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DIREITO EMPRESARIAL

PARA GESTORES

Prof. Dr. Evandro Ferreira Gomes


Contatos: egomes@eferreiragomes.com.br
Instagram: @evandroferreiragomes
(21) 98854-9014

Versão 2017
Empresa

Empresário

Preposto

Terceirado

Fornecedor

Cliente
Empresa
Empresa é a estrutura fundada na
organização dos fatores da
produção (natureza, capital e
trabalho) para circulação de bens
e serviços.
Empresário

Empresário é a pessoa que exerce


profissionalmente uma atividade
econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens
ou de serviços
PF = Individuo PJ = Unipessoal ou
nasce para o mundo Sociedade
jurídico a partir da nasce para o mundo
concepção jurídico a partir do registro

Pessoa Física x Pessoa Jurídica


Constituição da Pessoa Jurídica – Aquisição de
Personificação

A personificação da pessoa jurídica concede à sociedade a vestimenta


necessária a torná-la conhecida no mundo jurídico. O que só acontece
com registro do seu ato constitutivo na repartição pública competente.

Junta Comercial do Estado = Empresário, Eireli e


Sociedades Empresárias

RCPJ = Sociedades Simples e Associações


Existência Distinta

Sujeito de Direitos e
Obrigações

Consequências
da
Distinção personificação
Patrimonial

Autonomia
Patrimonial
Requisitos essenciais
dos atos constitutivos

7- Alienação
2- Nome
de
1- Sócio Empresarial 3- Objeto 4- Duração e 5- Capital 6- Adminis- participação,
e nome
Acionista Social Sede Social Social tração impedimento
fantasia, se
e dissolução
for o caso.
da sociedade
Quem poderá ser
sócio/acionista de uma
Pessoa Jurídica?

Obs. A pessoa
não poderá ter
qualquer tipo
de restrição,
impedimento
ou proibição.

Pessoa Pessoa
Jurídica Física
Pessoas restringidas, impedidas ou proibidas de
comerciar
Pessoas Proibidas de Comerciar

Agentes Servidores Falidos


Políticos Públicos

Condenados Penalmente
por crimes da Estrangeiro
lei falimentar proibidos
Nome
empresarial
(identifica a
pessoa)
Fundo de - Nome
Comercio Fantasia
(estabeleci- (titulo do
mento estabeleci-
empresarial) mento)
Elementos de
identificação
da Empresa
Estabelecimen-
to Empresarial - Marca
(reunião de (identifica o
tudo) produto)

Titulo do
estabelecimento
(apelido)
Nome empresarial (razão social)

O nome é uma forte referência no meio empresarial, mais até que no mercado de
consumo, podendo-se dizer que ele identifica o empresário, sendo, portanto,
elemento integrante do seu estabelecimento empresarial, constituindo bem de
propriedade do titular do estabelecimento. O nome tem, assim, natureza
patrimonial, já que o mercado atribui a ele um valor, sendo, portanto, um bem
intangível

Espécies:
- Firma
- Denominação
Marca

A marca identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços.


Diferença entre Nome Empresarial e Marca
ÓRGÃO REGISTRÁRIO
ÂMBITO TERRITORIAL DA TUTELA
Nome Empresarial: registro na Junta Comercial Nome Empresarial: limite estadual;
(LRE,33, Dec., 61)
Marca: extensão nacional .
Marca: registro no INPI
(LPI, 129).

Regime Jurídico de
Proteção

ÂMBITO TEMPORAL
ÂMBITO MATERIAL Nome Empresarial: prazo Indeterminado
Nome Empresarial: independe de ramo de (LRE, 60, §1º);
atividade econômica;
Marca: extingue-se em 10 Anos, salvo se houver
Marca: restrita à classe da atividade econômica . pedido de renovação
(LPI, 133).
Título do estabelecimento

Representa a designação que a sociedade empresária dá ao local


em que desenvolve sua atividade
Nome Fantasia

Quando a expressão linguística escolhida pelos sócios para a estrutura da


designação não é nome empresarial, chama-se “nome fantasia” que
confunde-se com o título do estabelecimento.
Estabelecimento Empresarial

Todo conjunto de bens, materiais ou imateriais, que o empresário


utiliza no exercício da sua atividade.
Fundo de Comércio

No Brasil, emprega-se, também, a expressão estabelecimento


comercial para denominar o fundo de comércio.
Objeto Social

O objeto social é um dos elementos mais sensíveis da sociedade mercantil em geral,


pois, definindo a atividade a que se propõe a empresa, demarca-lhe o âmbito em que
exercerá o comércio.
Logo, tem-se que o objeto reveste-se de importância primordial, já que será tomado
como referência básica por um sócio (acionista) em potencial.
Duração e Sede Social

A sede da pessoa jurídica é o lugar escolhido para ser demandada para


o cumprimento de suas obrigações.
Matriz e Filial

Matriz é o lugar onde se exercem a direção e a administração da pessoa


jurídica e a que estão subordinados todos os demais, chamados de filiais,
sucursais ou agencias.
Capital Social: No sistema legal brasileiro, em princípio, não há previsão para fixação
de piso ou teto no que concerne ao quantum do capital. Com efeito, o capital deverá
guardar compatibilidade com o objeto social da pessoa jurídica que se cria.

Subscrito

Integralizado
Capital Social:

• Recurso financeiro;
• Patrimônio.
Integrantes da Pessoa
Jurídica

Funcionários Funcionário Sócio:


não sócio -Administrador
-Outra atividade
Administração: É desempenhada por um ou mais administradores,
conforme se ajustar no contrato social ou em ato separado.

