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Roteiro 1 de LMF - Imuno

(ANATOMIA)
1) Identificar os componentes anatômicos ósseos da articulação do ombro
2) Entender as interrelações dos componentes anatômicos ósseos da articulação
do ombro
3) Identificar os componentes anatômicos da articulação do ombro (cápsula,
bursas e ligamentos)
4) Identificar os movimentos da articulação do ombro
5) Entender as interrelações dos componentes anatômicos da articulação do
ombro e os movimentos realizados pela mesma
6) Identificar e descrever as inserções dos músculos do esqueleto axial que
movimentam o ombro
7) Descrever os componentes do manguito rotator do ombro

Anatomia óssea do ombro:

Conecta o membro superior a caixa torácica por duas articulações. O ombro não é
uma articulação? NÃO. O ombro é um complexo articular com quatro articulações.

 Clavícula: é um osso de conexão entre o esqueleto axial e o membro superior.


 Escápula: em latim significaria “pá pequena”. Antigamente, era chamada de
omoplata.
 Úmero: osso do braço.
Obs.: tem um osso do esqueleto axial que faz parte do ombro. O esterno (manúbrio)
na sua parte superior se articula com a clavícula.
Articulações do ombro:

 Articulação esternoclavicular: basicamente é a articulação que une o


esqueleto axial ao periférico.
 Articulação acromioclavicular: é a articulação que une a clavícula à parte
mais alta da escápula (acidente ósseo acrômio)
 Articulação escapulotorácica: é a articulação que ocorre entre a escápula e a
caixa torácica. Articulação falsa da escápula com as costelas. É falsa, pois não
tem cápsula articular e nem elementos que caracterizam uma articulação.
 Articulação escapuloumeral ou glenoumeral: é a articulação que ocorre
entre a escápula e o úmero. É uma articulação esferoide, pois ela ocorre a
partir do encaixe da cabeça do úmero e a cavidade glenoide (lábio glenoide-
melhora a conexão).
Obs.: articulação subacromial é ou não uma articulação?
(Bursa- são bolsas revestidas internamente por uma membrana chamada de “sinovial”,
a mesma que existe dentro das nossas articulações. O conteúdo destas bursas é o
líquido sinovial, uma substância de aspecto viscoso, com características de gel. São
reservatórios de liquido sinovial para amortecer o ombro)
O ombro é uma articulação muito móvel, geralmente, articulações esferoides são
muito móveis. Ela se move em três eixos: abdução e adução, flexão e extensão,
rotação interna e externa. O “preço” pela alta mobilidade é a perda da estabilidade,
ou seja, articulações muito móveis são instáveis, pois apresentam maiores
chances de problemas, como luxações.
A cartilagem articular é o material que cobre as extremidades dos ossos de uma
articulação e é muito importante nas grandes articulações que suportam peso. A
cartilagem articular é branca e brilhante. É escorregadia e permite as superfícies
articulares deslizarem umas contra as outras sem causar qualquer dano ou atrito. No
ombro, a cartilagem articular abrange a cabeça do úmero e a área do encaixe
com a glenóide da escápula.
Os ligamentos são estruturas moles que ligam (estabilizam) ossos aos ossos. A
cápsula articular é uma bolsa elástica que envolve um conjunto articular. No ombro a
cápsula articular é formada por um conjunto de ligamentos que ligam o úmero a
glenóide. Esses ligamentos são a principal fonte de estabilidade para o ombro, pois
eles ajudam a segurar o ombro no lugar e evitar o seu deslocamento (luxação).
Músculos do ombro:
Os músculos são os responsáveis em fornecer maior estabilidade a articulação
glenoumeral, pois comprimem a cabeça do úmero na região da cavidade glenoide.
Portanto, os músculos do manguito rotador, além de movimentarem o ombro eles
ainda melhoram a estabilidade dinâmica do ombro.
São quatro os músculos do manguito rotador:

