Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TESE DOUTORAL
Tecnologia Educativa
Doutoramento
Salamanca, 2015
Faz Constar que este trabalho alcança, no nosso ponto de vista, todos os requsitos cientificos e formais
para ser apresentado e defendido publicamente. A investigação indaga sobre um problema relevante em
investigação educativa e apresenta elevado grau de inovação. O processo metodológico selecionado resulta
adequado nos objetivos e hipóteses planeadas e a discução é completa e relacionada com uma atulizada
fundamentação teórica. Apresenta uma contextualização adequada, um rigoroso procedimento de obtenção e
análise de dados e extração de conclusões valiosas para a área de conhecimento em que está imerso.
Por todo ele, semanifestar de acordo para que seja autorizada a apresentação e defesa da Tese Doutoral
referida.
Salamanca, 2015
Ao meu Pai, caminho que me conduzia no destino…
Aos meus colegas dum percurso representados nos que ficaram até á última hora,
Eusébio Costa, Cristina Mateus, Clara Costa e Emanuela Esteves.
À família, pelas ausências e por tanta paciência que revelaram ao longo dos anos,
Aos meus pais, Luís e Maria Amélia
Aos meus filhos, Hugo Tiago, Ana Raquel, Paulo Renato e Luís Carlos.
Aos meus netos, Santiago e Margarida
E ao meu marido Joaquim.
Finalmente,
A todos os que permitiram o inicio e o fim dum longo caminho,
Aos alunos e professores de cada dia vivido.
Supervisão e aquisição de Competências Professional
11
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
12
Supervisão e aquisição de Competências Professional
ÍNDICE
Índice de Figuras............................................................................................................................................ 17
Índice de Quadros ......................................................................................................................................... 20
Índice de Gráficos .......................................................................................................................................... 24
Índice de Imagens.......................................................................................................................................... 25
Índice de Tabelas ........................................................................................................................................... 26
Tábua de Siglas .............................................................................................................................................. 29
PARTE I – APRESENTAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO.............................................................................................. 31
CAPÍTULO 1 – PROPOSTA METODOLÓGICA .................................................................................................. 33
1.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 34
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 42
1.3. JUSTIFICAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................................................... 43
1.4. METODOLOGIA ................................................................................................................................. 45
1.4.1. Âmbito, natureza e objectivos do estudo ........................................................................................... 45
1.4.2. População e amostra ........................................................................................................................... 46
1.4.3. Variáveis em estudo ............................................................................................................................ 46
1.4.4. Instrumentos de recolha de dados...................................................................................................... 47
1.4.5. Análise de dados.................................................................................................................................. 48
CAPÍTULO 2 – HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA E DA FORMAÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA 51
2.1. AS ORIGENS DA EDUCAÇÃO ............................................................................................................. 52
2.1.1. As origens da educação na Península Ibérica.............................................................................. 61
2.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA EM PORTUGAL ............................................. 63
2.3. EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS E A FORMAÇÃO DE EDUCADORES DE INFÂNCIA.
.......................................................................................................................................................... 70
2.3.1. A formação dos educadores de infância: das origens ao processo de Bolonha ......................... 78
CAPÍTULO 3 – A PROBLEMÁTICA DA FORMAÇÃO DE EDUCADORES E PROFESSORES EM CONTEXTO DE
ENSINO SUPERIORA ...................................................................................................................................... 91
1.1. PRESSUPOSTOS NA FORMAÇÃO DOCENTE: OS EDUCADORES DE INFÂNCIA .................................. 92
1.1.1. Paradigmas de investigação ........................................................................................................ 95
3.1.2 Etapas de formação ..................................................................................................................... 97
3.1.3 Paradigma de formação .............................................................................................................. 99
3.1.4 Processo de desenvolvimento profissional ............................................................................... 102
13
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
14
Supervisão e aquisição de Competências Professional
15
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
16
Supervisão e aquisição de Competências Professional
ÍNDICE DE FIGURAS
6 Figura 3.2. Esquema da natureza e função docente (Blanco, 1980) .......................................... 105
7 Figura 3.3.A proposta de trabalho em curto prazo coordenada por Alarcão ............................ 121
8 Figura 3.4.A proposta de trabalhoem longo prazo coordenada por Alarcão ............................ 122
10Figura 3.6. Fases do ciclo de supervisão clínica segundo Goldhammer e outros. Citado por
Alarcão, 1987....................................................................................................... 137
17
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
26Figura 4.12.Modelo Tuning usado para a autoavaliação das escolas do IESFafe ..................... 209
28Figura 4.6. Análise comparativa dos tipos de aprendizagens Ramos (2014, p340) ................. 241
29Figura 5.1. Principais competências propostas pela União Europeia, Ramos (2014,p.258) .... 261
30Figura 5.2. Projeto Tuning e as competências mais importantes, Ramos(2014,p.259) ........... 263
32Figura 5.4. As 10 competências para o tutor e a atividade tutorial, : Adaptado (de Silva,2012; e
Schinerder, 2011) por Schneider e outros (2013). ................................................ 271
34Figura 5.6. Roda das competência Schneider e outros (2013,p:66) ......................................... 272
36Figura 5.8. Teorias face a aprendizagem Costa (2010) in Lima e Capitão (2003) ..................... 274
37Figura 5.9. Ciclo da informação e do conhecimento, Ramos (2014, p.79) ............................... 276
38Figura 5.10. Trabalho autónomo do estudante Ramos (2014 p.283) ....................................... 277
40Figura 5.12. Antecedentes do trabalho colaborativo Ramos (2014,p 347 ............................... 282
41Figura 5.13. Paradigmas novos e velhos, D.W. Johnson in Ramos (2014,p.338) ..................... 283
45Figura 5.18. Grau de conhecimento do Projeto Guedes e Lourenço( 2007) ............................ 290
18
Supervisão e aquisição de Competências Professional
47Figura 5.20. A «CEBOLA», a docência como prática e teoria relacionada e centrada na pessoa
enquanto ser que reflete, Batista, Graça e Queirós (2014,P.281), In
Korthagen(2005,2013) ........................................................................................... 305
48Figura 5.21.A pessoa futuro professor e a ligação . teoria /prática, Batista, Graça e Queirós
(2014,P.282), In Korthagen (2005,2013) ............................................................. 306
50Figura 5.23. Elementos configurativos da Tecnologia Educativa, Blanco e Silva(1993,p.39) ... 309
52Figura 5.25. A sociedade dos conhecimentos e os valores Ramos (2014,p.216) .................... 311
54Figura 5.27. Vantagens e desvantagens do e-learning: Lina e Capitão (2003) ......................... 317
55Figura 5.28. Métodos de utilização da internet na educaçãosegundo Ellsworth (1994) ......... 326
58Figura 5.31. Critérios a avaliação dos Meios Didácticos, Martín .............................................. 330
59Figura 5.32. Evolução das competências informacionais na etapa escolar (Bielba; 2014) ...... 331
60Figura 5.3.3. Dimensões da Competência Informacional e digital (Area e Guarro; 2012) ....... 332
62Figura 6.2.: Percentagem de resposta para cada bloco do grupo A. ........................................ 340
19
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ÍNDICE DE QUADROS
1 Quadro 2.2. Categorias que contribuem para o conhecimento didático do conteúdo (adaptado
de Grossman (1990) e Morine Dershiner e Kent (2003) ......................................... 88
13Quadro 7.4 Itens relativos aos 2 blocos da dimensão B – Integração do currículo .................. 385
20
Supervisão e aquisição de Competências Professional
23Quadro 7.14. Análise de correlações calculadas com base no Coeficiente de Spearman entre as
subescalas do Questionário das Competências Profissionais do Educador de
Infância-QCPEI ..................................................................................................... 399
24Quadro 7.15. Distribuição dos sujeitos em função da experiência com computadores (n=63)
....................................................................................................................................................... 400
25Quadro 7.16. Distribuição dos sujeitos em função do interesse pelos computadores (n=63) 400
26Quadro 7.17. Distribuição dos sujeitos em função do grau de conforto para usar as TIC (n=63)
....................................................................................................................................................... 401
27Quadro 7.18. Distribuição dos sujeitos em função da perceção dos alunos quanto à utilidade
das TIC na aprendizagem .................................................................................. 401
28Quadro 7.19. Distribuição dos sujeitos em função a sua perceção quanto ao contributo das TIC
....................................................................................................................................................... 401
29Quadro 7.20. Distribuição dos sujeitos em função da frequência de recursos tecnológicos para
executar trabalhos das UC ................................................................................ 402
21
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
33Quadro 7.24 Distribuição dos sujeitos em função do valor atribuído a diferentes tipos de
recursos tecnológicos na aprendizagem ............................................................. 407
34Quadro 7.25. Distribuição dos sujeitos em função do perceção de interferência das TIC na
aprendizagem ...................................................................................................... 408
35Quadro 7.26. Distribuição dos sujeitos em função dos tipos de tecnologia computacional
existentes na formação ....................................................................................... 409
37Quadro 7.28. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 1 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos) ................................ 412
38Quadro 7.29. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 2 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos) ................................ 413
41Quadro 7.32. Distribuição dos sujeitos em função das Respostas à questão. “Sinto que o
estágio me levou a crescer como pessoa?” ........................................................ 416
42Quadro 7.33. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 3 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos) ................................ 416
43Quadro 7.34. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 4 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos) ................................ 417
44Quadro 7.35. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 5 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos) ................................ 418
45Quadro 7.36. Elicitações a aspetos positivos relacionados com o processo de supervisão ..... 419
46Quadro 7.37. Elicitações a aspetos negativos relacionados com o processo de supervisão ... 420
47Quadro 7.38. Análise de correlações calculadas com base no Coeficiente de Spearman entre
as subescalas Inventário das vivências e perceções de estágio- IVPE-ES(LE) ....... 421
22
Supervisão e aquisição de Competências Professional
48Quadro 7.39. Análise de correlações calculadas com base no Coeficiente de Spearman entre
as subescalas do Questionário das Competências Profissionais do Educador de
Infância-QCPEI e as dimensões do Inventário de Vivências e Perceções de
Estágio- IVPE-ES(LE) ............................................................................................ 423
23
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ÍNDICE DE GRÁFICOS
1Gráfico 7.1. Valores médios nas 7 subescalas/blocos do QCPEI ................................................. 391
3Gráfico 7.3. Distribuição dos sujeitos quanto ao uso de meios tecnológicos como o “e-learning”
enquanto estratégias de estratégia de aprendizagem. ........................................... 410
24
Supervisão e aquisição de Competências Professional
ÍNDICE DE IMAGENS
6Imagem 8.2. Bristol, United kingdom, (Photo by Matt Cardy/Getty Images) ............................ 446
7Imagem 8.3. Diversos conceitos de professor e Desenho representando Paulo Freire e suas
Pedagogias. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor) ...................................... 448
25
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ÍNDICE DE TABELAS
1 Tabelas 3.1. A evolução do objeto de investigação sobre o ensino ............................................ 93
10Tabela 3.11. A relação entre a aprendizagem e o ensino de E. Stones, in Approach, 1984 ..... 139
14Tabela 4.1. O mestrado deve promover ainda, segundo o DL n.º 74/2006. ............................ 173
15Tabela 4.2. Princípios fundamentais da habilitação profissional para a docência: .................. 176
24Tabela 4.10. Avaliação da qualidade das aprendizagens e competencias da formação .......... 213
26
Supervisão e aquisição de Competências Professional
39Tabela 4.34. Plano de Estudos No Mestrado dividido em quatro semestres: ......................... 244
49Tabela 6.9. Comparação de médias para a variável Ano curricular ......................................... 348
54Tabela 6.14. Análise descritiva para utilização das TIC’s. ......................................................... 358
55Tabela 6.15. : Uso das TIC’s de acordo com a Instituição ......................................................... 360
57Tabela 6.17. Uso das TIC´s de acordo com o ano curricular. .................................................... 364
62Tabela 6.22. Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco A1. ..................... 370
63Tabela 6.23. Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco A2. ...................... 371
64Tabela 6.24. : Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco A3 ..................... 371
65Tabela 6.25. Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco A4. ..................... 371
66Tabela 6.26. Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco A5. ...................... 372
67Tabela 6.27. Coeficiente de Correlação de Spearman entre totais do Bloco A. ....................... 372
68Tabela 6.28. Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco B6. ...................... 372
69Tabela 6.29. Coeficiente de Correlação de Spearman entre itens do Bloco B7. ...................... 373
70Tabela 6.30. Coeficiente de Correlação de Spearman entre totais do Bloco B. ....................... 373
71Tabela 6.31. Coeficiente de Correlação de Spearman entre totais do Bloco A e B. ................. 373
28
Supervisão e aquisição de Competências Professional
TÁBUA DE SIGLAS
MI – Ministério do Interior
PP - Prática Pedagógica
29
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
UC - Unidade Curricular
UE – União Europeia
30
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Apresentação da Investigação
31
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
1.1. Contextualização
1.3.Aspetos metodológicos
32
Supervisão e aquisição de Competências Professional
CAPÍTULO 1 – PROPOSTA
METODOLÓGICA
CAPÍTULO 1
PROPOSTA METODOLÓGICA
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
1.1 INTRODUÇÃO
Carbonell e Tort (2006) referem que a educação e a cultura são conceitos intimamente
vinculados, não existindo um sem o outro, embora se desenvolvam na realidade social
vinculados a diferentes e variadas instituições, agencias e instituições que fragmentam e
34
Supervisão e aquisição de Competências Professional
35
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
36
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Para se fazer uso pedagógico das Novas Tecnologias torna-se necessário integra-las
num programa educativo bem fundamentado, visto serem as metas, objectivos conteúdos e
metodologias, que permitem adquirir um sentido educativo. Um programa não é utilizável
por si mesmo, ele deve ter em conta os sujeitos que o usam e os contextos de trabalho. A
utilização de novos meios está relacionada com a reconstrução dos esquemas de
pensamento e da acção educativa dos professores.
37
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
implique algum tipo de pensamento; (b) Consciência de que a escola são âmbitos ou
dispositivos da sociedade encarregados de apresentar e legitimar determinados pontos de
vista cultural e da vida social.
Sobre a utilização dos meios tecnológicos parte-se de duas ideias: (1) os instrumentos
tecnológicos são mediadores entre os objectos (acontecimento social ou qualquer outro
cultural) e os sujeitos do conhecimento. (2) Cada recurso potencia certas facetas humanas e
oculta outras.
Deste modo os meios tecnológicos são: (a) fonte de opressão por transportarem
conteúdos e mensagens portadores de interesses e ideologias; (b) ferramentas não neutrais
que induzem a uma determinada racionalidade de pensamento (c) permitem gravar ou
captar elementos e informações do processo de ensino para posterior reflexão e decisão
sobre a mesma permitindo gerar conhecimento que permita transformar a possível origem
de desigualdades e injustiças.
No que diz respeito à Supervisão, frequentemente este termo surge associado com o
de avaliação. A maioria dos modelos de supervisão incluem estratégias desenhadas para
ajudar os professores a reflectir, a aprender, a crescer e a desenvolverem-se como
profissionais. Avaliar consiste na utilização de dados e padrões para tomar decisões
sumativas acerca dos professores. A maioria dos modelos de avaliação incluem observação
da sala de aulas, checklists e/ou narrativas, que fornecem dados sobre o grau de
responsabilidade e permite aos supervisores determinar se um professor atingiu os padrões
mínimos de desempenho, com a finalidade dos mesmos servirem de suporte a decisões
futuras.
Olívia e Pawlas (1997) referem que a supervisão contempla dois tipos de avaliação, (1)
a consultativa ou formativa, para ajudar os professores a melhorar o ensino e (2) a
administrativa ou sumativa, com a finalidade de se fazer um contrato, dar posse, contemplar
pagamentos por mérito, proceder a nomeações e tomar decisões pessoais. Strong (1997)
sugere que os programas de avaliação de professores devem fornecer feedback formativo e
sumativo (para melhoria da responsabilidade e do desempenho). Outros autores distinguem
conceptualmente esses dois conceitos, como Shinkfield e Stufflebean (1995) que consideram
que os professores devem ser avaliados utilizando-se uma variedade de dados formativos, os
38
Supervisão e aquisição de Competências Professional
quais podem servir como base de conclusões sumativas, no fim do ciclo de avaliação;
Danielson (2001) sugere que os conflitos numa escola surgem frequentemente porque os
directores das escolas têm dificuldade de desempenhar o papel de supervisão como treino
formativo e mentor, ao mesmo tempo que avaliam e tomam decisões sumativas no sentido
do desempenho dos professores. Glickman (2002) e Tell (2001) consideram que o feedback
formativo, para o crescimento e aprendizagem pessoal, deve ser separado do feedback
sumativo utilizado para tomar decisões pessoais. A supervisão consiste, grosso modo, num
feedback formativo e no acompanhamento directo com o fim de melhorar o ensino e o
desempenho docente. (Glickman, Gordon, & Gordon-Ross, 1998).
A maioria dos modelos de supervisão incluem estratégias desenhadas para ajudar os
professores a reflectir, a aprender, a crescer e a desenvolverem-se como profissionais. Avaliar
consiste na utilização de dados e padrões para tomar decisões sumativas acerca dos
professores. A maioria dos modelos de avaliação incluem observação da sala de aulas,
checklists e/ou narrativas, que fornecem dados sobre o grau de responsabilidade e permite
aos directores escolares determinar se um professor atingiu os padrões mínimos de
desempenho, com a finalidade suportarem decisões futuras.
Os professores continuam a ser avaliados de forma sumativa através de visitas pouco
frequentes, assim como é pouco frequente o diálogo, a crítica ou o planeamento, devido
quer à rotina das práticas quer à diminuição da perspectiva do ensino como profissão
(Glickman, 2002).
Vários estudos (Medley & Coker, 1987; Peterson, 1987; Stodolsky, 1984) mostraram
que a ordenação dos professores pelos directores escolares tinham muito baixa correlação
com outras fontes de dados do desempenho docente como sejam:
-Questionários (“surveys”) a pais/estudantes;
-Testes padronizados do conhecimento dos docentes;
-Actividades de desenvolvimento profissional.
Adicionalmente Peterson (2000) refere que os dados de observação de aulas não são fiáveis
para serem utilizados de forma sumativo porque dependem do que ocorre na altura da
visita. Os programas de avaliação estão reduzidos a um ritual que leva um mínimo de tempo
e que, no mínimo, aborrece os participantes.
A maioria dos sistemas de supervisão são concebidos e implementados com pouco cuidado
39
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
(Shinkfield & Stufflebean, 1995). A literatura é crítica dos modelos sumativos puros que
assentam em dados simples a partir da sala de aulas sem feedback sumativo e objectivos
ligados á melhoria da escola.
Modelos de dados únicos têm validade baixa, confiança reduzida porque não são
colaborativos e não promovem o crescimento profissional porque não se ligam com as metas
de melhoria da escola ou do professor.
Tradicionalmente os directores escolares utilizam dados recolhidos de observações de
aulas, formal e informalmente, para tomarem decisões sumativas acerca do desempenho
docente.
Os directores escolares são relutantes em utilizarem fontes múltiplas de dados porque
consome tempo, o processo de recolha, documentação e análise de dados (Cruz, 2000).
Os métodos de inspecção e controlo da supervisão sugerem que os professores não
são profissionais, mas trabalhadores que são monitorizados e dirigidos (Tracy, 1995).
Durante o final dos anos oitenta, o desenvolvimento profissional emergiu como uma
componente importante da reforma escolar. Actividades que promovem o crescimento
profissional tornaram-se parte do desenvolvimento dos planos das escolas reforçadas pela
supervisão docente (Iwanichki, 2001).
Autores como Glickman (2002) e Howard e McColskey (2001) defendem que a
existência de actividades que auxiliem o professor a melhorar o seu ensino e as que
permitam alcançar as metas de melhoria da escola, devem permanecer separadas do
processo de avaliação sumativa dos professores.
Muitos programas foram redesenhados para incluírem as necessidades profissionais
dos professores com o foco na reflexão e no crescimento (Gordon, 1997).
Para Iwanicki (2001) nada é mais eficaz que a supervisão dos professores quando ligada ao
aproveitamento dos estudantes e alinhada com o desenvolvimento pessoal e o
aperfeiçoamento da escola. Embora alguns refiram entre outras coisas fontes múltiplas de
dados, maior atenção aos desejos dos professores para construir a confiança e pontes para o
desenvolvimento pessoal.
Investigadores como Wright, Horn e Sanders (1997), que verificam existir uma relação
causal forte entre os resultados dos alunos e a qualidade de ensino, defendem que os
resultados do aproveitamento dos alunos, obtidos através de testes padrão, ao longo do
40
Supervisão e aquisição de Competências Professional
41
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO
No seculo XXI com a adesão ao Processo de Bolonha, as Instituições de ensino
superior tiveram de fazer uma serie de ajustamentos. A educação e Formação, deixou de
estar centrada no conhecimento para estar focalizada em competências.
Por conseguinte, a competência tornou-se numa das palavras-chave do Processo de
Bolonha. O termo, no entanto, mostra-se polissémico. Em sentido lato, competência pode
ser entendida como habilidades que o individuo possui. A palavra “competência” vem latim
“competere” que significa uma aptidão para executar uma tarefa ou função. Note-se que
competência e habilidade são dois conceitos relacionados entre si. Além do mais, é
importante ter em conta que as competências podem ser gerais ou específicas. No que diz
respeito à competência profissional, pode ser entendida como um conjunto de
características do individuo que o ajudam a realizar as suas funções ao nível de uma
determinada profissão.
42
Supervisão e aquisição de Competências Professional
43
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
44
Supervisão e aquisição de Competências Professional
1.4. METODOLOGIA
A presente investigação comporta dois estudos, sendo que o primeiro decorre antes de se
iniciar o Processo de Bolonha (designado por Pré-Bolonha) e o segundo decorre após a
implementação do Processo de Bolonha (Pós-Bolonha).
O primeiro estudo, que decorreu em 2007, é de natureza exploratoria, tendo sido levado a
cabo em duas Instituições do Ensino Superior Português, antes da implementação do
Processo de Bolonha. Este estudo visa proceder à exploração do tema em estudo –
Supervisão e Aquisição de competências Profissionais – com instrumentos criados para o
efeito, designadamente as competências profissionais, assim a utilização da comunicação e
tecnologia educativa.
45
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Nesta investigação são usados vários instrumentos na recolha de dados. Um dos maiores
contributos deste estudo é a elaboração de instrumentos de investigação, uma vez que como
referem alguns autores, a formação de educadores de infância e de professores se tem
resumido a estudos predominantemente qualitativos, com amostras muito reduzidas,
criando serias dificuldades na generalização de resultados (Sousa-Pereira, 2014).
Assim, o primeiro estudo inclui dois instrumentos elaborados propositadamente para esta
investigação: (1) Questionário sobre Dimensoes da Tecnologia Educativa (Noronha, Melo de
Carvalho & Tejedor, 2007); (2) Questionário de Competências Profissionais do Educador de
Infância (Noronha, Tejedor & Carvalho, 2007).
O segundo estudo comporta três instrumentos: (1) Questionário sobre Comunicação e
47
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Tecnologia Educativa (Noronha, Melo de Carvalho & Tejedor, 2009)-QCTE, o qual resulta da
reformulação do Questionário sobre Dimensões da Tecnologia Educativa criado em 2007; (2)
Questionário de Competências Profissionais do Educador de Infância (Noronha, Tejedor &
Carvalho, 2007) - QCPEI; (3) Inventário de Vivências e Perceções de Estágio – Versão para as
Licenciaturas em Ensino- IVPE-ES (LE) (Caires, 2003- 3ª versão).
48
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Enquadramento Teórico
49
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPíTUL0
2.1. As Origens da Educação
CAPÍTULO 2
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA E DA FORMAÇÃO DOS
EDUCADORES DE INFÂNCIA
CAPÍTULO 2 – HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
DE INFÂNCIA E DA FORMAÇÃO DOS
EDUCADORES DE INFÂNCIA
CAPÍTULO 2
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA E DA FORMAÇÃO DOS EDUCADORES DE
INFÂNCIA
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A educação não nasce com o homem. E sim é adquirida no decorrer da sua vida. Ela pode como
processo social, reforçar a coesão social, atuando como força conservadora; ou então estimular ou
libertar as possibilidades individuais de autodireção e escolha entre alternativas divergentes […]
Entre esses dois extremos há, portanto, um meio termo que deve ser, do ponto de vista da
sociedade e do individuo, a meta ideal de todo o processo educacional. Santos (2012, p. 16)
52
Supervisão e aquisição de Competências Professional
translúcida. A educação1 consiste numa acção exercida por um ser humano sobre outro ser
humano -mais frequentemente, por um adulto sobre uma criança, até porque educar é
sempre ensinar ao que não sabe Savater, (1997: 28)-. O intuito é, sempre e em última
instância, o educador facultar ao "educando" a aquisição de certos traços culturais (saberes
ou maneiras de agir tanto técnicas como morais), que os costumes, o sentimento ou uma
convicção reflectida consideram desejáveis. Ulmann, (1982: 13), até porque ser humano
consiste na vocação de partilhar entre todos o que já sabemos Savater, (1997: 32),
robustecendo o cunho irrevogável do social na definição de educação. No entanto, as
definições anunciadas pelo autor poderão a priori parecer redutoras e mutiladas tendo em
conta que não focam a educação como potenciadora do desenvolvimento. Podemos, ou
devemos, então, aditar a esta conceptualização a noção de que no acto educativo serão
desenvolvidas potencialidades inatas Baptista, (2005: 28), que só na relação estabelecida
entre educador/educando passam de potencialidades a capacidades.
Educador e educando são ambos seres humanos, sendo que esta “verdade de La
Palice” permite sublinhar a semelhança para sustentar a distinção que se pretende fazer dos
dois sujeitos -o saber e capacidades, experiência de vida, resultantes, na generalidade, pela
diferença de idades-. O sustentáculo de que educador e educando são seres humanos
permite-nos refutar ideologias e práticas que assentam no poder e na autoridade dos que
sabem mais sobre os que sabem menos, dos mais velhos sobre os mais novos e até, em
tempos não tão idos quanto o desejável, dos mais fortes sobre os mais fracos Pombo,
(2002).
Mas, que existe um poder é inegável, o poder de decidir sobre que conhecimentos são
objecto de ensino, o poder de decidir de que forma estes conhecimentos vão ser
transmitidos, o poder do educador seleccionar uma ideologia, um paradigma pedagógico,
que vai influenciar “a vida e obra” daqueles que são educados Kant, (1984). Inerente ao
processo de escolha de decisão está e esteve sempre presente a tomada de opção por
1
A origem da palavra portuguesa educar é a palavra latina educ, a qual significava educar, criar, desenvolver
uma criança tanto física como espiritualmente. A intenção desta educação, ou seja, o seu destino e valoração
é-nos dada por uma outra expressão latina, mais originária do que o educ. O verbo Latino ê-dûco, o qual
significava levar para diante, puxar, levar connosco, erguer, construir, ou seja, envolver, motivar, mostrar e
apontar possibilidades. Todos estes significados, assim como o sentido dapalavra portuguesa contemporânea
educar, têm como base uma direcção ascendente, ou seja, indicam um sentido de elevação Estrela, (1999).
53
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
determinados juízos de valor, o que confere ao acto de educar uma essência axiológica,
porque é determinada por factores filosóficos, políticos, económicos e quiçá religiosos
Lyotard, (1989).
Estes são os vértices em redor dos quais a educação, enquanto conceito e prática,
gravita sendo também que são estas dimensões que constituem o mundo cultural a que a
educação deve dar resposta. As teorias educativas convertem-se, então, num ideal não só
educativo, mas também cultural ao qual subjazem valores Bertrand, (2001: 13). É no enredo
de valores escolhidos que se define determinada postura educativa e, como tal,
determinada tomada de posição do educador face aos seus educandos. Corroborante com
esta concepção está Reboul (2000: 49) ao referir que um ideal educativo traduz uma
concepção de valores (…). E foi da variação, ampla e significativa, dos valores vigentes, em
cada época e sociedade que se constituiu a história da educação.
Em ciências da educação, como noutras ciências, recorrer à cultura grega pode não
significar o início dos inícios, mas significa com certeza, o início da essência, neste caso da
educação. Paideia3 é a designação que os gregos davam à educação especificando o
2
A retroacção (feedback), numa perspectiva sistémica, é a manutenção homeostática de um estado
característico ou a procura de um objectivo, baseada em interacções e em mecanismos que devolvem
informação acerca de desvios no estado ou objectivo a alcançar (Bertalanffy cit. Busquetse Curral, 2007).
3
Ideal educativo grego (Abbagnano e Visalberghi, 1982).
54
Supervisão e aquisição de Competências Professional
objectivo desta como sendo o de introduzir os jovens na sociedade dos adultos. Também
segundo Maia (2007: 357):
A educação consiste em ajudar a criança a tornar-se um homem que realize a sua essência
ou o que vem a ser a mesma coisa, que ocupe no Cosmos a função que lhe cabe exercer.
55
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Enquanto na escolástica medieval tudo era obra edificada por e para Deus, com a
Renascença, o homem sem esquecer Deus “tomou-lhe” o lugar, passando a ser o enfoque da
educação e de si próprio - visão antropocêntrica. O homem do Renascimento redescobriu a
Antiguidade Clássica, o conceito de humanismo, a crença na vida activa em vez da
contemplativa [e por isso] a sua preocupação era agir e compreender Mialaret e Vial, (1986:
52). O propósito da educação é então encaminhar o homem, no seu todo, para um
desenvolvimento global que agrega corpo e alma. O humanismo entabula, portanto uma
reiteração das concepções educativas, tendo em conta que a educação é um esforço para
ajustar o mundo ao homem, tendo como desafio ensinar ao homem regular a vida em
função de si mesmo (Lyotard, 1989: 42). Emerge, assim um conceito de educação que
possibilita ao indivíduo ascender a si e à humanidade.
4
Movimento de renovação, com início no século XV e que se prolongou até finais do século XVI reformou a
ciência, a literatura e outras artes, pelo estudo e aplicação dos princípios da antiguidade greco-romana.
Casteleiro, (2001). Efectivamente, a principal característica deste movimento foi a redescoberta da Antiguidade
Clássica.
5
João Amós Coménio, pedagogo humanista e filósofo, nascido a 28 de Março de 1592, na Checoslováquia.
Coménio escreveu, para além de inúmeras enciclopédias e dicionários, excelentes obras pedagógicas, tais
como A Porta Aberta das Línguas (1631) que o tornou célebre em toda a Europa ou ainda o tratado sobre a
educação das crianças em idade pré-escolar, intitulado Schola Infantiae (1632), a leitura do qual influenciou
Froebel na criação dos jardins de infância. Mas, de entre as suas cerca de duzentas obras, as mais célebres são,
sem dúvida, a Didáctica Magna (1657), primeiro tratado universal de ensinar tudo a todos e estabelece como
principal princípio que o último fim do homem é a felicidade eterna com Deus, sendo o objecto da educação
ajudar a alcançar este grande fim e a Pampaedia ou Educação Universal, onde Coménio desenvolve a ideia de
que a educação é para todos Cauly, (1999).
56
Supervisão e aquisição de Competências Professional
(…) emerge então como o objecto de um saber e aquilo que deve ser produzido. Mas aquilo
que faz a unidade da pedagogia reformulada desde as suas bases não é nem a continuidade
de uma tradição nem a perpetuação de estruturas anteriores, mas antes o método que é a
alma da reforma e garante, a este título, a unidade e a sistematicidade da nova ciência que a
didáctica constituiu: ela deve daqui em diante poder codificar um saber e regulamentar uma
prática, e romper com a servidão das práticas rotineiras mais ligadas a um empirismo cego
do que a uma clara consciência dos fins e dos meios.
