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ACESSÍVEL
QUEREMOS CONSTRUIR
UM MUNICÍPIO PARA TODOS
Prefácio 8
Enquadramento 14
O Programa Operacional de Potencial Humano (POPH) 14
A vontade do Município na adesão 16
O Plano 32
O Método de Trabalho 34
Espaço Público 36
Edificado 82
Transportes 96
Comunicação em documentos impressos 116
Infoacessibilidade 128
7
1.
PREFÁCIO
Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente
9
M.PT, Paula Teles
11
É na tentativa de encontrar as melhores so- o espaço público, aos edifícios, à comuni-
luções técnicas para o redesenho das vilas e cação e design, aos transportes, à infoaces-
das cidades, no contexto das inúmeras di- sibilidade.
versidades paisagísticas, arquitectónicas e Portugal, nos últimos anos tem dado um
sociais desses lugares, que este documento enorme salto nesta matéria e o Governo e
poderá ser um instrumento precioso, con- as autarquias muito têm contribuído para
tribuindo para agilizar o processo de pla- um Portugal mais inclusivo e mais demo-
neamento, do projecto e das obras nas vilas crático. É deste relevante trabalho, que in-
e cidades portuguesas. tegra a arte de desenhar à utilização do es-
A acessibilidade e mobilidade para todos paço que é de todos, que espero ser útil
envolve tantas disciplinas e saberes desde para desenhar um novo território.
13
2.
ENQUADRAMENTO
2.1 O Programa Operacional de Potencial Humano (POPH)
O POPH é o programa que concretiza a agenda temática para o potencial humano inscri-
ta no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), documento programático que
enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal
no período 2007-2013.
Com uma dotação global aproximada de 8,8 mil milhões de Euros, dos quais 6,1 mil mi-
lhões de comparticipação do Fundo Social Europeu, o POPH visa estimular o potencial
de crescimento sustentado da economia portuguesa, no quadro das seguintes prioridades:
A actividade do POPH estrutura-se em torno de dez eixos prioritários, sendo o Eixo Prio-
ritário 6 - Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social - o eixo onde se enquadrou a can-
didatura dos Programas de Promoção da Acessibilidade do Município de Palmela.
15
2.2 A vontade do Município na adesão
17
3.
PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA ACESSIBILIDADE
- O QUE É
Todos os dias um elevado número de pessoas deparam-se com grandes dificuldades ou
se vêem impossibilitadas de frequentar locais públicos, devido quer ao conjunto de obstá-
culos existentes na via pública ou nos transportes, quer à falta de condições de acesso e de
circulação, tanto nas ruas como nos edifícios de utilização colectiva.
Deste modo, construir cidades acessíveis a todos constitui um imperativo ético e social,
que traduz o respeito pelos valores fundamentais da solidariedade, da liberdade e da equi-
paração de oportunidades. Esta abordagem que visa a qualidade do ambiente urbano, con-
duziu à operacionalização de um conjunto de Acções de Promoção da Acessibilidade e ao
desenvolvimento do Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade.
19
3.1.1 Formação e Informação
27
A difusão deste painel diversificado de su-
portes prende-se com a necessidade em
implicar todos os segmentos da comu-
nidade na procura de soluções para uma
melhor acessibilidade, sensibilizando to-
Fig. 06 Enara “Palmela Acessível”
dos para a importância de um espaço ur-
Campanha de divulgação e sensibilização
bano acessível.
Infoacessibilidade
Fig. 10 Sectores de
intervenção do Plano
Municipal de Promoção
da Acessibilidade
Edificado
Comunicação Transportes
33
4.1 O Método de Trabalho
Corredores Corredores
Acessíveis Diagnóstico Inacessíveis
Tipologias
de Problemas
Propostas
de Intervenção
Fig. 11 Metodologia de trabalho
35
4.2 Espaço Público
Estratégia
A estratégia de trabalho assumida pela equipa técnica do plano nos levantamentos efec-
tuados, baseou-se no pressuposto de que os Espaços Públicos do Município de Palme-
la devem ser servidos por uma rede de percursos pedonais, designados de acessíveis, que
proporcionem o acesso seguro e confortável das pessoas com mobilidade condicionada a
todos os pontos relevantes da sua estrutura activa.
