FICHAMENTO SINGER PAUL APRENDER ECONOMIA

CAP 1 – DOS PREÇOS AO VALOR

A mercadoria é um produto que não se destina ao consumo do próprio produtor, mas
sim a sua venda.
As “ economias de mercado” referem-se a uma economia dividida em unidades
especializadas que vendem o que produzem sob a forma de mercadoria. Dentro desse
conceito, cada unidade de produção tem a liberdade de escolher o que vai produzir,
em que quantidade e qual será o valor a ser cobrado sobre essa mercadoria. Enquanto
isso, os consumidores possuem o mesmo direito de decidir o quanto desejam pagar
em uma mercadoria. No momento em que o governo fixa os preços e estabelece cotas
de produção os requisitos de economia de mercado não estão sendo seguidos.
Sabemos que, muitas vezes, o governo age dessa forma, mas ele o faz, nos países
capitalistas, sempre no quadro mais geral de funciona mento das chamadas “ leis de
mercado” .

Leis do mercado
O vendedor em geral fixa o preço e comprador pode decidir a quantidade de compra
de acordo com o preco, suas necessidades e suas preferencias
Em cada ramo de produção eciste um grande numero de vendedores, o monopólio é
evitado – legislações que proíbem o monopólio absoluto, ocorre em apenas casos em
que o produto produzido não permite concorrência, tendo em vista o caráter técnico
da indústria. Com isso, existem, ainda, os monopólios naturais, em que são
monopólios pela sua natureza
Em geral,há a presença de mais de um produtor. Se for uma situação de poucos
competidores, é chamado de oligopólio. Um vendendo refere-se ao monopólio . Se a
vários produtores dentro de uma área, isto será denominado concorrência. Esta
ultima, permite ao consumidor escolher o produto desejado, em que quantidade e
com que vendedor. Isso viabiliza que os competidores prestem atenção uns aos outros
no mercado. O produto, geralmente tem um preco similiar entre os vendedores, caso
tenham o mesmo nível de qualidade

Tipos de mercadorias
Mercadorias elásticas aos preços – mercadorias que podem ter sua produção
aumentada a partir do aumento do consumo deste produto ex: produtos industriais e
serviços ( aumento ou diminuição conforme a procura)
Mercadorias inelásticas – não há como alterar a quantidade produzida por ano ex:
produtos agrícolas que possuem uma época de produção naquele ano e o petróleo
Esses produtos possuem uma menor elasticidade em seus preços e isso demonstra a
asua demanda

Os preços do produtos elásticos – se formam basicamente pelos custos de produção

O custo de produção vai determinar o quanto que a empresa irá pedir pelo produto – a
empresa pede mais do que é o custo para sempre obter lucro, tendo em vista que esta
é a finalidade de uma empresa dentro de um sistema de mercado
P = C + L tendo em vista que o seu preço não pode ser muito diferente dos seus
competidores
“mark up” – aquilo que se cobra a mais do que o custo de produção

Preços dos produtos inelásticos – o custo varia inversamente ao volume produzido. O

preço é mais ou menos fixado por um sistema de leilão, o comprador determina o
preço do produto
Se a produção é menor em um ano entre a maioria dos países produtores de uma dada
mercadoria, o mercado se torna extremamente competitivo e especulativo. A
especulação que fixa os preços. A mudança no preço desses produtos não reflete no
custo de produção
Os preços resultam da especulação, com a quan tidade disponível para ser vendida e a
quantidade que se dese jaria consumir.
O preço é formado pelos especuladores e pelos comerciantes do produto pelo
consenso
ainda são os especuladores privados que for mam esses preços, antecipando escassez
ou abundância, even tualmente excesso dos produtos no mercado mundial.