A hodiernidade das teses propostas por Coménio “caíram por terra” com a promoção
da razão - pilar do Iluminismo7. Apontar como alicerce da educação a felicidade eterna com
Deus Cauly, (1999: 57) colide com a racionalidade imperante e ansiada pelo Século das
Luzes. No Iluminismo, alguns crêem que a senda do Homem é a felicidade, outros vêem no
saber absoluto o desígnio da Humanidade Araújo, (2005). Todavia, e oposto ao que seria
conjecturado, as teorias de educação que brotam de uma e outra linha de convicção são
mais análogas que dissemelhantes, porque são cimentadas num fundamento comum, uma
meta colossal para a Humanidade. Esta meta passa, desde logo, pelo desenvolvimento do
6
Na perspectiva de Comenius sem o método a ideia de uma racionalidade pedagógica não tem qualquer
sentido (Cauly, 1999).
7
Movimento espiritual do séc. XVIII, também apelidado como o “Século das Luzes” pela confiança depositada
no poder da razão (Casteleiro, 2001).
57
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
homem para além do que é ditado pela natureza, ou seja, a verdade é que ela [natureza] já
não comanda o comportamento do homem civilizado Beck e outros(2000: 51). A educação
conquista, em definitivo, um sumo posicionamento, o de responsável pela origem, existência
e sentido da civilização e, consequentemente, o agente do progresso da Humanidade. Esta
teoria da educação pretende reequacionar o âmago natural do ser humano, limando-o e/ou
desenvolvendo-o, de forma a converter o homem original num novo homem.
Tal como em muitas outras esferas artístico-científicas, o século XVIII é fértil em ícones
da educação. Entre nomes sonantes como o Pestalozzi e Froebel, vamos destacar Kant e
Rousseau pelas posições antagónicas que tomam no debate: homem natural versus homem
civilizado Pinto, (1996). Se Kant (1984: 28) sublinha o carácter progressista da educação ao
referir que esta encerra o grande segredo do aperfeiçoamento da natureza humana (…),
Rousseau cit. por Dias (1993: 11) por contraste, refere que as nossas almas são corrompidas
à medida que as nossas ciências e artes avançam para a perfeição. E o que é defendido por
este filósofo suíço é que tudo está bem ao sair das mãos do Autor das coisas; tudo degenera
58
Supervisão e aquisição de Competências Professional
entre as mãos do homem Rousseau, (1990: 15), ou seja, a educação é encarada como o
mecanismo de excelência para “deteriorar” o homem.
Rousseau acredita numa educação subordinada à natureza, tanto que afirma: formam-
se (...) os homens pela educação Rousseau,(1990: 16), na medida em que o ser humano
nasce carenciado de tudo. A questão está no facto de que a educação instituída artificializa o
homem porque se desnaturalizou e, esta nas palavras do autor, é a maior das perversões
(Ibid.: 2), pois só uma educação natural permite ao homem ser homem. Na realidade, o
projecto deste perito é o de reconstruir o homem e, implicitamente, reformar uma
sociedade que considera funesta (Avanzini, 1978). É a própria sociedade, na perspectiva do
autor de Emílio, Rousseau,(1990: 12), que danifica o ser humano, uma vez que
São estas questões que fazem com que o autor “crie” o bom selvagem, pois é ele que
permitirá à Humanidade restaurar-se, uma vez que:
8
O Emílio é um ensaio pedagógico sob a forma de romance e nele Rousseau procura traçar as linhas gerais que
deveriam ser seguidas com o objectivo de fazer da criança um adulto bom. Mais exactamente, trata dos
princípios para evitar que a criança se torne maus, já que o pressuposto básico do autor é a crença na bondade
natural do homem. Em Emílio, Rousseau vê o menino que ele poderia ter sido e descreve a educação que teria
desejado a si mesmo. Emílio receberá uma "educação negativa", que consiste em deixar agir as forças naturais
das forças, para isso basta deixar agir a natureza: a curiosidade espontânea irá levar a criança a observar, a
interessar-se, a desejar aprender e fazer. O professor deve limitar-se a eliminar os obstáculos. Primeiro, Emílio
aprende a ler, a escrever, a contar porque compreende que isso é útil. E apenas aos quinze anos, Emílio
conhecerá a vida social, cultural e religiosa. Emílio tornou-se uma das obras pedagógicas fundamentais pois, a
partir de então todas as teorias pedagógicas aprenderam a levar em consideração a natureza da criança, a
respeitar e reforçar a sua personalidade Chateau, (1976).
59
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
É uma coisa entusiasmante pensar que a natureza humana será sempre melhor
desenvolvida e que se pode chegar a dar a esta última uma forma que convém à
humanidade. Isto abre-nos uma perspectiva sobre um futuro mais feliz da espécie
humana.
Se Rousseau se inspira na obra “As Aventuras de Robinson Crusoé”9 para criar o seu
bom selvagem, Kant lerá Emílio com grande interesse e vai “beber” a Rousseau a premissa
de que não se deve educar através da transmissão de pensamentos. Isto porque, na sua
perspectiva Kant, (1984: 83), importa, antes de mais, que as crianças aprendam a pensar.
Mas, se estes dois mestres coincidem neste ponto10, existe uma imensa décalage entre
ambos no modo como encaram o homem e a Humanidade: Rousseau era um optimista
relativamente à natureza humana, mas um pessimista em relação ao processo civilizacional
Habbermas,(1982: 33), em contraponto com as convicções de Kant.
Compete à sociedade a tarefa educativa, uma vez que dela depende o progresso
humano e o aperfeiçoamento da Humanidade, Kant espelha neste princípio as suas crenças
relativas à manifesta conexão entre política e educação. A moralização política deve,
segundo este teórico, permitir constituir sociedades onde seja possível [ao sujeito]
9
Robinson Crusoé é uma das obras de Daniel Defoe (1660-1731), onde se acompanha a aventura de um jovem
de 20 anos, que, na Inglaterra de 1652, decidiu rumar contra as expectativas dos pais e embarcar na travessia
dos mares, numa sequência de peripécias que culminam na estadia de 27 anos numa ilha deserta.
10
Kant e Rousseau coligam-se ainda pelo facto de nenhum ser educador e ambos o assumirem. Rousseau
refere, inclusivemente na sua obra, que apenas pensa a educação a exemplo de tantos outros, por essa razão
[refere] não porei mãos à obra, (…) esforçar-me-ei por dizê-lo (Rousseau, 1990:32) mas advertindo: contentei-
me em explicar os princípios cuja verdade todos deviam sentir (Ibidem). Poderemos então considerá-lo, quando
muito, um filósofo da educação. Quanto a Kant, que considera que a filosofia não é uma pedagogia, “tropeça”
na educação ao leccionar Pedagogia na Universidade de Koenigsberg. De facto, Kant nunca teve pretensões de
escrever sobre pedagogia, a obra “Reflexões sobre educação” foi escrita por um aluno dele a partir de
apontamentos tirados das suas aulas de pedagogia.
60
Supervisão e aquisição de Competências Professional
(…) é possível que a educação se torne cada vez melhor e que cada geração dê um passo
a mais em direcção ao aperfeiçoamento da humanidade; porque é no âmago da
educação que se encontra o grande segredo da perfeição da natureza humana.
A Península Ibérica esteve sobre o domínio do império romano até final do século V,
de seguida foi sujeita as invasões dos bárbaros, entre os quais os visigodos (século VIII), e
11
Para Kant, moralização pode ser compreendida como moralização, sendo este um processo conducente à
absoluta perfeição, a um ideal que deve dirigir o homem a ser homem (Pinto, 1996).
61
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
mais tarde foi sujeita aos árabes. Contudo, foi o cristianismo que vingou pela difusão da sua
doutrina, tendo sido esta proclamada como religião oficial pelo imperador Teodoro, em 391,
e pelo rei visigodo Recaredo, em 587. Os homens da igreja organizaram-se para criar centros
de trabalho, estudo e meditação, como meio de disseminar a doutrina cristã, originando as
primeiras ordens monásticas. Os jovens destinados à igreja eram educados em Seminários
das dioceses, estando estes na base da criação dos seminários com fins didáticos.
A dimensão educativa, no seu todo, era discutida e concebida nos concílios, sendo que
a sucessão mais importante de concílios, na história da igreja, decorreu em Toledo. Todo o
conhecimento da época, da música à história, da geografia à aritmética, da gramática à
retórica, das leis ao corpo humano foram compilados pela igreja, em vinte livros –
Etymologiarum Libri XX – que abarcava o que pode ser chamado de compêndio da cultura
medieval. Durante todo o século XVII sucederam-se os concílios devido a persistir a
necessidade de investir no futuro dos sacerdotes e na melhoria do ensino. No Concílio IV,
ano de 633, foi determinado que os jovens clérigos deviam residir perto dos claustros e que
a cada um deveria ser atribuído um mestre para a «instrução das letras». Neste seguimento,
o Concílio VII, no ano de 653, proibiu a ordenação a quem não possuísse um nível médio de
instrução das letras. Inicia-se, em Mérida, a instrução das letras para crianças sob tutela de
professores/padres. No entanto, com a invasão da Península Ibérica pelos sarracenos os
progressos relativos ao ensino forma interrompidos.
Todavia, em Córdoba, século IX, sob ocupação árabe os estudos cristãos e o ensino
pela igreja tornaram-se cada vez mais visíveis. Nos séculos subsequentes, multiplicaram-se
por toda a Peninsula Ibérica os mosteiros (escolas monásticas) ou seminários (escolas
episcopais ou catedrais) principais centros de aprendizagem – os colégios. Nas escolas
episcopais, dependentes da catedral e do bispo, os alunos eram jovens destinados à vida na
igreja. Eram jovens “oferecidos” pela própria família à igreja, reconhecidos pela sua
inteligência e virtudes, necessárias ao sacerdócio.
62
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Dias, (1993: 57) Desde os tempos idos, mas frutíferos em pensamentos, de Sócrates que se percebe
que educação e homem são termos intrínsecos, pois o homem cria a educação mas esta, por sua
vez, cria o homem.
Em 1881, surge por lei a criação de «Asilos de Educação» para crianças entre os 3 e os
6 anos, tendo surgido a expressão «Jardim de Infância» Cardona (1997). Em Lisboa, abriu a
1882 o primeiro Jardim de Infância (JI) público, data particularmente importante no que se
refere à Educação pré-escolar durante o período da Monarquia. Foi nesse ano que por altura
das comemorações do centenário do nascimento de Froebel Gomes, (1977), foi criada a
63
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Associação das Escolas Móveis João de Deus12, centradas num método em que a leitura era
considerada um processo educativo a começar na infância. Froebel e João de Deus, assim,
como as suas ideias e princípios foram bastante influentes nos responsáveis pela Educação
Pré-Escolar, na décadas seguintes.
Na ultima década do século XIX, um dos primeiros pedagogos modernos, José Augusto
Coelho, defende as principais dimensões da educação do individuo e sublinha a relevância
de um currículo especifico para a escola infantil (3 a 8 anos), visando o desenvolvimento
psicomotor, emocional, social, estético e intelectual Bairrão outros (1990). Ainda, segundo
este autor, a educação pré-primária teria de ser uma experiência agradável para a criança
proporcionando-lhe conforto, segurança e deveriam estar também presentes preocupações
relativas ao seu desenvolvimento social e à preparação para as tarefas da escola primária.
Com a emergência destas novas conceções, em 1896, surge a publicação de legislação para
educação infantil, Diário do Governo, nº141 de 1896, com objetivos da educação pré-escolar
Cardona, (1997).
Até 1906, a maioria dos centros para as crianças com menos de 6 anos não tinham
objetivos educacionais preocupando-se com os cuidados e necessidades mais básicas das
crianças. A vertente educativa para esta faixa etária surge, no século XIX, com a ascensão
social da classe média, iniciando-se, então, a Educação Pré-Escolar, em Portugal. Com a
implantação de Publicação da República de 1910 e seus ideais, surge uma maior
preocupação com o combate ao analfabetismo, como referido por Monteiro (2004),
caraterizou-se por uma maior preocupação com o desenvolvimento sociocultural e a
educação como o meio privilegiado de combater o analfabetismo.
12
A Associação de Jardins-Escolas João de Deus foi fundada pelo mecenas Casimiro Freire, em 1882, sob o nome
de Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus. É uma Instituição Particular de Solidariedade
Social – IPSS, dedicada à Educação e à Cultura. Em 1908, por proposta de João de Deus Ramos, filho do
poeta/educador, passou a designar-se “Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus, Bibliotecas
Ambulantes e Jardins-Escolas”. Este pela necessidade de autorgar um carácter mais amplo e perdurável à obra,
funda em Coimbra, em 1911, o primeiro Jardim-Escola João de Deus.Até 1953, data do seu falecimento, criou
11 Jardins-Escolas. Em 1920 iniciou-se o primeiro ano de formação de Educadores de Infância, mas só em 1943
seria fundado, com carácter sistemático, o primeiro Curso da Didáctica Pré-Primária. Em 1988, a Escola Superior
de Educação João de Deus, passa a ministrar os Cursos de Educadores de Infância e de Professores do Ensino
Básico (1º Ciclo). Presentemente, a Associação de Jardins-Escolas e a Escola Superior de Educação João de Deus
têm ao seu serviço 973 pessoas, cuja actividade se reparte pela ESE e por 36 Jardins-Escolas, distribuídos pelo
país.
64
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Com o advento do Estado Novo (1926-1974), é extinto o ensino infantil oficial, saindo
em 1937, o ensino infantil do sistema educativo oficial Cardona (1997), uma vez que a
ideologia politica, em vigor, pretendia salientar a família e a sua função educativa, deixando a
missão do „cuidar“ das crianças para as Misericórdias e instituições congéneres. Estas
instituições assumiam uma resposta de carater assistencial desenvolvendo serviços que
65
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
“a educação pré-escolar pública, nesses anos, desenvolveu-se não tanto atravésde leis e
decretos emanados de instâncias governamentais, mas sim comoresultado de uma
cidadania posta em acto num processo de participaçãodemocrática. Esta democracia posta
em acto significava a capacidade e o poderdos cidadãos - e especificamente dos pais – de
66
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Nos finais dos anos 80, é publicada a Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) que se
apresenta como ambiciosa, na medida em que procura contemplar princípios democráticos,
consagrando “as grandes vertentes humanistas subjacentes à melhor tradição do
pensamento pedagógico português, à reflexão internacional sobre a democratização dos
processos educativos e aos valores progressivos da Constituição da República” Teodoro,
(1994,p.137) e promovendo a valorização pessoal, social e cívica.
67
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
modelos educativos definem práticas para o desenvolvimento das crianças nas suas grandes
áreas: percetivo-cognitiva, psicomotora e afetivo-social. Surge a nova LBSG de L nº 46/86,
aguardada desde a Revolução de Abril, mas sem grandes alterações na Educação de Infância
até à idade escolar. Ficando confirmada a necessidade de estimular as capacidades das
crianças e favorecer a sua formação e o desenvolvimento equilibrado, de todas as suas
potencialidades. Nestes últimos anos as redes institucionais, ficam na dependência de forma
não cruzada do Ministério da Educação (ME) e paralelamente nas questões de caráter mais
social e de apoio à família surge a tutela do Ministério do Emprego e de Segurança Social
(MESS), antigo Ministério do Trabalho e Solidariedade (MTS), cujo desenvolvimento foi
realizado através da iniciativa das Instituições Privadas de Solidariedade Social – IPSS
Cardona, (1997). Como refere o próprio ME-DEB (2000), até à atualidade esta dupla tutela,
promove a diversificação dos serviços de ensino pré-escolar e a uma heterogeneidade, nem
sempre positiva, na expansão da rede institucional.
68
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Em 1997, realizou-se uma campanha de sensibilização junto das famílias para informar
69
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Kant 1984: 17 A Educação é Arte, cuja prática necessita ser aperfeiçoada, por várias gerações.
70
Supervisão e aquisição de Competências Professional
71
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
desordenado e/ou heterogéneo, pela falta de diretrizes oficiais, já que as ideologias políticas
haviam retirado da rede publica, as instituições de educação de infância.
Veiga Simão, então ministro da Educação, pela Lei nº 5 de 25 de julho de 1973, define
para a nova estrutura do sistema educativo português a integração de educação pré-escolar
e, consequentemente, providencia a criação de Escolas de Formação de Educadores de
Infância, com cursos específicos que incorporam planos curriculares com estágios. Neste
mesmo ano, é criada a divisão da Educação Pré-escolar no Ministério da Educação e são
criados dois cursos públicos, nas Escolas do Magistério Primário em regime experimental,
em Coimbra e Viana do Castelo.
72
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Em 1977 foram criadas mais Escolas Superiores de Educação tendo sido este um passo
importante na formação de educadoras. Promoveram-se, também, por todo o país vários
cursos de formação para pessoal auxiliar.
integrada e funcional.
Nos anos 90, não surgem mais Instituições de formação, no entanto, na perspetiva de
Neves (2005), visando a melhoria da formação lecionada o estado português financia e apoia
as instituições, tanto da rede pública e como da privada, promovendo, deste modo, a
qualidade formativa e a evolução das novas ESE’s formadores.
74
Supervisão e aquisição de Competências Professional
O ano 1997, foi aclamado por Cardona (1997) como “o ano fértil para a Educação Pré-
escolar” e para a formação dos Educadores, reestrutura-se e melhora-se o plano curricular
que sofre uma total alteração, passando o curso a funcionar em 4 anos e atribuindo o grau
académico de licenciatura (Lei nº 115/97), devendo este ser implementado, a nível nacional,
no ano académico seguinte, por forma a responder a novas práticas pedagógicas.
Embora a evolução tivesse sido muito significativa, quer nas linhas orientadoras de
formação quer pelo documento orientador das práticas pedagógicas dos educadores, a
diversidade era ainda uma realidade nacional. Em 2000 é feito um relatório por uma equipa
de peritos da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) que
revela preocupação sobre a heterogeneidade existente entre os currículos das Instituições de
Formação Inicial (ME – DEB, 2000); revelador da fraca política educativa que desvaloriza o
setor, acrescido do deficiente enquadramento normativo e organização global para este nível
de ensino e pela liberdade assumida pelas Instituições formadoras no uso da lei de
autonomia Universitária.
Percebe-se, que ao longo do séc. XIX e com a passagem para o séc. XX, emerge uma
mudança no que se espera do profissional de educação, o que foi sentido também noutras
dimensões profissionais, como por exemplo na área da engenharia (Magalhães, 2014), tal
como se pode ler pela figura abaixo.
75
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A figura acima demostra que esta é uma profissão não só bastante marcada pela
própria história da educação de infância, mas também por diversos aspetos sócio-culturais o
que incutiu a esta profissão características muito específicas e diferenciadas (Cardona,
76
Supervisão e aquisição de Competências Professional
77
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A figura acima demostra que esta é uma profissão não só bastante marcada pela
própria história da educação de infância, mas também por diversos aspetos sócio-culturais o
que incutiu a esta profissão características muito específicas e diferenciadas (Cardona,
2008). No contexto português percebe-se que a educação é fortemente influenciada pelas
mudanças sociais e políticas do país, com momentos tão marcantes, como sejam, a adesão à
Comunidade Europeia, a entrada no Euro ou os programas e redes Europeias.Uma influência
social e política recorrente das mencionadas e com efeitos na formação dos Educadores de
Infância, como noutras áreas da docência, e noutras dimensões profissionais, foi a
implementação do Processo de Bolonha.
13
A EU teve inicialmente o objetivo de assegurar a paz entre países vizinhos, num pós 2ª Grande Guerra
Mundial. Em 1957, o Tratado de Roma já mais orientado para a dimensão económica, institui a Comunidade
Económica Europeia (CEE). Os países da UE deixaram de cobrar direitos aduaneiros sobre as trocas comerciais
realizadas entre si, o que permitiu uma grande expansão comercial. Em 1993, é concluído o Mercado Único
com as “quatro liberdades”: livre circulação de mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais. A década de
90 é também marcada por mais dois Tratados, Tratado de Maastricht, e o Tratado de Amesterdão., que se
prendem com a proteção do ambiente e com as questões de defesa e segurança. O final do séc. XX é marcado
pelo livre-trânsito entre fronteiras, o que permitiu a movimentação de milhares de jovens estudantes
(processo facilitado pelas TIC: telemóvel e internet). O estreitamento da cooperação europeia, nomeadamente,
ao nível académico concretiza-se através do Tratado de Bolonha, em que é agilizado o processo de intercâmbio
dos estudantes do ensino superior. Os países membros são na atualidade 45.
78
Supervisão e aquisição de Competências Professional
(Teodoro, Galego e Marques, 2010: 45). Na essência, o dito processo, pretende assegurar,
que sem descurar as singulariedades de cada país, o estudante vê a sua formação académica
reconhecida em qualquer estabelecimento de ensino superior não só do seu país de origem,
bem como das instituições do ensino superior de qualquer dos países membros da UE, como
em qualquer instituição do ensino superior
79
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
- Aumento da competitividade;
Nos alicerces do Tratado de Bolonha temos fatores tão relevantes e urgentes para a
evolução na esfera educativa como: a aprendizagem ao longo da vida; o envolvimento dos
estudantes na gestão das instituições de Ensino Superior; e atratividade do Espaço Europeu
do Ensino Superior. A estes vértices, em 2003, foram ainda acrescentados:
(…) a necessidade de promover vínculos mais estreitos entre o Espaço Europeu do Ensino
Superior e o Espaço Europeu de Investigação, de modo a fortalecer a capacidade
investigadora da Europa, de forma a melhorar a qualidade e a atratividade do ensino
superior europeu; e o alargamento do atual sistema de dois ciclos, incluindo um terceiro
ciclo no Processo de Bolonha, constituído pelo doutoramento, e aumentar a mobilidade
quer ao nível do doutoramento como do post-doutoramento. As instituições devem
procurar aumentar a sua cooperação ao nível dos estudos de doutoramento e de formação
de jovens investigadores.
80
Supervisão e aquisição de Competências Professional
A declaração de Bolonha visa, segundo Morgado e Ferreira (2006, p. 65) , uma europa
assente numa“economia do conhecimento mais competitiva e mais dinâmica […] capaz de
um crescimento económico duradouro acompanhado de uma melhoria quantitativa e
qualitativa do emprego e de maior coesão social”. Com esta pretensão a europa, como
sistema unificado, pode assumir-se a nível mundial, de modo mais competitivo, na área do
ensino superior e da ciência. A concretização do Tratado de Bolonha confere à europa
legitimidade para ter “uma palavra a dizer no delinear dos modelos das sociedades do
conhecimento do século XXI”(Lortie, 2012).
(Magalhães, 2014: 92) pela evolução das tecnologias de apoio ao ensino e aprendizagem,
nomeadamente daquelas que dizem respeito às plataformas de e-learning (e.g. Moodle), aos
repositórios de conhecimento com livre acesso (e.g. Repositório Aberto, Wikipédia) e aos
motores de pesquisa de informação (e.g. Google).
81
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Álvaro de Campos (1993: 49): Sou o intervalo entre o que desejo ser.
A velha Europa surge com uma vitalidade própria do renascer, do juntar bandeiras e
esta Modernidade que se apresenta de futuro inspiranos ao Mundo da Mitologia e de
14
significados: - Pós-modernidade: um Homem novo ou Fénix renascida
14
A fénix é um pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum
tempo renascia das próprias cinzas. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A
vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na num símbolo de
imortalidade e de renascimento espiritual.
82
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Global X Local
83
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
os dois últimos indicadores nos transportam. Apontam claramente para uma atualidade
alicerçada num homem que sente, que pensa e que agencia a sua mudança (Silva, 1994).
15
European Network on Teacher Education Policies in Schratz, M. ‘‘What is a European Teacher?’’
http://entep.bildung.hessen.de/ETFinalJune2005.pdf consultado a 23/11/2014
84
Supervisão e aquisição de Competências Professional
a variabilidade vai desde o ensino secundário até ao ensino superior politécnico (Veiga e
Amaral, 2011).
85
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
86
Supervisão e aquisição de Competências Professional
No que respeita á formação dos educadores de infância, Surge outra questão que
trazemos a reflexão relativamente ao tipo de conhecimento a transmitir como essencial para
o ensino e que nos permita transferir os sabres necessários á profissão. Assim a
problemática entre os saberes interdisciplinares, contemplados no conjunto do plano de
estudos da formação com os conhecimentos orientados a prática, construindo assim no
estágio supervisionado uma prática mais eficaz. Mais tarde, abordaremos as questões
relacionadas com o conhecimento para o ensino, origem, proceso e papel. Onde
encontramos os três tipos de conhecimento referido com conhecimento formal (teórico)
conhecimento para a prática; conhecimento na prática, resultante da própria reflexão e
87
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
PROCEDIMENTO DE
AVALIAÇÃO DE
RESULTADOS CONHECIMENTO
CONHECIMENTO DO
DIDÁTICO
DO CONTEÚDO
CONHECIMENTO
CONHECIMENTODOS
CONHECIMENTO DO
CONTEÚDOS
SOBRE OS ALUNOS CONTEÚDO
ESPECIFICOS
E SUAS APRENDIZAGENS CONHECIMENTO DE
CONTEXTOS
EDUCACIONAIS GERAIS
88
Supervisão e aquisição de Competências Professional
89
ESTRUTURA DO CAPÌTUL0
90
CAPÍTULO 3 – A PROBLEMÁTICA DA
FORMAÇÃO DE EDUCADORES E
PROFESSORES EM CONTEXTO DE
ENSINO SUPERIORA
CAPÍTULO 3
A PROBLEMÁTICA DA FORMAÇÃO DE EDUCADORES E PROFESSORES EM
CONTEXTO DE ENSINO SUPERIOR
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
92
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
da matemática, estudo das Ciências Sociais e Naturais, bem como as áreas das
expressões/comunicação, onde era inclido o Portugues. Estas escolas vêm a integrar-se Ensino
Politecnico, embora era polémica esta questão pois havia vozes defensoras da integração
universitária, realidade que surge posteriormente nas duas modalidades.
Rolla (1992),refere a criação de uma formação integral onde se clarifica para além das
disciplinas, os objetivos e conteúdos de aprendizagem. Este modelo educacional global
apresenta três componentes corporizando as finalidades formativas: instrução,
socialização,estimulação. Referindo-nos ao que mais se revelou interveniente na formação dos
profissionais , desenvolvidos nas práticas pedagógicas e nas escolas onde se realizam as
práticas promovendo a socialização profissionais.
c) no processo de tomada de decisões do educador, isto é, estudo dos juízos, valores, crenças,
decisões, teorias implícitas e sua mediação no processo de ensino/aprendizagem.
93
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Alguns dos pressupostos teóricos, derivados dos recentes estudos, e que têm impacto na
formação de educadores são:
94
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
95
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Embora todos eles contribuam com dados para a descrição e explicação do processo
ensino/aprendizagem, atribuímos maior importância, no momento de arranjarmos
fundamentos para a supervisão na formação de professores, ao paradigma mediacional
centrado no professor, comummente designado “pensamento do professor”, e ao paradigma
ecológico… Ambos caraterizam o professor como um agente que toma decisões (Yinger,
1986) num contexto multidimensional, imprevisível, simultâneo, imediato e histórico (Doyle,
1977).
O conjunto de decisões que o professor toma nos diversos contextos em que atua
implica, necessariamente, um complexo processo de seleção entre várias alternativas, uma
bidimensionalidade intenção-ação e uma reflexão constante. Como afirma Rosales Lopez
(1988): “a decisão do professor pode dizer-se que constitui um modelo de decisão aberta
pela necessidade de tomar em consideração continuamente os dados colhidos no contexto
em que se produz a atividade e especialmente os que têm a sua origem nos alunos”.
96
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Spodek (1988) interroga-se acerca do que se deveria incluir na educação infantil, ante a
alternativa das tendências inscritas na socialização das crianças e as alternativas que se
focalizam nas habilidades académicas.
97
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
1) seleção,
2) formação inicial,
3) indução,
4) desenvolvimento e aperfeiçoamento do educador.
98
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
pedagógico. Como afirma muito bem Pratricio (1988) “a formação entregada tem duas
dimensões: uma dimensão subjetiva e uma dimensão objetiva. A dimensão subjetiva é o
processo integração que se realiza na consciência do formando. A dimensão objetiva é a
organização e funcionamento das estruturas e do processo de ensino por parte dos
formadores”.
Tradicional (“tradicional craft”). Aprender a ser educador, nesta perspetiva, é aprender um ofício
sob o olhar atento do mestre pelo que equivale a um processo de aquisição através de ensaio e
erro, para Lerbert (1986) “a formação artesanal, por tradição, coloca a ênfase na organização do
saber-fazer (…) é na e pela experiência que se estrutura o desenvolvimento da lucidez das ações.
Colocando a ênfase na experiência e na didática do oral da transmissão, cada aprendiz torna-se um
artesão, constituindo de modo progressivo o “seu diário de bordo” (…), em seguida tornar-se-á
mestre”.
99
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Segundo Zeichner (1983), estes quatro paradigmas diferem em duas dimensões: o grau
em que o currículo se especifica com antecedência (aceite com passividade ou aceite
reflexivamente) e o grau em que a formação institucional e o contexto de escolarização são
considerados como seguros ou problemáticos.
100
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Problemático
Indignação Condutista
Passivo Reflexivo
Tradicional Personalizado
Seguro
101
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
102
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
subjacentes à defesa ou rejeição do ensino como profissão (Berg, 1983; Dawson, 1984;
Gage, 1984; Joyce, 1980), junto às questões referidas do que significa ser um profissional, do
tipo de racionalidade implicada no conhecimento profissional, das relações que se mantêm
com os clientes, a forma concreta de articular a teoria e a prática, que permitiu a formulação
de interessantes trabalhos de Argiris e Schon (1980) e Schon (1983).
103
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
104
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
HOMEM
Natureza Profissão
FORMAÇÂO
Moral Científica
ATIVIDADE
(Educador)
PROFISSÃO
(formação contínua)
105
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
explicito e que possa ser conduzido-criticado. O usual costuma ser que esteja implícito e
possa extrair-se da análise do curriculum escrito e não escrito. Daí, o interesse por revelar,
ainda que brevemente, o significado do educador como um profissional reflexivo, e o papel
que a formação deve jogar no desenvolvimento profissional dos educadores. Supõe um
compromisso sério que orientará a focagem que se adote em volta do sentido curricular e
profissional das atividades em geral e das práticas em particular.
106
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
107
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
com recursos humanos em muitos casos precários, suscita, naturalmente, as mais sérias
apreensões.
É prática corrente a atribuição de polissemia aos mais variados conceitos, contudo e, no que
à educação diz respeito, apesar da vasta amplitude da definição, a sua significação é
translúcida. A educação16 consiste numa acção exercida por um ser humano sobre outro ser
humano -mais frequentemente, por um adulto sobre uma criança, até porque educar é
sempre ensinar ao que não sabe Savater (1997: 28)
Na procura de se discutir, tendo por pano de fundo a Lei de Bases do Sistema Educativo e a
realidade vivida nos vários ciclos de ensino, como se deve processar a formação de
professores e analisar as condições institucionais e os recursos humanos e materiais
necessários para a realização desta formação com a necessária qualidade, para o bem das
crianças e dos jovens e o desenvolvimento da sociedade portuguesa.