 Supraespinal: localizado na região posterior da escápula e superior ao


acidente ósseo da espinha escapular (inicia abdução do ombro)
 Infraespinal: localizado na região posterior da escápula e inferior ao acidente
ósseo da espinha escapular (inicia a rotação externa)
 Redondo menor (inicia a rotação externa)
 Subescapular: fica na fossa subescapular na região anterior (rotação interna)
Obs.: tem autores que consideram o redondo maior como músculo do manguito
rotador.
Todos os três da parte posterior (supraespinal, infraespinal e redondo menor) se
inserem no tubérculo maior do úmero. O único músculo do manguito rotador que fica
inserido no tubérculo menor do úmero é o subescapular.
Observações:
O ombro apresenta a maior amplitude de movimento dentre todas as articulações do
corpo humano, mas essa capacidade enorme de movimento pode gerar patologias
nesta articulação (Mobilidade x Estabilidade).
Os ligamentos são estruturas especializadas que ligam os ossos entre si,
promovendo estabilidade das articulações, e servem de guia para o
movimento articular. São peças de tecido conjuntivo denso compostas por fibras
colágenas que fornecem alta resistência à tração (BENJAMIN & RALPHS, 1997).
Ligamentos do ombro:

 Ligamento coracoacromial
 Ligamento ____________
 Ligamento glenoumeral
(HISTOLOGIA)
1) Caracterizar histologicamente os ossos longos
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido
conjuntivo.
Funções:

 Constituinte principal do esqueleto, serve de suporte


para as partes moles e protege órgãos vitais
 Aloja e protege a medula óssea, formadora das
células do sangue
 Proporciona apoio aos músculos esqueléticos e
constitui um sistema de alavancas que amplia as
forças geradas na contração muscular
 Funciona, ainda, como depósitos de cálcio, fosfato e
outros íons, armazenando-os ou liberando-os de
maneira controlada para manter constante a
concentração desses importantes íons nos líquidos
corporais.

Constituintes: tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células, e material


extracelular calcificado, a matriz óssea. A matriz apresenta 50% de parte orgânica e
50% de material mineral.

 Parte orgânica: 95% colágeno tipo I, glicosaminoglicanos e proteoglicanos


semelhantes aos da cartilagem, glicoproteínas adesivas com osteonectina que
faz a ligação ao colágeno e aos proteoglicanos.
 Parte inorgânica: íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio que formam
cristais de hidroxipatita.
Estrutura dos Ossos Longos:
A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é
responsável por sua resistência. Os ossos longos contêm locais de crescimento e
remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo
são as seguintes:

 Diáfise: é a haste longa do osso. Ela é constituída principalmente de tecido


ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.
 Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o
articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise
consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso
e recobertas por cartilagem.
 Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.

Células do tecido ósseo:

 Células osteoprogênitoras: são células com poder de diferenciação e


proliferação em osteoblastos. Durante a fase de crescimento dos ossos e
reparações de lesões ósseas, as células osteoprogenitoras são mais ativas e
também aumentam a sua atividade originando novos osteoblastos para o
tecido ósseo.
 Osteoblastos: são células jovens com intensa atividade metabólica e
responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz óssea. Também
concentram fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. São
cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso (periósteo).
Fazem regeneração óssea após fraturas. Os osteoblastos destacam-se por
apresentar muita basofilia (afinidade por corantes básicos). Os osteócitos
originam-se de osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por
matriz óssea.
 Osteócitos: localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. Os
osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz
óssea.
 Osteoclastos: células muito grandes que resultam da fusão de várias células
do sistema fagocitário mononuclear, têm origem em células que se originam na
medula óssea. Participam dos processos de reabsorção e remodelação do
tecido ósseo. Com o passar do tempo o citoplasma fica acidófilo (afinidade por
corantes ácidos).

Periósteo e endósteo:
As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas
e tecido conjuntivo que, constituem o endósteo e o periósteo, respectivamente.
As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o
fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a recuperação do osso.
Tipos de tecido ósseo:
Classificação anatômica e macroscópica:

 Osso compacto: constituído de partes sem cavidades


 Osso esponjoso: constituídos por partes com muitas cavidades
intercomunicantes.
Essa classificação é macroscópica e não histológica.
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com
uma delgada cama superficial compacta. A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente
compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda,
delimitando o canal medular. As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da
diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea vermelha. Pouco a pouco
com a idade, vai sendo infiltrada por todo o tecido adiposo, com a diminuição da
atividade hematógena (medula óssea amarela).