Administrador Sócio: Na omissão deste ajuste no contrato social, todos


os sócios poderão usar da firma social.

Administrador Não Sócio: Se o contrato permitir administradores não


sócios, a designação dele dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios,
enquanto o capital não estiver integralizado, e de dois terços (2/3) após a
integralização .
Responsabilidade Civil da
Sociedade e Sócios
Responsabilidade Primária

“Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.”
Responsabilidade Secundária

Art. 790. São sujeitos à execução os bens: II - do sócio, nos termos da lei;
Relação de responsabilidade de acordo com o tipo societário:
Sociedade de responsabilidade
ilimitada: Todos os sócios
respondem pelas obrigações da
sociedade

Sociedades de responsabilidade
limitada: Os sócios respondem
limitadamente pelas obrigações
da sociedades

Sociedade de responsabilidade
mista: Alguns sócios respondem
de forma ilimitada e outros não
têm responsabilidade de ordem
pecuniária
Teoria da desconsideração da personalidade jurídica

Sendo a sociedade empregada


para os desvios ou a aventura de
seus titulares, evidenciando dolo,
má-fé ou atitude temerária, na sua
gestão, existe a possibilidade
legal de se lançar mão da teoria
da desconsideração da
personalidade jurídica. Nesta
hipótese, desconsidera-se a
personificação da sociedade e
invade-se o patrimônio pessoal do
sócio, que passa a responder com
o seu patrimônio pessoal. É claro
que se trata de uma situação
excepcional.
Company Contratual
Joint
Venture: – nova -
sociedade Consórcio
Elementos essenciais
- Negócio
determinado ou
único

- Controle mútuo ou
participação na
administração e nas utilidades
do empreendimento

- Aporte conjunto e
comunhão de interesses

- Expectativa de lucro
Objetivo
Aproveitamento dos
recursos naturais, na
produção, distribuição
ou pesquisa conjunta,
na utilização das
patentes ou know-how,
ou na participação das
concorrências de
empreitada
Joint
Venture
Transformações societárias
(incorporação, fusão e cisão) x Aquisição
Empresa YXZ

A empresa Campo Belo S/A


comprou a parte dos três
sócios.
Sócio: Sócia:
Adriano - 50 % Carla – 20%

Sócio:
Bruno- 30%
Empresa
? YXZ

Qual foi a modificação societária que houve na empresa?


x y z a b c
33% 33% 33% 33% 33% 33%

FG Ltda. LUVI S.A.

CAPITAL = 60 CAPITAL = 120


x y z a b c
11.1% 22..2% 22..2%
22..2%
11.1% 11.1%

LUVIS.A.
CAPITAL = 180
Patrimônio
FG Ltda.
x y z a b c

FG Ltda. LUVI S.A.


x y z a b c

FG Ltda. ABC S.A.

FLUVIG S.A.
A. Cisão com versão de parcela de patrimônio para sociedade
nova
x y z

FG Ltda.
Parcela do patrimônio
de FG Ltda a ser cindida
A. Cisão com versão de parcela de patrimônio para sociedade
nova x y z

FG Ltda. LUVI Ltda.


B. Cisão com versão de parcela de patrimônio para sociedade
existente x y z a b c

FG Ltda. LUVI S.A.


B. Cisão com versão de parcela de patrimônio para sociedade
existente
2. x y z a b c

LUVI S.A.
FG Ltda. Parcela do
patrimônio
da FG Ltda.
Sociedade Sociedade
Simples Empresária

3-
1- Profissional Responsabilidade
Liberal
Limitada (LTDA)

2- Cooperativa 4- Anônima (S.A)

5- Outros)
1- Profissional Liberal

“É aquele legalmente habilitado a prestação de serviços de natureza


técnico-científica de cunho profissional com a liberdade de execução
que lhe é assegurada pelos princípios normativos de sua profissão,
independentemente de vínculo da prestação de serviço”

(estatutos da CNPL, em seu artigo 1º, parágrafo único)


2- Cooperativa

É uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente


organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação
livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus
cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.
3- Sociedade Limitada (LTDA)

Entende-se por sociedade limitada, aquela formada por duas ou mais


pessoas que se responsabilizam solidariamente de forma limitada ao
valor de suas quotas pela integralização do capital social.
• Limitação da
responsabilidade dos
- sócios à
integralização do
capital social;

• Solidariedade pela
- integralização de todo
capital social;
Exceções Previstas em lei
• Deliberações contrárias à lei ou ao contrato;
• Débitos da dívida ativa (CTN, 135);
• Dívidas Trabalhistas.
Responsabilidade do novo sócio

2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017

2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016


Retirada de sócio (direito potestativo)

Exclusão de sócio (art. 1.085 CC - Ressalvado o disposto no art.


1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da
metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão
pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos
de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante
alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão
por justa causa.)
Em regra é sociedade
de capital, mas pode
ser de pessoas;

Ingresso de incapaz
nos quadros
societários
Distribuição de Resultados
(lucro x Perda)

Obs. Vedação da cláusula


leonina (art. 1.008 CC- É nula a
estipulação contratual que exclua
qualquer sócio de participar dos
lucros e das perdas.)
4 -Sociedades por ações

As sociedades por ação são sempre empresárias, desta forma, não


haverá sociedade anônima, tampouco sociedade em comandita por
ações de natureza simples
Sociedades anônimas
Denominação social: Tem que usar a expressão
“sociedade anônima “ ou “companhia, por extenso ou
abreviadamente.
Capital social

O capital social de uma sociedade por ações é divido em unidades,


conhecidas como ações, e os compradores, acionistas, respondem apenas
até o limite da integralização das frações de que sejam titulares, em seus
valores de emissão.
Dividendos

É a parte do lucro líquido do exercício, dos lucros acumulados ou da reserva


a ser distribuído em dinheiro aos acionistas
Desenvolvimento das Sociedades anônimas
Características principais:

Regida pela lei 6.404/76

Pode ser companhia aberta ou fechada;

É sociedade de capital;

Responsabilização do acionista controlador;

A responsabilidade dos acionistas é limitada ao


preço de emissão das ações subscritas.