16
A origem da palavra portuguesa educar é a palavra latina educ, a qual significava educar, criar, desenvolver
uma criança tanto física como espiritualmente. A intenção desta educação, ou seja, o seu destino e valoração
é-nos dada por uma outra expressão latina, mais originária do que o educ. O verbo Latino ê-dûco, o qual
significava levar para diante, puxar, levar connosco, erguer, construir, ou seja, envolver, motivar, mostrar e
apontar possibilidades. Todos estes significados, assim como o sentido da palavra portuguesa contemporânea
educar, têm como base uma direcção ascendente, ou seja, indicam um sentido de elevação (Estrela, 1999).
108
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
A educação pré-escolar tem diversos objetivos onde se manifesta uma clara intenção
educativa, principalmente no que se refere ao desenvolvimento de capacidades e
potencialidades das crianças, com particular relevância para as dimensões afetiva, moral e
social e de despistagem de deficiências ou precocidades. Na prática, a educação pré-escolar
tem sido frequentada por uma pequena minoria da população portuguesa.
Deste modo, faz todo o sentido que o professor do pré-escolar tenha uma formação
semelhante em muitos aspetos ao professor do 1º ciclo, evitando que aquele nível de ensino
se constitua como um mundo à parte — e de menor importância social e educacional do que
o ensino básico. No que respeita ao ensino básico, a Lei de Bases começa por apresentar um
conjunto de grandes objetivos (Artº 7º), que particulariza depois para cada ciclo de ensino.
Assim, para o 1º ciclo, os objetivos específicos fundamentais são “o desenvolvimento da
linguagem oral e a iniciação e progressivo domínio da leitura e da escrita, das noções
essenciais da aritmética e do cálculo, do meio físico e social, das expressões plástica,
dramática, musical e motora” (Artº 8º-3-a). Trata-se duma formulação algo redutora, que
discrimina diversas áreas de competência sem indicar com a devida clareza o tipo de
objetivos educacionais efetivamente visados.
109
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Tendo em conta o quadro estabelecido pela Lei de Bases, importa considerar como
deve ser feita a formação de professores. Há aspetos comuns à atividade de qualquer
professor, seja qual for o respetivo nível de ensino; mas há também aspetos específicos que
devem ter em conta os objetivos de cada nível e as particularidades da faixa etária da
população escolar que esse professor é chamado a lecionar.
110
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
O professor é uma figura de cultura. É por isso importante que ele possa adquirir
formação em outras áreas do saber para além das da sua especialidade. Além disso, a
complexidade do processo de aprendizagem, o seu carácter multifacetado (que inclui nos
objetivos curriculares não só conhecimentos mas também capacidades, atitudes e valores), a
crescente heterogeneidade dos públicos escolares (atente-se, por exemplo, na dimensão
multicultural), e a multiplicidade das funções e tarefas necessárias nas instituições
educativas (definição do projeto de escola, diagnóstico de problemas, realização de projetos
de intervenção, apoio a alunos com necessidades especiais, ligação com a comunidade,
dinamização da formação, participação na gestão escolar, etc.) exigem, para um adequado
desempenho profissional, múltiplas vertentes de formação de índole educacional.
111
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A prática pedagógica não deve ser independente do resto do curso. Antes pelo
contrário, deve ser nele integrada como o momento, por excelência, da integração de
saberes e a ponte entre dois mundos que, no seu conjunto e nas suas interrelações,
constituem o seu enquadramento formativo institucional: o mundo da escola e o mundo da
instituição de formação inicial. É muito mau para o desenvolvimento pessoal e profissional
do professor quando estes dois mundos se desconhecem ou contradizem. Por isso é
fundamental a organização da prática pedagógica segundo um princípio de relação
interinstitucional.
Ao assumir a relevância desta componente, o Decreto-Lei 344/89 (no seu Artº 17º)
recomenda uma prática pedagógica progressiva, sem prejuízo de poder assumir, na sua fase
final, a natureza de um estágio. Valor igualmente integrador e gerador de sentido têm os
seminários, se orientados numa lógica de projeto, de formação-ação-investigação e se, caso
isso seja possível, acompanharem a prática pedagógica.
112
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Por outro lado, é cada vez mais reconhecido internacionalmente que a formação
inicial demasiado longa não se traduz necessariamente num profissional mais competente
para iniciar a sua atividade. Há muitas vertentes do desempenho profissional que só se
podem adquirir na prática — e são melhor adquiridas se essa prática for acompanhada, na
fase inicial da carreira, por mecanismos adequados de indução profissional, com ações de
acompanhamento e apoio ao novo docente, de resto já previstas na Portaria 352/86 e no
Decreto-Lei 344/89, mas ainda não concretizadas. Se uma formação inicial de professores
demasiado curta é insuficiente para fornecer uma preparação capaz de responder às
exigências que hoje se lhe colocam, uma formação inicial demasiado longa implica custos
consideráveis para a sociedade e para o formando, sem vantagens significativas. Em vez de
prolongar desnecessariamente a formação inicial, há que investir na criação de mecanismos
adequados de acompanhamento no início da carreira, na formação contínua e na formação
especializada de professores.
Por isso, parece-nos ser a opção mais defensável a de que a formação inicial de
professores corresponda necessariamente a um grau de Licenciatura, com um mínimo de
quatro máximos de cinco anos, consoante o nível de ensino a que essa formação se destina
prioritariamente. A formação inicial deve ser completada por formação especializada para o
113
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
exercício de várias funções, de acordo com o previsto no Artº 33º da Lei de Bases e com uma
formação contínua de grande qualidade.
Estamos muito longe do tempo em que era defensável encarar o professor como
pessoa que “sabe umas coisas” e que domina umas três ou quatro técnicas para transmiti-
las a uma classe. Um professor é hoje um profissional com uma dupla especialização — em
conhecimentos científicos de base e em conhecimentos e competências de índole
educacional. Tal como um engenheiro, um professor tem de ser capaz de conceber
artefactos — neste caso, aulas e materiais de ensino. Tal como um médico, um psicólogo ou
um sociólogo, o professor tem de ser capaz de diagnosticar e equacionar problemas — neste
caso, problemas de aprendizagem de alunos e grupos e de alunos. Não é por ter uma
vertente profissionalizante que a formação de professores deve deixar de ser realizada nas
Universidades. Pelo contrário, a sua sólida base cultural, a sua íntima ligação com a
investigação sugerem que as Universidades são, na verdade, locais privilegiados para a
realizar.
Os maus resultados deste modelo são de resto comprovados pelo atual sistema de
formação de professores denominado profissionalização em serviço, através do qual,
licenciados sem formação educacional adquirem num curso de dois anos uma habilitação
114
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
profissional. Na verdade, é opinião generalizada que esta formação não só acaba por
proporcionar uma formação educacional muito precária (tanto nas suas vertentes
generalistas como nas didáticas específicas) como estimula fortemente o fenómeno da
semiprofissionalização, fazendo aumentar o número de professores que acumulam a
docência com outra atividade profissional, com manifesto desinvestimento em relação às
suas funções na escola.
115
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
116
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
da educação pré-escolar, básica ou secundária deve poder ser capaz de desempenhar uma
multiplicidade de papéis no domínio da educação de adultos, da animação cultural, da
produção de materiais didáticos, em projetos de desenvolvimento curricular, comunitário ou
na formação profissional. Mas deve também poder especializar-se em matérias que tenham
a ver diretamente com a sua área de ensino. Sem uma formação especializada no âmbito da
sua própria função, muitos professores mais competentes e mais dinâmicos do 3º ciclo e do
ensino secundário acabam por procurar valorizar-se profissionalmente com formações
especializadas de índole transversal, acabando por se afastar dos problemas reais do ensino
da sua disciplina.
17
Savater (1997: 28) A educação consiste numa acção exercida por um ser humano sobre outro
ser humano -mais frequentemente, por um adulto sobre uma criança, até porque educar é
sempre ensinar ao que não sabe.
17
A origem da palavra portuguesa educar é a palavra latina educ, a qual significava educar, criar, desenvolver
uma criança tanto física como espiritualmente. A intenção desta educação, ou seja, o seu destino e valoração
é-nos dada por uma outra expressão latina, mais originária do que o educ. O verbo Latino ê-dûco, o qual
significava levar para diante, puxar, levar connosco, erguer, construir, ou seja, envolver, motivar, mostrar e
apontar possibilidades. Todos estes significados, assim como o sentido da palavra portuguesa contemporânea
educar, têm como base uma direcção ascendente, ou seja, indicam um sentido de elevação (Estrela, 1999).
117
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
depois a Universidade formando lado a lado os diversos docentes veio ao nível social
destruir mitos e criar socialmente uma lógica de identidade docente.
118
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Admitindo, em princípio, que a formação deve ocorrer nas instituições que tenham
condições para realizá-la com as exigências de qualidade que ela requer, considera-se
fundamental que cada instituição seja avaliada relativamente à existência de diversos
fatores a saber:
119
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Foi este grupo de trabalho incumbido de analisar criticamente as alterações à Lei de Bases
do Sistema Educativo propostas pelo Governo, nomeadamente no que respeita aos Artigos
13º e 31º, pelo que não nos debruçámos sobre as questões do acesso ao ensino superior
(Artº 12º). Quanto àqueles dois pontos, as questões afloradas neste documento e os dados
que as suportam sugerem decisões de natureza e alcance diversos a tomar em tempos
diferenciados, que transcendem em muito o simples problema de saber se os professores de
um dado ciclo devem ser formados nesta ou naquela instituição.
120
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
121
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Da proposta de trabalho apresentada nas tomadas de decisão imediatas não devem excluir a
necessidade de, num tempo mais alargado, serem repensadas as seguintes questões:
122
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
permitam formar uma opinião. É de admitir, a propósito, que eventuais tomadas de posição
mais extremistas que possam ter ocorrido durante a discussão pública das alterações
propostas à Lei de Bases do Sistema Educativo tenham tido a sua origem em falta de correta
informação. Como tarefas a realizar por esse observatório sugerem-se:
Reconhece-se que estas medidas só terão sentido se for claramente assumido pelo
Governo, pelas instituições que formam professores, pelos sindicatos de professores, pelos
atuais e futuros professores, pela sociedade em geral, a relevância do papel social dos
educadores e professores e a sua dignificação, não só em termos de formação a nível de
licenciatura para todos, mas também em termos de revalorização da função que exercem na
sociedade e que transcendem, embora incluam, fatores de natureza salarial.
123
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
124
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
No que se refere aos educadores de infância a lei resultante das novas politicas
educativas atribui grupo de recrutamento docente ao ciclo que antecede e prepara a criança
para a escola básica obrigatória de 4 anos curriculares, respeitante ao designado Pré-escolar
125
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
que contempla crianças da rede publica com idades compreendidas, entre os três aos seis
anos .
3.5.1-O contexto
É uma questão em si problemática uma vez que a função docente, segundo Blanco e
Pacheco (1990), "situa-se num contexto social interativo, atuando o professor em planos de
três níveis diferentes: no contexto socio-cultural (macro nível), no contexto institucional
(mês nível) e no contexto didático (micro nível)". O educador e professor relacionam-se,
126
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
assim, em quatro pontos principais, saídos destes contextos: relação com a sociedade, com o
saber, com a prática profissional e com o saber pedagógico (Mialaret,1988).
Podemos agrupar, seguindo a Alarcão (1987), seis cenários possíveis, mas não por
isso mantemos a ordem estabelecida pela autora e preferimos seguir um critério
evolucionista dos cenários na sua aparição cronológica.
127
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Afirma a autora que não tem a pretensão de incluir nestes seis cenários todas as
formas possíveis de supervisão, mas apenas agrupar, por urna necessidade de clareza e
sistematização, as várias facetas mais significativas da "praxis" da supervisão em conjuntos
suscetíveis de serem analisados em elementos mais ou menos comuns. Os referidos cenários
não devem também ser entendidos corno compartimentos estanques ou categorias que se
excluem mutuamente já que coexistem com frequência.
O Empírico
128
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
como uma forma de perpetuar a cultura; era o modelo do artífice medieval a ser "moldado"
pelo artesão e a ser, através dele "socializado".
Tudo isto não estava longe do que se passava entre nós até há pouco tempo,
sobretudo nos estágios, em que havia um modelo a imitar: a educadora orientadora ou o
professor metodólogo. Iniciava-se, assim, o primeiro passo da aprendizagem que é a
imitação. É a primeira referência da criança com os adultos: imitá-los, adquirir os gestos, as
normas, os ritos... até memorizá-los e, depois, interiorizá-los.
Estas seriam as caraterísticas que devia dominar o "bom" professor para exercer a
orientação dos seus pupilos ou formandos. Não precisava de uma formação apropriada para
desempenhar a sua função no melhor ambiente e conforme as expetativas, quer dos seus
129
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
colegas, quer dos seus formandos. Só necessitava ter os conhecimentos, o saber, e saber
transmiti-los conforme a ordem estabelecida que analisassem anteriormente.
Não é a nossa intenção emitir nenhum juízo de valor sobre este processo, pois
reconhecemos-lhe até a sua eficácia ou ineficácia, porque dependia, fundamentalmente, da
existência ou não dos referidos modelos.
Mais de meio século de pesquisa em aprendizagem não tem tido grande impacto na
instrução em escolas, e embora tenha havido menos pesquisa em ensino, este tem também
produzido pouco valor para o professor e educador na sala de aula.
130
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
O Socrático
Se alguém se pergunta, para quê investigar no ensino? Teríamos que responder: para
averiguar o que é um "professor eficaz", ou dito de outra forma, o que é um "bom ensino".
Tendo presente esta pergunta, a pesquisa no ensino tratou de encontrar uma variável que se
pudessem aplicar a todos os tipos de ensino, a todos os objetivos, a todos os conteúdos,
alunos e níveis de escolaridade. O estudo dessa variável - "critério de eficácia docente"- tem
proporcionado um grande número de estudos experimentais nos últimos anos. A
preocupação nestes estudos não é mais do que determinar as "relações entre as
características e atos docentes do professor e os efeitos que produzem no rendimento dos
alunos". Apesar dos numerosos modelos e experiências usados„ como demonstram as
revisões de estudos (GagE,1963 e Flanders, 1969), ainda não se chegou a uma conclusão
satisfatória em relação aos critérios que medem a eficácia dos professores em todos os
papéis.
131
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Caído também por terra o mito do método único era necessário descobrir que
método funciona, com que professor, com que alunos e em que circunstâncias.
Era a substituição do "model the master teacher" pelo "master the teaching model"
na expressão de Stolorow (1965), citado por Alarcão (1987).
132
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Ainda que de natureza diferente, estes dois objetivos não devem ser considerados
exclusivos, mas complementares. A teoria não tem de ser necessariamente teórica remota e
desligada da realidade. Ideia tomada mais tarde por Mialaret (1977).
133
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Temos, assim, que enquanto o primeiro cenário segue o paradigma tradicional (que
mais tarde referenciaremos como) de Zeichner da aprendizagem empírica ou artesã e
procura profissionalizar e socializar o professor e educador de acordo com a atuação
exemplar dos modelos que deve seguir passivamente, sem discussão, o segundo reconhece
ao futuro educador um papel ativo na aplicação experimental dos princípios que regem o
ensino e a aprendizagem, na análise das variáveis do seu contexto e na inovação pedagógica.
O Psicológico
134
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
E também chamado "clínico" por outros Alarcão, (1987) porque toma a sala de aula como
uma clínica.
Antes de demais, diremos que este cenário é mais apropriado para ser aplicado numa
formação contínua do que na formação inicial. De qualquer forma, pensamos que é
interessante fazer uma análise deste modelo dada a sua importância no contexto atual.
135
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
136
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
10Figura 3.6. - Fases do ciclo de supervisão clínica segundo Goldhammer e outros. Citado por
Alarcão, 1987.
Encontro
Planificaç Análise do
ão Pós- ciclo da
observaçã supervisão
estratégia o
discussão
137
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O Psicopedagógico
138
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Estas ideias são, hoje em dia, muito importantes. Porque no espírito deste cenário se
configura o que podemos chamar em Portugal os Centros Integrados de Formação de
Professores. Isto é, um tronco comum de formação em ciências da educação para todos os
professores e uma especialização de conteúdos conforme o nível de ensino a que se destina
o campo de atividade do futuro professor. Pensamos com Blanco (1977) que foi uma das
tentativas que não se conseguiu nas Universidades Novas. Mais tarde, as Escolas Superiores
de Educação não compreenderam esta função nem tiveram capacidade de a pôr em prática.
139
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Ora bem, como pode desenvolver-se todo este cenário sem cair em utopias? Para os
apoiar, continua Stones, no desempenho dessas funções os professores e educadores
dispõem de um conjunto de princípios psicopedagógicos que se podem derivar das teorias
propostas pelos autores que estudaram as leis do desenvolvimento e da aprendizagem.
Poderemos recorrer a Piaget, a Bruner, a Vygotsky, a Luria e tantos outros para
compreendermos como o ser humano adquire conceitos e habilidades e os transfere para
situações novas. Podermos também recorrer a Skinner, a Ausubel, a Landa, a Gagné, a
Rogers e outros para, com base nos seus escritos, enunciarmos os princípios da nossa
atuação pedagógica.
Estamos perante uma formação integrada no seu pleno sentido da palavra. Por uma
parte, as ciências da educação formando esse bloco comum a todos os níveis de formação
dos futuros agentes de ensino; por outra parte, estariam os blocos de informação das áreas
científicas, dos conhecimentos, dos conteúdos, relacionados com o nível etário onde vai
exercer a sua atividade o futuro professor ou educador.
É pena ver que esta ideia ainda não se conseguiu explorar nos atuais currículos de
formação de professores. Seria dado um passo muito importante se as instituições se
dedicassem a pôr em prática este cenário. O conceito de integração estaria conseguido.
140
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
141
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Supervisor Professor
como agente como agente
de ensino de ensino
O autor toma como um dos seus pontos de partida a ideia de «teaching skill» ou seja,
a ideia de que o professor é alguém que adquiriu urna competência geral, constituída por
uma série de "skills" (competências) subordinados. Não acredita, porém, que essas
competências possam ser adquiridas por um processo mecanicista; mas tal como Gliessman
e outros (1979) consideram o «skill», o «saber-fazer», como o lado funcional e pragmático
de uma mesma realidade: o saber. Ou seja, o saber-fazer é um desenvolvimento e uma
aplicação do saber.
142
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
143
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O Condutista
144
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Nesta altura, conscientes de que o futuro professor não pode dominar tudo ao
mesmo tempo e influenciados pela emergência destinada a identificar técnicas específicas
de ensino e a sua relação com a aprendizagem dos alunos, uma equipa de investigadores da
Universidade de Stanford, na Califórnia, metem ombros a tarefa de identificar as
competências de maior utilidade para um jovem professor e de desenvolver um programa
de treino dessas mesmas competências.
145
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
É de tal modo importante esta ideia que, numa revista sobre a simulação na
formação de professores, Cruickshank (1970) critica, naquela altura, os sistemas de
formação prática, porque eram tradicionais e inadequados.
Para predispor o otimismo dos estudantes de Stanford neste novo campo, Romney e
Allen, descompõem o ato pedagógico em "skills" (aptidões ou destrezas), e assim surgiu a
primeira tentativa de microensino. Depressa se reagrupou a volta deste modelo inicial um
grupo de colaboradores: Bush, Allen eMcdonald, do Instituto Pedagógico;Romney, do
Departamento de Antropologia e Gonda, da Escola de Medicina. Ao ano seguinte, a este
grupo já formado, junta-se o professor Boyanm, que
146
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Resta-nos assinalar outros elementos que fazem parte desta técnica, além do
laboratório, assim como a importância que assumiu o magnetoscópio (o gravador dos
nossos dias) desenvolvido por outro incansável investigador como foi Robertson nas suas
primeiras experiências do verão de 1963. Do mesmo modo que teve a banda vídeo através
do empenhamento de Olivero, assim como a utilização do estúdio em circuito fechado.
Com a sua aplicação não se pretendia substituir o estágio pedagógico, mas preparar o
futuro professor para entrar no estágio com conhecimentos que lhe permitissem identificar,
na atuação dos seus supervisores nas escolas, os bons e maus momentos. E ainda facilitar-
lhes uma certa prática em determinadas tarefas de ensino e na utilização de determinadas
técnicas que lhe permitissem enfrentar com mais à- vontade a complexidade do ensino na
situação real numa sala da aula normal e autêntica.
147
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Estávamos perante o movimento das competências, em grande voga nos E:U:A. nos
anos setenta e que Cooper (1980) considera uma evolução do microensino. Primeiro
aparece o centro C.B.T.E. (competency-based teacher education) e depois o P.B.T.E.
(performance-based teacher education).
Diremos apenas que este movimento reflete a necessidade, sentida pelos americanos
da época, de responsabilizarem os professores pelos resultados obtidos pelos seus alunos e
de imporem às instituições de formação de professores critérios mais ou menos uniformes
no julgamento do seu "produto". Subjacente a este programa e ao cenário de que nos temos
vindo a ocupar está a conceção do professor como um técnico de ensino, um executivo.
148
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
dos meios que lhes são postos à disposição e dentre os quais deve escolher os que considera
mais adequados.
A prática pedagógica gradual e acompanhada processa-se com base em observações,
experiencias clínicas de pequenas dimensões e prática nas escolas e está sempre
subordinada às três características que acabamos de anunciar.
Podemos afirmar que este cenário modifica a relação existente nos modelos anteriores da
escola tradicional e da escola nova, e se desenvolve com base em três pontos: o programa,
os objetivos e a técnica. A relação ensino/aprendizagem se referencia em base a três
momentos: programação, organização e avaliação. Por último a técnica interfere entre os
três elementos ou agentes de intervenção: o conhecimento, o professor e os alunos. Com o
aparecimento da tecnologia educativa, como anteriormente vimos, podemos pensa já numa
escola tecnológica ou tecnizada.
O Humanista
Freire (2003,p.43) Não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio.
149
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Podemos citar o estudo realizado por Hunt e Joyce (1967) em que estes
investigadores verificaram que os professores com um nível conceptual mais elevado
utilizavam modelos de ensino mais variados e tinham mais facilidade em adaptar a sua
planificação às necessidades dos alunos. Também Murphy e Brown (1970) puderam concluir
que os professores com maior grau de desenvolvimento favoreciam nos seus alunos a
aprendizagem pela descoberta e encorajavam a divergência de opiniões e a expressão das
ideias próprias.
Numa experiência levada a cabo por Glassberg e Sprinthall (1980) com professores
em formação inicial, dois grupos experimentais foram submetidos a uma estratégia de
supervisão que visava o desenvolvimento humano através da reflexão que os formandos
eram solicitados a fazer após os exercícios de prática pedagógica. Os resultados da
experiência indicaram um desenvolvimento psicológico mais profundo nos grupos
experimentais do que no grupo de controlo. Resultados semelhantes foram obtidos por Oja
(1981), Parker (1983) e Thies-Sprinthall (1980), citados em Glickman (1985).
150
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
152
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
implementação curricular. Porque são eles que preparam as crianças para uma melhor
integração no sistema de ensino obrigatório.
Chegados a este ponto, e dadas as condições existentes, formulamo-nos algumas questões:
- Para que função e em que contexto os educadores necessitam ter um conhecimento
curricular?
- Em que aspetos difere o conhecimento curricular dos educadores e dos desenhadores
curriculares?
- Quais são os componentes do conhecimento teórico e prático do currículo que deveriam
incorporar-se aos programas de formação de educadores?
- Qual é o papel que deve desempenhar a formação inicial de educadores no momento de
ajudar aos futuros educadores a resolver o conflito existente entre a teoria e a prática?
Antes de mais, devemos explicar que entendemos por curriculum: "o conjunto de
experiências que intencionalmente procuram umas determinadas aprendizagens e que se
desenvolvem no seu marco institucionalizado". O curriculum é equiparado ao projeto
formativo e recolhe tanto as intenções como o plano de ação que permite concretiza-las e
orientar a sua consecução. Mas para uma conceptualização de curriculum (Hilda Taba, 1983)
considera que é necessário encontrar condições.
153
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
154
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Não vamos entrar nesta polémica. Mas sim dizer que por efeitos do papel relevante
que a relação teoria-prática tem na formação de professores, a procura de explicações ao
porquê se obtém resultados que se observam na formação, deve ser distribuída, quer a
proposta curricular realizada e o modelo que explícita ou implicitamente há nela -ao
curriculum escrito e ao curriculum oculto- quanto ao desenvolvimento real da proposta, e
aos que, logicamente, teria de acrescentar outros fatores. A teoria -a proposta curricular-
deverá ser contrastada com a prática -o desenvolvimento curricular.
Insistimos, mais uma vez, na integração teórico-prática. Mas para não estendermos
demasiado nestes conceitos podemos resumir os pontos de vista na classificação de Kemmis
(1988) no seguinte quadro:
155
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
156
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
a) estudos gerais;
b) estudos dos elementos fundamentais da filosofia, psicologia e sociologia aplicadas à
educação assim como o estudo da teoria e história da educação, da educação
comparada,da pedagogia experimental, da administração escolar e dos métodos de ensino
das diversas disciplinas;
c) estudos relativos à espera na qual o interessado tem intenção de partir o ensino;
d) prática do ensino e de atividades para-escolares sob a direção de professores
plenamente qualificados.(Cit. por Landsheere, 1977).
nosso entender, a enorme relevância concedida a situações desenhadas para contacto com
a realidade do ensino. Parece como se se transmitisse implicitamente a noção do pouco que
têm para dizer as disciplinas académicas para a aprendizagem profissional. A razão talvez
também resida no desinteresse dos formadores pelas situações escolares, a distância
mantida respeito a elas, a sua negativa a assumir que formam professores (Lamier e Little,
1986).
Como assinala Britzman (1986): " O modelo dominante na formação de professores é o
que responde à teoria implícita da integração imediata: a universidade proporciona as
teorias, métodos e habilidades; as escolas proporcionam aulas, curriculum, alunos; e o
futuro professor proporciona o esforço individual; todo o qual se combina para produzir um
resultado acabado de um professor profissional. Este modelo de professor ignora, no
entanto, o contexto social e político de formação, enquanto sublinha o esforço individual...
Problema que é agravado pela visão cultural dominante do professor como um fieri
individualista". No marco da referência anterior, como consequências dele, emerge o
problema endémico (Taylor,1980a) da relação teoria-prática na formação de professores.
12
158
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Um ano mais tarde da publicação do livro de Allen e Ryan, Cooper e Allen (1970)
ofereceram urna definição sucinta que se tem divulgado 'extensamente: “O microensino é
uma situação de ensino reduzido em termos de tempo e número de alunos ".
Uma análise das definições dadas, permite-nos detetar a frequência de palavras que
estimamos ser a chave do conceito: significação, redução, decomposição, laboratório,
graduação, controlo, destrezas. A frequência, de alguma forma, outorga importância a esses
termos e assim observamos que o microensino se considera, habitualmente, como ensino
reduzido que pratica destrezas em laboratório. Perante as definições analisadas, o
microensino tem como objetivo principal melhorar a dimensão instrutiva da profissão
docente, e quando se aplica a outras atividades educativas modifica-se o nome e então
refere-se o conceito educativo que vai ser objeto de formação: microsupervisão,
microorientação, microterapia, etc. O prefixo "micro" (pequeno) aponta para um aspeto que
tem um valor substancial, dado que a característica reduzido, pequeno, medível, ultrapassa
159
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
o âmbito da sua aplicação. O afixo indica, em definitiva, que o acto didático esta composto
por um considerável e indefinido número de variáveis e comportamentos docentes
interrelacionados.
160
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Peck e Tucker (1973): Um método de formação de professores formação inicial e contínua que,
utilizando uma diversificação de técnicas, tem como objetivo otimizar o ensino na sala de aula,
mediante a adquisição e melhoramento de destrezas e habilidades docentes contrastadas empíricas
e/ou experimentalmente.
161
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O vínculo do microensino a este paradigma tem sido criticado por muitos educadores
com base nas suas conotações condutistas, e isso foi devido à utilização da voz condutismo
corno sinónimo de mecanicismo, determinismo, anti - humanismo, etc.
162
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
De acordo com Thoresen (1973), não existe, atualmente, um tipo de condutismo: " O
condutismo contemporâneo é, de facto, urna rica conglomeração de princípios, suposições e
técnicas", e continua mais adiante: " O condutismo como termo denota em ênfase no
estudo compreensivo e sistemático do indivíduo, que usa métodos empíricos para examinar
como os ambientes atuais podem estai- a influenciar a ação do indivíduo-.
Thoresen tem mostrado como humanismo e condutismo não têm tantas discrepâncias
como congruências. Ambos os termos de preocupam com a pessoa, sublinham aquelas
situações problemáticas que são projeto de aprendizagem os problemas humanos e,
finalmente, aceitam técnicas científicas para aperfeiçoar às pessoas. A expressão
humanismo comportamental "acunhada” por este autor parece-nos acertada, porquanto a
formação de professores apoiada em destrezas, categorias ou competências, como o
microensino, a análise de interação, a supervisão clínica fizeram estudos intensivos sobre o
indivíduo e aplicaram o rigor experimental para obter dados com os que otimizar processos
e teorias de aprendizagem.
Embora exista uma ingente listagem de artigos, teses e livros escritos sobre o
microensino, com predominância do método experimental frente ao racional, as críticas
têm-se orientado, claramente, aos seus pressupostos teóricos.
163
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
165
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A autoscopia surge como uma técnica de análise do treino do Microensino, como diz
Silva (1998) o ato de formar é necessariamente um apelo á mudança e o supervisor coloca
ao formando esse desafio, quer ao nível das mentalidades, desempenhos técnicos ou de
conhecimentos, pois são eles próprios a vivenciar essas dinâmicas de mudança.
166
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
167
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPíTUL0
168
CAPÍTULO 4 – FORMAÇÃO DOS
EDUCADORES DE INFÂNCIA NA
PERSPETICA EUROPEIA
CAPÍTULO 4
FORMAÇÃO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA NA PERSPETIVA EUROPEIA
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Livro Branco da Comissão Europeia, in Le-Goff(1994) Ela tem felizmente a seu favor a
força da sua civilização e das suas heranças comuns. Já antes o referimos: ao longo
de 25 séculos, em estratos sempre renovados, a civilização europeia tem sido
criativa; e, hoje ainda, como afirma um slogan,α principal matéria prima da Europa é
sem dúvida a massa cinzenta.
Importa, então, analisar quais os efeitos aportados pelas referidas mudanças (DL n.º
74/2006) de modo a apreender o seu efeito no Ensino Superior, de um modo geral, e na
formação dos Educadores de Infância, em particular. Sendo que estas mudanças se
consubstanciaram nomeadamente através da elaboração de um perfil especifico desenhado
pelo DL n.º 241/2001, ao delinear o desempenho profissional do Educador de Infância.
18
The European Higher Education Area (1999). Joint Declaration of the European Ministers of Education
Convened in Bologna on the 19th of June 1999.
170
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
A adoção das formações menos alargada em duração já que está organizada em ciclos,
alargando às pós-graduações e estágios a mobilidade, tem um potencial na ideia da
empregabilidade, quer no alargamento do espaço em opção, quer numa mais rápida
inserção no mercado do trabalho, tendo em conta que a formação será ao longo da vida a
questões serão de ter em conta, Carvalho (2005). Este autor alerta, no entanto que na
docência a internacionalização dos mercados resulta em dificuldades principalmente nos
países do Norte da Europa, já que a chamada vertente cientifica e pedagógicas, na
coexistência da docência onde se inclui os Estágios e as Didáticas, levantam problemas de
incompatibilização, causados pelos recentes cortes da politica educativa.
