NO PROCESSO CONSTRUTIVO

A Construção Civil começa lentamente a implantar sistemas de controle de qualidade. No Brasil, os principais fatores que
colaboram para o atraso desse desenvolvimento estão na cultura e na mão de obra barata de seus operários de baixo
grau de instrução.

Na atual conjuntura do mercado, as empresas construtoras precisam aprimorar-se continuamente, a fim de garantir
vantagens em meio a tanta competitividade.

A gestão da qualidade tem auxiliado no maior controle e na maior racionalização dos processos. Além disso, estimula
uma melhoria contínua dos serviços e funcionários da empresa, aumentando, também, a satisfação dos clientes.

A qualidade da obra resulta de:

• Planejamento e gerenciamento adequados;

• Organização do canteiro de obras;

• Condições de higiene e segurança do trabalho;

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• Correta operacionalização de processos em seu interior;

• Controle de recebimento e armazenamento de produtos;

• Qualidade na execução de cada serviço específico do processo de produção.

No setor da Construção Civil, a busca pela certificação de SGQs está relacionada com a criação do já mencionado PBQP-
H: programa certificador de qualidade, cujas ações estão direcionadas para a cadeia produtiva da área.

Como já vimos, o PBQP-H é um instrumento do governo federal para cumprimento dos compromissos firmados pelo
Brasil quando da assinatura da Carta de Istambul (Conferência do Habitat II/1996).

Sua meta é organizar o setor da Construção Civil em torno de duas questões principais: a melhoria da qualidade do
habitat e a modernização produtiva.

A busca por esses objetivos envolve um conjunto de ações, entre as quais destacamos:

• Avaliação da conformidade de empresas de serviços e de obras;

• Melhoria da qualidade de materiais;

• Formação e requalificação de mão de obra;

• Normalização técnica;

• Capacitação de laboratórios;

• Avaliação de tecnologias inovadoras;

• Informação ao consumidor;

• Promoção da comunicação entre os setores envolvidos.

Dessa forma, esperam-se:

• O aumento da competitividade no setor;

• A melhoria da qualidade de produtos e serviços;

• A redução de custos;

• A otimização do uso dos recursos públicos.

Em longo prazo, o objetivo é criar um ambiente de isonomia competitiva, que propicie soluções mais baratas e de melhor
qualidade para a redução do déficit habitacional no País, atendendo, em especial, à produção habitacional de interesse
social.

O PBQP-H procura se articular com o setor privado, a fim de que este potencialize a capacidade de resposta do programa
na implementação do desenvolvimento sustentável do habitat urbano.

Uma das grandes virtudes do PBQP-H é a criação e a estruturação de um novo ambiente tecnológico e de gestão para o
setor, no qual os agentes podem pautar suas ações específicas, visando à modernização não só de medidas relacionadas
à tecnologia no sentido estrito (glossário), mas também a tecnologias de organização, de métodos e de ferramentas de
gestão (glossário).

Outros princípios importantes do PBQP-H são:

Atuação integrada do poder público

Para ampliar a otimização dos recursos e das ações, com maior sintonia entre as políticas de
habitação municipais, estaduais e federais.

Descentralização

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Para fazer com que as aplicações correspondam à realidade de cada unidade da federação,
ampliando o controle e a efetividade das ações.

Parceria entre agentes públicos e privados

Para cumprir uma tarefa que é de toda a sociedade, pois a ação do poder público, isolada, é
limitada.

Participação da sociedade civil

Para assegurar que as ações do poder público estejam em conformidade com as


necessidades e prioridades da população, e contar com a experiência de diversos setores da
sociedade.

No setor privado, a adesão de construtoras ao Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras
da Construção Civil (SiAC/PBQP-H) está se consolidando como fator de diferenciação no mercado.

Já são aproximadamente 3.000 construtoras ativas nos três níveis de avaliação do programa. Isso demonstra o alto grau
de aceitação e a credibilidade que o PBQP-H conquistou no segmento de obras e serviços de construção.

O sistema planejamento/controle pode ser representado, de maneira resumida, pelo ciclo sequencial de quatro etapas
que se repetem. São elas:

• Medições periódicas – tendo em vista as previsões originais;

• Comparações entre previsto e (real) medido;

• Análise das variações entre previsto e executado;

• Conclusões e tomadas de medidas corretivas – se necessário.

O controle tem, então, objetivos claramente definidos, cujo ponto de partida é o acompanhamento diário da execução do
serviço com foco na produtividade e nos custos, o que inclui:

• Apuração de prazos e custos – comparando-os com os previstos;

• Tomada de decisões – em caso de desvios de prazos e custos;

• Realimentação do sistema – com os novos dados obtidos de custo, prazo e produtividade.

Quanto mais racional e rigoroso o sistema de controle, maiores a segurança e a confiabilidade nas programações física e
financeira, e maior o progresso nos índices de produtividade e redução das perdas. O resultado é a melhoria dos custos
reais.

Planejamento, programação e controle são atividades interligadas e interdependentes que não se desenvolvem
sequencialmente, mas se sobrepõem no tempo. Não há, portanto, sentido em pensarmos no desenvolvimento de uma só
delas sem as demais.

EXERCÍCIOS

1. São exemplos de indicadores da qualidade para o serviço de execução de obras, EXCETO:

a) Índice de lucro.
b) Entrega antecipada.
c) Entrega no prazo acordado.

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d) Especificações de materiais.
e) Índice de conformidade dos serviços.

Justificativa

2. Todos os indicadores devem ser analisados periodicamente pela direção da empresa e seus principais gestores, a fim
de verificar a eficiência e a eficácia dos processos presentes no dia a dia da entidade.

Esses indicadores precisam ser tabulados em:

a) Gráficos online.
b) Planilhas eletrônicas.
c) Sistemas de apuração manual.
d) Sistemas corporativos internos.
e) Sistemas corporativos externos.

Justificativa

3. No processo construtivo, o controle da qualidade tem objetivos claramente definidos, cujo ponto de partida é o
acompanhamento diário da execução do serviço, com foco em:

a) Eficiência e eficácia.
b) Investimento e custos.
c) Produtividade e custos.
d) Investimento e eficácia.
e) Produtividade e eficiência.

Justificativa
ATIVIDADE PROPOSTA
Na Construção Civil, as obras necessitam de planejamento para a aquisição dos diversos suprimentos de materiais e
serviços em sua extensa linha de produção. O ciclo de suprimentos na construção envolve diversos participantes.
Identifique-os.

Resposta Correta

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Glossário
TECNOLOGIA NO SENTIDO ESTRITO

• Desenvolvimento ou compra de tecnologia;

• Desenvolvimento de processos de produção ou de execução;

• Desenvolvimento de procedimentos de controle;

• Desenvolvimento e uso de componentes industrializados.

TECNOLOGIAS DE ORGANIZAÇÃO, DE MÉTODOS E DE FERRAMENTAS


DE GESTÃO

• Gestão e organização de Recursos Humanos;

• Gestão da qualidade;

• Gestão de suprimentos;

• Gestão das informações e dos fluxos de produção;

• Gestão de projetos.

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