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10/11/2011

Biossegurança em
Laboratórios de Pesquisa

Disciplina Biossegurança e Biocontenção


IFSC - 2010

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

O que é biossegurança?

“princípios de confinamento,
tecnologias e práticas para evitar
a exposição não intencional a
agentes patogênicos e toxinas ou
o seu escape acidental.”

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O que é contenção?
“Contenção” : termo usado para descrever os
métodos de segurança utilizados na manipulação
de materiais infecciosos em um laboratório onde
estão sendo manejados ou mantidos.

• Contenção primária:
– Proteger o operador e o laboratório
• Contenção secundária:
– Proteger ambiente

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Biocontenção

O elemento de contenção mais importante é a


adesão rígida às práticas e técnicas
microbiológicas padrões.

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Organização das atividades


laboratoriais
laboratoriais

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Organização das atividades


laboratoriais

• Fundamental para a segurança do


pesquisador/aluno;

• Garantia de resultados
precisos e de qualidade;

• Sua falta pode gerar riscos;

• Precisa de planejamento.
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Considerações para o
planejamento das atividades
• Condições de trabalho
• Instalações
• Locais de armazenamento e
manipulação
• Condições operacionais dos
equipamentos
• EPI?
• Procedimentos de descarte de
resíduos?
• Tempo de execução da atividade
• Práticas seguras: conhecidas e
cumpridas!
• Registro das atividades: permite
rastreabilidade do processo.

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Práticas seguras no laboratório

“Conjunto de procedimentos que visam


reduzir a exposição do pesquisador a
riscos no ambiente de trabalho”

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Práticas seguras compreendem

1. Limpeza das áreas de laboratório


regularmente e ao término de uma
atividade;

– Reduz riscos de contaminação.


– Descontaminação imediata se houve
derramamento de material químico ou
biológico.

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Práticas seguras compreendem


2. Manuseio e transporte de vidrarias e outros
materiais de forma segura!
- considerar ergonomia e segurança

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Práticas seguras compreendem


3. Equipamentos posicionados
corretamente

- Fios e cabos não devem atravessar a


área de trabalho;

- Identificação de fios e cabos quanto


a voltagem;

- Evitar extensões elétricas


(sobrecarga);

- Áreas adequadas de circulação em


torno dos equipamentos.
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Exemplos de gambiarras

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Práticas seguras compreendem


4. Manuseio e armazenamento adequados de
Produtos químicos
- Frascos com soluções devidamente etiquetados e datados;
- “Ficha de segurança química” (informa riscos, manuseio e
conduta em emergência) deve estar disponível no laboratório;

- Grandes quantidades = almoxarifado;

- Uso de EPI para produtos tóxicos, voláteis e inflamáveis


(óculos de proteção, avental, luvas, máscara facial);

- Resíduos = descarte seguro


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Símbolos de identificação das


classes de produtos químicos

tóxico irritante inflamável corrosivo explosivo

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Práticas seguras compreendem


5. Materiais biológicos

- Manipulados de forma segura, de acordo com a classe de


risco;
-Transporte adequado para evitar derramamento acidental;
- Identificação!
- Descontaminação antes do descarte!!

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• Risco biológico:

agentes potencialmente
patogênicos – vírus,
bactérias, fungos,
protozoários, organismos
geneticamente modificados
(OGMs) que podem causar
infecções graves.

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Práticas seguras compreendem


6. Atividades administrativas, cálculos e
análises :
- Devem ser realizadas em local separado da área de
trabalho

7. Pessoal de limpeza e apoio


- Deve ser treinado/orientado p/ execução das tarefas;
- Deve conhecer os riscos e procedimentos de descarte de
lixo (comum x laboratório)

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Por que usar o avental?


• Razões equivocadas:

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Avental é parte do EPI

Equipamento de
proteção Individual (EPI)

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Uso obrigatório no laboratório!!

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Normas universais e não-negociáveis


nas áreas de experimentação:
Avental e EPI

– Uso obrigatório em áreas de experimentação


– Não dividí-lo com outras pessoas
– Sugestão: trocar o avental entre diferentes trabalhos,
como animais, células, bancada, radioatividade …..
– Tirar o avental/EPI ao sair da área de experimentação

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Aventais para diferentes atividades

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Normas universais e não-negociáveis


nas áreas de experimentação:
- Não aplicar maquiagem, pentear cabelo, manipular
lentes de contato;

- Não comer, beber, etc.