171
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Com o arranque do ano letivo 2007/2008, teve lugar o início dos novos ciclos de
estudo, na modalidade decretada pelo Processo de Bolonha, para a formação dos
Educadores de Infância. A referida formação define-se, agora, em dois ciclos de estudos, nos
termos da lei e conducentes à habilitação profissional para a docência em Educação Pré-
escolar e no Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. Estes licenciados devem, não só,
demonstrar conhecimentos e capacidades de nível secundário, mas também, desenvolvê-los
e aprofundá-los; devem, em simultâneo, apoiar-se em materiais de ensino de nível
avançado, e situar-se, em alguns domínios dessa área, ao nível dos conhecimentos de ponta
da mesma. A licenciatura em Educação Básica supõe que o aluno, não só, aplique os
conhecimentos adquiridos como também demonstre a capacidade de compreendê-los, por
forma, a evidenciar uma abordagem profissional ao trabalho desenvolvido na sua área de
docência. Esta reflete-se através de competências, como seja: capacidade de resolução de
problemas e fundamentação dos seus próprios argumentos; capacidade de recolher,
selecionar e interpretar informação necessária à fundamentação dos seus juízos; capacidade
de comunicação que permita partilhar informações, ideias, problemas e soluções em
19
European Credit Transfer and Accumulation System – unidades de crédito“são unidades de medida do
trabalho do estudante sob todas as suas formas, designadamente sessões de ensino de natureza coletiva,
sessões de orientação pessoal do tipo tutorial, estágios, projetos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação.”
Nos termos do DL n.º 42/2005 de 22 de fevereiro.
172
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
173
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
20
Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), instituída pelo Estado através do Decreto-Lei
nº 369/2007, é uma fundação de direito privado, constituída por tempo indeterminado, dotada de
personalidade jurídica e reconhecida como de utilidade pública. É independente no exercício das suas
competências, sem prejuízo dos princípios orientadores fixados legalmente pelo Estado.
174
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
175
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Reflexão que constrói a própria identidade, ou como queremos que os outros nos
vejam, ou seja a I.P. é como o professor se define a si próprio é a construção do seu “Eu
profissional” que vai evoluindo ao longo da sua carreira docente e que pode ser influenciada
pela escola reformas e contextos políticos, que “integra o compromisso pessoal, a
disponibilidade para aprender a ensinar, as crenças, os valores, o conhecimento sobre as
matérias que ensinam e como ensinam, as expressões passadas, assim como a
vulnerabilidade profissional”.
176
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
- Organizações burocratizadas.
177
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Berliner 2000, defende a ideia contraria, dizendo que se fala da Formação Inicial como
se: “para ensinar basta-se saber matérias, que ensinar é fácil, que os
Formadores/Professores vivem numa torre de marfim, que as disciplinas de metodologia e
didática são dadas de forma superficial, que no ensino não há princípios gerais válidos.
Penso que se tem dado pouca atenção ao desenvolvimento dos aspetos evolutivos do
processo de aprender a ensinar, desde a formação inicial, à inserção é a formação contínua,
(p. 370).
Com Bolonha: Não reduz o papel da formação inicial, pelo contrário cria 2 ciclos de
formação (180 + 90 ou 120) configurando a formação em áreas de docência e atribui um
peso de ECTS (créditos) a cada unidade curricular integrada nas áreas de formação. Acresce
o papel atribuído do aluno, construtor de seu projeto formativo atribuindo tempos
creditados (trabalho autónomo do estudante) ao investigando que os estudantes fazem nos
estudos e pesquisas para completar quer a aprendizagem, quer o adquirir competências que
vem contribuir direta ou indiretamente na sua formação profissional. Trabalho orientado,
surgindo assim a importante nova formação docente do trabalho de tutorias que completa
aulas de contacto de explanação e análise teórica e as aulas práticas e de revisão previstas
nas OT (orientações tutoriais).
178
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
179
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
180
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
181
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
182
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
183
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
184
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
185
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Integração do currículo
1 - Na educação pré-escolar, o educador de infância mobiliza o conhecimento e as
competências necessárias ao desenvolvimento de um currículo integrado no âmbito da
expressão e da comunicação e do conhecimento do mundo;
2- No âmbito da expressão e da comunicação, o educador de infância:
3 No âmbito do conhecimento do mundo, o educador de infância
186
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
3 - A educação pré-escolar destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de
ingresso no ensino básico.
4 - Incumbe ao Estado assegurar a existência de uma rede de educação pré-escolar.
5 - A rede de educação pré-escolar é constituída por instituições próprias, de iniciativa do poder central,
regional ou local e de outras entidades, coletivas ou individuais, designadamente associações de pais e de
moradores, organizações cívicas e confessionais, organizações sindicais e de empresa e instituições de
solidariedade social.
6 - O Estado deve apoiar as instituições de educação pré-escolar integradas na rede pública,
subvencionando, pelo menos, uma parte dos seus custos de funcionamento.
7 - Ao ministério responsável pela coordenação da política educativa compete definir as normas gerais da
educação pré-escolar, nomeadamente nos seus aspetos pedagógico e técnico, e apoiar e fiscalizar o seu
cumprimento e aplicação.
8 - A frequência da educação pré-escolar é facultativa no reconhecimento
Como refere Siemens (2004) "o conetivismo fornece uma perceção das habilidades e
tarefas de aprendizagem necessárias para os aprendizes florescerem na era digital."
187
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
188
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
189
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
190
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
191
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
a) Área de docência;
b) Área educacional geral;
c) Didáticas específicas;
d) Área cultural, social e ética;
e) Iniciação à prática profissional.
Metodologia Especifica:
192
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
193
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Conteúdos programáticos:
194
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Seminário
195
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Ética e deontologia
O professor reflexivo:
196
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
197
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A Escola Superior de Educação de Fafe tem como opção estratégica, entre outras,
consolidar e diversificar a oferta formativa graduada e pós-graduada, desenvolvendo
parcerias com instituições do meio envolvente, assumindo-se como um polo de
desenvolvimento global numa região ainda carenciada ao nível da formação académica,
científica e cultural, tendo-se pautado ao longo da sua história por um comportamento de
grande rigor e humanidade.
Assim e após a conclusão do 1.º ciclo de estudos em Educação Básica, em que o aluno
adquire a formação científica pretende-se, com este 2.º ciclo de estudos, a construção de
um saber profissional, integrador de todos os saberes que se mobilizam para a prática da
ação de ensinar, adequada ao nível, campo, disciplina e contexto.
O 2.º ciclo de estudos em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico
assenta em princípios como a refletividade, análise teorizante de práticas, trabalho
colaborativo e investigação ação. Trata-se da base da construção da profissionalidade, em
que se pretende que o graduado adquira os conhecimentos basilares, para poder
desempenhar corretamente a docência.
198
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Este ciclo de estudos rege-se pelos seguintes objetivos desenvolvidos aquando da sua
conceção: i) Orientar as práticas educativas de acordo com os perfis geral e específico
de desempenho profissional do educador de infância e do professor do 1.º ciclo; ii) trabalhar
com conhecimento técnico, capacidade de reflexão e inovação na construção de
atividades promotoras de aprendizagens significativas; iii) avaliar a sua prática profissional
de forma crítica e cientificamente fundamentada e adotar estratégias para a superação de
possíveis insuficiências; iv) perceber a formação ao longo da carreira como elemento
constitutivo da sua prática profissional e valorização profissional e pessoal, avaliando a
formação complementar disponível, os ganhos dessa formação e a sua transferência para a
prática profissional; v) utilizar metodologias de investigação como instrumento
fundamental para a compreensão da realidade do fenómeno educativo e como base
de decisão no processo ensino-aprendizagem.
199
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
200
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
201
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
vi) fortalecer a qualidade geral do ambiente letivo, atestando que este reflete os valores de
empenho, criatividade e respeito pelo outro e pelo saber;
202
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
203
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Cada tutor orientará as sessões de tutoria como entender mais apropriado e de acordo
com as características da tutoria, mas visando sempre transmitir aos alunos regras
gerais de investigação científica, promover o exercício prático da investigação e
comunicação de resultados da investigação. As tutorias no Mestrado em Educação Pré-
escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico oferecem ainda aos alunos a oportunidade
de discutir regularmente com especialistas na área, investigações ou situações de prática
profissional, admitindo-se que nestas sessões o número de alunos participantes possa ser
alargado. Dependendo do semestre, o
204
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
pela avaliação do perfil académico dos professores propostos para a lecionação das
unidades curriculares e por garantir boas práticas na promoção da transversalidade e a não
sobreposição de conteúdos nas unidades curriculares da sua área científica e, em
comissão de responsáveis de área, por garantir a consistência normativa entre os
contributos das diversas áreas científicas representadas na formação. Esta Comissão de
Responsáveis de Área Científica reúne ordinariamente em data anterior ao início de cada
semestre letivo para avaliação da adequação do corpo docente e dos descritores das
unidades curriculares e respetivas operacionalizações nas Planificação de uma unidade
curricular apresentados pelos docentes, podendo solicitar esclarecimentos ou
reformulações aos docentes sempre que necessário. A Comissão de Responsáveis de
Área informa o Conselho Científico da Escola responsável pelo Mestrado sobre a adequação
dos instrumentos avaliados ao desenvolvimento do plano de estudos e sobre a adequação do
perfil dos docentes propostos.
205
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
206
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
207
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
208
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
209
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
3. Para cada grau unidade do programa foram formulados um número de cerca de cinco
resultados de aprendizagem que contribuem, solidariamente, para os resultados de
aprendizagem a nível do programa. Os resultados de aprendizagem são descritas em
termos de competências a atingir (conhecimento, compreensão e habilidades). Evidenciar:
5. O programa está estruturado de tal forma, que uma divisão bem equilibrada da carga
horária total, é realizada para o programa como um todo e dentro do ano letivo em separado e
para cada um dos semestres. A carga de trabalho calculada para cada componente do
programa, corresponde ao tempo que um típico estudante necessita para atingir a
aprendizagem necessária. Evidenciar:
6. O programa está configurado de tal forma que é possível para um estudante típico
completar o programa dentro do prazo determinado através de uma adequada incorporação de
diversos métodos de ensino, aprendizagem e de avaliação. O programa favorece a transição
dos alunos entre os componentes do programa, mesmo que com insucesso circunstancial em
algumas dimensões e sobre supervisão suficiente/tutoria do docente. Evidenciar:
210
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
8. O programa tem em consideração o nível da entrada dos estudantes, no que diz respeito à
conexão com programas de 1.º ciclo que dão entrada para o 2.º ciclo. Evidenciar:
11. O Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico visa atingir os
seguintes objetivos de eficiência formativa: a conclusão do 2.º ciclo por 100% de estudantes,
em 3 semestres, após o início do programa. Evidenciar:
12. O Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico corresponde a uma
necessidade da sociedade esperando-se de que a transição para o mercado de trabalho, em
sentido amplo, seja de nível bom. Evidenciar:
Cheklist para avaliação das unidades curriculares (Docente, Descritor e Planificação) pela Comissão de
Responsáveis de Área Científica.
Adaptada da TUNING List of Key Questions for Programme Design and Programme Delivery,
Maintenance and Evaluation in the Framework of the Bologna Reform, concebida como um
211
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
212
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
213
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
inovadora.
7 - Revelar curiosidade intelectual, abertura à diversidade e perspetivar a sua formação num
crescimento sustentado ao longo da vida “life long learning”.
8 - Refletir sobre as suas práticas com vista à avaliação do seu desempenho profissional.
9 - Desenvolver as competências previstas nas orientações curriculares do Pré-escolar através
da planificação, organização e avaliação do ambiente educativo.
10 - Desenvolver as competências previstas no currículo do 1.º ciclo através da planificação,
organização e avaliação do ambiente educativo.
11 - Desenvolver as competências previstas no currículo do 1.º ciclo, no contexto de uma
escola inclusiva, mobilizando e integrando os conhecimentos científicos das áreas que o
fundamentam e as competências necessárias à promoção da aprendizagem dos alunos.
12 - Promover a aprendizagem de âmbito curricular, integrando as áreas do Pré-escolar e
do 1.º ciclo do Ensino Básico, através de práticas inter e transdisciplinares, conducentes ao
desenvolvimento de competências socialmente relevantes.
13 - Desenvolver projetos de articulação entre o Pré-escolar e o 1.º ciclo do Ensino Básico,
bem como projetos de continuidade com os ciclos que os sucedem.
14 - Utilizar estratégias que visem a promoção da capacidade de identificar, definir e
discutir conceitos e procedimentos, bem como aprofundar a compreensão de conexões entre
eles, nas diferentes áreas curriculares.
15 - Mobilizar o conhecimento e as competências necessárias ao desenvolvimento de um
currículo integrado, no âmbito das áreas que o integram.
16 - Dominar conceitos, técnicas e processos adequados às exigências da docência nas áreas
curriculares do Pré-escolar e do 1.º ciclo do Ensino Básico.
214
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
215
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
216
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Matriz de Avaliação
A Matriz de Avaliação de Ensino abaixo foi adaptada da matriz que tem sido usadacom
sucesso para avaliar a qualidade e os resultados do ensino na Universidade de
Helsínquia(http://www.helsinki.fi/university/, considerada a 5.ª melhor Universidade
Europeia em 2009 pelo Ranking Web Of World
Universities(http://www.webometrics.info/top100_continent.asp?cont=europe) a matriz
original pode ser encontrada em
http://www.helsinki.fi/julkaisut/aineisto/hallinnon_julkaisuja_44_2007.pdf) sendo
considerada como um exemplo de boas práticas avaliativas.
A opção pela utilização desta matriz resulta da sua ligação ao modelo Tuning e
ao Processo de Bolonha. A matriz distingue quatro níveis de qualidade do resultado do
processo de avaliação: apenas satisfatória, a necessitar de desenvolvimento, bom e
excelente. As definições de qualidade foram baseadas no documento original (visando o
estabelecimento de sólidos padrões de qualidade internacional) e no plano Educativo e
Cultural das Instituições e nos seus programas de desenvolvimento, com destaque para a
aposta estratégica na formação pedagógica de docentes para a lecionação no Ensino
217
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A matriz deve ser aplicada com flexibilidade, levando em conta as diferenças entre
Cursos e unidades orgânicas. A avaliação é baseada em oito facetas ou áreas,
incluindo feedback e follow-up e estudos de pós-graduação.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results)
Há grupos de pesquisa e / ou professores individuais no Curso que combinam o ensino com o seu
trabalho de investigação.
C) Boa qualidade e bons resultados (Good quality and results)
Desde o início do curso, os alunos são familiarizados com o trabalho de investigação produzido no
Curso. Os programas das unidades curriculares reflectem a investigação produzida pelos professores do
curso. Os professores são incentivados a integrar na prática pedagógicas as próprias investigações e
os projectos do Área Científica e do Curso.
D) Qualidade e resultados excelentes (Excellent quality and results)
As práticas de ensino são claramente compreendidas pela comunidade académica. Os alunos são
vistos como membros da comunidade académica e, juntamente com os professores e investigadores,
contribuem na organização do currículo. Os professores vêem como sua a tarefa de familiarizar os
alunos com as mais recentes investigações no seu próprio campo e com novas metodologias. Estudo,
ensino e investigação estão integrados em todos os momentos do curso.
1.2. A investigação pedagógica como suporte para o ensino
218
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results)
Os professores, individualmente, estão familiarizados com os conhecimentos da pedagogia no ensino
superior, e as últimas inovações no uso da tecnologia da informação no ensino. O Curso permite que
os conhecimentos sobre pedagogia sejam utilizados no Curso apesar de não o apoiar ativamente.
Objetivos Educacionais
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results)
Os objetivos educacionais do Curso são discutidos apenas quando a estrutura do Curso ou todo o currículo
passam por alterações fundamentais. Em seguida, os objetivos e papéis dos diferentes sectores são
definidos em conjunto. O material didático é atualizado. Os responsáveis pelo Curso fazem análises ao
Curso, mas não são tomadas medidas para implementar melhorias na forma.
219
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Muitos professores usam métodos que exigem a participação ativa dos alunos. São dadas aos alunos
formas opcionais de cumprir requisitos do estudo. Alguns professores dão feedback pessoal de apoio ao
processo de aprendizagem .
220
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Organização do ensino
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
As estratégias de ensino são conhecidas e têm sido discutidas, mas o Curso não tem levado em conta as
opiniões da comunidade educativa.
Não foi tomada nenhuma decisão sobre as orientações para o ensino e não foram feitas alteração de
nenhum tipo.
221
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
A qualidade do ensino e o progresso dos alunos têm sido discutidos, e cada professor desenvolveu métodos
de ensino de acordo com esse feedback. Os resultados de aprendizagem e os progressos dos alunos têm
sido ocasionalmente avaliados.
222
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Há professores individuais que tentam assegurar a compatibilidade do seu próprio ensino com o de outros
professores, e que estão cientes das exigências do aparato estratégico no ensino. Não foram desenvolvidas
práticas que apoiem um planeamento eficiente e abrangente do ensino.
O Curso espera que os professores desenvolvam continuamente o conteúdo das suas unidades curriculares,
eliminando aprendizagens redundantes, à luz de outras unidades curriculares, e certifica-se que o ensino
constitui um conjunto harmonioso.
O plano de ensino leva em conta as possibilidades oferecidas pelos sistemas virtuais de apoio ao estudante.
O conjunto do Curso, incluindo os estudantes, toma parte na planificação do curso. Os objetivos para o curso
são fundamentados em standards internacionais na área.
Os níveis de sucesso são monitorizados através dos resultados dos alunos e do progresso do curso.
223
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Os professores têm portfolios académicos que são usados na seleção de professores para as unidades
curriculares. Não está claro, porém, como os méritos pedagógicos são medidos e o peso que possuem nas
decisões dos responsáveis pelas formações.
Os professores são incentivados a elaborar portfolios e a aquisição de mérito pedagógico é uma vantagem
profissional.
Os responsáveis pelo Curso certificam-se que estes princípios prevalecem na seleção dos docentes para as
unidades curriculares.
224
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Professores individuais são arbitrariamente envolvidos em projectos de desenvolvimento fora do Curso, ou
têm os seus próprios, projectos privados. Os professores não são encorajados a experimentar mas são livres
de desenvolver e inovar no seu próprio ensino.
O Curso acompanha e aprende a partir de experiências feitas em outros Cursos ou universidades. O Curso
colabora ativamente com o desenvolvimento de ensino no seu campo.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Professores individuais participam em programas de intercambio utilizam os seus contactos no seu ensino e
para incentivar a mobilidade dos estudantes entre universidades. Os estudos no exterior do país podem ser
225
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Os professores são incentivados a ensinar a nível internacional e são lhes dadas oportunidades para o fazer.
O Curso tem um papel activo nas redes de ensino e outras formas de cooperação internacional. Docentes e
estudantes estrangeiros são bem integrados no Curso.
Ensino
1. Métodos de Ensino
A) Qualidade e resultados apenas satisfatórios (Passable quality and results)
Os métodos de ensino não são avaliados. O ensino é baseado em metodologias tradicionais.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores aprendem e testam novos métodos de ensino. Alguns professores procuram conhecer
diferentes opções metodológicas para o ensino.
226
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
uma grande diversidade de opções metodológicas disponíveis no Curso. Os professores são incentivados
sistematicamente, através de materiais e formação, a adquirir familiaridade com diferentes métodos de
ensino e a conhecer os seus princípios fundamentais. O Curso segue as mais recentes investigações sobre a
pedagogia no ensino superior.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores organizam o seu ensino de uma forma que lhes permite dar feedback individual aos
alunos. Alguns professores atuam como tutores, mas isso não é levado em consideração na divisão de tarefa
ou no salário.
227
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Não há divisão de tarefas ou responsabilidades entre os professores nas tarefas de orientação do estudo dos
alunos.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
O Curso organiza a divisão de tarefas e a atribuição de responsáveis para orientação de estudo. As tarefas
de orientação de estudo são claramente atribuídas a professores com características específicas.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Os professores estão entusiasmados com a aplicação de novas tecnologias para o desenvolvimento do
ambiente de aprendizagem. O Curso tem uma estratégia para a utilização da tecnologia da informação no
ensino
228
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
tem uma estratégia para a utilização da tecnologia da informação no ensino e a sua execução e
monitorização está bem organizada. As páginas Web do Curso incluem dimensões de desenvolvimento do
ensino.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores têm tentado desenvolver material didático, como cadernos de apontamentos, livros e
cursos baseados na Web, mas o Curso não tem interesse nos seus esforços.
229
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
As experiências de trabalho não podem ser integradas no programa de estudo. Os contactos profissionais dos
professores e dos investigadores ao nível dos mercados de trabalho não são utilizados no planeamento dos
conteúdos nem das metodologias de ensino.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Os estudantes podem ganhar experiência de trabalho mas na estrutura dos cursos estas atividades são
frequentemente categorizadas como extracurriculares.
230
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores individuais seguem os resultados dos alunos e procuram avaliar o seu domínio das
competências essências do programa de estudos
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores estão familiarizados com as diferentes técnicas de aprendizagem e estudo. Alguns
professores, ao nível das suas unidades curriculares, tentam apoiar diferentes tipos de alunos, por exemplo,
oferecendo uma variedade de maneiras de realizarem as aprendizagens na unidade curricular
231
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores estão interessados em desenvolver o sistema de avaliação como mecanismo de recolha
de feedback para corresponder melhor às necessidades formativas dos alunos
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Os professores comparam entre si critérios de classificação.
232
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns professores tomaram a iniciativa de adquirir formação pedagógica ou para a utilização da tecnologia
da informação no ensino, mesmo que isso não seja incentivado no Curso. Recursos para o desenvolvimento
de competências dos professores nesta área são conhecidos mas não utilizados
233
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Os novos professores estão familiarizados com a tarefa de ensinar de acordo com a filosofia do Curso. Os
responsáveis pelo Curso e os professores discutem o desenvolvimento da carreira e as tarefas futuras.
Não há conhecimento preciso sobre os graduados após o término dos seus estudos.
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Foram realizados alguns inquéritos para aferir a satisfação dos diplomados em relação à formação recebida.
234
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
B) Qualidade e resultados em processos de melhoria bons resultados (Improving quality and results).
Alguns alunos da Pós-graduação participaram em algumas atividades curriculares em outras escolas para
estudos avançados. Não há informações exatas
235
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
236
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
de caracter didático e resultante das reflexões em grupo das aulas de orientação tutorial
orientadas pelos seus supervisores do estágio
237
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Na defesa dum ensino baseado num trabalho de grupo, onde a perspetiva cooperativa
assume vantagens em relação a filosofias de trabalho individual ou competitivo o estudo
analisado porRamos (2014), que compara os tipos de aprendizagem do estudante, quanto:
ao objetivo, á atuação, á realização e quanto á a As competências enquanto conceito
querem dizer, desempenhoou habilidades, na Psicologia refere o termo no contexto do
social. Diz respeito á capacidade do ser humano, construir relacionamentos eou,do
individuo defender os próprios interesses, embora seja usado com muita frequenciasurge
sempre grande dificuldade de encontar a definição ou esência do construto.Pesquisando no
dicionário surge que competências ou habilidades são traços da personalidade que
exprimema capacidade de alguém de alcançar determinada realização ou desempenho,
Asendorph J. B. (2004). As competências estão inerentemente ligadas aos conceitos de
necesidades/motivo/interesse que por sua vez apontam todos para a Ação, que por sua vez,
nos remetem para o Coaching e á autoeficiênciae respetivo coping intrapsiquico orientado
para o problema, Lazarus (1966).
238
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Zabala (2008) refera dimensão interpessoal como sendo: o individuo deverá ser
competente para se relacionar, comunicar e viver positivamente com os demais,
cooperando e participando nas atividades humanas, desde a compreensão, a tolerancia e a
solidariedade, (p.93).Nesta Dimensão o autor reforça a ideia da atual crise de valores e
ausencia de horizontes esperançosos, a indefinição social, os interences aliados ás decisões
politicas e sua impotencia, amercantilização e fragmentação da cultura e os principios
egoistas, consumistas, competitidade e superficialidade, cabendo á educação a missão de
promover uma cultura de solidariedade, de justiça, de participação, respeito pelos outros,
fazendo toda a diferença na garantia da defesa dos mais frageis. Só a educação, enquanto
agente de mudança social, poderá intervirfomentando pessoas autenticas, comunicativas,
responsáveis, tanto na vida familiar, comona profissional, cultural ou associativa, lutando
assim contra a corrente, «vivendo junto».
239
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Quanto ao ensino das competencias o autor lembra que, as disciplinas teóricas não são
suficientes para a aprendizagem dascompetências , já que é fundamental a abordagem
prática e a resolução de problemas e na procura das respostas, a reflexão inerente ou as
análises sistemáticas e a avaliação e respetiva coordenação da prática enquanto exercicio de
metadisciplinariedade e forma vivenciada de aprendizagem.
240
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
28Figura 4.6. Análise comparativa dos tipos de aprendizagens Ramos (2014, p340)
241
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Os conteúdos programáticos:
1. Análise de aspetos transversais e orientações gerais. Informações/ orientações gerais
sobre o enquadramento do processo de iniciação à prática profissional: Regulamento.
2. Técnicas e instrumentos de observação em contexto educativo
3. Contextos e princípios organizativos do pré escolar e do 1.º ciclo.
4. Perfis do educador de infância e dos professores do 1.º ciclo do Ensino Básico.
5. Processos de continuidade entre pre escolar e 1.º ciclo do ensino básico.
242
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
Após as primeiras experiências, a com duração de cinco anos e com igual número de
cursos e respetivo formações, os balanços de coerencias levaram a coordenação a repensar
243
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
a formação com pequenos ajustes de Ucs para reforçar a coerencia total. Umas das
implemetações relevantes passaram por criar o conceito de «pares pedagógicos» na
docencia das didáticas para cada ciclo formativo, onde além do docente da aéra cientifica
era coajdubado por um docente da com formação na área de formação.
Mas de qualquer forma a real mudança e ajuste foi alterar o plano de estudos ,
acrescentando um novo sementre, passando a Prática supervisionada , juntamente com a
metodológia de investigação e da Metodologias e Desenvolvimento Curricular para o Pré-
escolar, como únicos UC , nos ultimos semestres de contacto no Estágio.
1.º semestre
Aprendizagem da M se 12 TP 5 Opção
Matemática mediada pelas mestral 5 - 57; OT - 2
TIC 19
244
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
19
Ecologia e CA se 12 TP 5
Educação para a mestral 5 - 57; OT -
Sustentabilidade 19
Ativação do P se 12 TP 5
Desenvolvimento, Cognição mestral 5 - 57; OT -
e Aprendizagem 19
Diversidade e FPE se 12 TP 5
Inclusão B mestral 5 - 57; OT -
19
2.º semestre
Didática do CE se 15 T 6
Português mestral 0 P - 76; OT
- 19
Didática da CE se 15 T 6
Matemática mestral 0 P - 76; OT
- 19
Didática do CE se 20 T 8
Conhecimento do Mundo e mestral 0 P-38; PL-
Estudo do Meio 57; OT-19
Didática das CE se 25 T 10
Expressões Artísticas e mestral 0 P-76; PL-
Físico-motoras 76;OT-76
245
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
3.º semestre
Metodologias e CE se 12 T 5
Desenvolvimento mestral 5 P-57; OT-
Curricular para o Pré- 19
escolar
Investigação em CE se 12 T 5
Educação I mestral 5 P-38; TC-
19; OT-19
4.º semestre
Metodologias e CE se 12 T 5
Desenvolvimento mestral 5 P-57; OT-
Curricular para o 1.º ciclo 19
do Ensino Básico
Investigação em CE se 12 T 5
Educação II mestral 5 P-38; TC-
19; OT-19
246
Supervisão e Aquisição de Competências Professional
247
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPÍTUL0
5.1.1. Contextualização
248
CAPÍTULO 5 - AS TÉCNOLOGIAS
EDUCATIVAS E SUPERVISÃO
PEDAGÓGICA NA FORMAÇÃO DOS
EDUCADORES DE INFÂNCIA
CAPÍTULO 5
AS TÉCNOLOGIAS EDUCATIVAS E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA NA FORMAÇÃO DOS
EDUCADORES DE INFÂNCIA
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
250
Supervisão e aquisição de Competências Professional
251
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
formativo; á aprendizagem do uso criterioso das tecnologias nas diversas vertentes; esse uso
como parte integrante da preparação e experiencias profissionais dos formandos.
Por fim, referir o não menos importante, a discussão sobre as competências docentes
que o grupo de trabalho nomeado pelo CCISP, Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos, no âmbito do processo de Bolonha, para a Área de formação de
professores, e com referência aos documentos elaborados pelo extinto INAFOP sobre o
perfil de competências e de conhecimentos referentes á profissão de educador/professor.
Fica consagrado na Dimensão do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem no seu
ponto 7º o docente utiliza as TIC como ferramentas de trabalho e de construção de
conhecimento. Recomendam ainda que a formação dos Educadores de Infância e outros
professores deveriam ser contempladas para a futura docência, satisfazerem as suas
necessidades especificas quanto ás novas tecnologias: ás metodologias de ensino usadas; ao
acesso á informação e comunicação entre os formandos, docentes, escolas e outros
intervenientes educativos; ao uso destes recursos como parte integrante da preparação e
experiencia profissional dos formandos.
O grupo nomeado pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior para a implantação
do Processo de Bolonha na Área da formação dos professores implícito á atividade docente
de todos os níveis de ensino, que para o desempenho profissional é imprescindível a correta
utilização da Língua Portuguesa, bem como ser capaz de recorrer e usar as tecnologias
educativas. Acrescentado que para a capacidade de comunicar com oportunidade e de
forma persuasiva, utilizando as linguagens e suportes, incluindo as TIC, constituindo assim
uma competência geral do professor.
5.1.1. Contextualização
252
Supervisão e aquisição de Competências Professional
enquanto entidade formativa de elevado nível e grande obreiro dos futuros profissionais
terá necessariamente que encarar a missão de alterar as suas metodologias de ensino e
rever-se nas mudanças de atitudes e de comportamento dos cidadãos. As escolas de
formação de professores terão a dupla responsabilidade, já lhe compete fazer os homens
responsáveis pelas futuras gerações. Assim estudarmos sobre o papel que as tecnologias
educativas em geral e as tic ou diferentes competências a adquirir.
253
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Tejedor e outros,(2012) As principais barreiras na integração das TIC no ensino são o tempo, a falta
de treino, os recursos e o apoio. Os professores necessitam de tempo para aprender a usar o
hardware e o software, para planear as suas aulas, e tempo para trabalhar em conjunto com outros
professores. Nos tempos livres não encontram opções para se atualizarem. A falta de recursos é
outro problema. Sem computadores na sala
de aula e software apropriado para explicar as matérias curriculares, não pode haver integração das
TIC. O apoio também é crítico.
254
Supervisão e aquisição de Competências Professional
learning poderá ser um problema que, os docentes e alunos de educação deverão cada vez
mais ter de enfrentar.
García-Valcárcel, (2009; p.9)”.Para enfrentar este processo de mudança pedagógica que se procura
dos professores, é necessário desenhar e oferecer programas de formação a fim de facilitar a
incorporação das TIC na prática docente, de modo que os professores possam iniciar-se nestas
práticas com conhecimentos técnicos e didácticos, e possam partilhar as suas reflexões e
experiências sobre as actividades desenvolvidas em situações reais de ensino .