Passadeira Papeleira
Floreira
Parquímetro
Bandeira
CicloParque
Semáforo
Cabina Telefónica
38
Fig. 13 Descarregamento dos dados em SIG - Sistema de Informação Georeferenciada - Pinhal Novo
As barreiras encontram-se divididas em complexas. Para os cegos, uma vez que não
dois grandes grupos: barreiras urbanísti- permanecem no mesmo local e que difi-
cas e arquitectónicas e barreiras móveis cultam o seu reconhecimento, apresen-
(ver tabela de tipologias). Pelas primeiras, ta-se como as mais limitadoras. Por outro
entendem-se as barreiras com um carácter lado, caso haja vontade por parte da socie-
mais permanente no território, enquanto dade civil, são também as mais fáceis de re-
que as barreiras móveis podem traduzir- mover.
se em exemplos pontuais como estaciona- Nas imagens apresentadas é possível visu-
mento abusivo, esplanadas desordenadas, alizar, um extracto de uma planta após o
mercadorias junto à entrada dos estabele- tratamento dos dados em SIG, com o ní-
cimentos comerciais, obras e tapumes, etc. vel de acessibilidade correspondente. Após
a identificação e localização de barreiras, é
Estas últimas encontram-se em vários lo- possível determinar a extensão dos percur-
cais e de forma diferenciada ao longo do sos acessíveis, classificando os corredores
dia e, por este mesmo motivo, constituem- de acordo com a sua acessibilidade.
se, em muitas situações, como as mais
44
Fig. 16 Extensão de áreas diagnosticadas - Concelho de Palmela
45
De acordo com a metodologia adoptada, o conjunto das áreas territoriais é diagnosticado,
permitindo aferir a localização das barreiras e a extensão das áreas críticas de acessibili-
dade. As barreiras que impossibilitam uma circulação contínua e confortável prendem-se
com uma diversidade de factores, tais como a ausência de passeios e passeios subdimen-
sionados, bem como a ausência de passadeiras e respectivos rebaixamentos, como exem-
plificam as imagens seguintes.
47
Abrigo de Transportes Colectivos
Floreira
49
Armário (EDP, Gás)
Obstáculo Comercial
51
Conforme exemplificado e referido atrás,
procedeu-se à integração do diagnóstico
em SIG, num sistema que permite a con-
sulta dos percursos acessíveis numa pla-
taforma online. Assim, todas as barreiras
identificadas nas áreas diagnosticadas se
tornam facilmente visíveis, como exempli-
ficam as imagens seguintes.
52
Fig. 17 Extractos da Planta de localização de barreiras - Pinhal Novo
54
Fig. 18 Extractos da Planta de localização de barreiras - Poceirão
56
Fig. 19 Extractos da Planta de localização de barreiras - Venda do Alcaide
Esta apresentação uniforme permite que as relativa à localização das barreiras numa
várias equipas utilizem um sistema e uma outra linguagem que dá a conhecer a ex-
imagem análogos, assegurando uma me- tensão dos corredores confortáveis e aces-
todologia comum que garanta maior coe- -síveis.
rência e continuidade do trabalho no Mu- A classificação dos corredores resultou
nicípio de Palmela. num mapa com corredores verdes e ver-
Após a recolha dos dados relativos às bar- melhos, de acordo com o seu nivel de aces-
reiras em espaço público torna-se neces -sibilidade.
