Você está na página 1de 6

Introdução

A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra antes de


1939, e Guerra das Guerras) foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de
1914 e 11 de Novembro de 1918.

A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França,
Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) que derrotou a coligação
formada pelas Potências Centrais (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-
Húngaro e Império Turco-Otomano)[1], e causou o colapso de quatro impérios e mudou
de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.

No início da guerra (1914), a Itália era aliada dos Impérios Centrais na Tríplice Aliança,
mas, considerando que a aliança tinha carácter defensivo (e a guerra havia sido
declarada pela Áustria) e a Itália não havia sido preventivamente consultada sobre a
declaração de guerra, o governo italiano afirmou não se sentir vinculado à aliança e que,
portanto, permaneceria neutro. Mais tarde, as pressões diplomáticas da Grã-Bretanha e
da França fizeram-na firmar em 26 de abril de 1915 um pacto secreto contra o aliado
austríaco, chamado Pacto de Londres, no qual a Itália se empenharia a entrar em guerra
decorrido um mês em troca de algumas conquistas territoriais que obtivesse ao fim da
guerra: o Trentino, o Tirol Meridional, Trieste, Gorizia, Ístria (com excepção da cidade
de Fiume), parte da Dalmácia, um protectorado sobre a Albânia, sobre algumas ilhas do
Dodecaneso e alguns territórios do Império Turco, além de uma expansão das colónias
africanas, às custas da Alemanha (a Itália já possuía na África: a Líbia, a Somália e a
Eritreia). O não cumprimento das promessas feitas à Itália foi um dos factores que a
levaram a aliar-se ao Eixo na Segunda Guerra Mundial.

Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em razão do início da Revolução. No mesmo


ano, os EUA, que até então só participavam na guerra como fornecedores, ao ver os
seus investimentos em perigo, entram militarmente no conflito, mudando totalmente o
destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.

1
Desenvolvimento
 
As consequências imediatas da Primeira Guerra Mundial foram evidentemente as
baixas humanas. O conflito fez mais de 8 milhões de mortos (1,9 milhões na
Alemanha, 1,7 milhões na Rússia, 1,4 milhões na França, 1 milhão na Áustria-
Hungria e 760 mil na Inglaterra), 20 milhões de feridos e 6 milhões de inválidos.
Traduziu-se igualmente em grandes perdas económicas e em enormes gastos com
o esforço de guerra, lançando muitos Estados em sérias crises. A Europa passou
por um período de dependência económica e também de instabilidade política,
perdendo a sua posição de hegemonia que ocupava no panorama mundial.
Em termos económicos, a Europa ficou completamente desorganizada, com
graves problemas no sector agrícola e industrial. Os grandes beneficiários desta
situação foram os EUA e o Japão. No caso do Japão, o país pôde beneficiar do
afastamento dos tradicionais concorrentes europeus, o que permitiu o estímulo e
a diversificação da sua indústria. Os EUA lucraram também, pois viram as suas
reservas de ouro duplicar, ficando nas suas mãos cerca de metade do ouro
disponível a nível mundial. Este poderio económico vai permitir ao país
substituir a pouco e pouco a preponderância financeira dos europeus, em
particular na América do Sul. Segundo o tratado de Versalhes (28 de Junho de
1919), a Alemanha era considerada a grande responsável pela guerra, tendo que
pagar 22 milhões de marcos/ouro como reparação dos danos às populações civis.
Este dinheiro foi repartido na sua maior fatia pela França (52%) e pela Grã-
Bretanha (22%).

Mas mais significativa que os reveses económicos foi a reconstrução política da


Europa, "plasmada" em vários tratados de paz assinados após a Guerra, reunidos
sob o nome de Tratados de Versalhes, cuja ineficácia ficaria provada em menos
de duas décadas. As negociações de paz reuniram 32 Estados, entre vencedores e
vencidos, orientados sob os princípios idealistas do presidente americano
Woodrow Wilson (1913-1921). Daqui resultaram problemas políticos que seriam
posteriormente o rastilho para uma guerra ainda mais letal do que a que findava.
Os problemas-chave latentes eram o direito de nacionalidade das minorias
assimiladas pelos Impérios Austríaco, Russo e Otomano; a repartição dos
territórios coloniais, não europeus; a vexação sofrida pela Alemanha
(desmilitarizada, perdendo territórios e pagando indemnizações pesadas); e o
fracasso da Sociedade das Nações (SDN), incapaz de fazer respeitar os acordos e
manter a paz.

O mapa geopolítico da Europa foi então redefinido sobre os escombros da guerra.