255
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Dito de outro modo, conhecimento e competências não são sinónimos (na medida em
que o conhecimento não pode ser substituído ou englobado na noção de competências. Mas
também é verdade que o legislador não clarifica o assunto, definido claramente os conceitos
em causa. Mas abre pistas, ao afirmar que
256
Supervisão e aquisição de Competências Professional
257
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Nestes termos, foi criado um perfil geral para os educadores de Infância e professores
dos ciclos básicos e secundário (D-L n.º 240/2001) e um perfil específico para Educadores de
Infância e outro para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico (D-L n.º 241/2001). A
definição destes perfis apresenta duas finalidades, a de servir de quadro de orientação à
formação inicial e como quadro de referência à acreditação dos cursos.
“Os perfis de desempenho […] constituem, em conjugação com o perfil geral do educador
de infância […], o quadro de orientação a que se encontram subordinadas: a) A
organização dos cursos de formação inicial de educadores de infância […] bem como a
certificação da correspondente qualificação profissional para a docência; b) A acreditação
dos mesmos cursos, nos termos legais. (artigo 2º, do D-L n.º 241/2001).
O perfil geral, comum a todos os professores dos ensino básico e secundário, evidencia
“exigências para a organização dos projetos da respetiva formação e para o reconhecimento
de habilitações profissionais docentes” (Secção I do anexo ao D-L n.º 240/2001) e encontra-
se organizado em dimensões (1) a profissional, social e ética; (2) a de desenvolvimento do
ensino e da aprendizagem; (3) a de participação na escola e de relação com a comunidade; e
(4) a de desenvolvimento profissional ao longo da vida) que por sua vez se decompõem em
funções. Esta definição de perfil é assumida legalmente como orientações que têm por base
a dimensão de desenvolvimento do ensino e a aprendizagem do respetivo perfil de
formação.
258
Supervisão e aquisição de Competências Professional
259
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
260
Supervisão e aquisição de Competências Professional
29Figura 5.1. Principais competências propostas pela União Europeia, Ramos (2014,p.258)
261
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
262
Supervisão e aquisição de Competências Professional
263
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Por conseguinte, uma vez identificado o problema, levantam-se algumas questões que
poderão servir de base à presente investigação. Com a entrada de Portugal no Processo de
Bolonha, será que há um maior conhecimento das Orientações Curriculares, bem como
criação de recursos de diagnóstico e de avaliação (destinados a avaliar e/ou monitorizar a
Educação/Formação dos Educadores de Infância, bem como a ação dos profissionais na
prática)?
264
Supervisão e aquisição de Competências Professional
“A falta de hierarquia das assunções ou das atividades sugeridas, bem como a ausência de
explicitação de perspetivas teóricas – os porquês – que sustem as hipóteses,
recomendações e exemplos explicam as dificuldades que os educadores sentem quando
tentam concretizar o discurso pedagógico oficial.” (p. 602)
Das diversas funções desempenhadas pelo professor reveladas pelo estudo Québec de
Mialaret, (1981):56, escolho duas por se adequarem à nossa problemática em estudo: o
supervisor e do professor orientador/ conselheiro. O supervisor enquanto professor que
integra os saberes práticos com todos os adquiridos ao longo da formação, levando o aluno
a refletir sobre a sua própria atuação e encontro de respostas e tornando decisões para os
problemas que surgem durante o estágio. Neste ponto mais uma vez se alega ao valioso
contributo na supervisão das tutorias eletrónicas. Quanto à segunda função Mialaret revela
a função, hoje com a Escola Europeia, a mais fulcral do papel docente a de mediador e
265
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O supervisor, aquele que sugere trabalha e supervisiona a sua realização (…), aquele
que, propõe maneiras de adquirir conhecimento; e o papel do professor enquanto
orientador/conselheiro na procura e aquisição do conhecimento parece assim maior
importância, em detrimento da sua posição enquanto transmissor de conhecimento. A
supervisão pedagógica é um conceito que começou por se referir aos processos de formação
inicial desenvolvidos no estágio, sendo pois
Para evoluir num sentido mais amplo em que o centro é a Escola, ou seja, vista como,
266
Supervisão e aquisição de Competências Professional
“Adicionalmente à questão do que deveria ser avaliado e como é que a avaliação seria
levada a cabo (…), diz respeito a quem deve assumir a responsabilidade pela avaliação do
desempenho dos estagiários. A questão habitualmente recai sobre se deverá ser o
supervisor da instituição, o supervisor da Universidade, ou os dois em parceria ou ainda se
deverá incluir terceiros.” (p. 232)
267
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Novoa (2003) O processo de formação está dependente de percursos educativos, mas não se deixa
controlar pela pedagogia. O processo de formação alimenta-se de modelos educativos, mas asfixia
quando se torna demasiado "educado"
268
Supervisão e aquisição de Competências Professional
para fazer uso treinando a reflexão como uma ferramenta na construção de aptidões
pedagógicas.Ganzález (2001) O praticum é o peíuoo em que é possivel ver,fazerver fazer e
fazer ver.
A reflexão surge como uma meta a atingir na formação, na defesa da ideia de que na
docência a atividade do professor é uma profissão de práticas refletidas ou seja é uma
atividade de pessoas dispostas a refletir.
A reflexibilidade é uma orientação para a indagação e a resolução de problemas na
perspetiva de melhorar a qualidade educativa pela melhoria das práticas pedagógicas
Gallego e outros (2009)... implica um alto componente crítico, de implicação e compromisso;
toda vez que requere de um processo e de estratégias que facilitem a reflexão e a análise da
realidade.
Gallego e outros (2009) acrescenta que os estudantes deveriam conseguir
competências diversas para melhorar o seu desempenho que vão de habilidades socio-
relacionais, tecno-funcionais, profissionais e de reflexivo-crítico.
Para Zabalze (2003) uma competência está composta por conhecimento e experiência
prática e ainda a reflexão. O autor atribui à capacidade do estudante em praticum três
componentes na capacidade referida a saber: ser competente traduzido em ter-se adquirido
conhecimento estruturado de atividade para poder escolher estratégias mais eficazes; ser
capaz de criar algo de progredir e de produzir nos diferentes contextos, o autor refere-se
ainda a uma terceira componente onde o estudante consiga ser capaz de diferenciar o que é
o conhecimento teórico e a própria capacidade de a utilizar, reconhecendo os limites, ser
capaz de recorrer à equipa educativa ou tutor, pedindo ajuda, utilizando os conhecimentos
dos outros na resolução de problemas. Surgindo o conceito de mega competência de
reflexibilidade definida por Sabalza (1996) como capacidade de analisar e avaliar o próprio
trabalho e de introduzir nas ações futuras os respetivos ajustes necessários. A reflexibilidade
docente é uma caraterística de realidade única e de realidades pedagógicas únicas com
pessoas únicas; a reflexibilidade e habilidade humana necessária à atividade docente, que se
apresenta como forma de contributo à tomada de decisão docente; já que as competências
não são recursos em si mesmo no sentido de saber como atuar e como fazer, nem atitudes,
mas o que mobilizam, integram e orquestram diversos recursos Gallego e outros (2009) na
defesa do conceito de construto e de uma conceção de dinamismo que se vai construindo ao
269
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O ensino superior Europeu apresenta novos desafios aos seus Docentes, onde as novas
metodológicas e novas atitudes, se adequa ao aluno como centro nevrálgico da atual
formação superiora, este assumindo-se como o ator principal do processo
ensino/aprendizagem e o professor assume-se como o mediador desse processo, onde as
tutorias representam um meio de concretização nesta nova relação professor/aluno.
Assim Ramos apresenta uma proposta sobre o novo conceito deste novo papel
docente:
31Figura 5.3. Tutorias. Ramos (2014,p:275 )
270
Supervisão e aquisição de Competências Professional
A atividade tutorial, resultante das experiências dos autores enquanto tutores nas
ações de educação à distância e orientação das atividades dos estudantes, surge uma
proposta de competência a adquirir.
32Figura 5.4. As 10 competências para o tutor e a atividade tutorial, : Adaptado (de Silva,2012;
e Schinerder, 2011) por Schneider e outros (2013).
271
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
• trabalho em equipa
• mediação pedagógica
• autonomia do estudantes
“Roda das
Competências”, baseadas num modelo utilizado nos processos do Coaching
O'Connor (2002), Distéfano (2005), para a autoavaliação do tutor:Entendendo as tutorias
como um meio de excelência para criar relações entre docentes/discentes, quer
272
Supervisão e aquisição de Competências Professional
273
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
36Figura 5.8. Teorias face a aprendizagem Costa (2010) in Lima e Capitão (2003)
274
Supervisão e aquisição de Competências Professional
PONTE (1997) …as novas tecnologias poderão ter um papel a desempenhar, quer como ferramenta
de trabalho, quer como meios de descoberta e de formação de conceitos, quer como instrumentos
de resolução de problemas. O seu uso poderá ser, além disso, fortemente motivador para os alunos.
Estas tecnologias criam grandes oportunidades educativas. A grande questão é saber como elas
serão compreendidas pelos professores e aproveitadas pelos alunos.
275
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
276
Supervisão e aquisição de Competências Professional
A motivação oferecida pelo professor prevê levar os alunos a refletir sobre problemas e
a analisar possíveis soluções adequadas. O professor tutor surge, ainda na perspetiva das
autoras como especialistas técnicos e avaliador: ao fornecer informações de caráter técnico,
nomeadamente ao nível metodológicos ou instrumentos de avaliação e orientar práticas
adequadas aos contextos pedagógicos.
Quanto à função de avaliador para além de enquanto membro do júri de avaliação final
do Relatório de Estágio, também é exercida funções avaliação nos documentos de estágio
onde está incorporado os portefólios.
Ao estudante, autor do seu próprio processo de ensino/ aprendizagem, o recurso às
tutorias promove a sua autonomia Guedes e Lourenço (2007), onde as descobertas
individuais e a permanente atualização dos conhecimentos, discutindo as matérias,
revelando o estado de atualização, e percebendo a relevância entre os objetivos a traçar com
277
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
as metas a atingir.
Este processo evolutivo de aprendizagem requer que o aluno parte do desconhecido
para etapas de conhecimento e consciência do que precisam aprender.
Inconsciente Consciente
Incompetente Inconpetente
Inconsciente Consciente
Competente Competente
O conhecimento gerado por um grupo é maior que o conhecimento gerado por o membro
mais inteligente (Surowiecki, 2005, p. 13). Na defesa das orientações do professor/tutor
surge como necessário o trabalho de grupo ao ensino superior.
278
Supervisão e aquisição de Competências Professional
279
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
280
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Ramos (2014) defendeu o ponto de vista educativo e de entender que a História nos
reporta a alguns Teóricos que foram contribuindo com a prespetiva atual que defende o ideia
dos trabalhos de grupo dos estudantes do ensino superior europeu como meio de promover
a aquisição de competências facilitadoras do ensino e da aprendizagem. A posição tem vindo
a diferencias os conceitos de trabalho cooperativo, não ser exatamente colaborativo já que
entendemos o primeiro ser desprovido da dualidade das partes nos intervenientes do
trabalho de grupo.
O contexto colaborativo da formação de professores é um dos estudos recentes de
investigadores protugueses que se ocupam com a problematica formativa dos docentes,
assim Simão,Flores, Morgado, Forte e Almeida,na defesa da ideia da qualidade da escola e do
professor ou então referindo os desafios que são colocados pela Comissão Europeia e seus
apelos aos países europeus «(…)estes visam colocar a Europa na rota da economia baseada
no conhecimento e transforma-la num espaço á escala do planeta, sem que esse processo
resulte do sacrifício do nível e da qualidade do emprego, da debilidade da coesão social ou
da agressão á sustentabilidade ambiental, renascendo assim a construção de uma nova
ordem educativa mundial.
Falar em colaboração de facto não é novo, pois o termo surge no discurso teórico de
perspetivas direta ou indiretamente relacionadas com a Pedagogia antiga, na Época
Renascentista, desde Comenius, Locke ou Rousseau, Passando pelos pensadores do século
XX , onde encontramos de Roger Cousinet, Dewey aos representantes da Escola Nova: como
281
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Ramos (2014,p338) citando Johnson apresenta uma tabela que perspetiva o trabalho
colaborativo dos estudantes em grupo onde se toma consciência da diferença paradigmática
282
Supervisão e aquisição de Competências Professional
que esta nova filosofia de modelos de ensino, imputadas pela escola europeia desenvolveu
na formação e no ensino superior atual.
283
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Novoa, A. (2003) Quero referir-me a uma reflexão sistemática sobre as práticas, a uma análise
“clínica” de casos e de situações. Há uma parte de cientista no trabalho do professor: na aquisição
do conhecimento, no estudo aturado, no rigor da planificação e da avaliação. Mas há também uma
parte de artista, no modo como se reage a situações imprevistas, como se produz o jogo
pedagógico.
Como nos refere Pacheco(2011) não há uma tradição de currículo nacional no ensino
superior. A organização curricular centrada na aprendizagem e seus resultado, fica distante
com a nova dinâmica que Bolonha define uma mudança paradigmática: onde aponta de uma
organização curricular centrada em objetivos de aprendizagem , próximo da lógica das
competências, que já não reportendo- a um produto mas a um processo. A noção de
descritor, padronizados nos critérios de avaliação, focada na valorização de resultados.
284
Supervisão e aquisição de Competências Professional
285
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A competência tem uma relação com conteúdos e a mobilização que se opera ao nível
da estrutura cognitiva dos aprendentes é significativa e fundamental.
Surge assim a necessidade de equacionar as habilidades a desenvolver na formação
dos futuros docentes, acrescentando-as na formação:
A tutoria na supervisão da prática pedagógica ou estágios, aponta para o conceito de
286
Supervisão e aquisição de Competências Professional
projeto e de investigação-ação.
-É de lembrar o posicionamento de Guedes e Lourenço (2007) ao lembrar que a ideia
de projeto é muito antiga, remonta nos Estados Unidos aos anos 20 do século passado e
vulgarizado por William Kilpatick onde se questionava o formalismo de escola, e se salientava
as características pessoais e individuais e sociais do processo educativo Guedes e Lourenço
(2007) “a noção de projeto (…) parte do princípio de que a vida é a ação e é na interação
entre a ação e o pensamento que o indivíduo aprende e se forma”.
A formação de Professores e Educadores representa uma formação de ensino superior
politécnico ou universitário, onde se torna importante que os estudantes, futuros
professores, adquiram competências gerais na investigação mas também no planeamento,
resolução de problemas execução de projetos.
No sentido de entender a problemática da formação docente , recordemos a lição do
mestre sobre a função docente, assim:Mialaret (1981,p56), das diversas funções
desempenhadas pelo professor reveladas pelo estudo Québec de Mialeret, escolho duas por
se adequarem à nossa problemática em estudo: o supervisor e do professor orientador/
conselheiro. O supervisor enquanto professor que integra os saberes práticos com todos os
adquiridos ao longo da formação, levando o aluno a reflectir sobre a sua própria atuação e
encontro de respostas e tornando decisões para os problemas que surgem durante o estágio.
Neste ponto mais uma vez se alega ao valioso contributo na supervisão das tutorias
electrónicas. Quanto à segunda função Mialeret revela a função, hoje com a Escola Europeia,
a mais fulcral do papel docente a de mediador e avaliador de aprendizagem do estudante.
Aquela a que Mialeret apelida de professor orientador/conselheiro.
O supervisor, aquele que sugere trabalho e supervisiona a sua realização (…), aquele
que, propõe maneiras de adquirir conhecimento; e o papel do professor enquanto
orientador/conselheiro na procura e aquisição do conhecimento parece assim maior
importância, em detrimento da sua posição enquanto transmissor de conhecimento. No
entanto a diversidade formativa aponta para a existência, Flores (2015) de diferentes modos
de olhar para o papel das Universidades e das ESES no processo de aprender a ensinar.
Apresentamos assim uma visão da distinção entre o que chamamos informação e do
conceito de conhecimento:
287
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
288
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Loughran (2009,p 43) A relação entre a investigação sobre o ensino e o ensino da investigação na
formação de professores representa um elemento central para se poder avançar tanto no ensino
como na formação de professores e para encorajar todos os participantes a valorizarem mais a
natureza do seu trabalho.
aprendizagens necessárias aos desempenhos futuros. Guedes e Lourenço (2007) propõe três
tipos de projetos de ensino, referentes ao grau de conhecimento disponível, sobre métodos
e ferramentas a utilizar e para a resolução de problemas:
290
Supervisão e aquisição de Competências Professional
291
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
292
Supervisão e aquisição de Competências Professional
1987
Criação das ESE’s – grau de Bacharelato;
Formação de professores enquadrada na LBSE (3 anos)
PRÁTICAS REFLETIDAS
ENSINO SUPERIOR
1999
Habilitação para a docência – grau de Licenciatura;
Formação equivalente aos professores do ensino obrigatório, quer da
2007 monodocência – 1º Ciclo, quer na pluridocência – 2º e 3º Ciclos;
Publicação das Orientações Curriculares para Educação Pré-Escolar.
COMPETÊNCIAS DOCENTES
escolar, altamente qualificada pelas políticas educativas, em vigor, com
BOLONHA/ MESTRADO
293
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
entre os atores do ato educativo e sendo: Costa (2010): 89 … altamente versátil facilita ou
pode facilitar o processo de ensino/ aprendizagem nomeadamente através de exploração
de documentos multimédia educativos e na criação didática mais apelativa e motivadora
para os alunos. Poderemos retirar desta ideia que os suportes eletrónicos e os diversos
recursos à nossa disposição para além de terem alterado o comportamento do dia-a-dia de
professores e alunos construindo realmente novas atitudes, são simultaneamente
ferramentas imprescindíveis nas estratégias metodológicas dos professores nomeadamente
no que concerne ao trabalho formativo de supervisão.
PONTE (1997) …as novas tecnologias poderão ter um papel a desempenhar, quer como ferramenta
de trabalho, quer como meios de descoberta e de formação de conceitos, quer como instrumentos
de resolução de problemas. O seu uso poderá ser, além disso, fortemente motivador para os alunos.
Estas tecnologias criam grandes oportunidades educativas. A grande questão é saber como elas
serão compreendidas pelos professores e aproveitadas pelos alunos.
294
Supervisão e aquisição de Competências Professional
própria sociedade onde se insere. Assim no seu papel tanto de professor como de tutor na
supervisão precisa de enfrentar os desafios que advêm destas mudanças. A exemplo
referimos o caso claro dos cenários de transformação tecnológicas referidos por Campos e
Silveira (2013) que alertam para a necessidade de conhecer os termos das mudanças e
saber usa-las, disponibilizando-se à aprendizagem e à abertura para a referida adequação
nas mudanças tecnológicas.
295
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
296
Supervisão e aquisição de Competências Professional
onde criaram uma unidade de inovação e ensino virtual com o objetivo de promover o
emprego dos recursos tecnológicos e redes para o ensino de centros de formações e
assessoriamento para professores.
Gallego refere ainda a exemplo outros trabalhos referentes aos recurso das TIC na
formação de professores como o caso dos trabalhos de: Schön, Zeichiner e Zabalza, nos
processos formativos e de socialização dos futuros professores nos níveis Infantil e Primária.
Gallego explicando o projeto de Cebrián refere como a equipa, salienta a socialização
dosestudantes entendido como um fluxo de intercâmbio como o meio profissional dos
centros educativos onde o estudante vai adquirindo esquemas de conduta docente, que
apelide de processos de socialização básicos na aquisição e aprendizagem profissional donde
virão a exercer a futura vida profissional. Estes processos associados aos modelos formativos
responsáveis por produzir aprendizagem e conteúdos práticos, devem incluir uma ampla
gama de tecnologias aplicadas ao ensino que permitem a dupla função: Cebrián (2000) los
recurso tecnológicos como medios para o ensino e a aprendizagem; os recursos tecnológicos
como fim educativo.
Ainda no âmbito da utilização das tecnologias e a formação inicial e prática dos
educadores e professores do ensino básico ou seja Prácticum de Magistério, Martinez
Serrano (2003) investigou quer o uso, a frequência, como a função dos meios convencionais
audiovisuais e novas tecnologias nas práticas de ensino, assim como a formação que
possuem os agentes implicadores no período de prática (supervisores, tutores e estudantes).
A autora defende que as novas tecnologias têm um papel primordial nos novos modelos de
Prácticum: já que as novas tecnologias tornaram-se um meio e um instrumento que favorece
e otimiza a comunicação e adaptam-se quer ao espaço como ao tempo das diferentes
realidades educativas próprias de cada centro educativo, potencializando a capacidade de
reflexão.
A autora refere ser o Prácticum, ou o estágio o momento ideal para propiciar situações
e experiências que favoreçam a implementação das TIC, por parte de todos os agentes
implicados (supervisores, tutores e estudantes), quer na atividade docente em aula, como na
intercomunicação, solução de problemas, reflexão crítica, seminários e outras circunstâncias
educativas.
Outra experiência sobre o emprego das TIC na atividade supervisora, baseada nas
297
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
298
Supervisão e aquisição de Competências Professional
As práticas profissionais cada vez mais refletidas quer pelos atores da educação das
crianças , quer pelos formadores dos docentes, que se inquirem na condição de «em saber
como fazer profissionais». A comunidade académica tem vindo a preocupar-se
particularmente na influencia que poderemos obter pelos resultados de estudo sobre a
construção de atitudes novas dos profissionais da educação e o que se pretende quanto «a
identidade profissional», e ao «desenvolvimento profissional»subsequente e por fim a
«construção social e cultural».
299
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
300
Supervisão e aquisição de Competências Professional
301
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
302
Supervisão e aquisição de Competências Professional
seu conhecimento , pelas experiencia que põe em ação que pela reflexões , estrutura . Braga
F. (2001) refere ainda Pacheco (1995) que o conhecimento do professor é «um saber ou
conjunto de saberes, contextualizados por um sistema concreto de prática escolar
refletindo, perceções, experiencias pessoais, crenças ,atitudes, expectativas, dilemas». Nesta
perspetiva percebemos o alargar das dimensões questionadas para a problemática em
questão.
A associação Mundial de educação de infância assessoria pedagogicamente um
documento, sobe a coordenação de professor Malograno L. A, que de forma global
apresenta trabalhos das questões sobre a atualidade e as tendências sobre a educação das
crianças , assim como da formação dos professores.
303
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
304
Supervisão e aquisição de Competências Professional
305
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
48Figura 5.21.A pessoa futuro professor e a ligação . teoria /prática, Batista, Graça e Queirós
(2014,P.282), In Korthagen (2005,2013)
306
Supervisão e aquisição de Competências Professional
307
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O cansaço físico, mesmo que suportado forçosamente, não prejudica o corpo, enquanto o
conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por muito tempo. (Platão)
Almeida (2012, pp. 7)) Embora a educação a distância realizada através de meios convencionais de
transmissão dificulte o estabelecimento de inter-relações entre emissor e receptor, processo e
produto e apresente altos índices de desistência, ela encontra-se disseminada em todas as partes do
mundo, devido à necessidade de atender a crescente parcela da população que busca sua formação
(inicial ou continuada) a fim de adquirir condições de competir no mercado de trabalho.
308
Supervisão e aquisição de Competências Professional
, por outro lado , como uma ciência aplicada capaz de contribuir para tornar o processo
educativo mais eficaz de acordo com a figura :
309
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Almeida (2012, pp. 13-14) como tal, os ambientes virtuais e colaborativos de aprendizagem significa
mergulhar em um mundo virtual cuja comunicação se dá essencialmente pela leitura e
interpretação de materiais didáticos textuais e hipertextuais, pela leitura da escrita do pensamento
do outro, pela expressão do próprio pensamento através da escrita. Significa conviver com a
diversidade e a singularidade, trocar idéias e experiências, realizar simulações, testar hipóteses,
resolver problemas e criar novas situações, engajando-se na construção coletiva de uma ecologia da
informação, na qual valores, motivações, hábitos e práticas são compartilhados.
Num artigo sob inclusão digital, Bento e Pereira (2011) abordam a questão das
Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Sociedades da Informação e do
Conhecimento. No entender dos autores, há aspetos nucleares a considerar neste tipo de
sociedades, nomeadamente, “a tecnologia, a informação, a comunicação e o conhecimento”
(p. 224). Assim sendo, importa saber até que ponto as Instituições responsáveis pela
Educação/Formação dos profissionais da Educação, nomeadamente da Educação da
Infância, incluem as TIC nas estratégias da Educação/Formação.
310
Supervisão e aquisição de Competências Professional
311
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
312
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Santos (2012, pp. 16) refere que a Educação a Distância tem sua estrutura descentralizada e
proporciona uma nova vivência aos alunos e professores, trazendo em seu bojo uma nova cultura, a
do trabalho em rede. ()
313
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O século XXI surge com alunos, professores e escolas, utilizadores assíduos das novas
tecnologias, quer no dia a dia, quer como recursos no processo ensino/ aprendizagem.
As políticas educativas referidas no Resolução do Conselho deMinistério 137/2007Portugal,
na figura do nosso governo, tem promovido diversas estratégias, para que as escolas mas
também o cidadão comum tenham acesso às ditas novas tecnologias (Oliveira, 1998). A
intençãopassa pelo apetrechamento das instituições escolares com novos equipamentos
informáticos,nomeadamente com computadores, videoprojectores e quadros interativos, no
sentido de agilizar o processo de ensino aprendizagem, tal como refere a Resolução do
Conselho de Ministros 137/2007 (D.R., 2007), este processo está dependente da (…)
integração das TIC (…) para a construção da escola do futuro e para o sucesso escolar das
novas gerações de Portugueses.
314
Supervisão e aquisição de Competências Professional
• Claroline
• Blackboard
• Atutor
• Formare
• Moodle
315
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Esta definição permite-nos, desde logo, perceber que “educação à distância” não
deixa de ser um método de ensino, que toma como enfoque o aluno, na medida em que o
processo está verdadeiramente dependente da motivação e iniciativa do mesmo. O ensino
processa-se pelo uso de material eletrónico e multimédia potenciando escolhas de tempo e
espaço, mas principalmente, a opção, por parte do aluno, de se envolver mais ou menos no
processo educativo (Blanco & Silva, 2003).
316
Supervisão e aquisição de Competências Professional
317
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A utilização das redes leva-nos a crer em uma nova dimensão qualitativa para o ensino,
através da qual se coloca o ato educativo voltado para uma visão mais internacionalizada e
colaborativa.O uso das redes eletrônicas, está trazendo a prática pedagógica um ambiente
atrativo onde o aluno é capaz, através da autoaprendizagem e de seus professores, de tirar
proveito na sua preparação para a vida e para o trabalho.
21
Vygotsky é figura proeminente do paradigma sócio construtivista do desenvolvimento, este enfatiza o papel
do ambiente social no desenvolvimento e na aprendizagem, conceptualizando a aprendizagem como processo
que ocorre nas interações entre criança/criança e entre criança/adulto. Os sócio construtivistas concebem “o
social” como a essência do homem, perspetivando o desenvolvimento humano a partir de dois vetores cruciais:
as aprendizagens e as interações sociais (Lourenço, 2002).
318
Supervisão e aquisição de Competências Professional
319
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O uso das redes eletrônicas, como uma nova forma de interação no processo
educativo, amplia a ação de comunicação entre aluno e professor e o intercâmbio
educacional e cultural e, assim, o ato de educar está atravessando fronteiras, removendo o
isolamento das escolas, acelerando a autonomia de aprendizagem dos alunos em seus
próprios ritmos, assim a educação está assumindo um caráter coletivo e um dever de todos.
A utilização das redes leva-nos a crer numa nova dimensão qualitativa para o ensino,
através da qual se coloca o ato educativo voltado para uma visão mais internacionalizada e
colaborativa.
O uso das redes eletrônicas, está trazendo a prática pedagógica um ambiente atrativo
onde o aluno é capaz, através da autoaprendizagem e de seus professores, de tirar proveito
na sua preparação para a vida e para o trabalho.
320
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Como um conceito de rede podemos, a grosso modo, dizer que a mesma serve para
ocompartilhamento e troca de informações, e para interação com experiências entre iguais
oudiferentes. O uso dessas redes, locais (LAN) e remotas (WAN), com computadores
pessoais ligados entre si e/ou a mainframes através de cabos coaxiais, modem, linha
telefônica ou fibra ótica, possibilitam a interação pedagógica.
321
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
322
Supervisão e aquisição de Competências Professional
-Servidor Web. A maioria das pessoas usa Apache, mas o Moodle deveria funcionar
com qualquer servidor Web que suporte PHP, como, por exemplo, IIS nas plataformas
Windows.
-A linguagem PHP (versão 4.1.0 ou superior). A partir de Moodle 1.4 já é possível usar
PHP 5.
Deve mencionar-se que a maior parte dos fornecedores de serviços Web incluem
estesprogramas. Como aditamento deve referir-se que para obter o Moodle pode consultar
a página http://Moodle.org/download/.
Estrutura dos ficheiros : Ao instalar o Moodle vão ser instalados diversos diretórios e
ficheiros.
-config.php - contém as configurações básicas. Este ficheiro não vem com o Moodle, mas é
criado durante o processo de instalação.
323
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
324
Supervisão e aquisição de Competências Professional
e no B-learning que em comum têm o facto de constituírem dois tipos de ensino à distância
que muitas vezes se confundem, todavia apesar de concomitantes são conceitos distintos
que a seguir pretendemos deslindar.
325
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Pessoa-pessoa
aluno-professor
pessoa-grupo
E-mail, uso médio sendo que olistserv é um
aluno-grupo pouco maisusado do que onewsgroups
Listserv, newsgroups (Starr &Milheim, 1996)
professor-grupo
E-mail,
Grupo-Grupo Listserv,
classe-classe newsgroups,
IRC,
telnet,
pouco usado
pessoa-computador
FTP,
muito usado por escolas,
aluno-computador
Gopher,
é o segundo mais usadodepois do e-
professor-computador
mail
WWW
Computador-pessoa
Computador-aluno
Computador-professor
Computador-grupo
Computador-grupo de
serviço de notíciaspessoais... pouco usado
Alunos
Computador-grupo de
Professores
Computador-grupo de
alunos e professores
pessoa-muitos
computadores
326
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Metodologias para trabalhar com projetos que usam redes eletrónicas no ensinoRakes
(1996) apontam que os projetos utilizando a Internet deveriam seguiralgumas
instruções.Rakes (1996)
1. Selecionar a questão ou o problema - Escolha um evento ou uma situação que se apresente como um
desafio para ser solucionado. Discuta a escolha, selecione propostas para uma busca faça uma revisão dos
termos chaves do desafio.
2. Defina os objetivos específicos - diga aos estudantes exatamente o produto do trabalho final o projeto.
Qual o processo a ser utilizado e quanto tempo deve ser gasto para isto.
3. Selecione "sites" apropriados na Internet - salve os "sites" nos computadores pessoais ou na rede e
explore a credibilidade do mesmo.
5. Apresente o problema para os estudantes - coloque o desafio e facilite que os estudantes façam
questões sobre o evento a ser pesquisado.
6. Colete, avalie, e organiza os resultados - após a coleta dos dados nos "sites", previamente escolhidos
pelos professores, os estudantes verificam as informações relevantes e são encorajados pelos professores
a avaliar a relevância das mesmas, bem como a organizá-las de forma lógica.
8. Explicação do problema - os estudantes apresentam seus resultados para a explicação do problema para
outros alunos e para os professores.
9. Análise do processo de busca - estudantes discutem o processo usado para a pesquisa e as técnicas que
foram eficientes e as que não funcionaram.
10. Avaliação do produto - após a apresentação oral e escrita dos trabalhos, os professores dão o feedback
do mesmo para os alunos, comparando-as com os objetivos iniciais. (p.55-56)
327
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
328
Supervisão e aquisição de Competências Professional
processo que nos vai permitir tomar decisões sobre que meios serão mais adequados para
cada situação educativa e como os devemos utilizar. Destas escolhas e tomada de decisões
deveremos ter em conta a qualidade científica, estética e técnica dos Meios.