Proteção dos acionistas minoritários;

Identificação exclusiva por denominação


Acionista controlador

Pessoa física, jurídica ou grupo de pessoas que através dos seus direitos
de sócio conseguem efetivamente, e de maneira permanente, controlar as
votações e deliberações durante a assembleia geral da Companhia, assim
como nomear a maior parte dos seus administradores.
Ações preferenciais
(PN) - distribuição
de dividendos e sem
direito a voto;

TIPOS DE
AÇÕES

Ações ordinárias
(ON) - distribuição
de dividendos e com
direito a voto;
A tributação e o
empreendimento
A tributação e o empreendimento

O que é tributo?????
A tributação e o empreendimento
“ Tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não
constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade
administrativa plenamente
vinculada”. (artigo 3°, CTN)
A tributação e o
empreendimento

Instituída
Em moeda Que não por lei: Em Cobrada
ou cujo o constitua regra, um mediante
Prestação valor nela se sanção de tributo é
pecuniária atividade
possa ato ilícito: O cobrado administrativa
compulsória: exprimir:O Estado só através de lei
O tributo deve ordinária. plenamente
pagamento poderá punir
obrigatoriamente deve ser em as pessoas Desta forma, vinculada: a
pago dinheiro, através de decretos, cobrança deve
cheque ou multa portarias, etc ser vinculada ao
bem* (penalidade) não poderão que diz a lei.
criar tributos
Desmembramento conceitual
A tributação e o
empreendimento

Espécies de tributos
A tributação e o
empreendimento

Contribuição de
Imposto Taxas
melhorias

Empréstimos Contribuições
compulsórios especiais
A tributação e o
empreendimento

Competência tributária
COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIA

Arts. 153, 155 e 156 da CF/1988


I.I.;
I.E.;
IR;
IPI;
FEDERAL IOF;
ITR;
IGF
Empréstimos Compulsórios;
Contribuições econômicas, sociais e profissionais

ITCMD;
PRIVATIVA ESTADUAL ICMS;
E DF. IPVA.

IPTU;
ITBI;
MUNICÍPIO ISS;
COSIP.
A tributação e o
empreendimento

Elementos: fato gerador, sujeitos,


alíquota e base de cálculo
A tributação e o
empreendimento
Fato gerador

Art. 114, CTN - Fato gerador da obrigação


principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
A tributação e o
empreendimento
Sujeitos

Entende-se por sujeitos da obrigação: aquele


que tem a competência de exigir o
adimplemento da obrigação tributária e do
outro lado o sujeito que tem o dever de
adimplementá-la.
A tributação e o
empreendimento
Sujeito passivo

Sujeito passivo da
obrigação principal é
a pessoa obrigada ao
pagamento de tributo
ou penalidade
pecuniária. art.
121,CTN
A tributação e o
empreendimento
Sujeitos passivos

Contribuinte
Responsável
Sujeito que tem relação
Não pratica o fato gerador
pessoal e direta com o fato
diretamente.
gerador.

Modalidades
A tributação e o
empreendimento
Alíquota

Alíquota é o percentual incidente sobre a base


de cálculo, ou um valor prefixado para os
chamados tributos fixos.
A tributação e o
empreendimento
Base de cálculo

A base de cálculo é o valor econômico sobre a


qual se aplica a alíquota para calcular a quantia
.
a pagar.
A tributação e o
empreendimento
EXEMPLO
A empresa GERO FATOR CONSULTORIA LTDA., sociedade
empresária limitada, sediada no Rio de Janeiro, prestou serviço de
consultoria a empresa FG SOLUÇÕES LTDA., no mês de janeiro de
2016, auferindo em razão de tal consultoria o valor de R$
10.0000,00.

Fato Gerador: Prestar serviço (ISS);


Sujeito Ativo: Município do Rio de Janeiro;
Sujeito Passivo: GERO FATOR CONSULTORIA LTDA.;
Base de Cálculo: R$ 10.000,00;
Alíquota: 5%.
A tributação e o
empreendimento
Imunidade x não incidência x
alíquota zero x isenção
Sistema de tributação
Sistema de tributação

Simples
nacional
Lucro
presumido

Lucro Real
Sistema de tributação
Lucro Real (Decreto n º 3.000/99)

Art. 247. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este
Decreto.

Estão obrigadas à apuração do lucro real, entre outras, as pessoas jurídicas:


- cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00
- cujas atividades sejam de bancos, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;
- que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
- que explorem as atividades de compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
- que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do
agronegócio.
Sistema de tributação
Lucro presumido

“O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para


determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da CSLL
(Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) das pessoas jurídicas que
não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro
real.”
Sistema de tributação
Lucro Presumido
Exemplo de pessoas jurídicas (serviço) Lei 9.249/95, Art. 15. A base de cálculo do
imposto, em cada mês, será determinada
mediante a aplicação do percentual de oito por
cento sobre a receita bruta auferida mensalmente,
observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº
8.981, de 20 de janeiro de 1995. (Vide Lei nº
11.119, de 205) (Vide Medida Provisória nº 627,
de 2013) (Vigência)