Preços políticos – o preço depende da relações de força entre os Estados produtores e

os Estados compradores ex: petróleo – depende das decisões políticas tomadas pelos
exportadlres de petróleo – cartel OPEP – e ao mesmo tempo da capacidade dos países
consumidores. Apesar do consumo de petróleo estar crescendo, o fato de ser um
produto inelástico dificulta um aumento de produção

Os preços dos produtos padronizados

Produto padronizado – produtos que independente de seu local de produção deve
possuir uma mesma qualidade. Os produtos não tem marca ex: matérias primas (aço0,
produtos que não passaram pela indústria de processamento alimentar, vieram
diretamente da agricultura. Geralmente se da com um grande numero de produtores e
um pequeno numero de compradores ( mercado oligopsônico) , um único comprador
– monopsônico ex: agricultura comprador - industria . Quem fixa o preço é o
comprador, nesse caso este sabe quanto custa, a tecnologia de produção é
cuidadosamente determinada pelo comprador (determina o custo da produção). A
margem de lucro do agricultor geralmente é pequena, tendo em vista que o preco é
fixado pelo comprador e portanto o lucro obtido pelo agricultor. As industrias
poderosas aproveitam a concorrência entre os pequenos agricultores para conseguir
um preco mais baixo, mais próximo do custo de produção e com reduzida margem de
lucro
Produto não-padronizado – caracteristicas únicas do produto são artificialmente
colocadas pelos fabricantes ex: produto industrial para consumo individual ( roupa,
automóvel, alimentos). Embora os produtores em geral satisfaçam as mesma
necessidades, o esforço do favbricante de diferenciar e destacar o sue produto com o
uso de publicidade também permite o convencimento do consumidor de que o seu
produto se diferencia dos demais
A publicidade permite que ocorra um abandono do nomedo vernáculo o produto e
passe a adotar a marca, já que isso cria um monopólio artificia dessa empresa em
relação à mercadoria. O consumidor é praticamente hipnotizado pela publicidade e é
levado a consumir um determinado produto esquecendo as outras possibilidades
presentes dentro da concorrência. A empresa gasta uma elevada quantia para
conseguir para criar uma espécie de mercado artificial somente para o seu produto e
pode, com isso, aumentar o preco muito além do seu custo de produção. Quando uma
companhia começa a fazer isso as outras tb passam a investir dentro daquele mesmo
setor
Concorrencia monopólica – concorrência entre poucos e grandes produtores que usam
um conjunto muito sofisticado de mensagens publicitarias com o que conseguem
isolar dentro do mercado uma área em que ees sai realmente os únicos fornecedores.
A marca além de conseguir elevar o preco do seu produto e aumentar a sua margem
de lucro, consegue explorar as diferentes situacionais entre ricos e pobres
Lembrando que essas marcas não vao simplesmente elevar o preço do produto
indefinidamente mas sim realizar cálculos que determinem o quanto ela vai vender se
cobrar um preco x, x e meio, 2x ... e esta vai fixar um preco que lhe proporcione o
maior lucro possível – a maximização do lucro é sempre o objetivo. Existe uma
diferenciação nos produtos, muitas vezes artificial, tendo em vista aproveitar o poder
aquisitio de diferentes classes sociais. Os fabricantes se aproveitam do máximo de
capacidade aquisitiva, da disposição de gastar, que diferentes classes de consumidores
tem

O mercado mundial se funda nisso: pequenos produtores de matérias primas e

grandes produtores industriais
o mercado oligopsônico, ou monopsônico, que é o mercado em geral de pequenos
pro dutores de matérias-primas e de grandes compradores indus triais, ou então os
mercados oligopólicos, em que cada um dos grandes vendedores diferencia seus
produtos, cria ima gem de marca, portanto secciona o mercado e cria um peque no
monopólio relativo para si. Entre esses dois extremos temos os vários tipos de
mercados mais concorrenciais, isto é, em que existe maior quantidade de vendedores
e de compra dores e relativo equilíbrio, além dos mercados unicamente políticos.

Os vários tipos de preço

Maior parte dos produtos – elásticos aos preços e determinados pelo custo de
produção + mark up
É o tamanho desse mark-up que varia, conforme o tipo de produto e o regime de
mercado em que ele é transa cionado.