-sário transformar a informação em níveis Representados a verde, apresentam-se as
de acessibilidade, de forma a permitir a fá- extensões do percurso consideradas aces-
cil identificação dos locais acessíveis, isto é, -síveis, por possuírem a largura mínima
percursos de 1,20m | 1,50m conforme as exigida pela legislação em vigor, livre de
directrizes do Decreto-Lei 163/2006 de 8 obstáculos, para uma boa circulação do
de Agosto. Em suma, trata-se de um pro- peão.
cesso que permite “codificar” a informação
61
As orientações propostas para a área ob- Deste modo, a metodologia adoptada as-
jecto de estudo baseiam-se no pressupos- senta sobre um conjunto de tarefas orga-
to da construção de uma rede de percur- nizadas em duas fases de trabalho distintas
sos pedonais acessíveis que proporcionem correspondentes à definição de soluções
o acesso seguro e confortável dos cidadãos gerais para a eliminação de barreiras no es-
a todos os pontos relevantes da estrutura paço público e ao desenvolvimento das so-
activa das várias áreas de intervenção, en- luções específicas para cada uma das áreas
quadrando os princípios de design univer- definidas, através de propostas de desenho
sal e a legislação nacional como orientação urbano, adequadas a cada um dos percur-
para a resolução dos problemas. sos pedonais.
Relatório
de soluções para
o espaço público
63
Localização e design inadequados Exemplo de correcta localização e design
64
Pilaretes a obstruir o canal de circulação
67
Fig. 25 Desenho de soluções para a acessibilidade em espaço público - Escadas
69
Fig. 26 Desenho de soluções para a acessibilidade em espaço público -
Estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada
Tipo de Intervenção
Relocalização ou Remoção de Barreiras
Intervenções Mistas
B - Intervenções Mistas: tipologias de intervenção que, pela sua especificidade, poderá ser
de maior ou menor dificuldade de resolução, i.e. a existência de contentores do lixo pode-
rão implicar pequena obra caso se trate da colocação de molok;
75
Em relação aos traços de Desenho Urbano, trata-se de um tipo de intervenção que implica
o redesenho dos arruamentos e, como tal, as propostas definidas desdobram-se em exem-
plos de perfis definidos com base nos parâmetros de largura dos arruamentos, apoiados
num Dossier de Perfis Tipo:
Assim sendo, os cinco perfis obtidos correspondem aos seguintes parâmetros de via:
Perfil Tipo 1: Proposta para arruamento de largura inferior a 5,15 metros;
Perfil Tipo 2: Proposta para arruamento de largura entre a 5,15 e 5,40 metros;
Perfil Tipo 3: Proposta para arruamento de largura entre a 5,40 e 8,40 metros;
Perfil Tipo 4: Proposta para arruamento de largura entre a 8,40 e 9,60 metros;
Perfil Tipo 5: Proposta para arruamento de largura superior a 9,60 metros.
77
Neste segundo Perfil-tipo, em que a di-
mensão média da rua se aproxima das me-
didas referidas, optamos por definir cor-
-redores laterais de pelo menos 1,20m de
largura, em material confortável para cir- Para além da definição de perfis tipifica-
culação pedonal. Apesar do nivelamento dos, onde se apresentam desenhos esque-
do pavimento que se propõe também para máticos como os anteriores apresentam-se,
este perfil, é feita a diferenciação entre as também, esquiços de soluções que repre-
áreas de circulação automóvel e o fluxo pe- sentam formas possíveis de como se pode-
donal, através da utilização de materiais rão trabalhar e desenvolver soluções para
distintos. os problemas identificados.
Fig. 30 Desenhos de adaptação das soluções para a Rua Júlio Dinis – Pinhal Novo
79
Atendendo às problemáticas existentes,
identificadas nas fases de levantamento e
diagnóstico, as propostas apresentadas em
esquiço de adaptação de soluções de aces-
sibilidade, remetem para a redefinição da
tipologia dos arruamentos, com a criação
de uma rede continua de percursos pedo-
nais, acessíveis e confortáveis, conduzin-
do, desta forma, à melhoria da qualidade
dos espaços públicos do município. Estas
propostas, apresentadas em forma de foto-
montagem, tentam para situações específi-
cas, propor uma nova organização dos es-
paços que melhore o ambiente global do
espaço urbano.
Fig. 32 Desenhos de adaptação das soluções para a Rua Venâncio Costa Lima – Quinta do Anjo
81
4.3 Edificado
83
Durante a fase de diagnóstico do Plano Fig. 33 Atendimento Municipal de Pinhal Novo
Municipal, e de acordo com a metodolo- Fig. 34 Centro de Recursos
gia apresentada, foram identificados e ana- para a Juventude de Quinta do Anjo
lisados cerca de 50 edifícios de utilização
pública.
