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Anfíbios

na Tapada
Nacional de Mafra
CURIOSIDADES
Urodelo é o nome dado a um grupo de anfíbios
que se caracteriza por ter o corpo alongado, 4 patas
de tamanho similar e cauda alongada, como as sal-
amandras e os tritões. Os Anuros, são os anfíbios de
corpo compacto, sem cauda e com as patas posteriores
maiores do que as anteriores, como os sapos e as rãs.
Sapo-de-unha Salamandra-de-
-negra -costelas-salientes
(Pelobates cultripes) (Pleurodeles waltl)
Dimensões: 60-80 mm. Dimensões: 150-250 mm (maior urodelo ibérico).
Alimentação: escaravelhos, lesmas, formigas,
minhocas, gafanhotos, borboletas e larvas de in-
Alimentação: larvas de insectos, larvas de
anfíbios (incluindo as da sua própria espé-
Salamandra-de-
sectos. São predados pelas cobras de água, rapinas cie), animais mortos, tritões e pequenos peix- -pintas-amarelas
nocturnas e por alguns mamíferos. Em situações es. São predadas por cobras-de-água e por (Salamandra salamandra)
de perigo, enterram-se usando as calosidades ou alguns peixes. O seu mecanismo de defesa
incham o seu corpo de modo que os seus pre- consiste em arquear o corpo, expondo as suas Dimensões: 140-170 mm
dadores não os consigam engolir. Podem também protuberâncias costais de onde se libertam Alimentação: insectos, caracóis, lesmas, centopeias e ara-
emitir sons intensos. Possuem hábitos nocturnos. substâncias tóxicas. É uma espécie nocturna nhas. São predadas por cobras de água, víboras e por algu-
Reprodução: O período reprodutivo está dependen- e crepuscular, de hábitos aquáticos. Durante o mas aves. O seu principal mecanismo de defesa consiste
te das condições climatéricas, em especial da ocor- dia permanecem no fundo dos charcos, vindo em segregar substâncias tóxicas através das suas glându-
rência de chuva. Ocorre, entre meados do Outono à superfície apenas para respirar. las parótidas. Por vezes também arqueiam o corpo expo-
até meados da Primavera. Os machos agrupam- Reprodução: Entre Setembro e Julho. Espécie ndo as glândulas e exibem a sua coloração, como medida
se nos locais de reprodução e cantam debaixo de ovípara, em que a fêmea deposita entre 150- de defesa. É uma espécie nocturna, sedentária e terrestre.
água. É uma espécie ovípara, em que as fêmeas 800 ovos em pequenas massas agarradas a Apenas procura o meio aquático para se reproduzir.
depositam entre 1000-7000 ovos dispostos desor- plantas aquáticas. Na Tapada Nacional de Reprodução: Entre Setembro e Maio.
denadamente num cordão gelatinoso que cai no Mafra, foram observados alguns indivíduos É ovovivípara ou vivípara, podendo a fêmea depositar na
fundo dos charcos ou se prende às plantas. Na Ta- na lagoa do Sunível. água entre 20-40 larvas. Na Tapada Nacional de Mafra,
pada Nacional de Mafra, abundam perto da lagoa pode ser observada por toda a área, ao crepúsculo e em
do Sunível. dias chuvosos.
Sapo-parteiro
(Alytes obstetricans)
Dimensões: 40-50 mm. Reprodução: Final do Inverno ou Primavera. Os ma- de ovos nas suas patas posteriores, transportando-os
Alimentação: Centopeias, escaravelhos, moscas, chos começam a cantar perto dos refúgios e as fêmeas durante cerca de 1-2 meses, tempo durante o qual não
aranhas e lesmas. São predados por cobras de água, escolhem os de canto mais grave pois correspondem se alimenta.Quando os ovos estão prestes a eclodir, o
mamíferos carnívoros e corujas das torres. A sua ac- a machos de maior tamanho. A fêmea expele um macho vai até uma massa de água e espera que todos
tividade ocorre durante a noite e o crepúsculo mas cordão com cerca de 80 ovos que são fecundados pelo tenham eclodido. Na Tapada Nacional de Mafra, ex-
também em dias nublados e chuvosos. macho. Após a fecundação, o macho enrola o cordão istem por toda a área.
Tritão- Tritão-de-
-verde -ventre-laranja
(Triturus marmoratus) (Triturus boscait)
Dimensões: 160 mm. Dimensões: 65-90 mm. Sapo-comum
Alimentação: larvas de insectos aquáticos, minho- Alimentação: invertebrados aquáticos, (Bufo bufo)
cas, lesmas, caracóis e ocasionalmente larvas de minhocas e lesmas. São predados por
anfíbios. São predados por víboras, pequenos car- cobras-de-água e víboras. O seu mecanis- Dimensões: 60-150 mm (maior anuro da fauna portuguesa).