Elasticos padronizados – mark up reduzido – concorrência entre os vendedores de

preço e qualidade - comprador da preferencia para quem vender pelo menor preco
com maior qualidade

Quando os produtos elásticos padronizados são fabri cados por grandes empresas de
derivados de petróleo, aço, vidro, papel etc., o mark-up cobre todas despesas indiretas
(administração, vendas, pesquisas etc.) e ainda proporciona um lucro “ razoável” em
relação ao capital total investido por aquelas empresas. Quando os produtos elásticos
padroniza dos resultam do trabalho de pequenos produtores autônomos (em geral,
camponeses), o mark-up incluído no preço pago pelos compradores, que são quase
sempre oligopsonistas ou monopsonistas, é mínimo, proporcionando ao produtor um
ganho extremamente pequeno.
Elásticos não padronizados – mark up alto – criação de um semi-monopolio – preços
muito maiores do seus custos de produção – parte é gasta para a manutenção desse
semimonopolio atraves dos gastos em publicidade e desenvolvimento de novos
produtos oligopsônicos que operam assim não usufruem, necessaria mente, de taxas
de lucro maiores do que os que se dedicam à fabricação de produtos padronizados.

Inelásticos – preços formados em relacao a oferta presente e futura de modo

especulativo Os preços tendem a flutuar muito e não guardam relação com os custos
de produção, o que, nos momentos de baixa, causa grandes prejuízos aos produtores
e, nos momentos de alta, aos consumidores – tentaivas de constante de regulação
desses preços pelo Estado atraves da compra de produtos pelo Estado caso a materia
prima atinja uma determinada baixa, alemde de acordo do café, açúcar e outras
matérias primas que buscas estabilizar o preços no mercado
Em resumo, são as características dos produtos e dos mercados que determinam as
maneiras como se formam os preços. O que interessa entender é a relação entre
preços e custos, ou seja, o tamanho do mark-up.

O valor – o preço relativo, o preco de cada produto em relação aos outros

Teoria do valor – pretende dar um principio explicativo geral dos preços relativos das
mercadorias, pretende-se explicar a distrivuicao de renda, o conuunto de fenômenos
que em geral interessa à analise econômica tem um principio explicativo geral atraves
dessas teorias do valor
O valor é algo subjacente aos preços
Sabendo-se o preco de uma mercadoria sabe-se o valor que ela possui dentro do
mercado

A teoria do valor-trabalho – pressupõe mercadorias do tipo de produção elástica aos

preços, produtos industriais e serviços, por exemplo. (custode prod +mark up)
Quais são os limites a mais que podem ser cobrados para além do custo de produção?
Custo de prodcao – os salários dos trabalhadores que produzem as mercadorias e as
despesas com materia prima, maquinas e equipamento, sendo esses últimos, segundo
a teoria do valor-trabalho, produzidos indiretamente pelo homem
Todos os custos de produção são reduzíveis ao trabalho humano, o único custo real de
produção é o trabalho humano
O valor nada mais é do que uma manifestação do custo real de produção, isto é, o
trabalho humano. É o único custo pois não pode ser apropriado livremente, ele tem
que ser pago com bens que, por sua vez, são frutos do trabalho humano
O trabalgo, na sua duração, é o elemento fundante de todos os preços. Contudo, os
preços não soa meramente custso de produção em salários
O preço é uma soma de salarios e de rendas que não são de trabalho, como lucros,
juros, renda da terra, impostos.
O trabalho, na sua duração, o tempo de trabalho, por tanto, é o elemento fundante de
todos os preços. Isso não quer dizer que os preços sejam meramente custos de produ
ção em salários. É preciso deixar bem claro, porque essa é uma confusão muito
freqüente. O preço é uma soma de salá rios e de rendas que não são de trabalho,
como lucros, juros, renda da terra, impostos. O tributo pago ao Estado é uma espécie
de renda política. A renda da terra é o aluguel que o proprietário recebe por alugar
uma casa, um galpão para uma fábrica ou uma extensão de terra agriculturável a um
lavrador ou a um fazendeiro. O juro é também um aluguel, mas de dinheiro: alguém
empresta dinheiro a um outro, que vai utilizá-lo para montar ou fazer funcionar uma
empresa, e recebe sobre esse dinheiro, conforme o tempo decorrido, um rendimento.
Esse rendimento é o juro. E o lucro ê aquilo com que o proprietário da empresa fica da
receita das vendas, depois que ele pagou todas as despesas. Pois bem, lucros, juros,
renda da terra e tributos dão direito aos seus proprie tários de se apropriar de parcelas
do produto do trabalho humano. Estes rendimentos não criam valor, meramente
regem a repartição do valor entre as classes sociais.
O valor das mercadorias é tempo de trab social, d etrab nderido dentro da divisão do
trab
A teoria do valor-trabalho não pretende explicar os preços individuais, pelo menos no
regime capitalista, em que a produção é dominada pelo capital, e o capital exige lucra
tividade

