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ISSN 2177-3548
Abstract: The aim of this article is to teach how to develop triple contingencies tables, ba
sed on functional hypotheses about the relationships between responses, its antecedents and
consequences. The text has a number of highlighted questions that should be answered by
the reader. Beginning with simple examples, the issues necessary for the development of
contingency analysis are discussed and gradually more complex examples are presented. The
last requires an understanding that, in uncontrollable situations, responses usually produ
ce multiple effects, overlapping or alternating reinforcement, punishment and extinction.
Afterwards, an exercise about predicting the effects of interventions over the consequences
of responding is presented. Focus on modeling and differential reinforcement, based on the
client’s relates and his behavior in the very therapeutic interaction, are provided. Emphasizing
the importance of natural reinforcement, the work is concluded presenting the likely changes
of the client in the hypothetical example, based on the interventions gathered.
Keywords: contingency analysis, functional hypothesis, intervention, modeling, natural
reinforcement
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“acontecendo” no mundo, mas somente algo se assemelha à “esquiva sem sinais de aviso”,
“pre sente” no mundo. Lembrar-se disso descri ta por Sidman (2001):
facilita a identi ficação das informações Uma vez que tenham aprendido [a pospor
necessárias para este campo. cho ques], eles pressionam a barra com
Quanto às consequências, não temos frequência suficiente para receber
qualquer informação a preencher (isto é muito choques apenas ocasio nalmente.
comum; clien tes raramente descrevem as Macacos ficarão dias sem um choque,
consequências de com portamentos !). Então
1 raramente diminuindo o suficiente a
lançamos mão de hipóteses. Uma vez que velocidade para receber um lembrete da
puxar uma corda dificilmente seria um contingência. Eles comportam-se com
comportamento respondente, nossa primeira uma persistência e uma compulsividade
per gunta pode ser: o que mantém a que se assemelha ao compor tamento
resposta? Será um reforço positivo (o gato patologicamente rígido e inflexível que
ganha algo) ou negativo (o gato elimina frequentemente vemos ao nosso redor –
algo)? Em seguida, podemos observar o algu mas vezes em pessoas que, quanto
gato ou perguntar ao experimentador (e ao resto, são normais. Com esquiva não
confiar na precisão de seu relato). Talvez sinalizada, o que o sujeito faz parece
notemos que pu xar a corda não acrescenta completamente não relacio nado a
nada ao ambiente do gato que possa ser qualquer coisa mais. (pp. 144-145)
detectável pelo observador, mas não puxá-la Passemos ao segundo exemplo, ligeiramente
sistematicamente leva à ocorrência de um mais complexo - “Um bebê chorando porque
choque pelas grades do chão da gaiola. ‘gosta de fazer manha’” -, outra descrição
Como você operacionalizaria esta não apenas in completa, mas com atribuições
contingência, agora completa? Veja: causais mentalistas: diz-se que o bebê chora
porque gosta de fazer ma nha e que faz
Antecedente Resposta Consequência manha quando está chorando; neste
Gaiola experimental Presença Pospor choque (Sr-)1 variáveis am bientais. pode levar o analista
de uma corda
Puxar a corda com a pata círculo vicioso, Além de ser uma pouco experiente a
perdemos de vista as explicação equivocada, supor que
Agora temos uma contingência retirada de estímulo reforçador
razoavelmente completa, em uma situação negativo). Como você descreveria o quadro
experimental simples. Em resumo, acima? Observe:
buscamos características do contexto Em uma gaiola experimental, a presença de
(antecedente), verbos indicativos das ações uma corda é ocasião para que o gato puxe esta
do su corda com a pata e, como consequência,
jeito (resposta) e alterações ambientais posponha um choque (Sr-), programado
resultantes de tais ações (consequência), experimentalmente para ser libe
especificando sua fun ção (no caso, Sr-, rado a cada x intervalo de tempo e adiado por
meio desta resposta. cuidadores: “Para quem o bebê faz manha?”
Exemplos de reforçamento negativo do tipo Assim, obtemos a resposta de que
es quiva podem parecer mais difíceis de precisávamos. Mas ainda não é uma
serem anali sados, uma vez que não se garantia de que esta verbalização esteja bem
observa a ocorrência da estimulação formulada, como em: “Ah, ele faz manha para
aversiva. O exemplo aqui apresentado todo mundo”. Essa descrição dos pais sobre
o comporta
1 Nossa cultura costuma referir sentimentos como causa mento do bebê pode ser uma regra 2
dos comportamentos e um dos efeitos desta prática é
o obscure cimento dos termos ambientais da
corresponden te, se a manha é bastante
contingência. generalizada. No entanto, é (mais
provavelmente) não correspondente, se os
cuidadores não são bons observadores (no
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“gostar de fazer manha” seria uma não têm acesso a todas as interações
consequência do chorar. Com estas poucas possíveis do bebê para chega rem a esta
informações, como pode ríamos preencher conclusão categórica. Como você testaria a
corretamente o quadro da tríplice veracidade do dado de que o bebê faz manha
contingência? “para todo mundo”? Que perguntas poderiam
Observe: ser feitas aos pais?