85
20) Escola Básica José Saramago
21) Escola Básica de Lagoa da Palha
22) Escola Básica de Olhos de Água nº1
23) Escola Básica de Olhos de Água nº2
24) Escola Básica de Palhota
25) Escola Básica de Quinta do Anjo
26) Escola Básica Salgueiro Maia
27) Jardim-de-infância de Vale da Vila
28) Escola Básica Zeca Afonso
29) Escola Básica José Maria dos Santos
30) Escola Básica de Águas de Moura
31) Escola Básica Alberto Valente
1
Não se procedeu ao diagnóstico do edifício sede pois encontra-se prevista a execução de projecto de remodelação para
edifício, o qual contempla as normas de acessibilidade.
87
IDENTIFICAÇÃO
DESIGNAÇÃO: ATENDIMENTO MUNICIPAL PINHAL NOVO
LOCALIZAÇÃO: RUA JOSÉ SARAMAGO Nº 15 - B
DESCRIÇÃO, FUNÇÃO OU USO DO EDIFÍCIO: MELHORAR A RESPOSTA DOS SERVIÇOS
OFERECIDOS AOS CIDADÃOS, REFORÇANDO EM SIMULTÂNEO A EFICÁCIA E EFICIÊNCIA
DA ORGANIZAÇÃO.
Propõe-se:
• No lugar exclusivo para pessoas
com mobilidade reduzida o piso deverá
estar demarcado com cor contrastante
e o sinal horizontal com símbolo
internacional deverá ser inscrito no
pavimento. Os problemas identificados nos equipa-
• O pavimento deve ser corrigido para mentos, são verificados segundo a legis-
que a sua utilização seja feita de uma lação em vigor para a acessibilidade, que
forma confortável e sem barreiras. regula a sua promoção como elemento es-
• A rampa deve ter duplo corrimão -sencial na qualidade de vida dos espaços
com elemento preênsil a 75cm e 90cm urbanos.
e com a largura de 90cm entre os Como exemplo, apresenta-se o diagnósti-
corrimões. co e as propostas correctivas referentes ao
• O mobiliário urbano deve estar Atendimento Municipal de Pinhal Novo,
direccionado para um design inclusivo. de acordo com os passos sequenciais da
análise ao edificado:
89
REGISTO FOTOGRÁFICO
Distribuição no edifício
• O edifício estrutura-se apenas num
piso e não existem desníveis.
• Os corredores e espaço de
distribuição são amplos.
Fig. 37 (continuação) 91
REGISTO FOTOGRÁFICO
Dependências
• Existe Instalação Sanitária dirigida a
pessoas com Mobilidade Reduzida e está
equipada com os respectivos adereços e
bem dimensionadas.
A área de atendimento é rebaixada em
forma de secretárias e permite uma
utilização mais facilitada a pessoas com
mobilidade reduzida.
Fig. 37 (continuação) 93
REGISTO FOTOGRÁFICO
Sinalética Propõe-se:
• Apesar algumas dependências terem • A melhoria da acessibilidade de
presença de sinalética, esta mostra-se informação ao nível das placas de
ineficaz, uma vez que apresenta um informação, altura, dimensionamento,
design, localização e dimensionamento não localização, contraste, Braille e dispositivo
recomendados. luminoso.
• Detectou-se uma completa ausência de
sinalética dirigida para os invisuais (Braille)
e para os surdos (sinais luminosos).
Fig. 37 (continuação) 95
4.4 Transportes
Levantamento e Diagnóstico
Dada a dimensão e/ou especificidade que
as áreas de estudo podem abranger e a
existência de variados tipos de transpor-
te colectivo, entendeu-se como necessário
restringir a análise aos tipos de transportes
colectivos que criam um efectivo esquema
de rede.
Deste modo, pela especificidade de que se
reveste o Plano Municipal de Promoção
da Acessibilidade de Palmela, optou-se
pelo estudo do Transporte Rodoviário Co-
lectivo, atendendo a que este é o operador
com maior expressão no concelho.