Classificação histológica:
Tecido ósseo primário ou imaturo: As fibras colágenas se dispõem irregularmente,
sem orientação definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se
organizam em lamelas que adquirem uma disposição muito peculiar. Em cada osso, o
primeiro tecido ósseo que aparece é do tipo primário sendo substituído gradativamente
por tecido ósseo lamelar ou secundário. Deste último tipo fazem parte o osso
compacto e o osso esponjoso.

Tecido secundário (lamelar): fibras colágenas organizadas em lamelas que ficam


paralelas umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais
com vasos, formando os sistemas de Harvers ou ósteon.
2) Caracterizar histologicamente uma articulação sinovial (cavidade, cápsula, área
de ossificação e periósteo)
Articulação: união ou junções de dois ou mais ossos.
Articulações sinoviais (diartroses) são as mais encontradas no corpo. São
aquelas em que a superfície óssea é recoberta por uma cartilagem articular e que
são unidas por ligamento e revestidas por uma membrana chamada de membrana
sinovial. São as articulações que mais permitem movimentos.
Os ossos nas articulações sinoviais ficam ligados a partir de uma cápsula articular.
Dentro dessa cápsula existe um espaço conhecido como cavidade articular. Nessa
cavidade existe um líquido que é produzido pela própria cápsula. Esse composto é
chamado de líquido sinovial. Geralmente, as extremidades dos ossos dentro dessa
cápsula são protegidas por cartilagem, conhecida como cartilagem articular. Há
também a presença de ligamentos.
O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência
rígida. Dá suporte para tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde absorve
choques, e facilita o deslizamento dos ossos na articulação. A cartilagem é essencial
para a formação e crescimento do osso longo. Contém células, os condrócitos, e
abundante material extracelular que constitui a matriz.
Cartilagem hialina: é o tipo mais frequente encontrado no corpo humano. Entre a
diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, de
cartilagem hialina que é o responsável pelo crescimento do osso em extensão. É
formada por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido hialurônico, proteoglicanas
e glicoproteínas. A condronectina participa da associação do arcabouço
macromolecular da matriz com os condrócitos.
Na periferia da cartilagem hialina observamos os condroblastos, são células jovens
com alto poder de síntese, apresentam forma alongada e sintetizam os elementos da
cartilagem. Mais profundamente encontramos os condrócitos, são arredondados e
aparecem em grupos de até 8 células, chamados grupos isógenos, porque suas
células são originadas de um único condrócito. Os condroblastos são células
secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, e da substancia fundamental
(proteoglicanas, glicosaminoglicanas e as glicoproteínas de adesão, como a
condronectina).

3) Caracterizam histologicamente e compreender o processo de apoptose


Ao contrário da necrose, a apoptose é uma modalidade de morte celular de
demonstração histológica bem mais difícil. Isso se dá porque a apoptose afeta células
individualmente, ocorre de forma rápida, com poucas horas entre seu início e término,
e as células apoptóticas desaparecem completamente sem desencadear reação
inflamatória.
Apoptose é uma forma de morte celular programada, ou "suicídio celular". É diferente
de necrose, na qual as células morrem por causa de uma lesão. A apoptose é um
processo ordenado, no qual o conteúdo da célula é compactado em pequenos pacotes
de membrana para a "coleta de lixo" pelas células do sistema imunológico.
A morte celular programada, ou apoptose, é caracterizado por um processo fisiológico,
sendo controlado e ativo, utilizando gasto de energia. É essencial para eliminação de
células que podem estar em excesso ou que não são mais viáveis para o nosso
organismo. É um processo que não envolve inflamação, sendo realizado por
fagocitose de células vizinhas ou por macrófagos do próprio tecido.
            A apoptose é caracterizada por aspectos morfológicos e moleculares. Dentro
dos aspectos morfológicos estão inclusos: redução do volume celular, condensação de
cromatina, clivagem do DNA  e fragmentação da célula em corpos apoptóticos sem
ocasionar resposta imunológica. Entre os aspectos moleculares, observa-se: liberação
do citocromo e da mitocôndria, ativação das caspases, que são responsáveis pela
clivagem de diversos substratos celulares, levando então a célula à morte celular.
            Dessa maneira, pode ser desencadeada por estímulos exógenos que agem
nos receptores da membrana das células ou estímulos endógenos após diferentes
agressões, como: radiações, estresse oxidativo, agressão química e hipóxia.
Mecanismos morfológicos
          A morfologia da célula acontece inicialmente com a redução do tamanho, o
citoplasma fica denso, a cromatina se condensa e fica disposta em grumos que
estarão acoplados à membrana celular. Depois o núcleo acaba se fragmentando, a
membrana citoplasmática emite projeções que formarão brotamentos, levando a
fragmentação da célula em múltiplos brotos, chamados de corpos apoptóticos. Há
então a endocitose por células vizinhas ou por macrófagos.
Mecanismos moleculares
            Inicialmente teremos ativação das caspases que são enzimas que clivam
proteínas em resíduos de ácido aspártico. A principal caspase responsável por pular a
cascata proteolítica é a caspase-8. Para as caspases serem ativadas é necessário que
haja uma resposta ao acoplamento de ligantes específicos como o fator de necrose
tumoral (FNT) e o receptor Fas, formando cadeias da morte (“death domain”), ativando
a caspase 3, 6 ou 7, levando a apoptose.
            Além das caspases temos a participação da mitocôndria no processo de
apoptose. A mitocôndria guarda em seu espaço intramembranoso substâncias como o
citrocromo-c, que quando liberado se associa a proteínas presentes no citoplasma –
apaf-1 e a pró-caspase-9 – e na presença de ATP ativa a caspase-9, que ativa as pró-
caspases-3 e 7, que executam o processo de apoptose.