Antecedente Resposta Consequência Seguem algumas opções:
- O bebê faz mais manha com algum dos
? Bebê chorando pais? (Funções da pergunta: (a) obter
?
(“manha”) dados e, pela
Note que toda a frase só indica a resposta do suas regras sobre o bebê e atentarem
bebê. A manha, aqui, não passa de uma mais para ele nessas situações.)
maneira alternativa (e ainda menos - Quando o bebê faz manha, qual é a sua
descritiva) de se afir mar que o bebê chora. condi ção em relação aos eventos
Precisamos nos perguntar a respeito do ambientais não so ciais? (Por exemplo, o
antecedente, ou seja: quando e em que bebê está mais agasalha do ou menos do
contextos o bebê chora? Neste caso, temos que o supostamente necessário
uma pis ta, derivada de algumas em relação à temperatura ambiente? Ou
características socialmente atribuídas à há in dícios de privação alimentar,
palavra manha: este termo é usualmen te considerando a passagem do tempo
referido a certas ações que produzem entre sua última refeição e o início do
impacto sobre outra pessoa de um modo choro?)
específico. Não se pode fazer manha para Veja uma possível descrição de
ninguém ver; isso não se ria manha, mas contingências que podemos obter a partir
alguma outra coisa. Logo, pode-se supor a destas perguntas, su pondo que as manhas
presença de alguém no contexto em que ocorram mais com a mãe do que com o pai e
não com a educadora. A título de ilustração,
vamos supor também que nossas per guntas
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resposta do bebê: balbuciar/brincar.
qual seria a consequência reforçadora por que o bebê faria mais manha com a mãe
liberada por cada um? Lembre-se da mesma do que com o pai? Esta seria a próxima
pergunta feita no exemplo do gato: haveria pergunta essencial. Podem existir outras
reforçadores positivos? E negativos? inúmeras variáveis na raiz desta explicação.
Quem já atendeu, observou ou cuidou de Uma delas inclui a magnitude do reforço, a
um bebê terá relativa facilidade em obter partir da topografia do “pegar no colo”. Em
dados sobre as consequências por meio de outras palavras, a mãe pega no colo, aperta,
observação. O bebê suja a fralda, chora, a faz carinho, canta, conversa e embala o bebê.
mãe se aproxima, checa e troca a sua fralda. Enquanto
Mas, neste caso, não estaríamos falando de isso, o pai pega no colo e somente espera,
manha e sim de um início de comunica conver sando pouco. Outra variável pode ser
ção (e.g., “Estou sujo, me troque”), dentro de o tempo de contato do bebê com a mãe em
suas capacidades para a idade. Para se relação ao pai. Mas, para fins didáticos,
caracterizar ma nha ou birra, tipicamente (a) enfatizaremos a diferença entre o reforço
o reforço social deve estar presente e ser o dado para a manha e para outras respos tas
principal reforço, ainda que não sozinho e/ou (no caso, balbuciar e brincar). Novamente,
(b) o reforço negativo se relaciona à via observação, devemos ir atrás não
fuga/esquiva de algum tipo de demanda apenas das con tingências relacionadas ao
também social. problema, mas das con tingências de
Observe: comportamentos alternativos:
Antecedente Resposta Consequência
Antecedente Resposta Consequência 1.Bebê chorando (“manha”) 1.Mãe pega no colo, aperta,
Presença da mãe muitas faz
Presença da mãe educadora
Bebê no berço Bebê no berço
vezes
2.Bebê balbuciando,
brincando
Presença do pai
Bebê no berço
1.Bebê chorando
(“manha”) pouco
2.Bebê balbuciando,
Presença da
brincando
educadora
Bebê no berço
Bebê chorando
(“manha”) muitas
vezes
Bebê balbuciando,
brincando
1.Bebê chorando
(“manha”) raramente
Bebê chorando
2.Bebê balbuciando,
(“manha”) pouco
brincando
Bebê balbuciando,
carinho, can ta,
brincando
conversa e embala
o bebê (Sr+)
2.Mãe vai fazer
Bebê chorando suas coisas (Ext)
(“manha”) rara
mente 1.Pai pega no colo
Bebê balbuciando, e conversa pouco
brincando com o bebê (Sr+)
Mãe pega o bebê 2.Pai conversa com
no colo (Sr+) bebê (Sr+)
?