- Pipetagem com a boca é proibida;

- Com luvas, não tocar em maçanetas, telefones,


olhos, nariz, bolsas, bolsos, CELULAR! etc.

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Normas universais e não-negociáveis


nas áreas de experimentação:
- Lave as mãos sempre:
• Antes de iniciar e após terminar um experimento
• Após retirada de luvas
• Antes de sair do laboratório

- ouvidos desobstruídos !
- sapatos fechados.

• Deve-se sempre tomar uma enorme precaução em


relação a qualquer objeto cortante, incluindo seringas e
agulhas,lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturis.

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Normas universais e não-negociáveis


nas áreas de experimentação:

• Não jogar material sólido, produto químico ou


biológico dentro da pia ou esgoto comum;

• Deve-se evitar manter pertences (casaco, bolsa,


etc.) na área laboratorial;

• O acesso ao laboratório deverá ser limitado ou


restrito quando estiverem sendo realizados
experimentos ou trabalhos com culturas e
amostras.
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Pessoal de limpeza e apoio

- Deve ser treinado/orientado para execução das tarefas;


- Deve conhecer os riscos e procedimentos de descarte de
lixo (comum x laboratório)

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Pessoal de limpeza e apoio

Autoclav Não autoclavado


e
Autoclavado

Lavagem das
mãos

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Verificação das lavagens das mãos

Antes Depois

Diminuição do número de Unidades Formadoras de Colônias (UFC)


Após lavagem das mãos com água e detergente

Placas com 24h a 37°C e 5 dias a 4°C

Medidas de proteção coletiva

• São muito importantes porque com elas todo o


grupo fica protegido.
• Substituição de matérias-primas e insumos por produtos
menos prejudiciais à saúde;
• Isolamento de fonte de risco (isolamento acústico de
equipamentos geradores de ruído);
• Instalação de sistemas de ventilação e exaustão que evitam
dispersão de contaminantes no ambiente, diluem as
concentrações de poluentes e oferecem conforto térmico;
• Uso de EPC (capelas de segurança química, cabines de
biossegurança biológica, chuveiros de emergência, lava
olhos)

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Classes de Risco
“Classificação de Risco dos Agentes Biológicos”- Ministério
da Saúde – 2006.

Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e


as plantas são distribuídos em classes de risco assim
definidas:

• Classe de risco 1, 2, 3 e 4

Obs. A classificação de parasitas e as respectivas medidas


de contenção se aplicam somente para os estágios de
seu ciclo durante os quais sejam infecciosos para o
homem ou animais.

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Critérios para avaliação da classe


de risco
• Virulência (taxa de fatalidade do agravo causado pelo agente patogênico – M.
tuberculosis alto risco, S. aureus, baixo risco);

• Modo de transmissão (formas diferentes de controle);

• Estabilidade (capacidade de sobrevivência de um agente biológico no meio


ambiente);

• Concentração e volume (maior [ ], maior risco);

• Origem do agente biológico potencialmente patogênico (origem do hospedeiro:


humano, animal, infectado ou não; e Localização geográfica: área endêmica ou
não);

• Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes (caso haja imunoprofilático,


risco é reduzido);

• Disponibilidade de tratamento eficaz (cura ou contenção)


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Critérios para avaliação da classe


de risco
• Dose infectante (aponta o risco do agente patogênico a ser manipulado);

• Tipo de ensaio (pode potencializar o risco modelo animal: quais vias de


eliminação do agente? Vai gerar aerosóis? São transmitidos por via
respiratória? Mordidas ou arranhões?);

• Fatores referentes ao trabalhador (idade, sexo, fatores genéticos,


sensibilidade individual, estado imunológico, exposição prévia, gravidez,
lactação, consumo de álcool, consumo de medicamentos, hábitos de
higiene pessoal);

• Fatores relacionados com o agente biológico: perdas econômicas,


existência ou não no país e a capacidade de disseminar em novas áreas.

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Classe de Risco 1

• Baixo risco individual e para a coletividade:


– inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem
doenças em pessoas ou animais adultos sadios.
– Exemplo: Lactobacillus sp.
Organismos não
incluídos nas classes de
risco 2, 3 e 4 e que não
demonstraram
capacidade comprovada
de causar doença no
homem ou em animais
sadios

Os lactobacilos constituem
um importante grupo de
bactérias ácido láticas,
amplamente difundido na
natureza.