4) Reconhecer um mastócito e compreender sua participação no processo


inflamatório
O tecido conjuntivo é a sede da inflamação. O mastócito e os macrófagos não estão
na corrente sanguínea, mas no tecido conjuntivo. O macrófago é formado a partir do
monócito. Os mastócitos surgem a partir da medula óssea e possuem grânulos de
defesa que contêm: histaminas e etc.
Mastócitos são células do tecido conjuntivo que participam dos mecanismos de defesa
do organismo e estão envolvidos em reações imunes locais, reações de
hipersensibilidade imediata e retardada, reações inflamatórias, eliminação de parasitas
e também na imunidade inata contra afecções bacterianas.
Sabe-se, a um certo tempo que os mastócitos participam do processo inflamatório.
Esse conhecimento é baseado no fato de que os mastócitos estão presentes e são
recrutados para os locais de inflamação. Entretanto, o nível de participação dos
mastócitos em processos inflamatórios e a importância de seu papel, ainda não foram
completamente elucidados. O principal produto de secreção dos mastócitos é a
triptase.
Observamos a presença de mastócito tanto na reação inflamatória aguda quanto
crônica.
Maior concentração de células de defesa  infiltrado inflamatório
Aguda: predomina neutrófilo (infiltrado inflamatório)
Crônica:
A pneumonia, apendicite, dermatite é para ver a presença de neutrófilos.
5) Reconhecer as características morfológicas de uma célula em necrose
Necrose indica morte celular ou de tecidos no organismo. Sabe-se que o processo de
necrose envolver também o processo inflamatório no local. Várias são as causas de
necrose, entre elas, diminuição do aporte de sangue ou falta de oxigenação com
presença de toxinas e enzimas que levam à morte celular.
Definição de necrose

            A necrose é um tipo de morte celular no organismo vivo, onde as células


sofrem um insulto que resulta no aumento do volume celular, agregação da cromatina,
desorganização do citoplasma e consequentemente ruptura celular. Durante esse
processo, o conteúdo que é liberado do seu interior para o exterior, causa danos às
células próximas e acontece uma reação inflamatória local, ocorrendo uma lesão
celular irreversível.

            Na necrose teremos uma agressão suficiente que interromperá funções vitais
da célula, como: interrupção da produção de energia e sínteses celulares e com isso,
os lisossomos perdem a capacidade de conter as proteases, iniciando a digestão
celular, chamada de autólise.

Aspectos morfológicos da necrose

            Os aspectos macroscópicos decorrem de alterações do processo de autólise,


podendo ser observadas algum tempo após ter ocorrido a morte celular.

 Como características comuns macroscópicas, podemos ter: diminuição da


consistência e da elasticidade devido a liso dos constituintes celulares e alterações na
coloração e no aspecto geral da célula.

            Com a diminuição do pH na célula morta e a ação das desoxiribunecleases e


outras enzimas, observamos alterações microscópicas como as alterações nucleares,
caracterizada por picnose nuclear (intensa contração e coloração da cromatina),
cariólise (digestão da cromatina, observando a ausência dos núcleos nas células) e
cariorrexe (dispersão do núcleo no citoplasma).