Presença do pai
Bebê no berço
Presença da
Temos, agora, uma diferença evidente Como resultado, o bebê faz alguma manha,
entre as consequências dadas pelos pais e mas em menor frequência/intensidade
pela educadora, fortalecendo a hipótese da (comparado à situação com a mãe), uma vez
atenção social, dada de uma determinada que outras respostas também produzem o
forma (i.e., colo), como uma variável mesmo reforço.
importante na manutenção da manha do Por fim, quando o bebê está com a
bebê. O bebê, eventualmente, pode fazer educadora, ela o mantém no berço quando
manha para a educadora (reforçamento ele faz manha, caracte rizando uma relação
levando a uma ge neralização de estímulos), de extinção e, ainda, conversa e interage
mas logo aprende que, com esta pessoa, com ele quando balbucia ou brinca no berço,
manha não leva a colo (extinção levando a caracterizando uma relação de reforçamento
uma discriminação de estímulos). Mas positivo. Como resultado, o bebê raramente faz
ma nha com a educadora.
Quanto mais operacionalizada a
descrição, mais as informações são
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conversa com compreendidas, o que se torna pré-requisito
bebê (Sr+) para o planejamento da inter venção,
conforme veremos mais adiante. Algumas
dessas informações poderiam ser ainda mais
pre cisas, como, por exemplo, o significado
Agora temos as informações completas e de “muita manha” (e.g., a cada meia hora, em
pode mos descrever a tríplice contingência. média). Quanto tempo caracteriza um
Como você descreveria o quadro anterior? episódio de manha? Tem a ver com a
Faça sua tentativa, escrevendo em um papel intensidade do choro (estridente, contí nuo,
e depois leia atentamente uma forma de sem lágrimas, etc.)? Por ora, é importante des
descrevê-lo, de maneira completa e tacar que a descrição inclui: (a) os três
operacionalizada: termos da contingência, ainda que alguns
elementos possam ser descritos como
hipóteses ainda não testadas; (b) a relação
entre os termos; (c) a função das conse
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adicionais como, no caso, as contingências
associadas ao com portamento alternativo.
Quando o bebê está no berço e a mãe está por As manhas e as birras do bebê
perto, ele chora frequentemente e a mãe o dificilmente tra riam problemas para ele, do
pega no colo enquanto aperta, faz carinho, modo como foram des
canta, conversa e o embala, o que
provavelmente reforça positivamente a
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resposta de chorar, caracterizada como manha
por sua topografia e por ter como principal
consequên
cia a atenção social. Nas mesmas condições, critas neste quadro. Então, por que deveriam
quando o bebê balbucia ou brinca no berço, a ser alvo de intervenção do terapeuta? Na
mãe continua fazendo suas atividades, não análise do compor tamento, não consideramos
havendo consequên cia social para estas as respostas dos clientes como “adequadas”
respostas, o que caracterizaria extinção. ou “inadequadas”; elas simples mente
Como resultado, o bebê faz muita manha, existem e podem ser explicadas por contin
especialmente com a mãe. gências passadas (que as instalaram) e atuais
Quando o bebê está no berço e o pai está por (que as mantêm). Contudo, algumas
perto, ele também chora e o pai também o consequências das res postas podem incluir
pega no colo en quanto conversa somente um punição para si ou para o ou tro, a curto,
pouco (reforçamento positivo), mas o pai dá médio ou longo prazo. Por esse motivo, uma
atenção social a outras res postas, como resposta ou, usualmente, uma ou mais
quando conversa com o bebê balbu ciando ou classes de respostas tornam-se alvo de
brincando no berço (reforçamento po sitivo). intervenção do ana lista. A identificação das
contingências controlado ras de uma possa imaginar, uma vez que não descreve
resposta serve, em última análise, para nenhuma resposta aberta e nenhum
melhor controlá-las, ou seja, para manipular sentimento es pecífico (no máximo, sabemos
variá veis de modo a aumentar a probabilidade que deve se referir a algum tipo de sensação
de reforço positivo e a reduzir a probabilidade ruim). Quando o repertório dos analistas
de punição (am bos imediatos ou atrasados). começa a ser modelado em cursos de
Skinner (1953/1970) é categórico ao afirmar formação, contudo, não raro a “autoestima
que o controle existe, quer gostemos quer baixa” surge como descrição de algum termo
não gostemos. O objetivo da ciência do da contin gência, seja antecedente, resposta
comportamento é trazer este controle para ou consequência. Dessa forma, que
nós mesmos, da maneira menos coercitiva perguntas seriam necessárias no campo das
possível, em respostas? O que você espera obter? Sem
vez de deixá-lo ao acaso ou nas mãos de lançar mão de nenhuma hipótese incipiente,
tiranos. Posto isso, agora avançaremos mais a pri
um passo na análise, supondo que o padrão
de manha do bebê foi cada vez mais
modelado pelos pais ou por outros cuidadores, 4 Embora manha e birra sejam semelhantes,
coloquialmente parece mais provável que bebês
até que se tornou uma “criança birren ta4”, o
sejam descritos como “ma nhosos” e crianças como
que nos leva ao terceiro exemplo apresenta “birrentas”. O texto faz tal diferen ciação, passando a
do no início do texto: “Um menino birrento de partir desse ponto a utilizar o termo birra para analisar
sete anos, com autoestima baixa”. A a criança.