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Classe de Risco 1

Saccharomyces
boulardii

Bacilos Dan regulares = Bifidobacterium

Classe de Risco 1

Saccharomyces cerevisiae

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Classe de Risco 2

• Moderado risco individual e limitado risco para a comunidade:


– inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou
nos outros animais, cujo potencial de propagação na comunidade
e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais
existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes.
• Exemplo: Schistosoma mansoni.

E outros...

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E outros...

E outros...

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E outros...

Classe de Risco 3

• Alto risco individual e moderado risco para a comunidade:

– inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de


transmissão por via respiratória e que causam patologias
humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais
existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção.

– Representam risco se disseminados na comunidade e no meio


ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa.

– Exemplo: Bacillus anthracis.

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E outros...

E outros...

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Classe de Risco 4
• Alto risco individual e para a comunidade:

– Inclui os agentes biológicos com grande poder de


transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão
desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática
ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes.

– Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta


capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente.
Esta classe inclui principalmente os vírus.

• Exemplo: Vírus Ebola.

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Classe de Risco Especial


• Alto risco de causar doença animal grave e de
disseminação no meio ambiente

• Inclui agentes biológicos de doença animal não existentes no


país e eu embora não sejam obrigatoriamente patógenos de
importância para o homem, podem gerar graves perdas
econômicas e/ou na produção de alimentos

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Nível de Biossegurança (NB)


• NB é o nível de contenção que permita o trabalho em laboratório
com materiais infecciosos de forma segura e com risco mínimo

• Existem quatro níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-


4, crescentes no maior grau de contenção e complexidade do
nível de proteção.

• O NB será determinado segundo o organismo de maior classe


de risco envolvido no experimento.

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NB = Nível de Segurança Biológico

– NB1: nenhum ou baixo risco individual e coletivo;


Ex.: S. cerevisae, E. coli, B. subtilis;

– NB2: risco individual moderado, coletivo baixo


Ex.: Hepatite B e C, Salmonella sp.

– NB3: alto risco individual, baixo risco coletivo


Exige contenção para impedir a transmissão pelo ar.
Ex.: SARS, Influenza, B. anthracis...

– NB4: alto risco individual e coletivo


Com fácil transmissão por contato individual casual. Não existem medidas
preventivas e de tratamento para estes agentes.
Ex.: Dengue, Ebola, Lassa, H5N1;
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Design e Infra-estrutura laboratoriais

 Espaço projetado de modo a permitir a execução dos procedimentos laboratoriais de


forma organizada e segura, e acesso fácil para limpeza e descontaminação.

 Paredes, tetos, pavimentos e bancadas devem ser duráveis, lisas, facilmente


laváveis, impermeáveis a líquidos, resistentes ao calor moderado e aos produtos
químicos e desinfetantes normalmente utilizados no laboratório; o piso deve ser
antiderrapante e a exposição de tubulações deve ser evitada, quando possível.

 Espaço para o armazenamento de insumos e suprimentos deve ser adequado para


uso imediato, evitando assim o aglomeramento nas bancadas e áreas de circulação;
espaço adicional para estoque de insumos e suprimentos laboratoriais deve ser
projetado em locais fora das áreas de trabalho.

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Design e Infra-estrutura laboratoriais


• Locais específicos para o armazenamento e o manuseio seguro de solventes,
materiais radioativos e gases comprimidos e liquefeitos devem ser proporcionados.

• Pertences pessoais dos trabalhadores devem ser mantidos em locais fora das
instalações do laboratório.

• Cada laboratório deve possuir uma pia para lavagem das mãos, preferencialmente
próxima à saída. Recomendamos a construção de pias que funcionem
automaticamente ou que sejam acionadas com o pé ou com o joelho.

• As portas devem ter abertura para fora, serem corta-fogo, dotadas com visores de
vidro e que se fechem automaticamente. É exigido um sistema de portas com
trancas em dependências que abrigarem agentes restritos.

• Uma autoclave deve estar disponível no interior ou próximo ao laboratório.