A Alemanha foi forçada a evacuar a Alsácia-Lorena, pertencente à França, e a
margem esquerda do Reno (Renânia). A região do Sarre ficará sob o controlo da

2
SDN, reservando ao território o direito de optar em relação ao país que desejasse
integrar (a França ou a Alemanha). A Posnânia (na Polónia) e uma parte da
Prússia (território alemão no báltico oriental) são dadas à Polónia, ainda que o
acesso ao Báltico fosse assegurado por um "corredor" de 80 km, separando-se a
Alemanha da Prússia oriental. O território do Norte de Schleswig foi também
anexado à Dinamarca, após plebiscito entre a população (1920).

A Europa central e balcânica foi totalmente reorganizada a partir do


desmembramento do Império Austro-Húngaro. A Hungria viu-se, todavia,
amputada de parte do seu território pelo tratado de Saint-Germain-en-Laye (10 de
setembro de 1919), perdendo ainda outras regiões através do disposto no tratado
de Trianon (4 de Junho de 1920). Segundo o tratado de Neuilly (novembro de
1919), a Bulgária foi forçada a ceder a Trácia à Grécia e a Macedónia à Sérvia. A
Turquia teve também que abandonar as suas possessões árabes e a Terra Santa, o
que correspondia a quatro quintos do seu império (tratado de Sèvres, 10 de
agosto de 1920). Relativamente à Polónia, o tratado de Versalhes pouco precisou
no que diz respeito à sua fronteira oriental com a Rússia. O desmembramento do
Império dos Habsburgos (Áustria-Hungria) vai beneficiar a então recente
república checoslovaca, a Roménia e a Sérvia, cujo Estado ficava com a posse da
Eslovénia, a Croácia (com a Dalmácia).

Aos impérios históricos, formados sob o princípio da legitimidade, sucediam-se


os novos países criados sob o princípio da nacionalidade, face à eclosão de
diversos movimentos nacionalistas. Húngaros, polacos, checos e eslovacos e
povos da ex-Jugoslávia proclamam a sua autonomia logo em 1918 no fim da
guerra, enquanto se ouvem também os protestos de albaneses, arménios e gregos
orientais (da Turquia). Ao mesmo tempo, os países que perderam com o
alinhamento das fronteiras, como a Hungria e a Alemanha, mostravam o seu
descontentamento aderindo a ideais como os saídos da terceira Internacional
comunista ou mesmo a outros de expressão mais extremista, de direita
nacionalista.

A Europa dividiu-se politicamente. A vitória dos Aliados era entendida como a


vitória da democracia face aos impérios autocráticos. O garante desta nova ordem
seria a SDN, instituída pelo tratado de Versalhes. A Sociedade tinha uma dupla
função: por um lado, garantia a paz e a segurança internacional, e por outro devia
desenvolver a cooperação entre as nações, encarando o espírito universal do
parlamentarismo. Contudo, porque baseada em equívocos, a sua acção irá
revelar-se insuficiente para evitar o deflagrar de um novo conflito.

Conclusão

3
Portanto, como consequências da primeira guerra mundial 65 milhões de soldados
foram mobilizados para o combate, jovens comuns, pois as elites não participavam da
parte suja da guerra; 9 milhões de mortos e cerca de 20 milhões de feridos; Três
impérios caíram: Alemão, Austro-Húngaro e Turco-Otomano; Novas superpotências
surgiram: EUA e Japão; A Rússia realizou a Revolução Socialista (marco histórico); O
mundo vive uma revolução tecnológica para a guerra: trens mais velozes, navios,
submarinos, aviões, armas mais potentes (quantidade de mortes por minuto). As
mulheres ganharam mais espaço (Europa), já que os homens estavam nas batalhas. A
substituição do trabalho masculino pelo feminino levou à reivindicação de direitos
iguais pela classe feminina; A indústria bélica (que já vinha crescendo muito após a
Revolução Industrial) deu um salto e acabou levando os países portadores de maior
tecnologia a um desenvolvimento estimulado pelos conflitos armados. A Primeira
Grande Guerra mudou o centro económico do mundo, da Europa para a América do
Norte; A Europa devastada pela guerra, abria espaço para acções socialistas vindas do
proletariado, classe surgida com o desenvolvimento industrial e que tomou o poder na
Rússia. O medo das elites em perder o poder para o povo e a depressão económica pós-
guerra levaram à formação de governos autoritários e ao surgimento do nazi-fascismo.

Referências Bibliográficas

4
Motor de busca

www.google.co.ao

Site para pesquisa

www.wikipedia.org

Links (hiperligações relacionadas à pesquisa)

http://www.infopedia.pt/$consequencias-da-primeira-guerra-mundial

http://pt.shvoong.com/humanities/477073-conseq%C3%BC%C3%AAncias-da-
primeira-guerra-mundial/#ixzz1JQNpot1T

5
Índice Páginas

Introdução...............................................................................................1

Desenvolvimento.....................................................................................2

Conclusão................................................................................................4

Referências Bibliográficas........................................................................5

Você também pode gostar