autoestima baixa é um termo genérico muito
utilizado em nossa cul tura, podendo se
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referir a tantos comportamentos quanto se
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meira missão do analista neste caso deveria probabilidade numa dada direção. A
ser a obtenção de dados objetivos sobre pergunta “Ele fica triste?” pode levar o
respostas aber tas (ações observáveis) e interlocutor a não considerar outras
encobertas (sentimentos e pensamentos) do propriedades para relatar (ficando sob
menino. Algumas perguntas que controle somente do triste), ou mes mo a
poderiam ser formuladas aos cuidadores responder aquilo que seria mais correto, pre
incluem: - Como é essa autoestima sumindo a opinião de quem fez a pergunta.
baixa? Fale-me mais sobre essa Com estas perguntas, vamos agora supor
autoestima baixa. um grupo de informações alocadas no
- Como ele se sente e o que ele pensa? Ele quadro a seguir:
chega a relatar isso (e para quem)? Ou é
você que per cebe, mas ele não fala?
Antecedentes Respostas Consequências
- Como ele fica quando está com As respostas do menino, agora aos sete
autoestima baixa? O que ele fica anos, possuem maior complexidade em
fazendo? relação ao cho rar na época em que era
- Quanto tempo dura esse período em que
bebê. Dadas as respostas, agora mais
você o percebe com autoestima baixa? descritivas, como você faria para inves tigar
Há momentos em que ele parece melhor os antecedentes contextuais das mesmas?
ou, ao menos, não tão pior? Como ele fica Pelo conteúdo das respostas, podemos
nesses momentos? Observe que, acima de inferir que há – no mínimo – algum tipo de
tudo, nenhuma das per guntas contém em si aversividade nes ta contingência (o que seria
algum tipo de resposta. São as chamadas uma hipótese forte). Algumas situações
perguntas abertas, que induzem o in aversivas relativamente comuns poderiam ser:
terlocutor a discorrer amplamente e sem (a) frustrações de modo geral, como receber o
direcio namento sobre determinado tema (cf. doce menor na sobremesa, dificuldades na
Hill, 1999). A diferença entre perguntar tarefa de casa ou não ser escolhido para o
“Como ele se sente?” e “Ele fica triste?” é time de futebol na aula de Educação Física;
que a pergunta aberta, como antecedente da (b) deman das de modo geral, como ser
resposta, trará menor risco de al terar a sua
solicitado a retirar os pratos da mesa após o no quarto, come
almoço, a guardar os brin quedos ou a ler sua demasiadamente,
provoca a irmã, cho
tarefa em voz alta para a classe e (c) ra e reclama sobre
demandas por relações socialmente habilido o quanto é infeliz
sas, desde interações amistosas a Encobertas: Pensa
que é infeliz e que
provocações que requereriam desenvoltura, ninguém gosta dele;
colocação de limites ou tolerância a sente raiva, tristeza
chacotas. Podemos imaginar também uma e irritação
generalização destas respostas (aliada à falta sociais mantenedoras (reforço social e/ou
de repertório, de reforço ou de oportunidade esquiva de demanda). Mas nem todas as
para respostas alternativas), levando a respostas listadas no quadro anterior
criança a emiti- -las não apenas em situações precisam se encaixar na classe de birra.
aversivas, mas tam bém nas neutras ou Talvez estejamos tratando de uma classe
amistosas, produzindo reforça mento positivo, maior ou de algumas classes diferentes,
mas também punição ou extinção de conforme o quadro se agrava. A partir do
maneira intermitente, conforme será demons exposto, como você preencheria a célula dos
trado no próximo quadro de tríplice antecedentes?
