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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA TECNOLOGIA E


INOVAÇÃO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CARLOS ALBERTO REYES MALDONADO

Acadêmico/a: Valeria Grein

RESUMO: Seu Nome é Jonas

A história de um menino surdo que encontra muita dificuldade no convívio social.


Inicialmente, por um erro de diagnóstico, ele é internado em uma instituição para crianças
consideradas deficientes mentais. Lá, permanece por três anos. Ao descobrirem o erro
médico, seus pais o levam para casa. O sentimento de culpa, então, passa a permear a
relação dos pais. O filme retrata, de forma dramática e poética, questões que fazem parte
da história da surdez, como, por exemplo, a impossibilidade de classificação como uma
deficiência específica, a confusão com doenças mentais e outras enfermidades, as
polêmicas acerca do melhor tratamento, a impossibilidade de diálogo com pais e
educadores, o despreparo de ambos para lidar com crianças e jovens surdos, o confronto
entre oralização e sinalização, enfim, o filme retrata temas polêmicos que se perpetuam
ao longo da história.  No longa, a primeira cena se inicia com o personagem numa ala de
cuidados para pessoas com síndrome de down, no qual caracteriza a desorientação de
quem o internou. Ao deixar a clínica, Jonas é recebido por seus familiares em sua casa,
cujo não compreendem o fato dele ser surdo, ao tentarem se comunicar verbalmente. Sua
mãe encontra-se numa eterna busca pela solução da falta de comunicação do seu filho, e
que acaba encontrando uma clínica fonoaudióloga, onde a responsável, com tom rude,
afirma que o mundo foi feito para os ouvintes, impactanto o telespectador e retratadando
o fato triste que parcialmente e infelizmente representa a nossa realidade. Jonas, que
aparentemente sempre foi abandonado por seus pais devido a má orientação dos
profisionais inexperiêntes da época, nos faz pensar o quanto a comunidade surda/muda
precisou enfrentar até conquistar seus direitos e posições no mundo excluso dos ouvintes.
A escola/clínica na qual o personagem foi levado é, ao meu ver, uma espécie de "escola
para cachorros", pois o aprendizado é feito através da repetição, mas uma repetição
diferente daquela comum usada nas metodologias de ensino, e que de forma alguma é
pedagógica, embora fora uma vez implementada como ensino para não ouvintes e
falantes. Uma relação de discórdia é causada pela desinformação quanto a surdez de
Jonas e com isso a interação com seu irmão mais novo se torna falha, pois ele tabém não
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entende o fato do seu irmão não conseguir se expressar.

Há uma cena, na qual Jonas está na escola com outros alunos, e tanto ele quanto os
outros é tratado como retardado, como se ele não fosse entender o que está acontecendo
ao seu redor apenas pelo fato dele não ouvir, e consequentemente não falar. Há uma
confusão dos sentidos partindo dos ouvintes, que é notado até hoje, no qual muitos tratam
pessoas surdas, ou mesmo pessoas com alguma outra condição física, de uma forma
diferente, ou como se o indivíduo tivesse algum déficit mental. A sensação que se tem
com essa maneira de lidar com estas pessoas parecem desgastantes, e com o tempo, faz
com que tais pessoas se sintam excluídas, ou mesmo diferente das outras, levando a
descriminação, e preconceitos errôneos e muitas vezes sendo ignoradas na sociedade.
A cena em que Jonas vai para o hospital é, no meu ponto de vista, a mais dolorosa, mas
o que torna mais doloroso é o fato de saber que acontecimentos com o retratado
realmente pode acontecer devido a ignorância das pessoas, e não por culpa delas, mas
sim por conta da carente conscientização e incetivo ao ensino de LIBRAS por parte do
governo desde os primeiros anos de ensino nas escolas. Jonas foi confundido com um
louco, quando na verdade ele era apenas surdo e não aprendeu a se comunicar. Um das
cenas mais curiosas do filme foi quando a mãe de Jonas foi ao clube e lá o som estava
extremamente alto. No clube ela pode sentir um pouco como é estar num mundo de
surdos, e talvez sentir-se como Jonas se sente num mundo de falantes, e isso nos leva a
entender o quanto é importante a conscientização também durante o ensino de LIBRAS.
O final também foi muito emocionante, ver Jonas aprendendo a se comunicar foi
simplismente recompensador para o telespectador 

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