nívoros, cobras de água e peixes. Como mecanismo mo de defesa baseia-se na fuga e na Alimentação: centopeias, escaravelhos, moscas, borboletas,
de defesa usam a fuga e a secreção de substâncias secreção de substâncias tóxicas através lesmas, minhocas e mesmo outros anfíbios. São predados
tóxicas através das suas glândulas cutâneas. Podem das suas glândulas cutâneas. É uma es- pelas cobras de água, víboras, toirões, lontras, águias co-
também adoptar comportamentos de dissuasão dos pécie nocturna durante a fase terrestre breiras, calçadas e pelos milhafres. Como defesa, os adul-
predadores, levantando a cauda e agitando as patas e tanto nocturna como diurna durante a tos incham o corpo, erguem-se sobre as patas e baixam a
posteriores. Tem hábitos aquáticos durante a fase re- fase aquática. cabeça, podendo ainda libertar secreções glandulares. Estas
produtiva e terrestres fora desta. A sua actividade é Reprodução: Entre Novembro e Junho. secreções podem causar irritações no ser humano, quando
essencialmente nocturna. Espécie ovípara em que as posturas ocor- em contacto com as mucosas ou com feridas. Possuem hábi-
Reprodução: Entre Outubro e Maio. Espécie ovípara rem ao longo de vários dias e são forma- tos nocturnos ou crepusculares, mas também podem estar
em que a fêmea deposita 150-400 ovos que envolve das por 100-250 ovos que aderem a plan- activos em dias húmidos e chuvosos.
individualmente em plantas aquáticas. Os ovos são tas aquáticas. Normalmente, as posturas Reprodução: entre Novembro e Abril. Os adultos recorrem
postos em massas de água parada ou de corrente fra- ocorrem em águas paradas ou de corrente à água somente durante a reprodução podendo percorrer
ca, com alguma vegetação. Na Tapada Nacional de fraca. Na Tapada Nacional de Mafra, é co- alguns quilómetros em busca desses locais. É uma espé-
Mafra, é comum em todos os tanques durante a fase mum em todos os tanques, coexistindo cie ovípara, em que as fêmeas depositam 2000-8000 ovos
aquática e nas imediações dos charcos durante a noi- com o tritão-verde (Triturus marmoratus). presos em cordões gelatinosos de vários metros. Na Tapada
te, principalmente quando chove. Nacional de Mafra, é comum por toda a área.
Rã-verde
(Pelophylax perezi)
Dimensões: 75-100 mm cobra rateira, diversas espécies de aves (garças, Reprodução: durante a Primavera. Espécie ovípa-
Alimentação: insectos, aranhas, minhocas, cegonhas e rapinas) e lontras. O seu mecanismo ra em que as fêmeas depositam 800-10.000 ovos
crustáceos, moluscos e mesmo pequenos peixes de defesa consiste na fuga para a água e enter- em grandes aglomerados flutuantes.Na Tapada
e anfíbios, incluindo a sua própria espécie. São rar-se no lodo. Apresenta actividade tanto noc- Nacional de Mafra, é comum em todos os tan-
predadas pelas cobras de água, cobra de escada, turna como diurna. ques e charcos.
Rela- Sapinho-de- Rã-de-focinho-
-meridional -verrugas-verdes -pontiagudo
(Hyla meridionalis) (Pelodytes punctatus) (Discoglossus galganoi)
Dimensões: 50 mm Dimensões: 35-45 mm. Dimensões: 45-65 mm.
Alimentação: formigas, escaravelhos, moscas, Alimentação: pequenos insectos e outros in- Alimentação: insectos, aranhas, caracóis, lesmas,
aranhas, gafanhotos e outros invertebrados.São vertebrados. São predados por cobras de água minhocas e juvenis da sua própria espécie. É preda-
predadas pelas cobras de água e por diversas es- e pelas rapinas nocturnas. Como mecanismo da por cobras de água e por numerosas espécies de
pécies de aves. O seu mecanismo de defesa ba- de defesa, usa a fuga para dentro de água e a aves tais como: garças, cegonhas e corujas das torres.
seia-se na camuflagem. segregação de um muco através da pele. Tem Alguns mamíferos carnívoros tais como o gineto e a
A sua actividade é crepuscular e nocturna, embo- hábitos crepusculares e nocturnos. lontra também a podem comer. O seu principal me-
ra durante a reprodução também possa estar acti- Reprodução: final do Outono até finais da canismo de defesa consiste na fuga e na ocultação
va de dia. Primavera, com especial incidência duran- por entre a vegetação. A sua actividade é predomi-
Reprodução: Fevereiro até Abril. Espécie ovípara te o mês de Fevereiro. É uma espécie ovípa- nantemente crepuscular, embora também possa es-
em que as fêmeas depositam 10-30 ovos de cada ra, em que as fêmeas depositam entre 1000- tar activa de dia, principalmente nos dias húmidos
vez (na totalidade depositam 500-1000 ovos) por 1600 ovos, dispostos em cordões que se e chuvosos.
entre a vegetação aquática. fixam às plantas aquáticas. Reprodução: dependendo da região geográfica, pode-
Na Tapada Nacional de Mafra, juntam-se às deze- Na Tapada Nacional de Mafra, foi detectado se estender desde princípios do Inverno até finais
nas na lagoa do Sunível durante a reprodução. São na zona da Tojeira, num dia chuvoso mas é do Verão. A fêmea acasala com vários machos, de-
também observadas nos tanques que existem por provável que exista por toda a área. positando de cada vez 20-50 ovos independentes
todo o nosso território. - espécie ovípara. Na Tapada Nacional de Mafra, é
observada nas imediações dos charcos ou durante o
crepúsculo quando chove.
PATRIMÓNIO
NATURAL
COM HISTÓRIA.

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