contingência. Assim, a simples presença do
outro pode ser um antecedente para
respostas de aproximação agres sivas, que
incitam uma discussão (e.g., provocar a
irmã). Além disso, como ilustrado no exemplo
do bebê, para se caracterizar uma resposta
da classe da birra, é necessária a existência
de consequências
? Abertas: Fica Revista Perspectivas 2011 vol.02 n°01 pp. 53-71 60
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quieto, tranca-se
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Observe:
Tarefa de casa difícil Quebrar o lápis, gritar, choramingar Mãe auxilia ou faz a tarefa por ele (Sr+/Sr-)
É preterido na escolha dos membros do Reclamar, choramingar, empurrar colega, pejorativos (Sr-), professor o retira do
time de futebol na aula de Educação isolar-se Sentir-se envergonhado time (Sr+)
Física Colegas riem dele e colocam apelidos
Frustrações Classe de birra Atenção social (Sr+) Elimina ou adia evento frustrador (Sr-)
Punição (Sr-, Sr+)
Mãe solicita que retire os pra tos da Reclamar, choramingar, emburrar e se Mãe dá sermão (Sr+/Sr-) e/ou retira os
mesa recusar a fazer pratos por ele (Sr-)
Pai manda guardar os brinque dos (Sr+/Sr-) e/ou deixa de insistir (Sr-) e empregada guarda os
Reclamar e falar que só vai guardar mais tarde Pai dá sermão brinquedos (Sr-)
Professora o escolhe para ler a lição em de lágrimas negativo” (Sr-) e/ou o libera da tarefa
voz alta na frente dos colegas Professora mantém o pedido (Ext), o (Sr-)
Choramingar, emudecer Encher os olhos ridiculariza para a sala (Sr-), dá “ponto
Demandas gerais Classe de birra e/ou oposição Elimina ou adia a demanda (Sr-); Atenção social (Sr+);
Punição (Sr-) e extinção (Ext)
Colega o chama para jogar um jogo no Aceita, mas impõe condições desiguais Colega o chama de chato (Sr-), briga
recreio que o favorecem (Sr-) e/ou o expulsa do jogo (Sr-)
Irmã usando o computador Aproxima-se e fala que é a sua vez de usar Irmã diz que não vai liberar o compu tador (Ext)
Demandas por respostas socialmente habilidosas Revista Perspectivas 2011 vol.02 n°01 pp. 53-71 61
Classe de birra, oposição e/ou agressão Atenção social (Sr+) / www.revistaperspectivas.com.br
ganhos especí ficos (Sr+)
O quadro acima traz duas novidades, em despendida pelos pais à criança enquanto
ter mos de forma de organização e dão a bronca –, as sinaladas,
representação das informações. A primeira respectivamente, como Sr- e Sr+. Deste
delas é a especificação de exemplos de modo, compreendemos mais facilmente
contingências, culminando nas clas ses como cer tas consequências aparentemente
gerais correspondentes (células em cinza). A “ruins” podem manter o responder, ou seja,
segunda delas, no último exemplo (i.e., reforçá-lo.
interação com irmã para usar o computador), Com relação à compreensão do caso, é
é um modo de mostrar cadeias maiores de neces sário fazer algumas considerações, a
resposta, quando uma consequência para partir de uma pergunta muito importante, a
determinada resposta torna-se antecedente que você pode tentar responder: Como você
para a próxima. compararia as contingências descritas
Em termos de complexificação da quando o indivíduo era um bebê e agora,
contingên cia, traz também duas condições aos sete anos? Para responder a esta
importantes. A primeira delas é que uma pergunta, você pode iniciar simplesmente
dada resposta pode pro duzir várias listando (descrevendo) as diferenças
consequências, simultaneamente ou de observadas e, em seguida, procurar as
forma alternada (especificadas pela explicações funcionais para elas. Algumas
expressão e/ou). Outra é que uma única diferen
consequência pode ter mais de uma função ças poderiam ser listadas da seguinte
(especificada nas sinaliza ções Sr+/Sr-, maneira: - Quando bebê, as
Sr-/Sr+ ou qualquer outra combina ção possibilidades de interação são menores
possível). Isso significa que tais estímulos (mãe, pai e educadora) do que aos sete
têm múltiplas propriedades, podendo haver anos (mãe, pai, professores e colegas),
funções di ferentes para cada uma delas. A bem como a diversidade de ambientes aos
consequência “Pais dão bronca”, por quais pode ter acesso o bebê (grande
exemplo, pode ter não apenas propriedades parte do tempo no berço ou no colo) e a
aversivas – o conteúdo da ação dos pais, criança (todos os espa ços da casa, sala
caracterizado como bronca –, mas também de aula, quadra, etc.).
propriedades reforçadoras – a atenção - Quando bebê, as possibilidades de
respostas birra/oposição/agressão, há alguns termos
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da contingência em que a consequência
principal é a punição ou, no mínimo, a
são mais restritas (chorar, balbuciar, extinção. Demonstra se, assim, que aquela
brincar) e as da criança são mais classe de comportamentos já detectada
variadas e complexas (conversar, fazer quando ele era bebê seria (e ainda é), sim,
lição, usar computador, jogar, praticar
esportes, etc.).
- Ainda nesse sentido, os comportamentos- www.revistaperspectivas.com.br
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alvo do indivíduo também se
complexificam: ini cialmente, pertenciam à
classe de “fazer manha” e incluíam alvo de intervenção por produzir sofrimento a
basicamente o chorar; aos sete anos, são lon go prazo.
