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“PARA LOUVOR DA SUA GLÓRIA”

Paulo escrevendo sua carta aos irmãos de Éfeso, afirma o seguinte: ” nele, digo, no
qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito Daquele que
faz todas as coisas conforme o conselho da Sua vontade, a fim de sermos para louvor
da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;” (Efésios 1:11-12).
Romanos 11.33-36

Dar glória ao nome de Deus, ao proclamarmos, estamos cumprindo isto que Paulo
afirma? Como de fato glorificamos ao nosso Deus?

É isto que precisamos entender, pois nosso entendimento equivocado e a


religiosidade que estamos acostumados nos levam a práticas que não
necessariamente expressam a glória de Deus. Falarmos, proclamarmos não é toda a
glória que Deus merece e é digno. Estas ações não são suficientes para cumprirmos o
propósito que Ele tem para as nossas vidas e a razão de existirmos, nós que fomos
reconciliados com Deus, por meio de Cristo Jesus.

Como afirma o salmista que o firmamento, o céus, a natureza proclamam, expressam


a glória de Deus. E esta é a vontade de Dele, que tudo que Ele fez revelem a Sua
glória e não somente falem dela. Nós, tendo sido feito novas criaturas, pelo novo
nascimento, nascimento do Espírito, existimos para proclamarmos, para sermos
expressão da glória de Deus. Como de fato somos expressão da glória de Deus?
Como revelamos, como proclamamos esta glória?

O objetivo e a vontade de Deus é que ao verem a nossa vida, o que somos, o que
fazemos, expressemos a Sua glória, e ao fazermos isso, os homens glorifiquem a Ele,
reconheçam-no por meio de Sua criação, assim como a natureza, o firmamento e tudo
que Ele fez. Nós, também, por meio de nossa vida, do que fazemos, do que somos,
temos que expressar a glória e sermos para louvor da Sua glória.

Como? Entendendo o nosso papel, compreendendo o que somos, o que Deus fez em
nós, a Sua obra de nos fazer novas criaturas, de nos dar um novo coração, de nos
transformar e capacitar para vivermos segundo a Sua natureza, manifestando a Sua
vida entre os homens por meio de nossas obras.

Para cumprirmos este propósito, precisamos entender que temos que santificar o
nosso procedimento, precisamos perseverar na carreira proposta, precisamos da
santificação, para que por meio de nossas obras que realizamos segundo a natureza
de Deus, conforme Sua capacitação, revelem em tudo o que Ele realizou em nós.

Revelamos Deus, glorificamos a Deus, quando esvaziamos de nós mesmos, quando


morremos para a natureza humana, para os desejos que temos segundo o
pensamento deste mundo. Não existe outra maneira. Assim Jesus fez para revelar a
Deus, para cumprir a Sua vontade e ser expressão de louvor para a glória Dele. Ele
cumpriu todo o propósito e toda a vontade do Pai. Ele esvaziou de si mesmo, e para
cumprir o desejo do Pai, assumiu a forma de servo, veio como homem, para que nós
pudéssemos ser reconciliados, feitos filhos de Deus.

Quando Ele afirma que para ser Seu discípulo, precisamos negar a nós mesmos,
tomar a cruz e seguí-lo, pode parecer algo ruim, lamentável, mas de fato, significa o
melhor para nós. Pois quando assim fazemos, estamos alcançando a verdadeira vida,
a vida eterna do Criador, que Ele nos concede e compartilha, para sermos louvor da
Sua glória, pois vivendo segundo a Sua vida, conforme a Sua natureza, manifestamos
a vida de Deus, usufruimos de Sua vida, isto é, encontramos a verdadeira vida. Mas,
enquanto quisermos manter a vida que temos segundo a natureza humana, não
encontraremos o verdadeiro propósito e a verdadeira vida e não seremos a expressão
do verdadeiro louvor para a glória de Deus.

Por isso, existe vida, existe expressão de louvor da glória de Deus quando há o
esvaziamento, a verdadeira atitude de humildade (reconhecimento da dependência de
Deus). Só assim, sabendo que Ele é a fonte de toda a vida, é que nós nos
submetemos, e quando nos submetemos, Sua vida se revela em nós. E isto ocorre no
processo de santificação, de abandonarmos as obras das trevas, de santificar o nosso
procedimento, de manifestarmos a Sua natureza.

A oração de Tiago revela as nossas motivações


Uma máxima poderia muito bem ser assim: o que pedimos vai glorificar a
Deus de que maneira? O que peço dá glórias a Deus? É algo que glorifica a
Deus? 

De qualquer maneira, a impressão que se tem é que as nossas motivações,


em oração, estão erradas. E a conclusão é que não sabemos o que pedir.
Acredito que precisamos gastar tempo com Deus em oração, para saber
qual seja a sua perfeita vontade em qualquer assunto. Tg 4. 1-10

Observando-se o contexto inteiro, notamos que os deleites são obras da


carne. São pedidos feitos na carne, desejosos para satisfazer a carne. Não
são pedidos feitos no Espírito, guiados por Deus, mas guiados pela carne,
talvez até insuflados pelo Diabo.

E depois de dizer isso acusa frontalmente aos irmãos da igreja, pois Tiago está
falando com crentes, a Bíblia foi escrita para cristãos e Tiago está repreendendo
crentes. Adúlteros e adulteras – começa ele – não sabeis que a amizade com o
mundo é inimizade com Deus?

O adultério aqui acusado por Tiago, não é o físico, mas o espiritual, eles
estavam flertando com o mundo. Eles traiam a Deus com o mundo. A
amizade com o mundo, diz Tiago, é inimizade com Deus.

Essa amizade com o mundo causa então ciúmes do Espírito que em nós
habita. Fazendo amizade com o mundo nos tornamos inimigos de Deus – e
isso é muito forte.

Um assunto que começou com oração, agora assume outros ares. Sujeitai-
vos a Deus, resisti ao Diabo (olha o Diabo ai, pois se a carne está
imperando, está imperando o pecado e se há pecado, há demônio). Assume
então, essa oração não respondida, ares de batalha espiritual. Mas Tiago dá
a resposta ao problema: Sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de
vós.

Deus quer responder as nossas orações


O que se segue são instruções para que a oração seja respondida: “Chegai-
vos a Deus e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos pecadores, significa
santidade. Se pedimos algo a Deus, devemos saber que Deus não responde
a pecadores”.
A santidade traz a benção. E Tiago segue: vós de duplo animo – quer dizer,
pessoas que ora creem e ora não creem – purifiquem os vossos corações,
ele não está puro. Senti as vossas misérias, os vossos pecados, lamentai e
chorai. Converta-se o vosso riso em pranto e o vosso gozo em tristeza.

Está aí, então, nos dizeres de Tiago o motivo porque oramos e não somos
respondidos, o que no final há uma promessa de Deus: “Humilhai-vos, e ele
vos exaltará. Deus quer responder as nossas orações, mas isso requer
motivação correta, entendimento que estamos pedindo coisas na carne.

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