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Design e Infra-estrutura laboratoriais

• Os sistemas de segurança devem atender emergências elétricas e de


incêndio;

• Locais que se encontram o chuveiro e lavador de olho;

• As áreas de primeiro-socorro devem estar adequadamente equipadas e de


fácil acesso;

• Recomenda-se um sistema de ventilação mecânico que oferecem uma


circulação interna do ar sem recirculação; ou janelas que abrem e providas
de telas de proteção contra insetos;

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Design e Infra-estrutura laboratoriais

• Os sistemas de segurança devem


atender emergências elétricas e de
incêndio;

• Locais que se encontram o chuveiro e


lavador de olho;

• As áreas de primeiro-socorro devem


estar adequadamente equipadas e de
fácil acesso;

• Recomenda-se um sistema de ventilação


mecânico que oferecem uma circulação
interna do ar sem recirculação; ou
janelas que abrem e providas de telas de
proteção contra insetos;

Laboratório - NB1
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Laboratório – NB2
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Autoclave
•Filtro de ar para troca de ar do
ambiente;

•Usar equipamento de contenção


de bioaerossol

• Sala para a troca de roupas

• As janelas devem ser fechadas,


lacradas e resistentes a danos
físicos.

Laboratório – NB3
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Laboratório – NB3
 Aberturas, para manutenção de encanamentos, existentes nas paredes,
tetos e pavimentos devem ser selados para facilitar a descontaminação. Dutos
e espaços entre portas e esquadrias também devem permitir o selamento para
facilitar a descontaminação.

 Portas devem ser duplas e que disponham de um dispositivo para saída de


emergência.

 O ar exaurido das cabines de segurança biológica deve ser retirado


diretamente para fora do ambiente de trabalho através do sistema de exaustão
do edifício. Quando as cabines de segurança biológica Classe III forem
utilizadas, estas deverão estar conectadas diretamente ao sistema de
exaustores.

 Centrífugas de fluxo contínuo ou outros equipamentos que possam produzir


aerossóis deverão ser refreadas através de dispositivos que liberem o ar
através de filtros HEPA antes de serem descarregados do laboratório. Esses
sistemas HEPA deverão ser testados anualmente.

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Laboratório – NB3

Laboratórios NB-3 devem estar localizados isoladamente de áreas


que são abertas ao tráfego interno irrestrito;

Deve ser projetado de modo a impedir a entrada de insetos e outros


organismos indesejáveis;

 O projeto da instalação e os procedimentos operacionais do NB-3


devem ser documentados. Os parâmetros operacionais e das
instalações deverão ser verificados quanto ao funcionamento ideal antes
que o estabelecimento inicie suas atividades. As instalações deverão ser
verificadas pelo menos uma vez ao ano.

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

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Microbiologist Dana Kadavy sets up tests to identify


anthrax bacteria in the Biosafety Level 3 lab at the Armed
Forces Institute of Pathology in Washington, D.C.
Laboratório – NB3
Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Laboratório – NB4

Sem janelas!!

Com muita segurança

CDC biocontainment laboratory, Atlanta, GA


(Source: CDC)

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http://www.niaid.nih.gov/topics/BiodefenseRelated/Biodefense/PublicMedia/labtour/Pages/bsl9.aspx

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Sistema de filtração de ar via


filtros HEPA com diárias
inspeções

Sala de troca de roupas

Laboratório – NB4
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http://www.niaid.nih.gov/topics/BiodefenseRelated/Biodefense/PublicMedia/labtour/Pages/bsl9.aspx

Laboratório – NB4
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http://www.niaid.nih.gov/topics/BiodefenseRelated/Biodefense/PublicMedia/labtour/Pages/bsl9.aspx

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Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa


http://www.niaid.nih.gov/topics/BiodefenseRelated/Biodefense/PublicMedia/labtour/Pages/bsl9.aspx

Acesso
 Menores de idade não devem ser autorizadas ou permitidas dentro do
laboratório.

 NB-1, acesso limitado ou restrito de acordo com a definição do


chefe de laboratório, quando estiver sendo realizado experimento ou
trabalhos com amostras e culturas;

 NB-2 e NB-3, o chefe de laboratório tem a responsabilidade de limitar o


acesso; cabe ao mesmo avaliar cada situação e autorizar quem poderá
entrar ou trabalhar no laboratório.

 As pessoas que apresentarem um risco maior de contaminação ou que


possam ter sérias conseqüências caso sejam contaminadas, não devem
ser permitidas dentro dos laboratórios NB-2 e NB-3 ou na sala de
animais.