tão variados (choramingar, gritar, reclamar, A partir desta análise, o que você acha
quebrar coisas, empurrar, negar-se, que pode acontecer com o padrão
discutir, acusar, pedir, impor) que podem comportamental do menino daqui para
pertencer não apenas à manha ou birra, frente? Uma boa maneira de se levantar
mas à oposição e à agressão. alternativas para a resposta é analisar suas
- Conforme já exposto, as consequências intera
dadas às respostas do bebê são mais ções atuais a partir das próprias definições de
simples (pegar no colo) do que para as da re forçamento, punição e extinção, as três
criança (ser ajudado, ser liberado da consequên cias de suas respostas. O que o
tarefa, zombarem dele, receber castigo, reforço desse padrão poderá produzir? A
sermão ou bronca, ganhar ponto nega resposta reforçada se mantém, ou seja, o
tivo, etc.). menino continua emitindo respostas de birra,
Assim, em linhas gerais, podemos dizer oposição e agressão nos mais diversos con
que a vida da criança ficou mais complexa, o textos em que há algum tipo de reforço. O
que tem uma correlação positiva com o que a extinção desse padrão poderá
aumento de suas possibilidades de produzir? Neste caso, mais complicado,
responder, de agir no mundo. Contudo, se os devemos lembrar que as consequ ências de
padrões de interação continuaram os uma relação de extinção são inicialmente o
mesmos de quando era um bebê, é provável aumento da frequência e da diversidade da
que passe a ter mais problemas, sobretudo topo grafia da resposta, ocorrendo
porque mui tas pessoas (e até mesmo os decréscimo apenas se a extinção mantiver-
pais) não mais refor se em todo o processo. Caso contrário, o
çam como outrora aquelas respostas que menino fará mais birras, tornar-se-á mais
inicial mente eram reforçadas, ou alternam agressivo e em algum momento será reforçado
reforço com punição/extinção. A avaliação novamente, piorando o quadro. Dizemos que,
considera, pois, que as contingências nes sas situações, o ambiente acaba
responsáveis pela instalação de um modelando a piora da criança, o que
comportamento nem sempre são as mesmas provavelmente já teria acontecido antes,
res ponsáveis por sua manutenção no explicando a evolução de sua piora até o mo
presente. Ainda em termos da avaliação mento em que ele se encontra. O que a
funcional de tais mudan ças, diz-se que punição para esse padrão poderá produzir?
houve principalmente um processo de Um dos efeitos seria a supressão temporária
generalização: aquela classe de respostas, da resposta (Catania, 1999), mas também
antes emitida somente diante dos pais e vários efeitos colaterais, como contra controle,
raramente da educadora, agora é emitida em reações emocionais, fuga/esquiva do agen te
outros contextos e diante das mais diversas punidor e desamparo (Sidman, 2001). O
pessoas – em parte por que a criança não maior problema dos três tipos de
aprendeu respostas alternativas e este era consequências pode ser, na verdade, a falta
seu principal repertório de interação. Outro de alternativas, quando a criança não tem
ponto da análise é que, como nem todas as oportunidade, nem repertório, nem reforço
pessoas com quem o menino se relaciona suficiente para a emissão de respostas de
reforçam o pa drão de outras clas ses mais apropriadas. Ao final
desta avaliação, como você descreveria esse respostas semelhantes, como um convite de
quadro de tríplice contingências? colega para jogar no recreio e a necessidade
Observe, agora, uma versão simplificada de negociar o uso do computador com a
desta descrição: irmã. No primeiro caso, a criança, sem re
Diante de antecedentes de frustração (como pertório alternativo bem desenvolvido, pode
uma tarefa de casa difícil ou ser preterido na impor ao colega condições desiguais que o
escolha dos membros do time de futebol na favorecem no jogo, produzindo punições
aula de Educação Física), a criança emite (colega o chama de cha to [Sr-], briga [Sr-]
respostas da classe de birra (e.g,, e/ou o expulsa do jogo [Sr+]). No exemplo de
choramingar e isolar-se) e obtém diversos tipos interação com a irmã, é provável que ocorra
de consequências, algumas reforçadoras uma cadeia de respostas em que, diante da
(mãe faz a tarefa por ele [Sr+/Sr-]) e outras recusa da irmã às suas primeiras tentativas de
punitivas (colegas riem dele [Sr]). obter o computador, ele pensa que ninguém
Usualmente, a maior proporção de punição gosta dele, enquanto parte para respostas de
parece ser no contexto escolar, como tam topografia mais agressiva (empurrá-la) ou de
“birra” (choramingar para a mãe, acusando a
irmã), produzindo diferen tes tipos de
Revista Perspectivas 2011 vol.02 n°01 pp. 53-71 63 consequências, algumas reforçadoras (irmã
chora e libera o computador), outras mistas
(mãe dá bronca [Sr+/Sr-]) e outras com
bém se pode perceber no caso de situações intermi tência entre reforço (obter o
de de manda, como em: pai manda guardar os computador [Sr+]) e punição (ficar de castigo
brinquedos e professora o escolhe para ler a [Sr+]). Em suma, embora produzindo várias
lição em voz alta na frente dos colegas. No punições, o padrão do responder se mantém
primeiro caso, o menino sente muita por também produzir reforçamento e, como
vergonha e suas tentativas de se esqui var da hipótese, pode-se inferir que se fortaleça de
demanda (reclamar, choramingar, emudecer) vido ao esquema intermitente desses reforços.