Martín (2005 P.189-191) defende que nos critérios usados para a avaliação dos Meios
Didácticos vamos encontrar uma diversidade de perspectivas conforme propõe:
329
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
(2005 P.189-191)
330
Supervisão e aquisição de Competências Professional
59Figura 5.32. Evolução das competências informacionais na etapa escolar (Bielba; 2014)
331
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
332
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Estudo Empírico
333
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPÍTUL0
6.1.Caracterização da amostra
6.2.2.Integração do currículo
6.2.3.1.Questões
6.3.1.Caracterização da amostra
6.3.1.1.Análise descritiva
6.3.1.2.1.Instituição
6.3.1.2.2. Idade
6.4.2.Análise comparativa
6.4.2.1.Instituição
6.4.2.2.Idade
6.4.2.3.Ano curricular
6.4.3.2.Análise comparativa
6.4.3.2.1.Instituição
6.4.3.2.2.Idade
6.4.3.2.3.Ano curricular
334
CAPÍTULO 6 – ESTUDO 1 – A
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL NA
EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA PRÉ-
BOLONHA
CAPÍTULO 6
ESTUDO 1 – A COMPETÊNCIA PROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA PRÉ-
BOLONHA
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Para a A, foram inquiridos alunos de dois cursos distintos, Educação de infância (N=91,
60,7%) e Educação básica (N=59, 39,3%). Dado que na B apenas se possuem dados do curso
de Educação de Infância, aquando da análise comparativa apenas foram considerados
alunos deste curso, excluídos os alunos do curso de Educação Básica da A.
Foram recolhidos dados dos 4 anos curriculares, não se obtendo no entanto dados para o 1º
ano na B, porque já não estavam em funcionamento. Para a A, dos 150 alunos inquiridos, 47
(31,3%) frequentam o 1º ano, 27 (18,0%) o 2º ano, 46 (30,7%) o terceiro ano e 30 (20,0%) o
4º ano. Para a B, 36 inquiridos (40,0%) frequentam o 2º ano, 24 (26,7%) o 3º ano e
finalmente 30 (33,3%) o 4º ano curricular.
336
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Instituição
Total
Variáveis A B
n % n % n %
Sexo (N=240)
Livros (N=238)
Até 50 67 45.0 42 47.2 109 45.4
Até 100 39 26.2 24 27.0 63 26.3
Mais de 100 43 28.9 23 25.8 66 27.5
23
Escolaridade do progenitor (N=223)
0-6 anos 79 56.8 50 59.5 129 53.8
7-9 anos 40 28.8 16 19.0 56 23.3
10-12 anos 13 9.4 10 11.9 23 9.6
Superior 7 5.0 8 9.5 15 6.3
23
A escolaridade do progenitor indicada é a mais alta dos dois.
337
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
338
Supervisão e aquisição de Competências Professional
339
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
340
Supervisão e aquisição de Competências Professional
341
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
342
Supervisão e aquisição de Competências Professional
343
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
344
Supervisão e aquisição de Competências Professional
345
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
entre dois grupos independentes, isto é, o teste de Mann-Whitney (com estatística de teste
U). Este testa se duas amostras possuem a mesma mediana. A tabela seguinte resume os
resultados obtidos:
346
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Para a variável idade, verifica-se que apenas os Blocos A2 e A5 não apresentam diferenças
estatisticamente significativas (p>0,05). Nos restantes blocos, a mediana entre os dois
grupos de idade encontram-se diferenças estatisticamente significativas e verifica-se que em
todas elas a mediana é superior para o grupo de idade com mais de 22 anos.
utilizando-se por isso a ANOVA para comparação de médias em 2 ou mais grupos. A ANOVA
indica-nos se existem pelo menos dois grupos com médias distintas. Caso isso se verifique,
347
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
2º 38,6 9,3
B6 3º 42,8 8,2 23,246 <0,001
4º 48,4 5,6
2º 62,1 15,7
B7 3º 68,2 10,8 17,465 <0,001
4º 74,9 7,1
2º 100,3 24,1
B 3º 111,0 18,2 21,996 <0,001
4º 123,5 11,6
348
Supervisão e aquisição de Competências Professional
6.2.3.1.Questões
349
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
350
Supervisão e aquisição de Competências Professional
351
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Dado que todas as questões do segundo instrumento são do tipo categórico, de modo a
comparar os padrões de resposta construíram-se tabelas de contingência e recorreu-se ao
teste de Qui-Quadrado para verificar a existência de independência entre variáveis. No caso
de um dos pressupostos do teste de Qui-Quadrado não ser verificado, utiliza-se um dos
seguintes testes: quando estamos perante variáveis com apenas 2 categorias cada, opta-se
pelo teste exacto de Fisher, caso contrário utiliza-se o teste de Qui-Quadrado por simulação
de Monte Carlo (neste caso o valor de significância é apresentado a itálico). Tal como
sucedeu para o primeiro instrumento, apenas se consideram os alunos que frequentam o
curso de Educação de Infância, dado que apenas este curso apresenta dados para as duas
instituições.
A variável cuja distribuição seja muito assimétrica (como é exemplo a variável DTE1 onde
apenas 1 pessoa respondeu não) não será efectuada esta análise.
6.3.1.Caracterização da amostra
De todos os alunos inquiridos, apenas 1 (0,4%) não possui computador pessoal e 40 (16,7%)
referiram ter uma vasta experiência com computadores. Relativamente ao interesse em
termos de computadores, 112 (46,7%) têm muito interesse, 123 (51,3%) algum interesse e
apenas 5 (2,1%) nenhum interesse. Quanto ao uso da Internet para realizar actividades
associadas ao curso, a maioria respondeu afirmativamente (n=232; 96,7%). Finalmente, no
que diz respeito ao local onde acede frequentemente à Internet, em casa foi o local mais
mencionado (n=214; 90,3%), seguindo-se a Biblioteca (n=112, 47,3%). Os restantes locais
foram poucos mencionados (percentagens inferiores a 10%).
352
Supervisão e aquisição de Competências Professional
353
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
6.3.1.2.1. Instituição
354
Supervisão e aquisição de Competências Professional
6.3.1.2.2. Idade
355
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
356
Supervisão e aquisição de Competências Professional
357
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
358
Supervisão e aquisição de Competências Professional
6.4.2.1.Instituição
Instituição.
A utilização da folha de cálculo também apresenta uma distribuição diferente para as duas
(p<0,05).
distinta de acordo com a instituição (p<0,05), com uma maior percentagem de respostas
afirmativas na B.
359
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
360
Supervisão e aquisição de Competências Professional
6.4.2.2. Idade
Analisando as variáveis relativas ao uso das TIC’s com a idade, são os mais novos (18-22
anos) que utilizam mais o e-mail para contactar com os docentes e plataformas de
escalão etário (p<0,05), verificando-se maior percentagem de respostas afirmativas nos mais
novos (75,6% vs 57,4% para a captura de áudio e vídeo e 95,7% vs 87% para o “e-learning”)
361
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
362
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Finalmente, a análise do uso das TIC’s de acordo com o ano curricular também apresenta
significativas de acordo com o ano curricular (p<0,05), verificando-se uma maior utilização
Jardim-de-infância onde é efectuada a prática pedagógica é mais elevada nos alunos que
29,4%).
bases de dados distribui-se de modo distinto pelos três anos curriculares em análise
que aumenta o ano curricular aumenta também a percentagem de alunos que referiram a
363
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
364
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Tendo em conta a sua experiência, 78 (33,2) referiram que as TI’s favorecem muitíssimo a
aprendizagem entre colegas e/ou profissionais da Educação, 150 (63,8%) que favorecem
bastante e apenas 7 (3,0%) que favorece pouco ou muito pouco. Finalmente, relativamente
ao contributo das TIC’s para a preparação de futuros profissionais de Educação, a maioria
(n=155, 66,0%) referiu que é bastante, seguindo-se os que responderam muitíssimo (n=72,
30,6%) e por fim os que consideram pouco ou muito pouco (n=8, 3,4%).
365
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
6.4.3.2.1. Instituição
367
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
6.4.3.2.2. Idade
estatisticamente significativas.
368
Supervisão e aquisição de Competências Professional
importância dada à folha de cálculo e às bases de dados (p<0,05). Assim, os alunos que
369
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
itens e entre totais dos Blocos do primeiro instrumento. A escolha pela estatística de
A11 1,000
*
A12 0,905 1,000
* *
A13 0,750 0,791 1,000
* * *
A14 0,664 0,695 0,721 1,000
* * * *
A15 0,640 0,707 0,701 0,858 1,000
* * * * *
A16 0,654 0,701 0,755 0,752 0,810 1,000
* * * * * *
A17 0,523 0,556 0,660 0,528 0,602 0,630 1,000
* * * * * * *
A18 0,530 0,598 0,632 0,541 0,614 0,652 0,923 1,000
* * * * * * * *
A19 0,553 0,595 0,650 0,513 0,559 0,634 0,887 0,949 1,000
24
*: p<0,05
370
Supervisão e aquisição de Competências Professional
A21 1,000
*
A22 0,780 1,000
* *
A23 0,736 0,792 1,000
* * *
A24 0,538 0,649 0,666 1,000
* * * *
A25 0,648 0,681 0,755 0,595 1,000
A31 1,000
*
A32 0,777 1,000
* *
A33 0,629 0,727 1,000
* * *
A34 0,582 0,759 0,650 1,000
* * * *
A35 0,578 0,709 0,666 0,763 1,000
A41 1,000
*
A42 0,712 1,000
* *
A43 0,733 0,798 1,000
* * *
A44 0,444 0,545 0,519 1,000
* * * *
A45 0,658 0,744 0,722 0,588 1,000
* * * * *
A46 0,681 0,779 0,767 0,482 0,764 1,000
* * * * * *
A47 0,551 0,707 0,684 0,492 0,666 0,769 1,000
* * * * * * *
A48 0,636 0,736 0,734 0,512 0,710 0,751 0,776 1,000
* * * * * * * *
A49 0,688 0,762 0,792 0,488 0,717 0,735 0,714 0,797 1,000
371
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
A51 1,000
*
A52 0,437 1,000
* *
A53 0,518 0,571 1,000
* * *
A54 0,557 0,484 0,748 1,000
* * * *
A55 0,318 0,244 0,407 0,455 1,000
* * * * *
A56 0,512 0,418 0,561 0,576 0,544 1,000
* * * * * *
A57 0,500 0,367 0,562 0,567 0,477 0,613 1,000
* * * * * * *
A58 0,535 0,379 0,646 0,650 0,562 0,624 0,669 1,000
A1Total 1,000
*
A2Total 0,776 1,000
* *
A3Total 0,691 0,781 1,000
* * *
A4Total 0,628 0,731 0,786 1,000
* * * *
A5Total 0,559 0,643 0,588 0,680 1,000
B61 1,000
*
B62 0,806 1,000
* *
B63 0,738 0,781 1,000
* * *
B64 0,670 0,771 0,654 1,000
* * * *
B65 0,716 0,789 0,678 0,768 1,000
* * * * *
B66 0,616 0,735 0,709 0,789 0,746 1,000
* * * * * *
B67 0,657 0,769 0,680 0,775 0,772 0,843 1,000
* * * * * * *
B68 0,686 0,732 0,713 0,790 0,723 0,831 0,823 1,000
372
Supervisão e aquisição de Competências Professional
B71 B72 B73 B74 B75 B76 B77 B78 B79 B710 B711 B712
B71 1,000
*
B72 0,809 1,000
* *
B73 0,688 0,730 1,000
* * *
B74 0,715 0,702 0,656 1,000
* * * *
B75 0,633 0,612 0,593 0,784 1,000
* * * * *
B76 0,648 0,655 0,556 0,676 0,594 1,000
* * * * * *
B77 0,725 0,727 0,597 0,721 0,694 0,685 1,000
* * * * * * *
B78 0,671 0,721 0,721 0,653 0,596 0,641 0,714 1,000
* * * * * * * *
B79 0,654 0,670 0,652 0,692 0,712 0,668 0,826 0,755 1,000
* * * * * * * * *
B710 0,701 0,675 0,649 0,709 0,646 0,692 0,644 0,716 0,648 1,000
* * * * * * * * * *
B711 0,727 0,718 0,675 0,779 0,716 0,721 0,740 0,697 0,720 0,823 1,000
* * * * * * * * * * *
B712 0,741 0,741 0,672 0,804 0,702 0,670 0,740 0,731 0,706 0,776 0,892 1,000
B6Total B7Total
B6Total 1,000
*
B7Total 0,812 1,000
ATotal BTotal
ATotal 1,000
*
BTotal 0,865 1,000
Analisando a tabela 11, que representa os valores de Alpha de Cronbach entre itens,
verifica-se que todos são superiores 0,850, indicando uma boa consistência.
373
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Alpha de Cronbach
374
Supervisão e aquisição de Competências Professional
375
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPÍTUL0
376
CAPÍTULO 7 – ESTUDO 2 – A
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL,
TECNOLOGIA EDUCATIVA E PRÁTICA
DE ENSINO SUPERVISIONADA PÓS-
BOLONHA: UM ESTUDO
CORRELACIONAL
CAPÍTULO 7
ESTUDO 2 – A COMPETÊNCIA PROFISSIONAL, TECNOLOGIA
EDUCATIVA E PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA PÓS-
BOLONHA: UM ESTUDO CORRELACIONAL
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
378
Supervisão e aquisição da Competência Professional
Variáveis N %
Sexo (n=63)
2 3,2%
Masculino
61 96,8%
Feminino
Idade (n=63)
21-25 anos 58 92,1%
Livros (n=62)
Até 50 30 48,4%
25
A profissão do progenitor indicada é a mais alta dos dois
379
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Meio (n=52)
2 3,8%
Urbano
Rural 48 92,3%
Semiurbano 2 3,8%
No que respeita ao sexo dos inquiridos, 96,8% (61 casos) são do sexo feminino
contra dois sujeitos que são do sexo masculino.
A idade dos sujeitos inquiridos oscila entre os 21 e os 36 anos, apresentando uma
média de 23,1 anos e desvio-padrão de 2,4. Verifica-se que 92,1% dos sujeitos tem idades
compreendidas entre 21 e os 25 anos e 7,5% apresentam idades superiores a 25 anos.
No que respeita ao número de livros, a análise do quadro anterior, mostra que
48,4% dos alunos (30) possui 50 livros (15,8%) e dezasseis diz ter entre 50 a 100 livros. O
mesmo número de alunos possui mais de 100 livros.
Observando os dados do quadro anterior, e no que respeita à escolaridade da
mãe, verificamos que quase metade das mães dos alunos inquiridos possui até 6 anos de
escolaridade (47,5%, 29 mães). Igual número de mães possuem entre 7 e 12 anos de
escolaridade (3º ciclo e ensino secundário). Apenas três mães possuem o ensino superior.
Relativamente à escolaridade do pai, os dados constantes no quadro anterior, permitem-nos
concluir que mais da maioria (59%) dos pais possuem até seis anos de escolaridade. Nenhum
dos pais possui o ensino superior e 41% dos pais possui entre o 7 e 12 anos de escolaridade.
Relativamente à categorização das profissões do progenitor usamos o sistema
preconizado pela Classificação Nacional das Profissões (CNP, 2010). Este sistema diz respeito
ao conjunto de todas as profissões existentes em Portugal e da sua respetiva descrição
funcional, apresentando-se agregadas por 9 grupos profissionais. Neste estudo optamos por
apresentar os dados da profissão mais alta dos dois progenitores. Verifica-se que uma parte
significativa dos progenitores desta amostra se situa entre Pessoal dos Serviços e
380
Supervisão e aquisição da Competência Professional
7.3. INSTRUMENTOS
381
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Dimensões Questões
382
Supervisão e aquisição da Competência Professional
383
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
c. Na planificação, incluo os dados recolhidos na observação e na avaliação, assim como as propostas das
crianças.
d. Planifico de forma transversal, abrangendo os vários domínios curriculares.
e. Avalio em termos formativos a minha intervenção, o ambiente e os processos educativos, assim como
o desenvolvimento e as aprendizagens das crianças.
A a. Relaciono-me com as crianças procurando desenvolver a segurança afetiva/emocional e a autonomia
4 das crianças.
b. Envolvo as crianças em atividades e projetos que decorrem da iniciativa das crianças.
c. Fomento a cooperação entre as crianças, valorizando-as e integrando-as no grupo/turma.
d. Implico a família e a comunidade nos projetos que desenvolvo com as crianças.
e. Crio condições para o desenvolvimento sócio emocional de cada criança em particular e do
grupo/turma em geral.
384
Supervisão e aquisição da Competência Professional
385
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
desafiantes do estágio e daí a autora ter incluído esta dimensão no instrumento (Caires,
2003, p. 202). A dimensão Socialização Profissional e Institucional integra um total de 17
itens: 1, 6, 12, 15, 17, 20, 24,26, 31, 34, 38, 40, 45, 48, 50, 52, 54. Os itens 1, 12, 15, 17, 20,
34, 38, 45,48, 52, 54 apresentam uma cotação invertida, sendo por isso considerados itens
negativos. Esta dimensão apresenta um Coeficiente Alpha de Cronbach de 0.80.
Na dimensão designada de Aspetos Sócio emocionais, “a ênfase é dada à
exploração do impacto da prática de ensino supervisionada ao nível intra e interpessoal,
encerrando aqui variáveis psicossociais (autoestima, sentido de autoeficácia...) e
psicofisiológicas (sono, apetite...). A inclusão desta dimensão prende-se com a constatação
dos múltiplos “impactos” desta experiência ao nível do funcionamento global do indivíduo,
decorrentes da diversidade, novidade, intensidade e exigência das tarefas que coloca aos
seus formandos. Assim, e numa tentativa de quantificar tais “impactos”, é recolhida
informação em termos da intensidade e do sentido de algumas das alterações ocorridas”
(Caires, 2003, p. 202). Nesta dimensão é possível identificar as áreas mais afetadas, as
principais alterações ocorridas, ou algumas das estratégias utilizadas para lidar com as
mesmas. A dimensão Aspetos Sócio Emocionais é composta por 13 itens: 5, 10, 16, 25, 27,
30, 36, 42, 44, 47, 49, 51, 53, 56. Os itens 57, 58 e 59 são de natureza qualitativa. O item 36
foi eliminado após análise da sua validade interna. Os itens
10,16,25,27,30,42,44,47,49,51,53, 56 são considerados itens negativos. Esta dimensão
apresenta um Coeficiente Alpha de Cronbach de 0.81.
387
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
itens: 3,8, 11a,11b, 19, 22, 28, 33, 46. Os itens 19 e 28 são cotados de forma inversa. Esta
dimensão apresenta um Coeficiente Alpha de Cronbach de 0.81.
A dimensão Aspetos Vocacionais refere-se, no essencial, ao grau de compromisso
e satisfação com a escolha efetuada pelos alunos-estagiários, bem como à perceção de
autoeficácia e à necessidade de continuar a fazer formação, percecionadas pelos formandos.
A dimensão, Aspetos Vocacionais, contempla 12 itens: 2, 7, 14, 18, 21, 32, 37.1, 37.2,
37.3,37.4, 37.5, 39 e 43. O item 7 foi eliminado após análise da sua validade interna. Os itens
14, 18 e 21 são tidos como itens negativos. Esta dimensão apresenta um Coeficiente Alpha
de Cronbach de 0.74. Os itens 37.1, 37.2, 37.3,37.4, 37.5 são de natureza qualitativa.
Por último, a dimensão Aprendizagem e Desenvolvimento Profissional explora o
contributo que a formação prática do curso tem em termos da preparação destes formandos
para o desempenho da profissão escolhida. Competências e conhecimentos adquiridos,
destrezas desenvolvidas, grau de abrangência e diversidade das experiências de
aprendizagem ou, ainda, o nível de competência percebido por estes alunos são alguns dos
principais aspetos contemplados nesta dimensão (Caires, 2003, p. 202). Aprendizagem e
Desenvolvimento Profissional constitui outra dimensão deste inventário e engloba um
conjunto 9 itens: 4,9,13, 23, 29, 35, 41, 55, 60. Os itens 9 e 35 são cotados de forma
invertida. O Coeficiente Alpha de Cronbach para esta dimensão é de 0.67. O item 60 é
qualitativo.
Como refere Caires (2003) esta versão do Inventário tem um redobrado número
de itens (de 32 passou para 64), no entanto, o seu tempo de preenchimento surge mais
encurtado (45 minutos) “A duplicação da extensão do instrumento explica-se pelo desdobrar
de grande parte dos itens da versão anterior. A redução do tempo de preenchimento fica a
dever-se ao eliminar da componente aberta de grande parte dos itens” (Caires, 2003, p 206).
No que respeita aos restantes itens, “três deles são “mistos” (o item 54, 55 e 60), ou seja,
para além da componente likert, têm também uma questão aberta, na qual é pedido ao
sujeito que justifique a sua resposta à primeira parte do item. Os restantes sete itens têm
apenas uma componente aberta (do item 57 ao item 64, com exceção do item 60), sendo,
por isso, aqui classificados como “qualitativos”. Através destes procura-se aceder
diretamente ao discurso do sujeito pedindo-se que, pelas suas próprias palavras, se
posicione relativamente a alguns aspetos da sua prática de ensino supervisionada (e.g.
388
Supervisão e aquisição da Competência Professional
Iniciamos esta secção com a apresentação dos dados relativos ao Questionário das
Competências Profissionais do Educador de Infância. Nos quadros que se seguem (7.5., 7.6.)
apresentam-se os valores mínimos e máximos, bem com a média e o desvio-padrão das 7
subescalas (blocos) que integram as duas dimensões deste instrumento: Dimensão A:
Conceção e Desenvolvimento do Currículo e Dimensão B: Integração do currículo.
Lembramos que a escala de resposta varia entre 1 ponto e 7 pontos (1 não adquirido e 7
totalmente adquirido).
A leitura do quadro 7.5. permite-nos concluir que os valores médios se situam
ente 6 e 7 pontos, traduzindo uma perceção de total acordo quanto à perceção de aquisição
de: i) conhecimento, capacidades, atitudes e valores profissionais para a construção de
atividades integradas (bloco1); ii) competência relativamente à organização do espaço e dos
materiais; (bloco 2); iii) competência em relação ao desenvolvimento da capacidade de
observação, planificação e avaliação (bloco 3); iv) competência quanto à capacidade de
relacionamento (bloco 4); v) competência relativamente aos domínios específicos:
Português, Matemática, Ciências-Meio Físico, Ciências-Meio Social, Expressões-Música,
Expressões –Artes, Expressões –Drama, Expressões-Físico-Motora (Bloco 5). A perceção de
competência relativamente à organização do espaço e dos materiais é a subescala que
apresenta valores médios mais elevados relativamente às demais subescalas.
389
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
390
Supervisão e aquisição da Competência Professional
O gráfico 7.1 dá-nos uma visão global dos valores médios obtidos em cada
subescala/bloco do Questionário de Competências Profissionais do Educador de Infância-
QCPEI.
0
1 2 3 4 5 6 7
7 BLOCOS /SUBESCLAS DO QCPEI
Nos quadros 7.7., 7.8., 7.9., 7.10., 7.11. e encontram-se expressos os valores
médios, desvio-padrão, assim como os valores mínimos e máximos de cada item que integra
as sete subescalas/blocos do Questionário das Competências Profissionais do Educador de
Infância- QCPEI.
391
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
392
Supervisão e aquisição da Competência Professional
No que respeita à subescala 3 (bloco 3), tal como se pode observar no quadro
7.9, a perceção dos inquiridos quanto ao conjunto de capacidades observação, planificação e
avaliação, é alta (valores médios superiores a 5 pontos), o que reflete que os alunos se
percecionam como competentes neste domínio da conceção e desenvolvimento do
currículo.
393
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
394
Supervisão e aquisição da Competência Professional
a. Português.
63 3 7 5,75 1,015
b. Matemática.
63 3 7 5,29 1,170
c. Ciências – Meio Físico.
63 3 7 5,51 ,948
d. Ciências – Meio Social.
63 3 7 5,79 ,970
e. Expressões – Música.
63 2 7 5,13 1,362
f. Expressões – Artes.
63 2 7 5,68 1,189
g. Expressões – Drama.
63 2 7 5,33 1,283
h. Expressões – Físico-Motora.
63 3 7 5,81 1,014
395
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
396
Supervisão e aquisição da Competência Professional
397
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
bloco/subescala 7(r=. 704**; p<0.01). Tais resultados evidenciam que os alunos com altos
resultados ao nível do domínio de conhecimentos, capacidades, atitudes e valores
profissionais para a construção de atividades integradas, tendem a apresentar perceções
elevadas em termos da competência relativamente à organização do espaço e dos materiais,
da competência em relação ao desenvolvimento da capacidade de observação, planificação
e avaliação, da competência quanto à capacidade de relacionamento, da competência
relativamente aos domínios específicos (Português, Matemática, Ciências-Meio Físico,
Ciências-Meio Social, Expressões-Música, Expressões –Artes, Expressões –Drama,
Expressões-Físico-Motora), da competência quanto à abordagem integrada do currículo, no
âmbito da expressão e comunicação (Expressões Artísticas, Musical, Drama, Motora e
Português usando a mesma escala) e da competência quanto a conjunto conhecimentos,
capacidades e atitudes para a abordagem integrada do currículo no âmbito da expressão e
comunicação (Matemática, Ciências do Meio Físico e Social).
398
Supervisão e aquisição da Competência Professional
23Quadro 7.14. Análise de correlações calculadas com base no Coeficiente de Spearman entre as subescalas do Questionário das Competências
Profissionais do Educador de Infância-QCPEI
399
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Análise do quadro 7.15. revela que 62 dos alunos refere ter experiência com computadores.
Apenas um aluno refere não ter experiência com computadores.
24Quadro 7.15. Distribuição dos sujeitos em função da experiência com computadores (n=63)
25Quadro 7.16. Distribuição dos sujeitos em função do interesse pelos computadores (n=63)
400
Supervisão e aquisição da Competência Professional
26Quadro 7.17. Distribuição dos sujeitos em função do grau de conforto para usar as TIC (n=63)
27Quadro 7.18. Distribuição dos sujeitos em função da perceção dos alunos quanto à utilidade
das TIC na aprendizagem
No tocante à perceção dos alunos quanto ao contributo das TIC para a preparação
profissional, os dados do quadro 7.19 levam-nos a concluir que 56 alunos (88,9%) dos alunos
consideram as TIC com muitíssimo ou bastante úteis em termos da sua preparação
profissional futura. Apenas 7 alunos atribuem pouca relevância às TIC enquanto instrumento
de preparação para a sua vida ativa.
28Quadro 7.19. Distribuição dos sujeitos em função a sua perceção quanto ao contributo das
TIC
401
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
402
Supervisão e aquisição da Competência Professional
A leitura do gráfico 7.2 revela que 98% dos alunos do Mestrado em Educação de
Infância e Professores do 1º ciclo do Ensino Básico acedem à Internet a partir de casa contra
apenas 2% que acedem a partir da biblioteca
2%
Biblioteca
Casa
98%
403
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Procuraremos agora explorar o valor dos meios eletrónicos usados pelos alunos do
mestrado ao nível da prática de ensino supervisionada. No quadro 7.22. apresentam-se dados
concernentes ao uso da tecnologia computacional na supervisão pedagógica.
Frequentemente, uma parte significativa dos alunos refere ser usada na supervisão
pedagógica os seguintes meios eletrónicos: internet (www) (rede web-88,5%), e-mail para
contactar os docentes (96,8%) e plataforma de aprendizagem (Moodle) (68,3%). Na
supervisão pedagógica, uma parte dos alunos refere raramente ou nunca usar: bases de
dados (ex Eric; b-on- 77,8%) e Vídeo/vídeo - conferências (73%).
N %
Bases de dados (ex Eric; b-on) Frequente 14 22,2%
Raramente/Nunca 49 77,8%
Internet (www) (rede web) Frequente 54 85,7%
Raramente/Nunca 9 14,3%
Vídeo/vídeo - conferências Frequente 17 27%
Raramente/Nunca 46 73%
E-mail para contactar os docentes Frequente 61 96,8%
Raramente/Nunca 2 3,2%
Plataforma de aprendizagem (Moodle) Frequente 68,3%
43
Raramente/Nunca 31,7%
20
Grau de adequação da tecnologia computacional na supervisão
pedagógica
N %
Bases de dados (ex Eric; b-on) Adequado 43 68,3%
Inadequado 20 31,7%
Internet (www) (rede web) Adequado 60 95,2%
Inadequado 3 4,8%
Vídeo/vídeo - conferências Adequado 47 74,6%
Inadequado 16 25,4%
E-mail para contactar os docentes Adequado 63 100%
Inadequado 0 0%
Plataforma de aprendizagem (Moodle) Adequado 55 87,3
Inadequado 8 12,7
404
Supervisão e aquisição da Competência Professional
405
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
406
Supervisão e aquisição da Competência Professional
conversação on line (“chat rooms”), e learning. A folha de cálculo (60,3%) bem como o E-
tutoring (52,4%) são percecionados elos estudantes com pouco ou muito pouco valiosos
recursos tecnológicos na sua aprendizagem.
33Quadro 7.24 Distribuição dos sujeitos em função do valor atribuído a diferentes tipos de
recursos tecnológicos na aprendizagem
Valor atribuído a diferentes tipos de recursos tecnológicos
na aprendizagem N %
407
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
34Quadro 7.25. Distribuição dos sujeitos em função do perceção de interferência das TIC na
aprendizagem
Variável Escala de N %
resposta
Perceção de interferência das TIC na Interfere muito 69,8%
44
aprendizagem
Interfere 27%
17
Não interfere 3,2%
2
Total 100%
63
408
Supervisão e aquisição da Competência Professional
35Quadro 7.26. Distribuição dos sujeitos em função dos tipos de tecnologia computacional
existentes na formação
409
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
7.4.2.4. E-Learning
O gráfico 7.3. apresenta dados relativos à distribuição dos sujeitos quanto ao uso de
meios tecnológicos como o “e-learning” (plataformas de aprendizagem eletrónica), enquanto
estratégia de estratégia de aprendizagem, usada pelos alunos ao longo da sua formação. A
leitura dos dados do gráfico 7.3. permite-nos constatar que 71,4% dos alunos refere que no seu
curso são usadas plataformas eletrónicas como meio de favorecer a aprendizagem dos
estudantes. Apenas 28,6% refere que não são usadas plataformas eletrónicas no curso que
frequentam.
3Gráfico 7.3. Distribuição dos sujeitos quanto ao uso de meios tecnológicos como o “e-
learning” enquanto estratégias de estratégia de aprendizagem.
7.4.2.5. E-Tutoring
A análise do gráfico 7.4. revela que 93,7% dos alunos do mestrado que fazem parte
da amostra deste estudo refere que não recorrem ao “e-tutoring” como estratégia de
aprendizagem durante o seu processo formativo, contra 6,3% que salienta utilizar este
recurso de aprendizagem.