essa teoria permite formular uma macroeconomia, isto é, ela permite analisar os grandes
movimentos gerais da eco nomia.

A teoria do valor utilidade – mercadorias inelásticas – não se ajustam as oscilações da

procura, cujo preço é formado pelos compradores no sistema de leilão especulativo

Portanto, os preços relativos refle tem, em última análise, as utilidades relativas para os consu
midores da grande variedade de mercadorias que estão à dis posição deles.

A mercadoria rem uma ultilidde para o comprador que é decrescente em relacao a sua
quantidade. O valor que atribuímos aos produtos depende da quantidade que podemos ter
deles, quanto maior for a quantidade menor o valor – isso explica o comportamento da
demanda

Com o crescimento da quantidade – valor decrescente para os consumidores e custo crescente

para os vendedores – a única combinação possível que agrada ambos os lados sera o ponto de
cruzamento entre a demanda e a oferta

A decisão final sobre o valor é dos consumidores

Teoria liberal que supõe que nem o governo nem outro órgão deve interferir na relacao entre
comprador e vendedor

Pontos fracos da teoria : 1)não existem apenas custos crescentes, a curva não precisa ser
sempre ascendente, existem casos em que o aumento da quantidade produzida diminui o
custo e permite torna o produto mais barato ( ganhos de escala) e isso retira. Possibilidade de
um ponto de encontro entre oferta e demanda, já que a curva da demanda tb ficaria
descendente

2) supõe que existe uma total independência entre compradores e vendedores, admite que o
comprador seria totalmente conscientes dos preços e da qualidade do produto apresentado
sem passar por manipulações publicitarias

Fornece um prinicpio explicativo geral

A mercadoria é um produto do trabalho humano que é colocado à venda

Produtos do trabalho humano que não são colocados a venda são chamados de não-
mercadorias

Valores de uso – coisas que se produzem, que tem uma certa utilidade, mas não são vendidas,
podendo se tratar de bens ou serviços

Se há transação comercial, se há preço e pagamento, é uma mer cadoria; se não há, se a pessoa
que consome não paga direta mente, nem tem escolha em geral — eu não tenho o direito de
escolher, por exemplo, se quero ou não mais proteção contra ameaças externas ao país —, o
produto não é uma mercadoria

Mais valia – o conjunto do excedente, não só o lucro, tudo o que sobra depois do pagamento
dos trabalhadores diretos e assalariados vai para os donos da empresa pq ele é o dono das
mercadorias que forma produzidas e vendidas mercadorias que foram produzidas e vendidas.
Os trabalhadores vendem a ele sua força de trabalho em troca de um salário e não têm
qualquer direito sobre o produto do seu trabalho.

O que sobra ao capitalista industrial é o chamdo lucro liquido, mais valia é o lucro bruto, a
soma de todos os rendimentos que não incluem o salário