O que pode causar a necrose?

            Podemos dividir as causas em agentes físicos, agentes químicos e agentes


biológicos que alterem as funções vitais da célula.

            Os agentes físicos estão relacionados a trauma mecânico, variações de


temperatura, variações de pressão atmosférica, radiação e choque elétrico.

            Os agentes químicos são drogas que podem gerar lesão celular, como formol,
fenol, os acais e entre outros. A causa mais comum relacionada aos agentes
biológicos é a toxina tetânica que atua no sistema nervoso central e a aflotoxina
produzida pelo fungo Aspergillus, levando à necrose hepática.

            Todos esses agentes participam das alterações na mitocôndria, membranas


celulares, na síntese proteica e no processo de manutenção da integridade do DNA.

Tipos de necrose
            O aspecto morfológico da necrose vai depender do tipo de tecido e do fator
etiológico atingido. Eles irão determinar os mecanismos que causam a morte celular,
levando ao organismo produzir uma inflamação e eliminando o tecido necrótico, o
substituindo por tecido fibroso.

 Necroso por coagulação

O processo de coagulação é o resultado da transformação do estado sólido coloidal


das proteínas celulares em um estado mais sólido. Com isso haverá desnaturação das
proteínas, com inativação das enzimas proteolíticas, tornando o tecido firme, pálido e
ressecado.

É característico da morte celular decorrente de hipóxia das células, como o que ocorre
no infarto agudo do miocárdio.

 Necrose por liquefação

Ocorre principalmente no cérebro e nos abscessos. A constituição do cérebro é rica


em lipídeos, que não sofrem coagulação como as proteínas, havendo dissolução.

O pus é o resultado da agressão celular por agentes que evocam uma reação
inflamatória supurativa e quando localizado é denominado de abscessos. Os
abscessos são ricos em enzimas hidrolíticas, levando a uma dissolução enzimática
rápida e total do tecido morto.

 Necrose gordurosa

Ocorre no tecido adiposo devido a ação de lipases, havendo uma produção de ácidos
graxos que formam complexos com o cálcio. É comum na necrose pancreática aguda.

 Necrose caseosa

Ocorre na tuberculose onde as células vão ser transformadas em uma massa amorfa,
sendo sua composição de proteínas e lipídeos. Lembra o aspecto de queijo cremoso.
No aspecto microscópico é visualizado um tecido granuloso, amorfo com perda total
de detalhas celulares.

 Necrose fibrinóide

Ocorre nas paredes dos vasos e no tecido conjuntivo, devido a substituição da


estrutura normal por uma estrutura de massa hialina, acidófila e semelhantes à fibrina.
São chamadas de “doenças do colágeno”, como a febre reumática e a artrite
reumatoide.

 Gangrena

São necroses que ocorrem com isquemia e liquefação, devido a ação de bactérias e
leucócitos. Por isso os tecidos que são de fácil acesso e proliferação bacteriana são os
mais atingidos, como: pele, pulmão, intestino. Há três tipos de gangrena: seca, úmida
e gasosa.
A gangrena  seca é a caracterizada pela necrose isquêmica por coagulação das
extremidades. O aspecto do tecido fica mais escuro e seco, devido às alterações da
hemoglobina e perda de água.

A gangrena úmida é decorrente da decomposição tecidual por bactérias saprófitas e


anaeróbicas que causam putrefação e amolecimento do tecido, levando ao aspecto
úmido.

Já a gangrena gasosa é causada pela infecção pelo Clostridium


perfringens e Clostridium septicum que são responsáveis pela invasão celular
causando mionecrose. A espécie clostridia liberará colagenase e hialuronidase que
facilitam a degradação do tecido conjuntivo e difusão de suas toxinas. 

(IMAGINOLOGIA)
Rx de ombro
AP (Rotação interna, neutro e rotação externa)
Observar a distância do úmero com a cavidade glenóide. Se não houver o espaço
pode ser indício de uma osteoartrite.
Luxação- problema na articulação. Quando o ombro “desloca”. É muito comum no
ombro pois a glenoide é rasa.
Cuidado, a luxação pode vir acompanhada de fratura.

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