410
Supervisão e aquisição da Competência Professional
411
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
37Quadro 7.28. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 1 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos)
Itens da dimensão 1: Socialização
Profissional e Institucional (D1) N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Burocracia 63 1 4 2,00 1,063
Relação com outros professores 63 3 5 4,52 ,618
Piores turmas 63 1 5 1,78 1,114
Abertura e Iniciativa 63 1 5 1,87 1,100
Funcionamento Escola 63 1 5 2,25 1,135
Trabalho em equipa 63 1 5 1,92 1,097
Recursos disponibilizados 63 1 5 3,60 1,071
Conquista de reconhecimento 63 2 5 3,25 ,695
Acolhimento caloroso 63 1 5 3,81 ,998
Horário da escola 63 1 5 1,59 ,891
Baixo estatuto estagiário 63 1 5 2,41 1,173
Relações Aluno 63 1 5 2,13 1,039
Outro Escola 63 1 5 1,59 1,026
Falta de sintonia 63 1 5 2,35 ,970
Relação Conselho Executivo 63 1 5 3,65 1,138
Meio circundante 63 1 5 1,71 1,007
Desilusão com o sistema de ensino 63 1 5 2,10 1,241
412
Supervisão e aquisição da Competência Professional
38Quadro 7.29. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 2 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos)
Itens da dimensão 2: Aspectos sócio-
emocionais (D2) N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão
Auto-imagem 63 1 5 4,00 1,032
Deslocação escola 63 1 5 2,89 1,449
Desgaste Físico 63 1 5 3,70 1,145
Medicação 63 1 5 1,92 1,324
Outro núcleo de estágio 63 1 5 2,11 1,482
Tensão 63 1 5 2,71 1,349
Falta dos mais significativos 63 1 5 3,27 1,260
Desgaste psicológico 63 1 5 3,62 1,142
Problemas do sono 63 1 5 3,24 1,353
Falta de com quem partilhar 63 1 5 2,41 1,227
Competição colegas 63 1 5 1,75 ,999
Hábitos/padrões alimentares 63 1 5 2,92 1,462
Desistir do estágio 63 1 5 2,49 1,354
413
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
414
Supervisão e aquisição da Competência Professional
415
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
41Quadro 7.32. Distribuição dos sujeitos em função das Respostas à questão. “Sinto que o
estágio me levou a crescer como pessoa?”
42Quadro 7.33. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 3 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos)
416
Supervisão e aquisição da Competência Professional
43Quadro 7.34. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 4 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos)
Desvio Padrão
Itens da Dimensão 4: Aspetos vocacionais (D4) N Mínimo Máximo Média
Sentir-se professor/Identidade Profissional 63 1 5 3,40 ,943
Receio do mundo de trabalho 63 1 5 3,37 1,195
Outro curso/profissão 63 1 5 1,56 1,089
Vocação 63 1 4 1,51 ,948
Novo curso 63 1 4 1,44 ,799
Formação continua (ser necessário fazer) 63 2 5 4,63 ,747
Auto-eficácia (ser professor competente) 63 1 5 4,32 ,758
Por último, no que diz respeito aos itens da dimensão 5 do IVPE-ES, em termos
globais, os seus valores médios revelam níveis de concordância moderados a altos (3 e 4
pontos). Destacamos valores médios baixos nos itens: i) de Preferência Universidade vs
Estágio, o que significa que os alunos referem que a experiencia de estágio foi muito mais
impactante em termos de aprendizagem comparativamente às demais Unidades
Curriculares do curso; ii) Formação prévia, o que revela que os alunos tem perceções menos
positivas quanto à preparação dos primeiros anos curriculares para os estágios (ver quadro
7.35.)
417
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
44Quadro 7.35. Resultados de estatística descritiva relativa aos itens da Dimensão 5 do IVPE-
ES(LE) (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximos)
418
Supervisão e aquisição da Competência Professional
419
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
420
Supervisão e aquisição da Competência Professional
421
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
422
Supervisão e aquisição da Competência Professional
48Quadro 7.39. Análise de correlações calculadas com base no Coeficiente de Spearman entre as subescalas do Questionário das Competências
Profissionais do Educador de Infância-QCPEI e as dimensões do Inventário de Vivências e Perceções de Estágio- IVPE-ES(LE)
QCPEIBLOCO7
IVPED1 IVPED2 IVPED3 IVPED4 IVPED5 QCPEIBLOCO1 QCPEIBLOCO3 QCPEIBLOCO4 QCPEIBLOCO5 QCPEIBLOCO6
QCPEIBLOCO 2
** * *
IVPED1 --- ,544 -,295 -,171 -,319 -,212 -,178 -,135 -,201 -,042 -,136 -,184
IVPED2 --- -,145 ,103 -,200 -,052 -,070 -,067 -,060 -,076 -,096 -,098
** ** ** ** * * **
IVPED3 --- ,190 ,484 ,386 ,355 ,379 ,266 ,234 ,299 ,356
** ** ** ** * ** **
IVPED4 --- ,488 ,573 ,498 ,499 ,332 ,139 ,423 ,420
** ** ** * ** **
IVPED5 --- ,396 ,355 ,389 ,319 ,221 ,360 ,427
** ** ** ** ** **
QCPEIBLOCO1 --- ,684 ,543 ,545 ,582 ,608 ,704
** ** ** ** **
QCPEIBLOCO2 --- ,608 ,589 ,601 ,650 ,688
** ** ** **
QCPEIBLOCO3 --- ,598 ,503 ,587 ,584
QCPEIBLOCO4 ** ** **
--- ,549 ,758 ,670
QCPEIBLOCO 5 ** **
--- ,640 ,706
QCPEIBLOCO 6 **
--- ,643
QCPEIBLOCO 7
---
**. A correlação é significativa no nível 0,01 (2 extremidades).
*. A correlação é significativa no nível 0,05 (2 extremidades).
423
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
ESTRUTURA DO CAPÍTULO
424
CAPÍTULO 8 – DISCUSSÃO GLOBAL DOS
RESULTADOS E CONCLUSÕES
CAPÍTULO 8
ANÁLISE E CONCLUSÕES
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O presente estudo tem por objectivos: (1) analisar as competências profissionais dos
estudantes da Licenciatura de Educação de Infância (no período Pré-Bolonha) em função do
tipo de Instituição, idade e ano curricular, assim como (2) explorar o uso da Tecnologia
Educativa em função das mesmas variáveis.
Para efectuar este estudo, recorreu-se a uma amostra de 240 estudantes que
frequentavam o Curso de Educação de Infância e da Formação de Professores do 1º Ciclo do
Ensino Básico, numa Instituições do Ensino Superior (IES) do Sistema Privado (N=150; 62,5%)
e a outra IES do Sistema Publico (N=90; 37,5%). Na IES Privada foram inquiridos alunos de
dois cursos distintos: Educação de infância (N=91, 60,7%) e Formação de Professores do 1º
Ciclo do Ensino Básico (N=59, 39,3%). Dado que na IES Publica apenas havia dados do curso
de Educação de Infância, aquando da análise comparativa apenas foram considerados os
estudantes deste curso, tendo sido excluídos os do curso de Formação de Professores do 1º
Ciclo do Ensino Básico. Nas duas Instituições houve a preocupação de recolher dados dos 4
anos curriculares. No entanto, na Instituição Publica o 1º ano já não se encontrava em
funcionamento, devido à transição para o Processo de Bolonha, tendo o Curso de Educação
de Infância sido substituído pelo Curso de Educação Básica. Na Instituição Privada, foram
inquiridos 150 alunos, sendo que 47 (31,3%) frequentavam o 1º ano, 27 (18,0%) o 2º ano, 46
426
Supervisão e aquisição de Competências Professional
427
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
múltipla cujas respostas variam entre 1 e 7, onde 1 significa “Não adquirido” e 7 “Totalmente
adquirido”. Para efeitos da análise estatística, optou-se por transformar as 7 categorias em
apenas 3, dando lugar às categorias: 1 – Não adquirido; 2 – Mais ou menos adquirido e 3 –
Adquirido. Os 7 blocos de questões agruparam-se em dois grandes grupos: A – Concepção e
desenvolvimento do currículo (Blocos 1, 2, 3, 4 e 5) e B – Integração do currículo (Blocos 6 e
7).
No que diz respeito à Concepção e desenvolvimento do currículo (Blocos 1, 2, 3, 4 e 5)
verificaram-se os seguintes resultados:
Para o bloco A1 – relativo à construção de actividades integradas, o que implica dominar
conhecimentos, capacidades, atitudes e valores profissionais -, as questões 4 e 5
(Planificação e Organização das Actividades Educativas) são aquelas que apresentam maior
percentagem de respostas “Adquirido”. No bloco A2, o qual diz respeito à organização do
espaço e dos materiais, observa-se que as questões 1, 2 e 3 têm comportamentos muito
semelhantes, sendo a questão 5 (“Desenvolvo um clima de segurança bem-estar das
crianças”) aquela que apresenta maior percentagem de “Adquirido”. Quanto ao bloco A3,
que se refere ao desenvolvimento da capacidade de observação, planificação e avaliação,
não se evidenciaram grandes diferenças no padrão de resposta das 5 questões que o
constituem. No que diz respeito ao bloco A4 – capacidade de relacionamento -, a questão 4 é
a que se apresenta mais dissemelhanças das restantes, com valores mais elevados em “Não
adquirido”. Note-se que o que está aqui em causa é a capacidade de os Educadores de
Infância implicarem a família e a comunidade nos projectos que desenvolvem com as
crianças. Quanto ao bloco A5, relativo aos domínios/áreas específicas da formação
(Português, Matemática, Ciências Físicas e Sociais, Expressões), a questão 8 (Expressão Físico
–Motora) é a que apresenta maior percentagem de “Adquirido” enquanto a questão 2
(Matemática) é a que apresenta maior percentagem de “Não adquirido”.
428
Supervisão e aquisição de Competências Professional
leitura e escrita”) é a que apresenta maior percentagem de “Não adquirido”. Por seu turno,
no grupo B7, o padrão de resposta é muito semelhante. No entanto verifica-se que a questão
9 (“Explora diversas formas de Expressao Dramatica e as suas respectivas técnicas”) é a que
apresenta maior percentagem de “Não adquirido” e a 12 (“Estimulo a Motricidade fina e
ampla, permitindo à criança manipular objectos”) é o item com maior percentagem de
“Adquirido”.
Face a estes resultados, foi posteriormente efectuada uma análise para comparar os
padrões de resposta nas competências profissionais específicas em função de variáveis como
Instituição, idade e ano curricular. Para efeitos de análise estatística, efectuou-se a soma das
respostas para cada um dos blocos (A1, A2, A3, A4, A5, B6 e B7), assim como para cada um
dos grupos (A e B).
No que diz respeito à variável Instituição, verificou-se que para os blocos A4 e A5 há
diferenças significativas entre as instituições (P=0,045 e p=0,021, respectivamente). Assim,
para estes dois blocos verifica-se que é na IES Privada que se observam as medianas mais
elevadas. Para os blocos B7 e B, o valor de p encontra-se muito no limiar da significância,
verificando-se também para estes casos valores de mediana mais elevados para a IES
Privada.
Relativamente à variável idade, verifica-se que apenas os Blocos A2 e A5 não
apresentam diferenças estatisticamente significativas (p>0,05). Nos restantes blocos, a
mediana entre os dois grupos de idade encontram-se diferenças estatisticamente
significativas e verifica-se que em todas elas a mediana é superior para o grupo de idade com
mais de 22 anos, ou seja, nos mais velhos.
Quanto ao ano curricular, verifica-se que todos os blocos de questões apresentam
diferenças estatisticamente significativas entre pelo menos dois anos curriculares. Dado que
o principal objectivo é comparar anos extremos, apenas será objectivo verificar se existem
diferenças entre o 2º e o 4º ano curricular através do teste de comparações múltiplas. Neste
caso, verificam-se diferenças estatisticamente significativas entre as médias dos valores
obtidos para cada um dos blocos de questões entre o 2º e o 4º ano curricular (p<0,001 para
todos), sendo que o 4º ano obtem valores superiores em todas as dimensões em estudo.
429
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
430
Supervisão e aquisição de Competências Professional
8.1.1.2.1.2. Idade.
431
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
432
Supervisão e aquisição de Competências Professional
8.1.1.2.2.2. Idade.
Relativamente a esta variável, observa-se que são os mais novos (18-22 anos) que
utilizam mais o e-mail para contactar com os docentes e plataformas de aprendizagem.
Também a utilização do “e-learning” se verifica em maior percentagem nos mais novos.
Portanto, a utilização do e-mail, de plataformas de aprendizagem e de “e-learning” não é
independente da faixa etária (p<0,05). Finalmente, questionados acerca dos meios
tecnológicos disponíveis na instituição, a captura de vídeo e áudio e o e-learning apresentam
distribuição distinta de acordo com o escalão etário (p<0,05), verificando-se maior
percentagem de respostas afirmativas nos mais novos (75,6% vs 57,4% para a captura de
áudio e vídeo e 95,7% vs 87% para o “e-learning”)
Finalmente, a análise do uso das TIC’s de acordo com o ano curricular também
apresenta diferenças estatisticamente significativas em algumas questões.
A utilização de plataformas de aprendizagem apresenta diferenças estatisticamente
significativas de acordo com o ano curricular (p<0,05), verificando-se uma maior utilização
desta ferramenta pelos alunos do 2º ano curricular. Do mesmo modo, a supervisão da pratica
433
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
pedagógica efectuada por meios electrónicos também se efectua em maior percentagem nos
alunos do 2º ano, e as diferenças também são estatisticamente significativas (p<0,05). A
existência de recursos tecnológicos de apoio à aprendizagem no Jardim-de-infância onde é
efectuada a prática pedagógica é mais elevada nos alunos que frequentam o 3º e 4º ano
relativamente aos que frequentam o 2º ano (71,2% e 70,0% vs 29,4%). Quanto à utilização
de tecnologias computacionais, a utilização de folha de calculo e de bases de dados distribui-
se de modo distinto pelos três anos curriculares em análise (p<0,05). Relativamente à
existência de tecnologias computacionais na instituição que frequenta, a presença de bases
de dados e de edição electrónica apresenta diferenças estatisticamente significativas entre
os anos curriculares (p<0,05). Verifica-se que, à medida que aumenta o ano curricular
aumenta também a percentagem de alunos que referiram a existência destas ferramentas na
instituição que frequentam.
434
Supervisão e aquisição de Competências Professional
8.1.1.2.3.1. Instituição.
8.1.1.2.3.2. Idade.
435
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
436
Supervisão e aquisição de Competências Professional
A totalidade dos inquiridos (n=63) refere ter computador próprio, sendo que 62 dos
participantes neste estudo referem ter experiência com computadores. Apenas um
estudante refere não ter experiência com computadores. A quase totalidade da amostra
(88,9%) revela ter interesse pelos computadores contra uma minoria (11,1%) que manifesta
desinteresse por esta ferramenta. Relativamente ao sentirem-se à vontade (confortáveis)
para usar as TIC, 39 dos inquiridos neste segundo estudo revelam que se sentem muito
confortáveis (61,9%), 23 confortáveis (36,5%) e apenas um está desconfortável, o mesmo
número dos que indicaram não ter experiência com computadores. A perceção de utilidade
das TIC na aprendizagem é considerada pelo inquiridos como muitíssima (29; 46%) a
bastante (34; 54%) útil. No tocante à perceção dos alunos quanto ao contributo das TIC para
a preparação profissional, os resultados obtidos levam-nos a concluir que 56 alunos (88,9%)
dos alunos consideram as TIC com muitíssimo ou bastante úteis em termos da sua
preparação profissional futura. Apenas 7 alunos atribuem pouca relevância às TIC enquanto
instrumento de preparação para a sua vida ativa.
437
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Quanto aos recursos tecnológicos usados pelos sujeitos desta amostra é de concluir
que mais da maioria dos estudantes usam frequentemente: processamento de texto (62;
98,4%); “Internet” (www) (rede web-100%); Vídeo/vídeo – conferências (66,7%) e
plataforma de aprendizagem (Moodle- 84,1%). Raramente, uma parte significativa dos
alunos usa: folha de cálculo (90,5%), bases de dados (ex Eric; b-on- 81%), ambiente/Arte
Gráfico (73%). Mais da maioria dos inquiridos classifica esta experiência quanto à utilização
da WWW como muito boa ou boa no que respeita ao uso: “Internet “ (100%), Vídeo/Vídeo –
conferências (69,8%), e-mail para contactar os docentes (100%) e plataforma de
aprendizagem (Moodle – 84,1%). A análise de resultados mostra que 98% dos alunos do
Mestrado em Educação de Infância e Professores do 1º ciclo do Ensino Básico acedem à
Internet a partir de casa contra apenas 2% que acedem a partir da biblioteca.
Esta dimensão inclui informação relativa ao valor dos meios eletrónicos usados pelos
alunos do mestrado ao nível da prática de ensino supervisionada. Frequentemente, uma
parte significativa dos alunos refere ser usada na supervisão pedagógica os seguintes meios
eletrónicos: internet (www) (rede web-88,5%), e-mail para contactar os docentes (96,8%) e
plataforma de aprendizagem (Moodle) (68,3%). Na supervisão pedagógica, uma parte dos
alunos refere raramente ou nunca usar: bases de dados (ex Eric; b-on- 77,8%) e Vídeo/vídeo -
conferências (73%). Ainda, relativamente ao uso da tecnologia computacional na supervisão
pedagógica, e considerando a sua adequação a este contexto de formação, a leitura do
quadro anterior, permite concluir que a maioria dos estudantes inquiridos refere ser
adequado o uso de: Internet (www) (rede web-95,2%), E-mail para contactar os docentes
(100%) e Plataforma de aprendizagem (Moodle) (87,3%), Bases de dados (ex Eric; b-on-
68,3%%) e Vídeo/vídeo - conferências (74,6%). No que respeita aos apoios tecnológicos
existentes na prática pedagógica, mais da maioria dos alunos inquiridos refere a existência de
Processamento de texto (82,5%), Captura de Vídeo e Áudio (61,9%), Internet (www- 81%), E-
mail institucional (alunos e professores- 55,6%). Também mais da maioria dos alunos
438
Supervisão e aquisição de Competências Professional
inquiridos salienta não existirem os seguintes apoios tecnológicos: Folha de cálculo (65,1%),
Bases de dados (ex. Eric; b-on-84,1%), Edição Eletrónica (74,6%), Ambiente Arte/Gráfico
(77,8%), Conversação on line (“chat rooms”- 93,7%), E-learning (90,5%) e E- tutoring (95,2%).
No que respeita ao grau de adequação de apoios tecnológicos na prática pedagógica,
excetuando os meios “E-learning”, E-tutoring, Conversação on line (“chat rooms”) Ambiente
Arte/Gráfico Folha de cálculo, Bases de dados (ex. Eric; b-on),Edição Eletrónica, a maioria (ou
mais da maioria) dos alunos inquiridos considera adequados os seguintes apoios
tecnológicos: Processamento de texto (87,5), Captura de Vídeo e Áudio (79,4%), Internet
(www, 85,7%) e E-mail institucional (alunos e professores- 73%). Quando questionados
acerca da adequação de apoios tecnológicos na prática pedagógica diferentes tipos de
recursos tecnológicos, metade ou mais de metade dos alunos avalia-os com muitíssimo ou
bastante importantes/valorosos: processamento de texto, bases de dados (x Eric; b-on)
Edição Eletrónica., captura de Vídeo e Áudio, internet (www), e-mail institucional (alunos e
professores), conversação on line (“chat rooms”), e learning. A folha de cálculo (60,3%) bem
como o E-tutoring (52,4%) são percecionados elos estudantes com pouco ou muito pouco
valiosos recursos tecnológicos na sua aprendizagem. No que respeita perceção dos alunos
relativamente à interferência das TIC na aprendizagem, apenas 3,2% dos alunos (2 alunos)
refere que as TIC não interferem na sua aprendizagem, contra 61 alunos que responderam
favoravelmente a esta questão.
8.1.2.1.2.2. E-Learning.
439
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
8.1.2.1.2.3. E-Tutoring.
A análise dos resultados revela que 93,7% dos alunos do mestrado que fazem parte
da amostra deste estudo refere que não recorrem ao “e-tutoring” como estratégia de
aprendizagem durante o seu processo formativo, contra 6,3% que salienta utilizar este
recurso de aprendizagem.
440
Supervisão e aquisição de Competências Professional
441
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
442
Supervisão e aquisição de Competências Professional
entanto, tratando-se de amostras independentes há inferências que não podem ser feitas.
443
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Sá-Chaves (1997) reforça a ideia que a docência enquanto profissão tem um a praxis que lhe é
própria, á imagem de outras profissões, concretização na sua ação ou seja no ato educativo. O
exercício profissional enquanto ato social, cultural e cientificamente especifica, possui uma
matriz que identifica e simultaneamente o difere dos outros.
444
Supervisão e aquisição de Competências Professional
445
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
446
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Numa sociedade democrática do conhecimento pouco se tem feito para que evolua
mais justa e igual. Paraskeva e Oliveira (2012 p.12) referem que a febre quantificadora
coloniza as instituições educativas de uma forma desumana sob a falácia de rizomas
meritocracias e funcionalidades matemáticas que tem reduzido a importância do ser
humano na produção, assimilação e desafios do conhecimento, onde Bauman (2007 p.1) tem
promovido uma eliminação de destrezas sociais colocando em causa sociologia dos sentidos,
destacando o autor, a problemática de se viver esta época em que se aprecia a invisibilidade
do «eu».
A tecnologia e a forma como está a entrar na formação dos espaços educativos desde
a mais tenra idade Paraskeva e Oliveira (2012 p.13) não é inocente nesta matrix Imperial de
poder e tem responsabilidades diretas na multiplicação do que Wacquant (2008) denomina
de marginalidade avançada. Angulo Rasco (2012) defende que a tecnologia educativa está
muito longe de ser a salvação pedagógica, ou numa época moderna destituída de soluções
moderna como refere Santos (2011) e Paraskeva (2012). No caso de Portugal, o plano
tecnológico para a educação na perspetiva de Pereira (2011) e Oliveira (2012) são uma
espécie de decisão Tarzan, já que não surgindo do nada, mas serão resultado do que as
Instituições sociais promoverem quer na sua contextualização quer das dinâmicas de
produção ideológica. Filosoficamente as tecnologias são vista na perspetiva de Miguel Ángel
Quintanilla como associadas á filosofia da ciência, na tentativa de controlar a realidade em
consonância com os desejos ou necessidades humanas e seus interesses dominantes, donde
poderemos ver a ligação ao longo dos tempos, entre a civilização e sua história e sua
447
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
7Imagem 8.3. Diversos conceitos de professor e Desenho representando Paulo Freire e suas
Pedagogias. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor)
Conceito de professor
448
Supervisão e aquisição de Competências Professional
449
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
450
Supervisão e aquisição de Competências Professional
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
451
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Abraham, A. (Ed.), (1984). L’Enseignant est une Personne. Paris: Les Éditions ESF Ball.
Ala-Mutka, K.; Punie, Y. e Redecker, C. (2008). Digital Competence for Lifelong Learning.
European Commission Joint Research Centre. Institute for Prospective
Technological Studies. Disponível em
http://ftp.jrc.es/EURdoc/JRC48708.TN.pdf [Consultado 11/04/2011].
Alarcão, I. (2003). Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez.
452
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Almeida, E. R. S. (2002). A formação dos professores das classes especiais para o uso do
computador na sala de aula. Dissertação do mestrado em Educação. Recife:
UFPE.
Alonso, L. e Roldão, M.C. (2005). Ser professor do 1.º Ciclo: Construindo a profissão. Coimbra:
Livraria Almedina.
453
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Amaro, G.; Cardoso, F., e Reis, P. (1996). TIMSS, Terceiro Estudo Internacional de
Matemática e Ciências. Relatório Internacional (Documento preliminar).
Lisboa: IIE.
454
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Arteaga, B., e outros (2013). El profesor y la evaluación en el grado de maestro desde una
perspectiva online. Revista de evaluación educativa, 2 (1).
Bairrão, J. e outros (1990). Perfil nacional dos cuidados prestados às crianças com idade
inferior a seis anos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Bairrão, J. (2001). The impact of pre-school and family socialization settings on child's
development. Comunicação apresentada no Congresso Europeo de la
Associación Mundial de Educadores Infantiles, Santiago de Compostela (6,
7 e 8 de Dezembro de 2001).
Baptista, I. (2005). Dar rosto ao futuro, a educação como compromisso ético. Porto:
Profedições.
455
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Barreto, A. (org.), (1996). A situação social em Portugal 1960-1995, ICS. Lisboa: Edições ME.
Belg, A. (1983). Health education and life style. French: Similar articles.
Bento, P. e Pereira, J. A. (2011). Arbutus unedo L. and its benefits on human health. Journal
of Food and Nutrition Research 50, 2: (p. 73 – 85).
456
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Berman, M. (1986). Tudo que é sólido desmancha no ar: A aventura da Modernidade. São
Paulo: Companhia das Letras.
Bernabé, I. (2010). El profesorado como aprendiz con las TIC. In Barba, C. e Capella, S
(Coords.) Ordenadores en las aulas. La clave es la metodología. Barcelona:
Graó, (p. 73-79).
Bernstein, B. (1984). Classes e pedagogia: visível e invisível. Cadernos de Pesquisa, 44, (p. 26-
42).
457
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Blackburn, V. e Moisan, C. (1987). La formation continue des enseignants dans les douze
Etats membres de la Communauté Européenne. Maastricht: Presses
Universitaires Européenes.
Blat Gimeno, J. e Marín Ibañez, R. (1981).The education of primary and secondary school
teachers. Paris: UNESCO.
Bloom, B. S. e outros (1956). Taxonomy of educational objectives. New York: David Mckay.
Bloom, B. S., Hastings, T. e Madaus, G. (1975). Evaluación del aprendizaje. Buenos Aires:
Troquel.
458
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Bolívar, A. (2000). Los centros educativos como organizaciones que aprenden. Promesas y
realidades. Madrid: Muralla.
Bolívar, A. (2006). Familia y escuela: dos mundos llamados a trabajar en común, Revista de
Educación. 339, (p.119-146).
Borrego Placencia, L. D. (2005). Una estrategia para educar el valor laboriosidad en los
alumnos de Secundaria Básica. Tesis presentada en opción al grado
científico de Doctor en Ciencias Pedagógicas. Pinar del Río. Cuba.
Britzman, D. (1986). Cultural myths in the making of a teacher: Biography and social
structure in teacher education. Harvard Educational Review, 56, (p. 442 –
456).
Brown, S., e Mcintyre, D. (1982). Influences upon Teachers' Attitudes to Different Types of
Innovation: A Study of Scottish Integrated Science. Curriculum Inquiry, 12,
(p. 35-51).
Bruner, J. (2002). Infancy and culture: A story. In S. Chaikling et al. (Eds.), Activity theory and
social practice Denmark: Aarhus University Press (p.225-234).
459
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Bryman, A. e Cramer, D. (2001). Quantitative data analysis with SPSS release 10 for windows.
A guide for social scientists. East Sussex: Routledge.
Bullock, A. e Hawk, P. (2005). Developing a teaching portfolio. New Jersey: Prentice Hall.
Bullough J. (1993). Continuity and Change in Teacher Development: First Year Teacher after
five Years. Journal of Teacher Education.
Bustos Sánchez, A. e Coll Salvador, C. (2010). Los entornos virtuales como espacios de
enseñanza y aprendizaje. Una perspectiva psicoeducativa para su
caracterización y análisis. Revista Mexicana de Investigación Educativa,
15(44), (p. 163-184).
C
Cabanas, J. M. (2002). Teoria da Educação: concepção antinómica da educação. Porto:
Edições Asa.
460
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Caires, S. e Almeida, A. (2003). Vivências e percepções dos estágios pedagógicos: estudo com
alunos de licenciatura em ensino. Braga: Psico-USF
Carola Arregui (2007). Coleção Educarede: Internet na Escola Matriz Avaliativa. in Centro de
Estudos e Pesquisas em Educação. São Paulo : EDUCAREDE.
462
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Catts, R. & Lau, J. (2009). Hacia unos indicadores de Alfabetización Informacional. Madrid:
Ministério de Cultura.
463
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Chalita G. (2003). Pedagogia del amor: las historias universales y los valores de las nuevas
generaciones. Madrid, Editora Gente.
Chilardi, F. e Spalla Rosa, C. (1989). Guia para a organização da escola. Porto: Editora ASA.
Clandinin, D. J. (1986). Classroom practice: Teacher images in action. London: The Falmer
Press.
Cochran-Smith, M. (2005b). The new teacher education: for better or for worst? Educational
Researcher, 34(7), 3-17.
Cochran-Smith, M., e Zeichner, K. M. (2005). Studying Teacher Education: The Report of the
AERA Panel on Research and Teacher Education. Mahwah, NJ pp. 816.
Cohen, L. e outros (2001). Research: Methods in Education, (5th ed.). London: Routledge.
Coll, C. e outros (1996). Desenvolvimento psicológico e educação (Vol. I). Porto Alegre: Artes
Médicas.
Combs, A. W. (1979). Myths in education: beliefs that hinder progress and their alternatives.
New York: Universe.
464
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Coménio, J. A. (1985). Didáctica Magna: tratado da arte universal de ensinar tudo a todos.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Crespo, V.,(1993). Uma Universidade para os anos 2000, Lisboa: Editorial Inquérito. CRUP,
Repensar o ensino superior – Diversificação, mobilidade e organização
curricular, 1996
Cristóbal, Suárez. (2006). Los entornos virtuales de aprendizaje como instrumento de
mediación: Learning virtual environments as mediation instrument. Revista
465
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Cruickshank, Don, W. (1970). Calderón’s hand wirting: The modern language. Review. 65, 65-
77.
Cruz, B. C. (1999). How to use SPSS: A step-by-step guide to analysis and interpretation. Los
Angeles, CA: Pyrczak Publishing.
Cruz, J. O. (2000). The efficacy of the social work model of supervision for education.
Dissertation Abstracts International, 61, (p. 36-39).
D
Dahlberg, G. (2003). Qualidade na Educação da Primeira Infância. São Paulo: Artmed.
Dahlberg, G. e outros (1999). Beyond quality in early childhood education and care. Post
modern perspectives. Philadelphia: Falmer.
Dahlberg. G. et al. (2003). Oltre la qualitá nell educazione e cura della prima infanzia: l
Linguaggi della valutazione. Regio Emilia, Italia: ReggioChildren.
466
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Danielson, C. (2001). New trends in teacher evaluation. Educational Leadership, 58 (5), (p.
12-15).
Davis, Z. (1984). Improving the training and evaluation of teachers at the secondary school
level: Educating the educators in Pursuit of Excellence. New York: E. Mellen
Press.
467
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Dewey, J. (1974). Experiência e natureza: Lógica. Os pensadores XL. São Paulo: Abril Cultural.
Dias R. A.; Mattos C. R. e Balestieri J. A. (2004). Energy education: breaking up the rational
energy use barriers. Energy Policy, 32(11), pp. 1339-1347.
468
Supervisão e aquisição de Competências Professional
E
Echeverría, J. (2003). Introdução à Metodologia da Ciência. Coimbra: Almedina.
Eggleston, C. (1986). Correctional education paradigms in the United States and Canada.
Oublished by: Correctional Education Association.
Elbaz, B. S. (1983). Theory and practice in EFL teacher education. Toronto: Multilingual
Matters.
Ellsworth, J. H. (1994). Education on the Internet: a hands-on book ideas, resources, projects,
and advices. Sams Publishing.
Espuny, C.; González, J. e Gisbert, M. (2010). ¿Cuál es la competencia digital del alumnado al
llegar a la Universidad? Datos de una evaluación cero. Enseñanza &
Teaching, 28, 2, (p. 113-137).
Estanqueiro, A. (2010). Boas Práticas na Educação. O papel dos professores. Lisboa: Editorial
Presença.
Estrela, A. (1999). O tempo e o Lugar das Ciências da Educação. Porto: Porto Editora.