produzem diferentes consequências, como a Neste ponto, podemos afirmar que a nossa
efetiva esquiva (pai deixa de insistir e avaliação do caso está bastante completa,
empregada guarda os brinquedos [Sr-]) e a podendo, é claro, ser ainda mais aprimorada
atenção social (Sr+) com com ponentes conforme se obtenham mais dados que
aversivos (Sr-) quando o pai “dá sermão”. No confirmem, refutem ou detalhem as
segundo exemplo, em contexto escolar, há hipóteses funcionais já estabelecidas. Agora,
algu ma esquiva da tarefa de leitura (Sr-), passaremos a um breve exercício de
mas, muitas vezes, a professora mantém o previsão de intervenções, supondo que a
pedido (Ext) ou aplica punições, ao criança em questão tenha sido encaminhada
ridicularizar a criança diante da sala (Sr-) ou à terapia
dar ponto negativo (Sr). Por fim, situações de
demanda por respostas socialmente
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habilidosas também parecem ocasionar
Treino didático de análise de contingências e previsão de intervenções sobre as consequências do responder 53-71
a relação terapêutica como o principal Revista Perspectivas 2011 vol.02 n°01 pp. 53-71 66
mas também (e) aceita ingressar em temas respostas de melhora, emitidas também
mais desconfortáveis, ainda que pelo relato ou demonstração da
demonstre esse des conforto. imaginação.
3. Treinos do tipo role-play, estruturados Em suma, estas e outras intervenções
ou propostos no meio de conversas, são sobre as consequências do responder do
ocasiões para o terapeuta modelar (e cliente são essenciais para instalar e/ou
também apresentar modelo de) respostas fortalecer um novo repertório que, espera-se,
mais parecidas com aque produza mais reforçamento e menos punição
las que precisam ser emitidas fora da em seu ambiente do dia a dia. Isso
sessão, o que é especialmente vantajoso corresponde à melhora do cliente, que merece
para auto-obser vação e aperfeiçoamento uma última análise a ser conduzida. Como
de nuances na topo grafia das respostas: você sabe que o cliente “melhorou”? Uma
(a) terapeuta propõe inter pretar o papel de
alguém significativo (mãe, pai, irmã,
professor ou colega) e o cliente reage da Revista Perspectivas 2011 vol.02 n°01 pp. 53-71 68
maneira que precisaria fazer fora da boa maneira de detectar melhoras ao longo
sessão; (b) terapeuta troca de papel, do tratamento é pela combinação dos relatos
ficando no papel do cliente e levando-o a de melhora e dos comportamentos de
interpretar alguém signifi cativo. Nos dois melhora emitidos na própria interação
casos, o terapeuta pode liberar terapêutica (correspondentes aos
consequências voltando esporadicamente a comportamentos clinicamente relevantes 2 ou
“in terpretar a si mesmo” ou então a reagir CRB2, de Kohlemberg & Tsai [2001]). E,
ainda no papel da outra pessoa, da forma dessa forma, uma das maneiras de se
que se imagina que esta reagiria. organizar tríplices contingências sobre estas
4. Atividades em sessão: mais comuns mudanças é pela exposição dos dois tipos
em te rapia infantil (Del Prette, 2011), mas de indicadores supracitados. Observe alguns
também muito úteis na intervenção com exemplos de tríplices contingências de
adultos, as ati vidades em sessão são melhora, obtidas por meio do relato do cliente
oportunidades de mode lar respostas do e que incluem interação na escola, com os
cliente com menor viés do rela to verbal e pais e com a irmã.
menor semelhança entre este tipo de
interação e as interações baseadas em
conversas que ele usualmente tem fora
da sessão. Alguns exemplos são: (a)
jogos e brincadeiras, em que o menino
consiga interagir negociando, pro pondo,
ganhando por mérito e perdendo sem
fazer birras; (b) exercícios escolares
trazidos para a sessão, em que respostas
de autocontrole, resolução de problemas e
assertividade podem ser modeladas; (c)
exercícios de imaginação ou brincadeiras
de fantasia, que tragam, de modo
encoberto, estímulos que evoquem as
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Giovana del Prette 53-71
Colega aceitou jogarem um jogo Pedir para comprar o sorvete que ele já Pai fala que não vai comprar nada
havia prometido porque a irmã está com dor de garganta
e vai passar vontade (Ext)
Pai e menino fazendo compras no Falar, com controle do choro, que o Pai mantém a explicação sobre a irmã
supermercado sorvete já era uma promessa (Ext) e orde na, ríspido, que ele pare de
insistir (Sr-)
Irmã vendo televisão há mais de uma Fala, enfaticamente, que ela já viu Irmã diz que seu programa não acabou
hora bastante tempo e é a sua vez (Ext)
Pela análise de contingências de melhora, o que teria aconteci do com o menino se não
per cebe-se que as novas respostas do houvesse mudança no seu padrão de
menino passa ram a produzir diversos reforços interação social? Como ele seria, quando
positivos (atenção, ajuda, ganhos específicos, adulto? E como ele poderá ser, com a