III - trinta e dois por cento, para as atividades


de:

a) prestação de serviços em geral, exceto a


de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico
e terapia, patologia clínica, imagenologia,
anatomia patológica e citopatologia, medicina
nuclear e análises e patologias clínicas, desde
LUCRO PRESUMIDO que a prestadora destes serviços seja organizada
Valor da Receita do mês: R$ 50.000,00 sob a forma de sociedade empresária e atenda às
Base de cálculo do IRPJ (32% x 50.000,00) = R$ 16.000,00
Valor do IRPJ (15% x R$ 16.000,00) = R$ 2.400,00 normas da Agência Nacional de Vigilância
Base de cálculo do CSLL (32% x 50.000,00) = R$ 16.000,00 Sanitária – Anvisa; (Redação dada pela Lei nº
Valor do CSLL (9% x R$ 16.000,00) = R$ 1,440,00 11.727, de 2008)
PIS/COFINS (3,65% x R$ 50.000,00) = R$ 1.825,00
TOTAL (IRPJ+CSLL+PIS+COFINS) = R$ 5.665,00
Sistema de tributação
Lucro Presumido
Exemplo de pessoas jurídicas (comercialização de bebida alcóolica - vinho)

Lei 9.249/95, Art. 15. A base de cálculo do


imposto, em cada mês, será determinada
mediante a aplicação do percentual de oito por
cento sobre a receita bruta auferida
mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a
35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de
1995. (Vide Lei nº 11.119, de 205) (Vide Medida
Provisória nº 627, de 2013) (Vigência).

LUCRO PRESUMIDO
Valor da Receita do mês: R$ 25.000,00
Base de cálculo do IRPJ (8% x 25.000,00) = R$ 2.000,00
Valor do IRPJ (15% x R$ 2.000,00) = R$ 300,00
Base de cálculo do CSLL (8% x 25.000,00) = R$ 2.000,00
Valor do CSLL (9% x R$ 2.000,00) = R$ 180,00
PIS/COFINS (3,65% x R$ 25.000,00) = R$ 912,50
TOTAL (IRPJ+CSLL+PIS+COFINS) = R$ 1.392,50
Sistema de tributação

Sistema Integrado de Pagamento de impostos e


contribuições das microempresas e empresas de pequeno
porte
Sistema de tributação

O atual sistema inclui necessariamente os seguintes tributos:


Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;
Contribuição para o PIS/PASEP;
Contribuição Patronal Previdenciária – CPP;
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS;
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS
Enquadramento societário
Enquadramento Societário

É a sociedade empresária ou o empresário individual,


que aufere, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00 - Lei complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 3º.
Enquadramento Societário

EMPRESA DE PEQUENO PORTE ou EPP

Para os efeitos da Lei Complementar 123/2006, consideram-se empresas de pequeno


porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário, devidamente registrados no Registro de
Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde
que:

II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta


superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
Enquadramento Societário

É o pequeno empresário, que se formaliza para ser um


microempreendedor individual, para tanto é necessário faturar no
máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra
empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um
empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da
categoria.
As condições para que a pessoa física se torne MEI é a Lei
Complementar nº 128/08.
Enquadramento Societário
Microempreendedor individual
Vantagens:
Registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ);
Abertura de conta bancária, o pedido de
empréstimos e a emissão de notas fiscais;
Será enquadrado no Simples Nacional e ficará
isento dos tributos federais (Imposto de Renda,
PIS, COFINS, IPI e CSLL);
Pagará apenas o valor fixo mensal diferenciado
por: i) comércio ou indústria), ii) prestação de
serviços, ou, iii) comércio e serviços, que será
destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao
ISS. O valor será atualizado anualmente, de
acordo com o salário mínimo;
Benefícios como auxílio maternidade, auxílio
doença, aposentadoria, entre outros.
A tributação e o empreendimento

Certidões: Negativa, positiva e


positiva com efeitos negativos
A tributação e o empreendimento

Dívida ativa
A tributação e o empreendimento

Cobrança: auto de infração e execução fiscal


A tributação e o empreendimento

Ação
Embargos a declaratória de Repetição do
execução inexistência de indébito.
débito

Meios de defesa: judicial


A tributação e o empreendimento

RECURSO VOLUNTÁRIO AO
IMPUGNAÇÃO
CONSELHO DE CONTRIBUINTES

Meios de defesa: Administrativo


Teoria geral das obrigações
Teoria geral das obrigações
Teoria geral das obrigações

x
Quanto à natureza dos sujeitos
Credor

Devedor

Obrigações Fracionária
Multiplicidade de devedores/obrigação partilhado.

Obrigações Solidárias
Multiplicidade de devedores/todos responsáveis.
Teoria geral das obrigações
Teoria geral das obrigações

LEI • Erga omnes

NEGÓCIO
JURÍDICO • Contratos

• Atos Ilícitos propriamente ditos


ATO ILÍCITO • Abuso de Direito
Teoria geral das obrigações

1. Quanto ao conteúdo (prestação): dar, fazer


ou não fazer:

Obrigação de dar coisa certa ou incerta

Obrigação de fazer
fungível e infungível

Obrigação de não fazer


Teoria geral das obrigações

Obrigação de dar coisa certa

Nessa modalidade de prestação, a coisa tem que ser


individualizada. (artigos 233 a 242).
Teoria geral das obrigações

Consequências do inadimplemento de dar coisa certa

I. Perda da coisa sem culpa do devedor

II. Perda da coisa com culpa do devedor


III. Deterioração da coisa sem culpa
IV. Deterioração da coisa com culpa

V. Restituição da coisa certa ocorrendo a perda sem culpa


VI. Restituição da coisa certa ocorrendo a perda com culpa
VII. Restituição da coisa certa ocorrendo a deterioração sem culpa
VIII. Restituição da coisa certa ocorrendo a deterioração com culpa
Teoria geral das obrigações
Obrigação de dar coisa incerta