469
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
F
Fasanella, K. P. (2002). The professional teaching portfolio as a tool for formative evaluation:
A case study. Dissertation Abstracts International, 63, 432.
Flanders, S. E. (1969). Observations on citrus blackfly parasites in Índia and México and
correlated circunstances. Can: Entomol.
470
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Flores, M. A. e Day, C. (2006). Contexts which shape and reshape new teachers’ identities: A
multi-perspective study. Teaching and Teacher Education, 22(2):219–32.
Flores, M. A.; Vieira, F., e Ferreira, F. I. (2014). Formação inicial de professores em Portugal:
problemas, desafios e o lugar da prática nos mestrados em ensino pós-
Bolonha. In M. A. Borges & O. F. Aquino (Eds.), A Formação inicial de
professores em diferentes contextos. Brazil: EDUFU.
471
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
472
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Fox, S. D. (1956). Introduction to the English translation. Durkheim. Emile. Education and
Sociology. New York: Free Press.
Fraenkel, J. R. e Wallen, N. E. (2003). How to design and evaluate research in education (5th
ed.). Boston: McGraw-Hill
Freire, P. (1989). Educação como prática para liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
473
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Fuller, F. F. (1971). Relevance for Teacher education: A Teache Concerns Model. Austin:
Research and Development Center for Teacher Education, The University of
Texas.
474
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Gage, N. L. (1972). Teacher effectiveness and teacher education: The search for a scientific
basis. Edition: Hardcover.
Gagné, R. (1965). The conditions of learning. New York: Holt, Rinehart and Winston.
Garcia, M. E. (2005). El ordenador como recurso educativo en las aulas de educación infantil
y primaria. In Noronha-Sousa, D. e Santos, M. A. (Org.). V Ciclo de
Conferâncias – Tecnologia Educativa. (p. 315-341), Amarante: Ágora.
García-Valcárcel, A. M-R (1996). Las nuevas tecnologías en la formación del profesorado. In:
F. J. Tejedor & A. G. Valcárcel. (Eds.). Perspectivas de las nuevas tecnologías
en la educación. Madrid: Narcea.
475
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
García-Valcárcel, A. M.R (2005). El video como recurso educativo en las aulas de infantil y
primaria. In Noronha-Sousa, D. e Santos, M. A. (Org.). V Ciclo de
Conferâncias – Tecnologia Educativa. (p. 47-100), Amarante: Ágora.
Gay, L., Mills G. e Airasian, P. (2006). Educational Research: Competencies for Analysis and
Application. Upper Saddle River, NJ: Pearson Merrill Prentice Hall.
Gelo, O. e outros (2008). Quantitative and Qualitative Research: beyond the debate.
Integrative Psychological and Behavioral Science, 42 (2), (p. 266-290).
George, A. A. (1978). Measuring Self, Task and Impact Concerns: for use of the Teachers
Concerns Questionaire. Austin: Research
Giraffa, L. M., Campos, A. e Faria, G. (2010). A formação de professores para trabalhar com
Educação à Distância: requisitos e implicações. In: XVI EREMATSUL
476
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Glickman, C. D. (2002). Leadership for learning. Alexandria, VA: Association for Supervision
and Curriculum Development.
Glisseman, D. Pugh, R. e Cand Perry, F. L. (1979). Effects of a protocol film series in terms of
learning outcomes and reactions of users national center for the
development of traning materials in teacher education. Bloomington:
University Indiana.
477
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Gordon, S. P. (1997). Has the field of supervision evolved to a point that it should be called
something else? In J. Glanz & R. F. Neville (Eds.), Educational supervision:
Perspectives, issues and controversies (pp. 114-23). Norwood, MA:
Christopher-Gordon.
Grossman, P. L. (1990). The making of a teacher: teacher knowledge and teacher education.
New York: Teachers College Press.
Guedes, M. G. e Lourenço, M.J. (2007). Bolonha: Ensino e Aprendizagem por Projeto. Lisboa:
Centro Atlântico.
478
Supervisão e aquisição de Competências Professional
HighScope Educational Research Foundation (1992). The Child Observation Record (COR).
Ypsilanti, Michigan: HighScope Press.
Hilda, T. (1983). Elaboración del currículo: teoria y práctica. Buenos Aires Editora:Troquel
Hohmann, M., e Weikart, D. (1997). Educar a criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Huberman, M. (1989). La Vie des Enseignants. Evolution et Bilan d’une Proféssion. Neuchâtel
- Paris: Delacheaux & Niestlé.
Huberman, M. (1992). O Ciclo de Vida Profissional dos Professores. in A. Nóvoa, ed., Vidas de
Professores. Porto: Porto Editora.
479
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
I
Imaginário, L. (2001). Balanço de competências – discursos e práticas. Lisboa:
MTS/DGEFP/CIME.
James, W. (1890). The principles of psychology (Vol. 1). New York: Holt.
480
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Joyce, B. e Showers, B. (1980). Student achievement through stoff development. New York:
Longman.
K
Kagan, D. M. (1992). Professional growth among preservioe and beginning teachers. Review
of Educational Research, 62 (2), (p. 129-169).
Katz, L. (1980). Mothering and teaching – some significant distintions. In L. Katz (Ed.), Current
topic in early childhood education, vol.3 (p.47-63). Norwood, N.J.: Ablex.
Katz, L.; Bairrão, R. J.; Silva, M. I., e Vasconcelos, T. (1998). Qualidade e Projeto na Educação
Pré-Escolar. Lisboa : Ministèrio da Educação.
Kilbane, C. R. & Milman, N. B. (2005). The digital teaching portfolio workbook. Understanding
the digital teaching portfolio process. Boston: Pearson Allyn and Bacon.
481
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
482
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Lazarus, R. S. (1966). Psychological stress and the coping process. New York: McGraw-Hill.
Levandowski, G. C. (2000). A study of teacher evaluation policy and procedures and teachers’
perception of their supervisor’s behaviour (Doctoral dissertation) Syracuse
University.
Levin, J. (1985). Estatística aplicada a Ciências Humanas. Vila Mariana: Harper & Row do
Brasil.
483
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Lima, J. A. (2000). Questões centrais no estudo das culturas profissionais dos professores:
Uma síntese crítica da bibliografia. In Educação, Sociedade & Culturas,
nº13, (p. 59-103).
Lopes, A. (2002). Parâmetros curriculares para o ensino médio: quando a integração perde
seu potencial crítico. In: Lopes, A.C.; Macedo, E.F. (Org.). Disciplinas e
integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A.
Lopes, A. (2014). A docência como prática: Questões de identidade e formação. In Batista, P.,
Graça, A. e Queirós, P. (Org.). O estágio profissional na (re) construção da
identidade profissional em educação física. Porto: U. Porto. (pp.269-287).
Loreiro, M. J.; Pombo, L e Morein, A. (2008). Precepções dos alunos sobre a utilização de
diferentes ferramentas de comunicação – um estudo no ensino superior. In
A. A. A. Carvalho (Ed.); Actas do Encontro sobre Web 2.0 (pp. 97-107).
Braga: CIED.
484
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Lourtie, P. (1989). Perspetivas para o Ensino Superior Politécnico, Revista crítica de ciências
sociais, Lisboa: Edições ME
Lyons, G. (1981). Teacher Careers and Career Perceptions. Windsor: NFER - Nelson.
Maia, C. F. (2007). Mitos e Educação, in J. Boavida e A. García del Dujo (Coords.), Teoria da
Educação: Contributos ibéricos. (p. 351-380), Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra.
Marland, M. (1983). Staffing for Sexism: Educational Leadership and Role Models.
Westminster Studies in Education.
485
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Marzano, R. J. (2003). What works in schools: Translating research into action. Alexandria,
VA: Association for Supervision and Curriculum Development.
486
Supervisão e aquisição de Competências Professional
ME, DEB (2000), A educação pré-escolar e os cuidados para a infância em Portugal. Lisboa:
Ministério da Educação.
Measor, L. (1992). Critical Incidents in the Classroom: Identities, Choices and Careers. in S. J.
Ball e I. F. Goodson (eds.) Teachers’ Lives and Careers. Philadelphia: The
Falmer Press.
Mialaret, G. (1977). Las matemáticas, cómo se aprenden, cómo se enseñan. Marid: Pablo del
Rio-Editor.
487
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
488
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Muñoz, M., Jimeno, J. e Castellanos, A. (2011). Enseñar hoy. Didáctica básica para
profesores. Madrid: Síntesis.
N
Nabuco, M. E. (1997a). Articulação entre o Jardim-de-infância e o 1º Ciclo do Ensino Básico:
um estudo comparativo. Revista Educar, 2, 31-41.
Nias, J. (1985). Reference Groups in Primary Teaching: Talking, Listening and Identity. In S. J.
Ball e Ivor F. Goodson (Eds.), Teachers’ Lives and Careers. (p. 105-119),
London: The Falmer Press.
Nolan, J. e Hoover, L. A. (2005). Teacher Supervision and Evaluation. Danvers, MA: Wiley
Jossey – Bass Education.
Noronha, D. S. e outros. (2014). The post – modern word and the education of preschool and
school teachers. In Serrano, R. Amor, M. I. Gómez, M. E. e Lino, D. (Org.).
Play, Toys and Culture (p. 85-96), Córdoba: Universidade de Córdoba.
North Carolina Professional Teaching Standards Commission (2003). Core standards for
teachers in North Carolina. Retrieved December 20, 2003 from
http://www.ncptsc.org/EveryTeacher.htm
489
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
O
OCDE (1998). Education at Glance – Indicators 1998, Paris.
OCDE (1998). Thematic Review of the First Years of Tertiary Education – Portugal, Paris.
OCDE (1998). Thematic Review of the Transition from Initial Education to Working Life –
Portugal, Paris.
OCDE (2001), Starting strong: Early childhood education and care. Paris: OECD Publishing.
OCDE (2005). Teachers matter: attracting, develop - ing and retaining effective teachers.
Paris: OCDE.
490
Supervisão e aquisição de Competências Professional
OCDE (2008). Informe PISA (2006). Competencias científicas para el mundo del mañana.
Madrid: Santillana. Recuperado a partir de
http://www.leadquaed.com/docs/pisa/2006.pdf.
OCDE (2009). Education Today, the OECD Perspective. Paris: OECD Publishing.
Olívia, P. F. e Pawlas, G. E. (1997). Supervision for today`s schools (5th ed.). NewYork:
Longman.
491
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Ostermann, F.e Cavalcanti, C.J.H. (2010). Teorias de Aprendizagem, texto introdutório RGS,
UFRJ - Universidade Federal do Rio Grande Do Sul – Instituto de Física, PDF.
-acesso em Jul. 2014
Pacheco, J. (2005), Estudos Curriculares. Para uma compreensão crítica da educação. Porto:
Porto Editora.
492
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Peck, R. & Tucker, J. (1973). Research on teacher education. In R. Travers (ed.), Handbook of
Research on Teaching (p.940-978). Chicago, Il: Rand Mc Nally
Pedrajas, S. H. (1999). Como utilizar con eficación de reacción a la hora de valorar los
493
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Pedro, A. (2007). Razão Filosófica e Razão Educativa: Filosofia da Educação como Filosofia
Aplicada, in J. Boavida e Á. García del Dujo (coord.), Teoria da Educação:
Contributos ibéricos. (p. 203-216), Coimbra: Imprensa da Universidade de
Coimbra.
Perrenoud, P. (1993a). Práticas Pedagógicas e Profissão Docente: Três Facetas. Lisboa: Don
Quixote
Perry, R. P. (1980). Educational seduction: The effect of instructor expressiveness and lecture
content on student ratings and achievement. Journal of Educational
Psychology, 71, (p. 107-116).
494
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Pinto, B. (2008). Tic “online”. Vila Nova de Gaia: Escola Superior de Educação Jean Piaget.
Ponces de Carvalho,A. (1991). Élements pour l`histoire d´une école de formation des
instituteurs de maternelle, Lisboa: Edição João de Deus.
Prendes, M.P. (Dir.) (2010). Competencias TIC para la docencia en la Universidad Pública
Española: indicadores y propuestas para la definición de buenas prácticas.
Programa de estudio y análisis. Informe del Proyecto EA2009-0133 de la
Secretaría de Estado de Universidades e Investigación.
Prensky, M. (2001). Teaching Digital Natives: Partnering for Real Learning. London: Sage
Publishers.
Primi, R. et al. (2004). Estudo Correlacional do Inventário de Busca auto-dirigida (SDS) com o
IFP. Psicologia Escolar e Educacional, 8 (1), (p. 47-54).
496
Supervisão e aquisição de Competências Professional
R
Rakes, G. C. (1996). Using the internet as a tool in a resource-based learning environment.
Educational Technology.
Riel, L. (1996). Criation of modern school modern in Canada. Canada: University of New
Canada Press.
497
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Rodrigez Espinar, S. (2005). La tutoría en la educación superior: Un reto más del EEES.
Barcelona: ICE de la Universidad de Barcelona.
Rodrigues Espinar, S. (2005). La tutoría en la educación superior: Un reto más del EEES.
Barcelona: ICE dela Universidad de Barcelona.
Rodrigues, D. (2003). Educação inclusiva: as boas e as más notícias, in: D. Rodrigues (org.)
Perspectivas sobre a inclusão, da educação à sociedade. Porto: Porto
Editora.
498
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Sá-Chaves, I. (1997). A Formação de Professores numa Perspectiva Ecológica. Que fazer com
esta circunstância? in I. Sá-Chaves, Percursos de Formação e
Desenvolvimento Profissional. (p. 107-118), Porto: Porto Editora.
Sacristan, J.G. (1991).Consciência e acção sobre a prática como libertação profissional dos
professores. Nóvoa A. (Org.) Profissão Docente. Porto: Porto Editora.
Sancho Álvarez, C., Jardón Giner, P., e Grau Vidal, R. (2013). Formación y actualización
pedagógic del profesorado como facilitadores de la Educación inclusiva:
una base de datos inclusiva. Revista de Educación Inclusiva, 6 (3), (p. 134-
149).
Santos, A. (2000). Ensino à distância & tecnologias de informação e-learning. Lisboa: FCA –
editora de Informática.
499
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Sarmento, M. (1994). A vez e a voz dos professores, contributos para o estudo da cultura
organizacional da escola primária. Porto: Porto Editora.
500
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Schön, D. (1992). The theory of inquiry: Dewey´s legacy to education. Curriculum Inquiry.
Schueler, Herbert and Lesser, G. S. (1967). Teacher education an the new media.
Washington, D. C: American Association of Colleges for Teacher Education,
and the Nacional Education Association.
Sevillano, M.L. (Dir). (2009). Competencias para el uso de herramientas virtuales en la vida,
trabajo y formación permanentes. Madrid: Pearson.
Shulman, L. S. (1993). Renewing the pedagogy of teacher education: The impact of subject-
specific conceptions of teaching. In L. Montero e J. Vez (Ed.), Las Didácticas
Específicas en la Formación del Professorado. Santiago de Compostela:
Tórculo Edicións.
Siemens, George (2004). Conectivismo: Uma teoria de Aprendizagem para a idade digital.
Disponível em:
http://wiki.papagallis.com.br/George_Siemens_e_o_conectivismo. (Acesso
em 15/10/2010).
Sikes, Patricia J. (1985) (1992). The Life Cycle of the Teacher. In S. J. Ball and Ivor F. Goodson,
eds., Teachers’ Lives and Careers. Philadelphia: The Falmer Press.
501
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Silva, B. D. & Pereira, M.G. (2011). Contributos da escola para a inclusão digital. Innovación
Educativa.
Silva, M. (2012), Formação de professores para a docência online. São Paulo: Ibrasa.
Silva, M.G. (1998). Autoscopia. Lisboa: CNS – Companhia Nacional de Serviços, SA.
Silva, T. T. (2000), Teorias do Currículo: uma Introdução Critica. Porto: Porto Editora.
Siraj-Blatchford, I. e outros (2002), Researching effective pedagogy in the early years: DfES
Research Report 356. London: DfES, HMSO.
Stallings, J. e Stipek, D. (1986). Research on early childhood and elementary school teaching
programs. New York: Macmillan.
Stenhouse, l. (1981). What counts as research? British Journal of Educational Studies, 29, (p.
103-114).
Stenhouse, Lawrence. (1984). Investigación y desarrollo del currículum. Madrid: Ed. Morata
S.A.
503
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Stolorow, R. D. (1969). Anxiety and defense from three perspectives. Psychoanal, (43), (p.
685-710).
Stong, J. H.,Ward, D.G. e Tucker, P. D. (2001). The politics of teacher evaluation: A case study
of new design and implementation. Journal of Personnel Evaluation in
Education,4, 339-360.
Strong, D., Y. (1997). Potholes in the road to information quality, in computer magazine.
Communications of the ACM: 86-95
Suppe. J. e Namson, J. (1979). Fault- bend origin of frontal folds of the westem. Talwan fold-
and-thruse belt: Petrole um Geology Talwan.
T
Tanner, C., Padrick, K., Westfall, U. & Putzier, D. (1987). Diagnostic reasoning strategies for
nurses and nursing students. Nursing Research, 36: 358-363.
504
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Taylor, P. (1980). How teachers plan their courses. Berkshire, England: National Foundation
for Educational Research.
Taylor, P. (1980). Interdependence and autonomy in the European communities: The case of
the europen monetary system. Journal of common Market Studies, 18(4).
Taylor, R. P. (1980b). The computer in the school: Tutor, tool, tutee. New York: Teachers
College Press.
Tell, C. (2001). Appreciating good teaching; a conversation with Lee Shulman. Educational
Leadership, 58 (5), (p. 6-11).
Tello, J. y Aguaded, J. (2009). Desarrollo profesional docente ante los nuevos retos de las
tecnologías de la información y la comunicación en los centros educativos.
Píxel Bit. Revista de Medios y Educación, 34, (p. 31-47). Disponible en
505
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
http://www.sav.us.es/pixelbit/pixelbit/articulos/n34/n34.html
[Consultado: 28/3/2011]
Trilla, A. (Coord.) (2001), El legado pedagógico del siglo XX para la escuela del siglo XXI.
Barcelona: Editorial GRAÓ.
U
Uceda, J. e Barro, S. (Dir.) (2010). UNIVERSITIC 2010. Las TIC en el sistema universitario
español. Madrid: CRUE. Disponible en
http://www.crue.org/export/sites/Crue/Publicaciones/Documentos/Univer
sitic/UNIVERSITIC2010.pdf [Consultado 20/3/2011]
UNESCO (2005). Hacia las sociedades del conocimiento. Informe Mundial de la UNESCO.
Francia: UNESCO.
506
Supervisão e aquisição de Competências Professional
UNESCO (2008). ICT Competency Standards for Teachers. Toward ICT Skills for Teachers.
Disponible en http://cst.unesco-ci.org/sites/projects/cts/default.aspx.
[Consultado 28/3/2011].
V
Van Oostveen R. et al. (2002), Correlational Studies in School Science: Beyond
Experimentation. STSE Education, 3, (p. 221‐230).
Veen, W.; Vrakking, B. (2009). Homo Zappiens: educando na era digital. Porto Alegre:
Artmed.
Vieira, A. (2005), Educação e Sociedade da Informação: uma perspectiva crítica sobre as TIC
em contexto escolar. Braga: Universidade do Minho.
507
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Vilar, A. M. (1994). Currículo e ensino para uma prática teórica. Rio Tinto: Edições Asa
Villar Angulo L.M. (1977). La formación del professorado. Nuevas contribuciones. Santillana.
Madrid.
Villate, J. (2005). E-learning na Universidade do Porto, Caso de Estudo: Física dos Sistemas
Dinâmicos. Universidade do Porto, Porto, Portugal.
Wenglinsky, H. (2000). How teaching matters. Bringing the classroom back into discussion of
teacher quality. A policy information center report. Princeton, NJ: The
Milken Family Foundation and Educational Testing service.
508
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Wenglinsky, H. (2002). How school matter: The link between teacher classroom practices
and student academic performance. Educational Policy Analysis Archives,
10 (10).
Wiley, G. N. (1967). Educational Knowledge and Philosophy of Education. Georgia: University
of Georgia.
Wittrock, M. C. And Wily, D. E. (1967). The evaluation of instruction: Issues and Problems
Holt, Rinehart & Winston, New York.
Wyatt e Looper (2005). So you have to have a Portfolio. A teacher guide to preparation and
presentation. Thousands Oaks: Corwin Press.
Y
Yániz Álvarez, C. e Villardón, L (2006). Planificacion desde competências para promover el
aprendizaje. El reto de la sociedad del conocimiento para el professor
universitário. Bilbao: universidade Deusto.
Yinger, J. e Namson, J. (1986). Measured discrimination with fair housing audits: Caught in
the act, American Economic Review, 76, 881-930.
Yinger, R. J. (1977). A study of teacher planning: Descripton and theory development using
ethoographic and information processing methods. Unpublished doctoral
dissertation is available as Research Series No. 18, Institute for Research on
Teaching. Michigan State University.
509
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Zabala, A. e Arnau, L. (2007). Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed.
Zabalza, M. (1994). Diários de aula. Contributo para o estudo dos dilemas dos professores.
Porto. Porto Editora
Zabalza, M. (2000a), “Getting beyond the problem with quality”. European Early Childhood
Education Research Journal, 2 (8), (p. 117-128).
Zeichner, B. Robert, T. e Kenneth, M. (1999). Idea and action: Action research and the
development of conceptual change teaching of science. American: Show
ALL.
Zeichner, K. (1980). Myths and realities: Field – based experiences in preservice teacher
education. Journal of Teacher Education, 31, (p. 45-55).
510
Supervisão e aquisição de Competências Professional
Zeichner, K. (1992). Novos caminhos para o praticum: uma perspetiva para os anos 90. In A.
Nóvoa (Org.), Os professores e a sua formação. Lisboa: Instituto de
Inovação Educacional.
Zeichner, K. (1993). A formação reflexiva dos professores: Ideias e práticas. Lisboa: Educa
511
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
Legislação
512
Supervisão e aquisição de Competências Professional
513
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
514
Supervisão e aquisição de Competências Professional
515
Maria Dulce de Noronha Abreu e Sousa
516
Supervisão e aquisição de Competências Professional
ANEXOS
517
Inventário de Vivências e Percepções de Estágio
Licenciaturas em Ensino
Não A que distância se encontra a escola da sua residência de estágio?
Instruções
Média de entrada no curso: ___________ Média do curso (até aqui):_____________ Nº de cadeiras em atraso:_________
Outro(s) ________________________
2. Já me sinto "professor(a)"
Caires, 2003
10. As deslocações diárias para a escola foram motivo de
desgaste/dificuldade
25. Tive, nalguns momentos, que tomar alguns medicamentos para poder aguentar
o esforço, tensão ou stresse decorrentes do estágio
27. Se voltasse atrás (ou pudesse) teria escolhido outro grupo de estágio
35. Julgo que teria aprendido mais com disciplinas na Universidade do que no
estágio
36. O estágio deu-me maior à vontade no estabelecimento de
novas relações/na comunicação com os outros
41. Julgo que a formação académica dos 1ºs anos me preparou para
as exigências do estágio
42. Senti falta de um maior contacto com as pessoas de quem mais gosto
45. Se voltasse atrás (ou pudesse) teria escolhido outra escola para estagiar
Caires, 2003
50. Consegui estabelecer uma boa relação com o Conselho Executivo da escola
1.__________________________________________________________
2.__________________________________________________________
3.__________________________________________________________
Caso concorde (respostas de 3 a 5), refira alguns dos principais ganhos a este nível
__________________________________________________________________________________
1._____________________________2.______________________________3.________________________
64. Tive dificuldades em gerir o duplo papel de observador (das aulas do supervisor)
A equipa de investigação
Instituição___________________________________________________________
Curso ______________________________________________Ano Curricular ____
Sexo ______________ Idade ________________
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
a. Sou capaz de planificar o ambiente
educativo.
b. Sou capaz de organizar o ambiente
educativo.
c. Sou capaz de avaliar o ambiente
educativo.
d. Sou capaz de planificar actividades
educativas.
e. Sou capaz de organizar actividades
educativas.
f. Sou capaz de avaliar actividades
educativas.
g. Sou capaz de planificar projectos
curriculares para o grupo.
h. Sou capaz de organizar projectos
curriculares para o grupo.
i. Sou capaz de avaliar projectos curriculares
para o grupo.
2. No que diz respeito à organização do espaço e dos materiais, procure assinalar a sua percepção
de competência, utilizando a mesma escala (1 = Não adquirido; 7 = Totalmente adquirido).
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
a. Português.
b. Matemática.
e. Expressões – Música.
f. Expressões – Artes.
g. Expressões – Drama.
h. Expressões – Físico-Motora.
B - INTEGRAÇÃO DO CURRÍCULO
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
a. Proporciono um ambiente de estimulação
comunicativa, criando oportunidades para que cada
criança interaja com os adultos e com as outras crianças.
b. Promovo o desenvolvimento da linguagem oral,
especialmente em crianças de grupos social e
linguisticamente minoritários ou desfavorecidos.
c. Crio situações favoráveis à emergência de
comportamentos de leitura e escrita.
d. Integro diferentes modalidades de expressão
plástica, nas várias experiências de aprendizagem
curricular.
e. Desenvolvo a expressão plástica, utilizando
linguagens múltiplas bi e tri dimensionais como meios de
relação, de informação, de fruição estética e de
compreensão do mundo.
f. Desenvolvo as capacidades de escuta, análise e
apreciação musical das crianças, levando-as a reproduzir
sons e ritmos com o corpo, a voz e instrumentos musicais.
g. Organizo actividades e projectos, no domínio
simbólico e dramático, capazes de permitir a expressão
e o desenvolvimento motor.
h. Crio situações de aprendizagem que promovem o
desenvolvimento da narrativa e da comunicação verbal e
não verbal
i. Exploro diversas formas de expressão dramática
e as suas respectivas técnicas.
j. Organizo jogos com regras progressivamente mais
complexas, no sentido de proporcionar o controlo motor,
pela actividade lúdica e a socialização pelo cumprimento
de regras.
k. Promovo a motricidade global, tendo em conta
as formas de locomoção e orientação no espaço.
l. Estimulo a motricidade fina e ampla, permitindo à
criança manipular objectos.
7. A abordagem integrada do currículo no âmbito da expressão e comunicação implica mobilizar
um conjunto conhecimentos, capacidades e atitudes. Assinale a sua percepção de competência, no
que diz respeito ao conhecimento do mundo – Matemática, Ciências do Meio Físico e Social, usando
a mesma escala (1 = Não adquirido; 7 = Totalmente adquirido).
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
o Sim O Não
o Vasta experiência
o Experiência moderada
o Experiência limitada
o Sem experiência
o Muito interessado
o Algum interesse
o Interesse limitado
o Sem interesse
o Sim O Não
4.1. Se respondeu Sim, à questão anterior, classifique a sua experiência na utilização da rede web.
o Muito boa
o Boa
o Não muito boa
o Péssima
Quadro interactivo
(”whiteboard”)
Consulta de materiais de
apoio às aulas
Outros. Especifique.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
6. Como classifica a tecnologia usada no seu curso, na supervisão da Prática Pedagógica?
o Muito adequada
o Adequada
o Inadequada
o Ausente
7. Como classifica a tecnologia usada na prática pedagógica, no terreno (ex. Jardins onde efectua a
prática pedagógica)
o Muito boa
o Boa
o Suficiente
o Péssima
8. Assinale com um X a frequência com que utiliza algum destes tipos de tecnologia computacional.
a. Processamento de texto
b. Folha de Calculo
d. Edição Electrónica
e. Ensino/Apresentação
g. “Ambiente Arte/Gráfico”
Ih “Internet”
i. E-mail
a. Processamento de texto
b. Folha de Calculo
d. Edição Electrónica
e. Ensino/Apresentação
g. “Ambiente Arte/Gráfico”
Ih “Internet”
i. E-mail
o Interfere muito
o Interfere
o Não interfere
Justifique? ___________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________
o Sim O Não
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
11.2.1..Indique as VANTAGENS DO APOIO DE “e-tutoring”
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
12. Assinale em que medida se sente confortável no uso das tecnologias da informação e
comunicação (TICs).
o Muito confortável
o Confortável
o Desconfortável
o Laboratório de computadores
o Biblioteca
o Local de estágio
o Casa
o Outro. Especifique_____________________________________________________
_______________________________________________________________________
14. Quando se confronta com problemas no âmbito das tecnologias da informação e comunicação
multimédia, a quem recorre? _________________________________________
_________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
15. EM FUNCÃO DA SUA EXPERIENCIA, CRE QUE AS NOVAS TECNOLOGIAS FAVORECEM A
APRENDIZAGEM COLABORATIVA ENTRE COMPANHEROS E/O ENTRE PROFESIONAIS DA
EDUCACÃO?
o Muito
o Bastante
o Suficiente
o Pouco
o Muito
o Bastante
o Suficiente
o Pouco
Questionário sobre Comunicação e Tecnologia Educativa
o Sim O Não
o Com experiência
o Sem experiência
o Com interesse
o Sem interesse
UTILIZAÇÃO NO CURSO – UNIDADES CURRICULARES
4. Assinale com um X a frequência com que utiliza algum dos recursos tecnológicos para executar
trabalhos ou realizar actividades para as unidades curriculares/disciplinas do Curso.
Processamento de texto
Folha de Calculo
“Ambiente Arte/Gráfico”
Vídeo/vídeo-conferências
Vídeo/vídeo-conferências
o Laboratório de computadores
o Biblioteca
o Local de estágio
o Casa
o Outro. Especifique_____________________________________________________
_______________________________________________________________________
UTILIZAÇÃO NO CURSO – PRÁTICA PEDAGÓGICA
7. No Jardim de Infância onde realiza a Prática Pedagógica quais os recursos tecnológicos de apoio à
aprendizagem?
Existência Adequação
Tecnologia computacional Sim Não Sim Não
Processamento de texto
Folha de Calculo
Bases de dados (ex. ERIC; b-on)
Edição Electrónica
Captura de Vídeo e Áudio
“Ambiente Arte/Gráfico”
“Internet” (www)
e-mail institucional (alunos e
professores)
Conversação on line (“Chat rooms”)
e-learning (ex. Moodle)
e-tutoring (supervisão)
UTILIZAÇÃO NA APRENDIZAGEM E ESTRATÉGIAS
8. Assinale com um X o valor que atribui ao uso destes tipos de recursos tecnológicos, na sua própria
aprendizagem.
o Interfere muito
o Interfere
o Não interfere
10. Da listagem apresentada, assinale aqueles que estão em uso no seu curso e na sua Instituição.
Processamento de texto
Folha de Calculo
Edição Electrónica
“Ambiente Arte/Gráfico”
“Internet” (www)
e-tutoring (supervisão)
E-LEARNING
11. No seu curso, meios tecnológicos como o “e-learning” (plataformas de aprendizagem electrónica)
são utilizados como estratégia de aprendizagem?
o Sim O Não
E-TUTORING
12. Durante o seu curso o “e-tutoring” (plataformas de tutoria electrónica) foi utilizado como estratégia
de aprendizagem?
o Sim O Não
13. Assinale em que medida se sente confortável ao usar as tecnologias da informação e
comunicação (TICs).
o Muito confortável
o Confortável
o Desconfortável
14. Tendo em conta a sua própria experiência durante o curso, considera que as TICs favorecem a
aprendizagem entre colegas e/ou profissionais da Educação?
o Muitíssimo
o Bastante
o Pouco ou muito pouco
15. Durante o Curso, o uso das TICs, contribuiu para a sua preparação enquanto futuro(a)
profissional da Educação?
o Muitíssimo
o Bastante
o Pouco ou muito pouco