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Sumário

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................2

2. DISPOSIÇÕES GERAIS................................................................................3

2.1. Normas...................................................................................................3

2.2. Materiais.................................................................................................3

2.3. Mão-de-obra...........................................................................................3

2.4. Destinação do esgoto...........................................................................4

2.5. Ramais de descarga e esgoto..............................................................4

2.6. Tubos de queda.....................................................................................4

3. DIMENSIONAMENTO...................................................................................5

3.1. Banheiro e área de serviço...................................................................5

3.1.1. Ramais de descarga.......................................................................5

3.1.2. Ramais de esgoto...........................................................................6

3.1.3. Tubo de queda................................................................................7

3.1.4. Ramais de ventilação.....................................................................8

3.1.5. Coluna de ventilação (CV).............................................................9

3.2. Pia da cozinha......................................................................................10

3.2.1. Ramal de descarga.......................................................................10

3.2.2. Tubo de gordura...........................................................................10

3.3. Caixa de gordura.................................................................................10

3.4. Caixa de inspeção...............................................................................11

3.5. Coletores e subcoletores...................................................................11

4. CONCLUSÃO..............................................................................................12

5. REFERÊNCIAS...........................................................................................13

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1. INTRODUÇÃO

O presente memorial descritivo tem por objetivo complementar e


estabelecer as condições para a execução do projeto de “Sistemas Prediais de
Esgoto Sanitário”. Bem como estabelecer os modos de aplicação e uso dos
materiais nas etapas de construção do projeto apresentado.
No presente documento foi exposto de maneira detalhada toda a
trajetória da elaboração de um projeto de Sistemas Prediais de Esgoto
Sanitário. Partindo do memorial de cálculo do dimensionamento de cada peça
de utilização.
Portanto, o objetivo deste trabalho é descrever as etapas de execução
do projeto de um SPES (Sistema Predial de Esgoto Sanitário) de um edifício de
12 pavimentos.
Como instrumento de trabalho, foi utilizado o programa AutoCAD 2021
para realização do desenho do projeto hidráulico. Para dimensionamento das
tubulações, foi utilizado o programa Excel, com auxílio da norma “NBR: 8160 –
Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução”. Sendo assim,
toda a tubulação foi calculada de forma correta, levando em consideração a
unidade Hunter de contribuição e diâmetro nominal mínimo para o ramal de
descarga.
Vale ressaltar que nas planilhas apresentadas, existe o diâmetro
calculado, e do lado, o diâmetro comercial adotado.
No final estão os anexos com as pranchas com todo o detalhamento do
projeto, bem como tabelas com informações uteis para o dimensionamento.
Caso haja discordância entre o projeto e o memorial, deverá ser
solicitado esclarecimento ao profissional responsável pelo projeto antes de
prosseguir com a execução.

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2. DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1. Normas

As tubulações foram dimensionadas seguindo a norma NBR 8160/1999:


Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução.

2.2. Materiais

As tubulações serão em PVC soldável, da Tigre ou de marca equivalente


técnico, e deverão ser protegidas contra movimentações mecânicas. A
tubulação sempre que se apresentar pendurada deverá estar presa por
braçadeira ou por fita perfurada.
Na tubulação, para execução da soldagem, as superfícies a serem
soldadas devem estar devidamente lixadas, em seguida devem ser limpas com
Solução Preparadora TIGRE, ou equivalente técnico. Após finalizado este
processo, deve-se aplicar Adesivo Especial PVC/CPVC TIGRE frasco ou
equivalente técnico, distribuindo de maneira uniforme. O encaixe deve ser feito
promovendo uma leve rotação entre as peças de volta até atingir a posição
definitiva. O excesso de adesivo deve ser removido no momento do encaixe.
Em caso de impossibilidade do uso da marca aqui indicada, o
projetista/engenheiro responsável deverá ser informado por meio de lauda
técnica informando as justificativas de tal impossibilidade e fará o pedido do
material substituto, ficando vedado ao executor fazer substituições de peças
e/ou materiais sem permissão do projetista/engenheiro responsável.

2.3. Mão-de-obra

A mão-de-obra empregada, será, obrigatoriamente, de qualidade


comprovada, de acabamento esperado e de inteiro acordo com as
especificações constantes no presente memorial. A empresa responsável pela
obra se obriga a executar rigorosamente os serviços, obedecendo fielmente
aos projetos, especificações e documentos, bem como os padrões de
qualidade, resistência e segurança estabelecidos nas normas recomendadas
ou aprovadas pela ABNT.

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2.4. Destinação do esgoto

O esgoto deste projeto será todo encaminhado para a rede pública de


esgoto.

2.5. Ramais de descarga e esgoto

Todas as tubulações irão conduzir os dejetos por gravidade. As


tubulações horizontais dos ramais de descarga e esgoto inseridos nos
pavimentos possuirão inclinação de 1%.

2.6. Tubos de queda

Como mencionado na NBR 8160, quando houver necessidade de desvio


nos tubos, as curvas deverão ser de raios longos, de 90º ou 45º.

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3. DIMENSIONAMENTO

Todos os itens a seguir foram dimensionados de acordo com a NBR


8160. Cada peça de utilização possui seu número de Unidade Hunter de
Contribuição (UHC) e um diâmetro nominal. Esses valores foram utilizados nos
cálculos de dimensionamento. Utiliza-se a unidade Hunter quando um ramal de
descarga possui mais que um aparelho de uso. Quando houver apenas uma
peça, utiliza-se o diâmetro nominal.
O primeiro passo para iniciar o dimensionamento do projeto é localizar
os aparelhos sanitários constituintes dessa edificação. Feito isso serão
definidos os diâmetros dos ramais de descarga e esgoto, tubulação de
ventilação (TV) e tubos de queda (TQ). Logo após determina-se os diâmetros
dos coletores e subcoletores.
O cálculo apresentado é para um apartamento e deverá ser realizado
igualmente em todos os outros que constam neste prédio, visto a que são
exatamente iguais.