A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo


gênero, quantidade e qualidade. Assim sendo, a
coisa é indeterminada, mas suscetível de
determinação futura.
Teoria geral das obrigações
Obrigação de dar coisa incerta

Uma vez feita a escolha e cientificado o credor, nos casos onde


a escolha é feita pelo devedor, a obrigação que antes era
genérica, passa a ser obrigação específica, valendo todas as
regras da obrigação de dar coisa certa.
Teoria geral das obrigações

Inadimplemento da obrigação de dar coisa incerta


A coisa incerta perece???
Teoria geral das obrigações

Obrigação de fazer

Consiste em uma obrigação positiva, onde uma das partes


(devedor) fica vinculado ao cumprimento de uma tarefa ou
atribuição.
Teoria geral das obrigações

Obrigação de fazer fungível

É aquela que o devedor tema a obrigação de entregar a


tarefa ou atribuição mas não necessariamente tem que ser
o executor.
Teoria geral das obrigações

Consequências do inadimplemento

I. Cumprimento forçado da obrigação

II. Cumprimento da obrigação por terceiro, à custa do devedor.


Teoria geral das obrigações

Obrigação de fazer infungível

O cumprimento tem natureza personalíssima, não se pode


delegar a um terceiro para que execute a obrigação.
Teoria geral das obrigações

Consequências do inadimplemento

I. Cumprimento forçado da obrigação

II. Conversão em perdas e danos.


Teoria geral das obrigações
IMPORTANTE!!!

Em qualquer modalidade de obrigação de fazer, caso a


prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor,
resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por
perdas e danos.
Teoria geral das obrigações

Obrigação de não fazer

Nessa modalidade de obrigação o objeto é a abstenção de uma


conduta, o inadimplemento começa quando o agente pratica
a conduta.
Teoria geral das obrigações
Consequências do inadimplemento

Cumprimento forçado da obrigação


assumida, com a possibilidade de
aplicação de multa.

Conversão em perdas e danos


(251, caput, do CC)
Circulação das obrigações

Transmissão das obrigações


Transmissão das obrigações

• Cessão de
Ativa Crédito

Passiva • Cessão de Débito


EFEITOS

CESSÃO DE CRÉDITO: ASSUNÇÃO DE


DÉBITO:
a partir da
NOTIFICAÇÃO DO com a ANUÊNCIA do
DEVEDOR credor
Obrigações intransmissíveis

DIREITOS SEM CONTEÚDO PATRIMONIAL

OBRIGAÇÕES INTUITO PERSONAE

HIPÓTESES LEGAIS OU CONVENCIONAIS


Adimplemento e extinção das
obrigações
((teoria do pagamento)

O fim natural que se espera de cada obrigação é que ela


seja extinta pelo cumprimento, este por sua vez ocorre
quando o devedor tem a liberação total em relação vínculo
obrigacional.
Adimplemento e extinção das
obrigações
((teoria do pagamento)

Do pagamento direto

ELEMENTO ELEMENTO
ELEMENTO
SUBJETIVO ESPACIAL ELEMENTO
OBJETIVO
Quem deve Domicílio do TEMPORAL
pagar e a quem Prestação
devedor ou Vencimento
deve pagar satisfativa
estipulável
Absoluto Relativo
(total ou parcial) (mora)

Inadimplemento
Direito do Consumidor
Relação de Consumo
Relação de Consumo- Elementos

Objeto

Consumidor

Fornecedor
Relação de Consumo- Elementos

Fornecedor
• Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem
atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços
Relação de Consumo- característica de fornecedor

Habitualidade

Forma
reiterada ou
Presumida
Relação de Consumo

Fornecedor Equiparado
Relação de Consumo- Elementos

Consumidor

• Consumidor é toda pessoa física ou


jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Relação de Consumo- Consumidor
Características:
• Destinatário final fático
• Destinatário final econômico

Destinatário final fático:


• O consumidor é o último da cadeia de consumo, ou
seja, depois dele, não há transmissão do produto ou do
serviço;

Destinação final econômica:


• O consumidor não utiliza o produto ou o serviço para o
lucro, repasse ou transmissão onerosa.
Relação de Consumo

Consumidor por equiparação


Relação de Consumo- Elementos

Objeto
• Produtos - É qualquer bem, móvel ou
imóvel, material ou imaterial

• Serviço - é qualquer atividade fornecida


no mercado de consumo, mediante
remuneração, salvo as decorrentes das
relações de caráter trabalhista.
Fato
Vício

Responsabilidade Civil no
Direito do Consumidor
Responsabilidade Civil no Direito do Consumidor- vício do produto
Responsabilidade Civil no Direito do Consumidor- vício do produto

A restituição imediata
A substituição do produto da quantia paga,
por outro da mesma espécie, monetariamente O abatimento
em perfeitas condições de atualizada, sem proporcional do preço
uso; prejuízo de eventuais
perdas e danos;
Não sendo o vício do produto sanado no prazo máximo de
trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e
à sua escolha:
Responsabilidade Civil no Direito do Consumidor- vício do serviço
Responsabilidade Civil no Direito do Consumidor- fato do produto
ou serviço
Responsabilidade Civil no Direito do Consumidor- fato do produto
ou serviço
Direitos básicos do consumidor

Vida, Saúde, Segurança Contra Riscos

Educação E Divulgação Sobre O Consumo Adequado

Informação Adequada

Proteção Contra Publicidade Enganosa

Reparação De Danos

Facilitação Da Defesa De Seus Direitos (Inclusive Inversão Da Prova)