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Acesso

 NB-2 e NB-3: as portas devem ser mantidas fechadas e adequadamente


identificadas: o símbolo de “Risco Biológico” deverá ser colocado na entrada
do laboratório onde agentes etiológicos estiverem sendo utilizados. Este sinal de
alerta deverá conter informações como o(s) nome(s) o(s) agente(s)
manipulado(s), o nível de biossegurança, as imunizações necessárias, o nome e
número do telefone do pesquisador, o tipo de equipamento de proteção individual
que deverá ser usado no laboratório e os procedimentos necessários para entrar
e sair do laboratório.

 É proibida a admissão de plantas e animais que não estejam relacionados ao


trabalho em execução no laboratório.

 Nos laboratórios NB-3 nenhum indivíduo deve trabalhar sozinho; no mínimo


duas pessoas devem estar nas instalações do laboratório.

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Cultivo de Microorganismos -
Cuidados especiais
• Abrir, cuidadosamente, tubos e frascos evitando agitá-los;
• Identificar claramente todos os tubos e frascos;
• NUNCA usar vidraria trincada ou quebrada;
• Manipular os tubos, frascos, pipetas ou seringas com as extremidades em
direção oposta ao operador;
• Desprezar sobrenadantes ou conteúdo de pipetas sobre material absorvente
embebido em desinfetante contido em um frasco de boca larga (p.ex. Becker) no
sentido de evitar a formação de aerossóis;
• Colocar um tampão de algodão hidrófobo na extremidade das pipetas, que entra
em contato com a pera ou o pipetador automático;
• Limpar toda a área com solução desinfetante após o término do trabalho

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Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Equipamentos de contenção
 Para os laboratórios NB-1 não são exigidos equipamentos de contenção de
agentes classificados no Grupo de Risco 1.

 Para os laboratórios NB-2, devem ser utilizadas Cabines de Segurança


Biológica Classe I ou II, conforme a classificação, ou outro dispositivo de
contenção pessoal ou de contenção física sempre que:

 Sejam realizados procedimentos com elevado potencial de criação de


aerossóis (centrifugação, trituração, homogeneização, agitação vigorosa, ruptura por sonicação,
abertura de recipientes contendo material onde a pressão interna possa ser diferente da pressão
ambiental, inoculação intranasal em animais e em cultura de tecidos infectados).

 Altas concentrações ou grandes volumes de organismos contendo


DNA/RNA recombinante. Tais materiais só poderão ser centrifugados fora de
cabines de segurança se forem utilizadas centrífugas de segurança e frascos
lacrados. Estes só deverão ser abertos no interior da cabine de segurança
biológica.

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Equipamentos de contenção:
Cabines de segurança biológicas
Devem ser instaladas de forma que a variação da entrada e saída de ar da sala não
provoque alteração nos padrões de contenção de seu funcionamento.

Devem estar localizadas longe de portas, janelas que possam ser abertas, áreas
laboratoriais muito cheias e que possuam outros equipamentos potencialmente
dilaceradores, de forma que sejam mantidos os parâmetros de fluxo de ar nestas cabines
de segurança biológica.

Para os laboratórios NB-3, devem ser utilizadas Cabines de Segurança Biológica


Classe I, II ou III conforme a classificação, ou outra combinação apropriada de
dispositivos de proteção pessoal e contenção física sempre que houver manipulação de
culturas e de material clínico ou ambiental, operações de desafio de animais, cultivo de
tecidos ou fluidos infectados de animais em experimentação ou ovos embrionados, e
necropsia de animais em experimentação.

Cabine de segurança biológica classe III deve ser utilizada no caso de procedimentos
de alto risco envolvendo microrganismo classificado na classe 3.

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Equipamentos de contenção:
Cabines de segurança biológicas

• Um fluxo de ar do ambiente, entrando pela janela de acesso, impede a saída de


aerossóis da área de trabalho e protege o trabalhador.Todo o ar que sai pelo
Classe I sistema de exaustão da cabina é filtrado protegendo o ambiente.O material
manipulado fica exposto ao ar “sujo” do ambiente.
• 100% de exaustão através de filtro HEPA*

• Um fluxo de ar filtrado (HEPA), vertical e descendente sobre a área de trabalho


protege o material manipulado.Um fluxo de ar do ambiente, entrando pela janela

Classe II de acesso, impede a saída de aerossóis da área de trabalho e protege o


trabalhador.
• Todo o ar que sai pelo sistema de exaustão da cabina é filtrado protegendo o
ambiente.