1. Análise dos veículos de transporte: frota de autocarros utilizados pela empresa Trans-
portes Sul do Tejo, e outros veículos de transporte colectivo designadamente o mini bus
“Vai Vem social”, iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo e pela em-
presa LOGZ – Atlantic Hub e mini bus “Circuito Urbano Pinhal Novo”, transporte promo-
vido pelo município.
Fig. 39 Análise dos veículos de transporte colectivo “Circuito Urbano Pinhal Novo”
99
Espaço
Público
Paragem
Corredores
Acessíveis
Barreira ao Acesso
Percurso ao Interior
Acessível do Abrigo
Mobiliário Design
Urbano do Abrigo
100
Fig. 40 Parâmetros analisados em matéria de acessibilidade nos transportes colectivos rodoviários
Veículo
Sinalização
Paragem
Dimensões Lugares
dos Reservados
Corredores
Botões de Acomodação
Paragem de Cadeiras
de Rodas 101
A rede de transportes colectivos estrutu-
ra-se, essencialmente, em torno das vias de
transporte rodoviário. Como se pode veri-
ficar, na imagem, a rede desenvolve-se nos
principais eixos, mostrando-se mais densa
nos núcleos centrais das freguesias e mais
dispersa à medida que se afasta dos locais
que concentram uma maior aglomeração
populacional.
102
Fig. 41 Rede de transporte rodoviário colectivo do Município de Palmela
Linhas
Transportes Urbanos de Pinhal Novo
TST - Transportes Sul do Tejo
De forma global, existem aproximadamente 30 percursos urbanos e interurbanos efectua-
dos pela TST - Transportes Sul do Tejo, partindo quer dos núcleos centrais do concelho de
Palmela, quer dos municípios vizinhos, fazendo ligação entre todas as freguesias do muni-
cípio de Palmela e com os concelhos vizinhos. Na Vila de Pinhal Novo existe um circuito
urbano que faz a ligação entre os principais equipamentos existentes.
Os sistemas de transporte colectivo são considerados acessíveis, quando todos os seus ele-
mentos são concebidos, organizados, implantados e adaptados tendo em conta o conceito
do design universal.
Estas preocupações evidenciadas na figura da página seguinte, garantirão o uso pleno, au-
tónomo e seguro dos transportes por todas as pessoas e em especial por aquelas portado-
ras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
106
Paragens
Táxi, Acessível
Autocarro, Acessível
Autocarro, Inacessível
Tipo de Intervenção
Paragens
Parada en apartadero
ABRIGOS
A orientação para a localização dos Abrigos “tradicionais”
(fechados em um, ou ambos os topos), aponta para a
sua utilização apenas em passeios cuja dimensão possa
albergar conjuntamente o abrigo e o percurso acessível,
permitindo a continuidade dos mesmos.
Em passeios de menor dimensão, onde a coexistência
entre abrigo e percurso pedonal se salda pela
descontinuidade do último, as soluções apresentadas
apontam para a utilização de Abrigos em “L” invertido,
libertando o passeio dos obstáculos que representam os
topos laterais do Abrigo.
112
BONS EXEMPLOS
POSTILETES
A utilização de postiletes de sinalização de paragem,
se bem que menos confortável para os utilizadores, é
fundamental no caso desta paragem se localizar em
passeios de dimensão mínima (1,2m). Este tipo de
sinalização constitui-se como barreira à mobilidade
quando se localiza obstruindo os passeios (não
garantido qualquer das excepções de largura de
corredor acessível previstas na lei), ou quando têm
afixados painéis informativos (suspensos) que podem
interferir com o percurso acessível.
A orientação para este caso assenta na colocação
dos postiletes preferencialmente junto às fachadas
do edificado, ou junto ao lancil do passeio garantido
no mínimo um corredor acessível de 0,8m ou 0,9m
consoante a extensão em que se prolonguem. Quanto
à informação, que pode estar associada ao postilete,
aconselha-se a sua colocação de forma paralela ao
edificado ou lancil do passeio consoante a localização
do postilete e de forma visível.