O Contrato no Direito do Consumidor-

Cláusula abusiva x Contrato de adesão


O Contrato no Direito do Consumidor-

Garantia
O Contrato no Direito do Consumidor-

Garantia
O Contrato no Direito do Consumidor

Bancos de dados e cadastro de consumidores


O Contrato no Direito do Consumidor

Força do contrato e proteção do consumidor

Direito de arrependimento Direito de troca


Mastroiane Bento é um próspero empresário do ramo de terceirização de mão
de obra, sócio majoritário da sociedade empresária limitada AQUINAO DAMAIS
SOLUÇÕES LTDA., com 99% do capital social da empresa que foi constituída em
março de 2003.
Para facilitar sua gestão financeira, Mastroiane sempre optou por colocar todos
os bens, particulares e da sociedade empresária, em seu nome (pessoa física), fazendo
com que toda a receita da empresa fosse direcionada para sua conta particular.
Em razão de uma grave crise que afetou o setor de terceirização de mão de
obra, a receita obtida pela empresa passou a não ser mais suficiente para custear suas
despesas.
Visando o inevitável, Mastroiane opta por continuar repassando toda a receita
para sua conta particular, bem como faz empréstimos bancários com a justificativa de
quitar seus débitos, mas na prática o valor emprestado também é direcionado para sua
conta particular.
Em virtude do total inadimplemento da empresa junto a seus fornecedores,
você foi contratado por Mastroiane para analisar o risco deste de ser cobrado e ter que
pagar as dívidas da empresa com seu patrimônio particular. Justifique sua resposta.
Resposta: Desconsideração da personalidade jurídica.
No presente caso há uma flagrante confusão patrimonial, bem como atos que
configuram o dolo, má fé ou gestão temerária, elementos que baseiam a
desconsideração da personalidade jurídica.
Desta forma, Mastroiane poderá ser acionado para custear a dívida da empresa.
Thiago Luis e Marcelo Curioso, na qualidade de sócios-administradores da
sociedade empresária FLORESAINDA VALEMA PENA LTDA., compram um carro
para incrementar sua atividade empresarial.
Após algumas entregas com o carro novo, os sócios ‘caem’ em um buraco no
meio da avenida principal de sua cidade. Indignado com aquela situação, Thiago diz ao
seu sócio que: “pagamos muitos impostos e não vemos retorno algum. Esse ano não
vamos pagar o IPVA desse carro, já que há tantos buracos na rua”.
Com base na afirmativa de Thiago, aponte os erros que lá se encontram.
Justifique sua resposta.
Resposta: Tributo – diferenciar de imposto.
O Imposto é desvinculado de qualquer atividade estatal. Desta forma, o pagamento de
imposto, em especial o IPVA, não tem qualquer obrigatoriedade de destinação para
operação de conservação das estradas.
Por fim, por ter o tributo característica de compulsoriedade não cabe a Cleber optar em
pagar, e sim pagar por expressa determinação legal.
Maria Aparecida comprou um belo carro, S.U.V. da Ford, pelo valor de R$
77.500,00, 2015/2015, placa ANU 1982, com apenas 2 mil quilômetros rodados.
Na oportunidade a revendedora ofereceu entregar o carro na casa do
comprador, já que o objeto do contrato precisava passar por uma última revisão.
Chegado o dia da entrega, o funcionário da sociedade empresarial levou o
carro até a residência de Maria Aparecida. Ocorre que o funcionário da revendedora
resolveu “testar” a potência do carro, ultrapassar o limite de velocidade, fazer
ultrapassagens perigosas e atravessar sinais de trânsito. Diante de tais fatos, colidiu o
veículo de frente com outro automóvel, o qual estava na mão certa e dentro do limite de
velocidade.
O carro sofreu deterioração na parte da frente, sofrendo perda parcial.
Diante do caso apresentado o quê Maria Aparecida poderá pleitear?
Resposta:Inadimplemento da obrigação de dar coisa certa com deterioração e com
culpa.
Neste caso, Maria Aparecida pode optar por receber o valor de volta devidamente
corrigido ou ficar com o bem abatido o preço da deterioração, sendo que em ambos os
casos lhe caberá perdas e danos.
Victor Pereira, em vias de obter um empréstimo junto ao Banco do Brasil para
adquirir uma Casa Lotérica, recebeu em sua residência uma notificação do BANCO
CRÉDITO AVONTIS S.A., cujo teor informava que seu nome seria incluído nos órgãos
de proteção ao crédito SPC/SERASA.
Cabe esclarecer que Victor sempre foi cliente do Banco do Brasil, não tendo
trabalhado com nenhum outro banco nos últimos 10 anos.
Para tentar solucionar o caso, Victor dirigiu-se até uma agência do banco e
explicou toda a situação. O que não surtiu qualquer efeito, já que seu nome já estava
incluído no cadastro de maus pagadores.
Em razão do ocorrido, Victor deixou de efetivar a aquisição da Casa Lotérica,