3.1. Banheiro e área de serviço


3.1.1. Ramais de descarga

Segundo a norma, o dimensionamento dos ramais de descarga se dá


pela seguinte tabela:

Tabela 1 - Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal


mínimo dos ramais de descarga

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O diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga do banheiro será:

 O chuveiro/ralo seco terá 40 mm.


 O lavatório terá 60 mm.

O diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga da área de serviço


será:

 O ramal do ralo seco será considerado como semelhante ao do


chuveiro, possuindo diâmetro igual a 40 mm.
 O tanque de lavar roupas terá 40 mm.
 A máquina de lavar roupas terá 50 mm.

Todas essas peças de utilização serão conectadas a uma caixa sifonada


(CS) em seu respectivo cômodo.

3.1.2. Ramais de esgoto

O dimensionamento dos ramais de esgoto é feito de acordo com a


tabela abaixo:

Tabela 2 – Dimensionamento dos ramais de esgoto

Na área de serviço, o somatório das unidades Hunter de contribuição


(UHC) é:

 Ralo seco/chuveiro – 2 UHC.


 Tanque de lavar roupas – 3 UHC.
 Máquina de lavar roupas – 3 UHC.

Totalizando 8 UHC, de acordo com a tabela, o diâmetro nominal mínimo


do tubo será 75 mm.

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No banheiro, o somatório das unidades Hunter de contribuição (UHC) é:

 Ralo seco/chuveiro – 2 UHC.


 1 Lavatório – 1 UHC.

Totalizando 3 UHC, de acordo com a tabela, o diâmetro nominal mínimo


do tubo será 40 mm.
Segundo a Tabela 1, a tubulação da bacia sanitária terá 100 mm. É aqui
onde os ramais de esgoto das caixas sifonadas (CS) do banheiro serão
conectadas.

3.1.3. Tubo de queda

O dimensionamento do diâmetro nominal do tubo de queda é feito de


acordo com a tabela abaixo:

Tabela 3 – Dimensionamento de tubos de queda

No banheiro temos a somatória de 10 UHC. Sendo 11 pavimentos,


teremos um total de 110 UHC no prédio. Sendo assim, o diâmetro nominal do
tubo será de 100 mm.
Na área de serviço temos 8 UHC. São 11 pavimentos, teremos um total
de 88 UHC no prédio inteiro. Sendo assim, o diâmetro nominal do tubo será de
100 mm.
O tubo deve ser de uma espessura só durante todo o seu comprimento,
por escolha dos projetistas.

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3.1.4. Ramais de ventilação

O dimensionamento do diâmetro nominal do ramal de ventilação é feito


de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 4 – Dimensionamento de ramais de ventilação

No banheiro temos 10 UHC do banheiro. Assim sendo, o diâmetro


nominal do ramal de ventilação será de 50 mm.

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3.1.5. Coluna de ventilação (CV)

O dimensionamento do diâmetro nominal da coluna de ventilação é feito


de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 5 – Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação

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O diâmetro nominal do tubo de queda do banheiro é 100 mm. O
somatório das UHC do banheiro é 10, sendo 11 pavimentos, temos 110 UHC
no prédio. O comprimento da coluna de ventilação é de 35,2 m. Assim sendo, o
diâmetro nominal da coluna de ventilação é de 75 mm.

3.2. Pia da cozinha

De acordo com a NBR 8160, para pia de cozinha temos:


4.2.4.4. Devem ser previstos tubos de queda
especiais para pias de cozinha e máquinas de
lavar louças, providos de ventilação primária, os
quais devem descarregar em uma caixa de
gordura coletiva, dimensionada de acordo com
5.1.5.1.

3.2.1. Ramal de descarga

De acordo com a Tabela 1, o ramal de descarga da pia da cozinha terá


diâmetro nominal mínimo de 50 mm.

3.2.2. Tubo de gordura

De acordo com a Tabela 3, a pia equivale a 3 UHC, sendo 11


pavimentos, temos 33 UHC. Assim, o diâmetro nominal mínimo do tubo de
queda é de 75 mm.
Será utilizado ventilação primária, pois é o que pede a norma.

3.3. Caixa de gordura

Temos apenas uma cozinha, sendo 11 pavimentos, serão 11 cozinhas


no total. Como diz na NBR 8160 “para a coleta de até 12 cozinhas deve ser
usada a caixa de gordura dupla”. Está sendo cilíndrica, tem as seguintes
dimensões mínimas:

 Diâmetro interno: 0,60 m.


 Parte submersa do septo: 0,35 m.
 Capacidade de retenção: 120 L.
 Diâmetro nominal da tubulação de saída: 100 mm.

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3.4. Caixa de inspeção

As caixas de inspeção devem ter:

 Profundidade máxima de 1,00 m;


 Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno
mínimo de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
 Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
 Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar
formação de depósitos.

3.5. Coletores e subcoletores

O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela


somatória das UHC conforme os valores da Tabela abaixo:

Tabela 6 – Dimensionamento de subcoletores e coletor predial

Assim sendo, o diâmetro nominal mínimo do coletor predial será de 100


mm.

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4. CONCLUSÃO

O presente memorial descritivo tem o intuito de demonstrar toda a


metodologia de cálculo para dimensionar um Sistema Predial de Esgoto
Sanitário (SPES). Considerando que existem muitos fatores complexos que
influenciam a tomada de decisão do projetista, todas foram feitas de acordo
com a norma NBR 8160/1999. Os projetistas se responsabilizam por cada
detalhe do projeto.

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5. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160/1999:


Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro. 1999.

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