Fig. 47 (continuação)
115
4.5 Comunicação em documentos impressos
117
As duas componentes da análise permitem considera essencialmente os requisitos de
consubstanciar um diagnóstico de acessi- pessoas com baixa visão.
bilidade à informação impressa pelo mu- Para a análise de acessibilidade aos docu-
nicípio, permitindo conhecer os seus dife- mentos impressos utilizaram-se os crité-
rentes níveis de acessibilidade. rios identificados na figura seguinte, tendo
Para sustentar esta metodologia, foi cons- sido identificados os resultados para cada
tituída uma lista de verificação com base documento impresso analisado.
científica na Royal National Institute of
Blind People e no TRACE CENTER, que
120
Tipo de documento PUBLICAÇÃO PERIÓDICA (BOLETIM) Doc nº4a
Identificação/título “Saude em Boletim: Abril 2009” (capa)
Descrição Dimensões A4 - 1 páginas - Cor
122
Tipo de documento FOLHETO PROMOCIONAL / EVENTOS Doc nº1
Identificação/título “Marchas Populares 2009”
Descrição Dimensões 10x17,5 mm - 1 páginas - Cor / 2 faces
Observações:
A análise efectuada nos documentos impressos, permitiu aferir a inexistência de valores
globais inferiores a 60%, verificando-se que uma grande parte dos documentos apresenta
níveis de resposta acima dos 80%.
73%
DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS USADOS
NA ANÁLISE:
INTERVENÇÃO:
ABRIL 2009
Alinhar na Horizontal
94%
DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS USADOS
NA ANÁLISE:
Braille
INTERVENÇÃO:
CONTACTOS EM BRAILLE
(p.e. autocolante no verso)
129
As directrizes de acessibilidade do W3C Para a análise das características da acessi-
(WCAG 1.0) consistem numa lista de pon- bilidade digital, a metodologia de avaliação
tos de verificação que se encontram dividi- consistiu na observação no local dos recur-
dos em 3 prioridades: Prioridade 1, Prio- sos existentes e do meio envolvente, na re-
ridade 2 e Prioridade 3. Esta lista de 65 alização de entrevistas com os monitores e
pontos de verificação dividida em 14 tipos na análise: importância relativa, acessibili-
diferentes, pode ser utilizada para verifi- dade digital, capacitação dos monitores e
car o grau de acessibilidade de uma pági- necessidade de apoio externo.
na ou sitio Web. A cada ponto de verifica-
ção é associado o nível de cumprimento
(Sim), incumprimento (Não) ou de não
aplicabilidade (N.A). Para uma consul-
ta mais detalhada, as directivas de aces-
sibilidade estão disponíveis em http://
www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCON-
TENT-19990505/.
1. Importância relativa. Este factor tem implicação na avaliação dos recursos tecnológicos
e da acessibilidade de conteúdos que se podem considerar necessários e adequados para
um determinado serviço. Quanto mais importante for o serviço e mais diversificada for a
população servida maior será a importância (relativa) deste para pessoas com necessida-
des especiais e a necessidade de investimento em acessibilidade digital.
2. Acessibilidade digital. Inclui a avaliação dos produtos de apoio para acesso à informa-
ção e às tecnologias disponíveis, bem como a acessibilidade de aplicações informáticas es-
pecíficas e de conteúdos digitais.
4. A necessidade de apoio externo irá ser tanto maior quanto maior for a diferença entre
os recursos de acessibilidade instalados e a formação dos recursos humanos que o equipa-
mento dispõe.
131
A realização deste processo permitiu aferir os níveis de acessibilidade digital do Centro de
Recursos para a Juventude de Quinta do Anjo, do Centro de Recursos para a Juventude de
Pinhal Novo, do Atendimento Municipal de Quinta do Anjo e Pinhal Novo.