• Não possui janela de acesso à área de trabalho, este é feito por câmara
com dupla porta e por luvas de borracha integradas ao gabinete,

Classe III protegendo o operador. O ar que entra é filtrado, sai pelo sistema de
exaustão da cabina duplamente filtrado, protegendo o ambiente. A proteção
do material manipulado dependerá da existência de um fluxo de ar vertical
descendente, que nem todas possuem.

*High Efficiency Particulate Air


http://www.sbcc.com.br/ Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa
Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação

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É uma modificação da cabine usada no laboratório químico. É uma cabine ventilada com fluxo
de ar do ambiente, podendo ter a frente totalmente aberta ou com painel frontal ou painel
frontal fechado com luvas de borracha. Possui duto de exaustão com filtro HEPA. Não há
proteção para o experimento somente para o operador e o ambiente. Dentro da cabine são
colocadas lâmpadas U.V..

http://www.sbcc.com.br/
Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

Cabine de segurança biológica classe II

Divididas em 4 tipos de acordo com a característica construtiva, velocidade e


configuração do fluxo de ar e tipo de exaustão

http://www.sbcc.com.br/ Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa


Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação

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Cabine de segurança
biológica classe II

É conhecida como Cabine de Segurança


Biológica de Fluxo Laminar de Ar.

O Princípio fundamental é a proteção do


operador, do meio ambiente e do
experimento ou produto.

Possui uma abertura frontal que permite o


acesso a superfície de trabalho. Altura de
segurança da abertura do painel frontal é
de 20 cm, podendo ter um alarme que
previne contra a abertura excessiva do
painel.

Possui filtro HEPA.

http://www.sbcc.com.br/
Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação

Cabine de segurança biológica classe III

É uma cabine de contenção máxima, totalmente fechada com ventilação


própria, construída em aço inox à prova de escape de ar e opera com pressão
negativa. O trabalho se efetua com luvas de borracha presas à cabine. Para
purificar o ar contaminado são instalados 2 filtros HEPA em série ou um filtro
HEPA e um incinerador.

A introdução e retirada de materiais se efetuam por meio de autoclaves de


porta dupla ou comporta de ar de porta dupla, recipiente de imersão com
desinfetante.

Pode conter todos os serviços como: refrigeradores, estufas, freezers,


centrífugas, banho-maria, microscópio e sistema de manuseio de animais.

NÃO PODE CONTER GÁS. Os dejetos líquidos são recolhidos em um depósito


para serem descontaminados antes de serem lançados ao sistema de esgoto.
Máxima proteção ao pessoal, meio ambiente e produto. É recomendada para o
trabalho com agentes de risco biológico da classe 4 e material de pesquisa de
DNA de alto risco.
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http://www.sbcc.com.br/
Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação

Procedimentos de Emergência

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Procedimentos de Emergência
• Isolar a área se formar
aerossóis.
SITUAÇÃO • Conter o derramamento
com material de alta
absorção;
Derramamento de
material biológico • Aplicar desinfetante no
local e em seguida
limpá-lo.
• Usar EPI

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Procedimentos de Emergência
• Recipiente quebrado deve
ser coberto com pano
embebido em desinfetante;
SITUAÇÃO • Esperar 10 mim.(mín.) para
recolher com pá.
Quebra de frascos • Esfregar o chão com
com material desinfetante;
biológico • Esterilizar material quebrado
em autoclave (pano
inclusive).
• Vassoura e pá = 24 horas
em sol. desinfetante.
• Usar EPI
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Procedimentos de Emergência

• Retirar a roupa de proteção;


SITUAÇÃO
• Lavar as mãos e a parte
lesada;
Inoculação
acidental, cortes, • Aplicar desinfetante cutâneo;
lesões
• Dirigir-se ao serviço de
saúde/médico do trabalho

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Descontaminação

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10/11/2011

• Miguel Ferreirós. Cabines de • Manual de Microbiologia Clínica para


segurança Biológica. Sociedade o Controle de Infecção em Serviços
Brasileira de Controle de de Saúde. Módulo II: Segurança e
Contaminação. Controle de Qualidade no Laboratório
http://www.sbcc.com.br/ de Microbiologia Clínica. Anvisa

Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa

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