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TREINO DIDÁTICO DE

ANÁLISE DE
CONTINGÊNCIAS E
PREVISÃO DE
INTERVENÇÕES SOBRE
AS CONSEQUÊNCIAS DO
RESPONDER
Objetivo: ensinar a construir quadros de tríplice contingência,
coletando de forma precisa e suficiente as informações necessárias e
elaborando hipóteses funcionais a respeito das relações entre
respostas, seus antecedentes e suas consequências.
◦ Treino das habilidades de raciocínio do analista em formação.
◦ Prática profissional clínica guiada por uma filosofia denominada
behaviorismo radical e pela ciência da análise do comportamento.
◦ Clínica: interação face a face, individual e de gabinete;
◦ Objetivos alcançados primariamente por meio de contato interpessoal,
via interação verbal entre terapeuta e cliente.
Análise do Comportamento: objetiva “desenvolver princípios
comportamentais gerais que podem ser aplicados igualmente a
humanos e a não humanos”.
◦ Pesquisa básica e aplicada;
◦ Operantes: Relações entre as respostas dos organismos e suas consequências;
◦ Concluídas pela observação sistemática (experimentação);
◦ Capacidade das respostas serem afetadas pelas consequências: determinada
filogeneticamente.
◦ Relações específicas entre resposta e consequência: determinadas
ontogeneticamente.
Sa – R → Sc
◦ Reforçamento; Punição; Extinção.
“na clínica, o método de coleta de dados do analista (prestador de
serviços) também deve ser, primordialmente, a observação do
comportamento, organizado sob a forma esquemática da tríplice
contingência.” (p. 55)
◦ Contingência tríplice: menor unidade funcional de cadeias de
comportamento.
◦ Treino de observação:
◦ Selecionar um comportamento-alvo;
◦ Descrever acuradamente este comportamento.
◦ Estabelecer relações entre respostas e estímulos.
Análise de Contingências
- Um gato em uma caixa experimental, puxando uma
corda com sua pata.
- Um bebê chorando porque “gosta de fazer manha”.
- Um menino birrento de sete anos, com autoestima
baixa.
Não incluem todos os termos da tríplice contingência;
Os clientes podem trazer também informações
incompletas;
◦ Repertório incipiente.
Opções (complementares):
1. preencher as “lacunas”;
2. coletar, de algum modo, as informações omissas.
Resposta: Ação do Organismo. (verbo)
Antecedente: algo “presente” no mundo.
Consequência: ?
◦ Hipóteses:
◦ o que mantém a resposta?
◦ Observação:
◦ Não puxar a corda sistematicamente leva à ocorrência de um choque pelas grades do chão da
gaiola.

Esquiva “não sinalizada”


Resposta: Ação do Organismo. (verbo)
Antecedente: em qual contexto o bebê chora?
◦ Dica: “manha”.
◦ A presença de alguém
◦ Questão: “Para quem o bebê faz manha?”
◦ Resposta adequada depende da qualidade da observação dos cuidadores.
◦ Saídas: “Faz mais manha para alguém?” “Não faz manha em alguns contextos?” “Com quem
passa os dias?”
Consequência: ?
“Por que a presença da mãe faria o bebê emitir o choro ‘do tipo manha’ em maior frequência do
que a presença do pai e, mais ainda, da educadora?”
◦ Hipótese: provavelmente a mãe reforça mais.
“qual seria a consequência reforçadora?”
Sr+? Sr-?
Dica: “manha”
Reforço social
Consequência:
“por que o bebê faria mais manha com a mãe do que com o pai?”
◦ para fins didáticos, enfatizaremos a diferença entre o reforço dado para a manha e para outras
respostas (no caso, balbuciar e brincar).
Análise de Contingências
“Quanto mais operacionalizada a descrição,
mais as informações são compreendidas, o
que se torna pré-requisito para o
planejamento da intervenção, conforme
veremos mais adiante.” (p. 59)
(a) Três termos da contingência;
Alguns elementos: hipóteses não testadas.
(b) Relação entre os termos;
(c) Função das consequências identificadas;
(d) Informações adicionais.
Análise de Contingências
“Na análise do comportamento, não
consideramos as respostas dos clientes
como ‘adequadas’ ou ‘inadequadas’; elas
simplesmente existem e podem ser
explicadas por contingências passadas (que
as instalaram) e atuais (que as mantêm).”
(p. 59)
◦ Punição para si ou para o outro, a curto, médio
ou longo prazo.
◦ Objetivo da AC: dar maior poder de controle
(não coercitivo) para o indivíduo.
“Um menino birrento de sete anos, com autoestima baixa”.
◦ Termos genéricos.
Que perguntas seriam necessárias?
Missão: obtenção de dados objetivos sobre respostas abertas e encobertas
do menino.
◦ Perguntas abertas!

Dadas as respostas, agora


mais descritivas, como você
faria para investigar os
antecedentes contextuais das
mesmas?
Dadas as respostas, agora
mais descritivas, como você
faria para investigar os
antecedentes contextuais das
mesmas?

◦ Hipótese:
◦ Presença de contingências aversivas;
◦ Generalização destas respostas;
◦ Existência de consequências sociais mantenedoras.
Análise de Contingências
◦ Classes gerais;
◦ Cadeias maiores de resposta;
◦ Uma dada resposta pode produzir várias
consequências;
◦ Uma única consequência pode ter mais de
uma função;
◦ Diferença das “fases”/da idade.
◦ “Vida mais complexa”
◦ Contingências “instaladoras” ≠
Contingências “mantenedoras”.
Análise de Contingências

◦ Efeitos da punição dos comportamentos


“inadequados”:
◦ Supressão temporária da Resposta.
◦ Efeitos colaterais.
◦ Falta de alternativas;
Planejamento da Intervenção
◦ Reforçamento diferencial de outras
respostas ou DRO;
◦ Reforçamento diferencial de respostas
alternativas ou DRA;
◦ Reforçamento diferencial de respostas
incompatíveis ou DRI;
◦ Modelagem;
◦ Habilidades interpessoais modeladas na
própria interação terapêutica;
• Conversas sobre o dia a dia;
• Aprender a relatar;
• Modelagem em sessão;
• Role-playing;
• Tarefas em sessão:
• Brincadeiras;
• Tarefas;
• Exercícios de imaginação;

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