DA DF DV DI
Ampliador de Ecrã x
Linha Braille x
Impressora Braille x
Webcam x
TrackBall x
Importância relativa
Acessibilidade Digital
Capacitação dos Técnicos
Necessidade de Apoio Externo
134
CRJ DE QUINTA DO ANJO
CENTRO DE RECURSOS PARA A JUVENTUDE DE QUINTA DO ANJO
Este equipamento encontra-se situado na Rua Venâncio da Costa Lima, na freguesia de Quinta
do Anjo. O acesso ao edifício faz-se sem dificuldade e o espaço interior para circulação é
amplo. A altura das mesas é adequada, o que facilita a aproximação aos computadores.
O espaço dispõe de sete computadores de secretária com Windows XP e dois computadores
portáteis com Windows Seven e com acesso à Internet. Nenhuma máquina está equipada com
Ajudas Técnicas para apoio a pessoas com necessidades especiais, com excepção das Opções
de Acessibilidade do Sistema Operativo Windows XP e do Windows Seven.
O equipamento conta com apoio de monitores com formação em Informática, que facilitam a
utilização das TIC.
IMPORTÂNCIA RELATIVA
A natureza deste equipamento, a sua localização geográfica, o público que abrange, justificam
uma atenção prioritária em termos de investimento em acessibilidades electrónicas e apoio
técnico.
ACESSIBILIDADE DIGITAL
O espaço não dispõe de Ajudas Técnicas na área das T. I. C., com excepção das Opções de
Acessibilidade disponibilizadas pelo Sistema Operativo Windows XP e Windows 7.
135
136
CAPACITAÇÃO DOS MONITORES
O serviço é apoiado por dois monitores com formação em Informática, sendo necessário
aprofundar os seus conhecimentos sobre Produtos de Apoio , caso sejam implementados
ou instalados no Espaço.
AVALIAÇÃO GLOBAL
Importância relativa
Acessibilidade Digital
Capacitação dos Técnicos
Necessidade de Apoio Externo
137
Por sua vez, a metodologia de análise dos Um dos exemplos de não-conformidade
Web sites do município apresenta uma surge quando se apresentam imagens sem
maior complexidade, baseando-se num um equivalente em texto. Desta forma, o
conjunto de directrizes de acessibilidade leitor de ecrã (utilizado para cegos) deixa
das quais resultam três níveis de conformi- de executar a sua função, passando a exis-
dade, em que o patamar “AAA” representa tir informação que não é transmitida ao
o nível ideal e o patamar “A” o nível míni- ouvinte.
mo de acessibilidade para um site.
1 - Verificação de contrastes;
3 - Legendagem de vídeos:
- Legenda embutida no vídeo;
- Legenda separada do vídeo usando tecnologia SMIL;
- Legendagem separada do vídeo usando tecnologia Microsoft SAMI;
Para os pontos anteriores, poderá ser usado editor de legendas gratuito MAGpie
(Referências: NCAM http://ncam.wgbh.org/)
141
5.
Criação de espaços públicos
acessíveis
BOAS PRÁTICAS
Intervenções municipais
para a acessibilidade
167
lução do Conselho de Ministros nº9/2007, um excelente suporte para uma interven-
de 17 de Janeiro) constituem medidas que ção municipal para a acessibilidade.
enquadram a preocupação na criação de No caso específico de Palmela, com a sua
espaços mais inclusivos que respondam às vasta extensão territorial (470 Km2), com
necessidades de todos. as dificuldades de mobilidade e de ligação
No âmbito do QREN e do Programa Ope- entre os diversos núcleos urbanos e rurais,
racional de Potencial Humano, a abertura e com um centro histórico com uma topo-
da tipologia 6.5, específica e própria para grafia caracterizada pela elevada inclina-
a acessibilidade, vem possibilitar aos mu- ção do centro da Vila, a acessibilidade as-
nicípios uma visão sistematizada sobre a sume-se como um desafio aliciante e uma
acessibilidade, identificando claramente área a merecer, de formar crescente, um
os pontos críticos, as fragilidades e as áre- olhar atento por parte do Município.
as prioritárias de intervenção. Estes docu- Com tais características, o desenvolvimen-
mentos orientadores são, efectivamente, to dos Planos e a sua incidência em níveis
169
Ficha técnica