aprendizado), redução da punição ou extinção continuidade das mudanças alcançadas? Ao
e também benefícios a longo prazo, que responder estas per
também manteriam a continuidade des se
padrão de interação. Assim como o ambiente
outrora modelou equivocadamente as Revista Perspectivas 2011 vol.02 n°01 pp. 53-71 70
respostas- -queixa, agora se espera que as guntas, não podemos ser deterministas e
mudanças sejam sustentadas pelas pessoas incorrer no erro de supor que somente a
significativas de sua vida, auxiliando na terapia seria capaz de alterar o curso da
manutenção e no refinamento das história dos indivíduos, ou que uma criança
habilidades aprendidas. A mudança nas com tais problemas estaria auto
consequ ências também modifica, maticamente fadada a ser um adulto com
indiretamente, a fun ção do contexto questões ainda mais graves. É exatamente
antecedente que, agora, sinaliza a ocasião pela sensibilidade às consequências e pela
para outras respostas e para mais reforço plasticidade do comporta mento que
positivo do que punição. Quando os alterações podem ocorrer em diversas
antecedentes deixam de funcionar como pré- direções ao longo da vida. Por outro lado, é
aversivos e passam a ser sinalizadores de impor tante considerar que a terapia é uma
reforço, mais e mais torna-se possível a maneira de se alterar contingências de modo
aprendizagem de comportamentos no vos. O planejado e a partir de ferramentas que o
menino ativamente mudou as contingências de analista possui, advindas de uma
sua vida e esse é um dos principais aspectos compreensão científica do comportamento.
que, eventualmente, alguém poderia
descrever como “autoestima alta”: uma Referências
complexa rede de contin gências sociais Ayllon, T., & Azrin, N. H. (1968). The token
positivamente reforçadoras! economy: A motivational system for therapy
and rehabilita tion. New York: Appleton-
Considerações Finais Century-Crofts.
Este artigo procurou focar o ensino da Carrara, K. (2005). Behaviorismo radical:
seleção de comportamentos-alvo, a qual Crítica e metacrítica (2a ed.). São Paulo:
contempla essencial mente as habilidades de UNESP. Catania, A. C. (1999).
observar, descrever e siste matizar a tríplice Aprendizagem: Comportamento, linguagem e
contingência e sua interpretação, assim cognição (4ª ed.; D. G. Souza et al., Trads.).
como de efetuar a previsão de intervenções Porto Alegre: Artmed. Del Prette, G., &
sobre as consequências, a despeito da Almeida, T. A. C. (2011). O uso de técnicas na
escolha por técnicas específicas. Outras clínica analítico-comportamental. Em: N. B.
questões não aborda das, principalmente Borges & F. A. Cassas (Orgs), Clínica
quanto ao foco nos antece dentes, também analítico-comportamental: Aspectos teóricos
merecem a atenção do analista em formação. e práticos (pp. 147-160). Porto Alegre:
É importante que elas sejam analisadas e Artmed. Del Prette, G. (2011). Objetivos
descritas na forma de material didático, analítico-compor tamentais e estratégias de
auxiliando o treinamento do analista em intervenção nas inte rações com a criança
formação. Estas ques tões incluem aspectos em sessões de duas reno madas terapeutas
como o controle de estímu los, o manejo do infantis (Tese de doutorado). Universidade
comportamento verbal e o papel das de São Paulo, São Paulo, SP. Ferster, C. B.
operações estabelecedoras. Caso você (1967). Arbitrary and natural reinfor cement.
queira continuar exercitando sua capacidade The Psychological Record, 17, 341-347.
analítica, para além do espaço deste artigo, Garfield, S. L. (1980). Psychotherapy: An
será interessan te perguntar para si mesmo: ecletic ap proach. New York: Wiley.
Hill, C. E. (1999). Open questions and Skinner, B. F. (1938). The behavior of
probes. Em C. E. Hill & K. M. O’Brien organisms. New York: Appleton-Century.
(Orgs.), Helping skills: Facilitating, Skinner, B. F. (1992). Verbal behavior. Acton:
exploration, insight and ac tion (pp. 117- Copley. (Trabalho original publicado em
128). Washington: American 1957) Sturmey, P. (1996). Functional analysis
Psychological Association. in clinical psychology. Chichester: John Wiley
Horcones (1992). Natural reinforcement: A & Sons. Tourinho, E. Z. (1999). Estudos
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Applied Behavior Analysis, 25, 71-75. Temas em Psicologia, 7(3), 213-222.
Kazdin, A. E. (1988). Child psychotherapy: Tsai, M., Kohlenberg, R. J., Kanter, J. K.,
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treatments. New York: Pergamon Press. G. M. (2009). A guide to functional
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Giovana del Prette 53-71
História do artigo
Data de submissão em: 10/08/2011
Primeira decisão editorial em:
30/08/2011 Aceito para publicação em:
19/10/2011
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