pela negativa de empréstimo junto ao Banco do Brasil dada a inclusão de seu nome em
tais órgãos. Ato contínuo, Victor ingressou com ação judicial contra o banco, com
pedido de reparação por danos morais e materiais, alegando não ter relação jurídica com
o mesmo, mastendo sofrido as consequências de tal relação como se consumidor fosse.
Em sua defesa, o banco alega que Victor não fez provas do alegado prejuízo, e
por não ser consumidor não poderá se valer da inversão do ônus da prova, ou seja, não
basta apenas fazer alegações, tem que provar o que se afirma.
Diante do caso narrado responda: Victor poderá ser considerado consumidor?
Justifique sua resposta.
Resposta:Relação de consumo (consumidor por equiparação)
Victor é considerado consumidor por equiparação pois embora não esteja na relação
jurídica sofreu os seus efeitos.
JMS FOMENTO COMERCIAL LTDA, ajuizou uma ação judicial em face de
ACÁCIA VEÍCULOS LTDA. No decorrer da ação foi declarado como saldo credor da
autora (JMS), a quantia de R$ 120.000,00, atualizada a partir de 31/10/2012, arcando a
ré (Acácia) com o pagamento das despesas processuais, dos honorários periciais fixados
e dos honorários advocatícios arbitrados, em favor do escritório de advocacia, em 10%
sobre o valor da quantia devida.
Tendo em vista o interesse da empresa de fomento em receber o saldo credor
da empresa Acácia, pretende incluir como Réus os sócios, Rafaela Oliveira e William
Paris, uma vez que não se encontrou bens em nome da sociedade empresarial para
quitação da dívida.
Diante do caso apresentado, diga sobre tal possibilidade.
Resposta:Relação Jurídica
Não é possível se cobrar dos sócios dívida da sociedade, por conta das consequências
da personificação, salvo se houver desconsideração da personalidade jurídica em
virtude de dolo, má fé ou gestão temerária ou ainda nos casos previstos em lei.
Como o presente caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses elencadas acima, não
poderão os sócios serem cobrados.
Luciana Ferreira recebe em sua casa uma cobrança pelos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
No entanto, não entendendo muito bem a que se referia tal cobrança, procura seu amigo
Waldemar Ratnu que a explica que se trata de uma contribuição de melhoria, devendo
ser paga no vencimento da cobrança.
Indaga-se: É correta a explicação de Waldemar? Em caso de resposta negativa,
explique qual o tributo cabível para o caso concreto e suas características. Justifique sua
resposta.
Resposta:Taxas.
Não. A cobrança realizada foi do tributo taxa por ser um serviço público específico e
divisível. A contribuição de melhoria é uma espécie de tributo devida em razão de obra
pública que valoriza o imóvel.
BIKE VIDA SAUDÁVEL LTDA. ganha uma licitação municipal para
fornecer bicicletas à prefeitura do município de Vitória. O projeto da prefeitura tem por
objetivo colocar o veículo disponível para seus moradores nos principais parques da
cidade.
Ocorre, porém, que em decorrência de um acidente, um caminhão invadiu a
loja onde estavam os produtos e os moradores locais saquearam os produtos da loja,
fincando impossível o cumprimento do contrato na data marcada em virtude de caso
fortuito.
Com base no caso apresentado, diga qual a obrigação assumida pela empresa e
quais suas consequências pela alegada impossibilidade de entrega no vencimento sem
culpa do devedor.
Resposta:Inadimplemento da obrigação de dar coisa incerta.
A espécie apresentada é a obrigação de dar coisa incerta. Tendo em vista que a coisa
incerta não perece, não há como alegar caso fortuito em razão do ocorrido.
David Pitanga é sócio em um restaurante muito lucrativo e renomado em
Cuiabá. Por um erro no sistema da operadora de energia elétrica gerou alguns boletos
em nome da pessoa jurídica, sem que houvesse notificação, e por conta disso a
operadora suspendeu o fornecimento de luz.
Para não ter mais prejuízo, o restaurante loca um transformador portátil,
enquanto busca resolver o problema junto à operadora.
Diante do caso apresentado, diga se existe relação de consumo entre o
restaurante e a operadora de energia elétrica?
Resposta: Relação de Consumo (fornecedor)
A energia elétrica é comum a quase todas as atividades, por conta disso é considerado
que há relação de consumo entre as mesmas
Anna Manuela e Anna Victoria decidem juntar suas economias e abrir uma
sociedade empresarial limitada. A ideia inicial das duas era constituir uma empresa de
foto e filmagens.
Por não terem um capital social muito grande, estão preocupados com o tipo
societário que melhor se adéqua a realidade das duas.
Por conta disso, as sócias procuram você e fazem as seguintes indagações:

a) Onde devem registrar a nova pessoa jurídica?


c) Quais as vantagens de registrar uma pessoa jurídica?
Resposta: Consequência da personalidade Jurídica
a) Junta Comercial por se tratar de uma sociedade empresária;
b) Distinção patrimonial, autonomia patrimonial, sujeito de direitos e obrigações
e existência distinta.
LUCAS SANTIAGO é recém formado em medicina pela universidade federal
de seu Estado. Seus pais, muito orgulhosos do filho, decidem oferecer-lhe um carro.
LUCAS, por outro lado, faz um pedido inusitado, ao invés do carro, pede para que seus
pais custem a anuidade de seu conselho pelos próximos 10 anos.
Com base no caso narrado, responda se as anuidades dos conselhos de
fiscalização profissional têm natureza tributária e, em sendo, qual espécie de tributo se
refere. Fundamente.
Resposta: Identificar qual espécie de tributo (contribuição social – atuação indireta do
estado).
Guilherme Guimarães é um empresário iniciante, mas muito bem preparado.
Para iniciar seu novo negócio contrata o doutor em finanças João Fonseca, para junto
com ele elaborar as estratégias financeiras de sua sociedade empresarial.
No dia marcado para receber o serviço contratado, Guilherme é surpreendido
ao receber em seu escritório a consultora Aline Gomes, representando o Dr. João, sob a
alegação de ter sido ela a responsável pela elaboração da estratégia financeira em razão
da opção do mesmo (João) se aposentar de forma precoce.
Com base no caso, responda qual obrigação foi firmada e quais suas
consequências.
Resposta: Inadimplemento da obrigação de fazer infungível quando a coisa torna-se
impossível com culpa do devedor – art 248 (Se a prestação do fato tornar-se impossível
sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por
perdas e danos).
Obrigação de fazer infungível. Pela impossibilidade da prestação do serviço com culpa
do devedor caberá este arcar com as perdas e danos.
Ricardo Loureiro, muito desanimado com o baixo lucro de sua padaria, decide
dedicar-se a outra atividade. Para tanto busca informações, no sentido de qual seria a
melhor área para atuar.
Após algumas pesquisas, vai até uma concessionária de carro e adquire um
modelo mais clássico. Sua ideia é ser motorista do “Uber” e prestar serviço de
transporte profissional.
Muito satisfeito com sua escolha, Ricardo incrementa seu negócio oferecendo
diversos “brindes” a seus passageiros.
O negócio vai muito bem até que o carro começa a aparecer um vício oculto.
Em decorrência de tal vício, Ricardo busca a responsabilidade do fornecedor e do
fabricante de forma solidária, com base no CDC.
Considerando que Ricardo adquiriu o carro para uso profissional, é possível a
aplicação do CDC no caso em apresso?
Resposta:Relação de consumo (consumidor como destinatário final fático e econômico)
Duas respostas válidas:
1ª Não, por usar como incremento a sua própria atividade.
2ª Sim, por ser ele vulnerável e hipossuficiente frente ao fornecedor.
MATEUS FERNANDES atua no ramo de compra e vendas de carro há muitos
anos. A proposta de seu negócio não exigia grandes formalidades, o interessado o
procurava e faziam as tratativas.
Ocorre, porém, que sentindo a necessidade de incrementar seu negócio, propõe
a FELIPE e AUGUSTO uma sociedade. A ideia consistia, basicamente, em constituir
uma pessoa jurídica, na forma de sociedade limitada.
Assim o fizeram. Por atuar muito tempo sozinho na atividade de compra e
venda de carros e sem qualquer formalização, MATEUS se habitou a usar os carros, que
serviriam como objeto da atividade, como seus. Desta forma, ele não via muita
diferença em seu patrimônio pessoal e o patrimônio da pessoa jurídica.
Diante do caso apresentado, pontue as consequências da personificação da
pessoa jurídica, apontando, inclusive, as sanções que MATEUS pode incorrer.
Resposta: Consequência da personificação
Distinção patrimonial, autonomia patrimonial, sujeito de direitos e obrigações e
existência distinta.
Em razão da realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro, o governo passou a
realizar diversas obras de mobilidade urbana. Embora tenha causado muitos transtornos
aos moradores da cidade, as obras irão facilitar muito a locomoção.
De acordo com o cronograma de obras, a última obra a ser concluída é o VLT
(veículo leve sobre trilhos), que ligará uma região da cidade a outra.
Em razão dessas obras públicas, os imóveis de determinada região foram
valorizados.

Diante do caso apresentado, diga:


I- Qual tributo pode ser cobrado com base nas informações prestadas?
II- Quem poderá cobrá-lo?
III- Explique seu fato gerador.
Resposta: Identificar qual espécie de tributo (contribuição de melhoria)
I- Contribuição de Melhoria
II- O município do Rio de Janeiro
III- Valorização imobiliária decorrente de obra pública
LOJA TENDITUDOLTDA. é contratada para fornecer material de escritório
para uma grande sociedade empresária. O contrato foi firmado nos exatos termos: a) o
material deveria ser personalizado para a pessoa jurídica, devendo o layout ser
aprovado pelo administrador; b) a entrega deveria ser realizada no dia 15.03.2016.
Passado a fase das tratativas, o administrador foi até a loja e aprovou o
material a ser fornecido.
Ocorre, porém, que a loja foi furtada durante a madrugada de 14/03/2016, e
levaram diversos produtos da loja, dentre eles o material que deveria ser entregue a
sociedade empresária.
Com base no caso apresentado diga qual a espécie de obrigação narrada e as
suas consequências:
Resposta:Inadimplemento da obrigação de dar coisa incerta
Trata-se de obrigação de dar coisa incerta. Em razão da mesma se caracterizar por
gênero, quantidade e qualidade, a mesma não perece.
Carolina Mendes, exímia costureira, decide abrir seu ateliê na Barra da Tijuca
do Rio de Janeiro para atender suas clientes mais exigentes.
Acostumada a fazer vestidos personalizados, foi contratada por Fay Lang para
confeccionar um vestido para sua filha usar na festa de seus 15 anos que ocorrerá dia
07/12/2015.
Como de costume, após o pagamento da primeira parcela do serviço, Carolina
emite um recibo em sua pessoa física.
Ao receber o vestido duas semana antes da data combinada, Fay dá o aceite e
encerra a obrigação de Carolina, culminando com o pagamento do valor restante e
recebendo outro recibo de quitação do preço.
Após a festa, o produto ficou danificado sem culpa da filha de Fay, mas sim
em razão da utilização de material inapropriado para este tipo de ocasião.
Ao receber uma ligação de Fay requerendo que o vicio do produto seja sanado,
pois o mesmo encontra-se na garantia legal prevista pelo CDC, Carolina lhe procura, na
qualidade de gestor financeiro de seu ateliê para saber se há relação de consumo entre
ela e Fay?
Justifique sua resposta.
Resposta: Relação de consumo (fornecedor Pessoa Física com habitualidade)
FIM
Esta aula foi produzida especialmente
para disciplina
Direito Empresarial para Gestores

Prof. Dr. Evandro Ferreira Gomes


(21) 98854-9014 / @evandroferreiragomes
egomes@eferreiragomes.com.br

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