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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

TEORIA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Curso Disciplina Cód. Turma Período / Ano / Semestre

DIREITO DIREITO ADMINISTRATIVO I 319M03 2º Período – 2021.1

Professor(a) Turno

MARCOS JOSÉ NOGUEIRA DE SOUZA FILHO MANHÃ

Aluno(a) Matrícula

AULAS 2 e 3
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
TEORIA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Órgãos Públicos
 São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais de seus agentes, cuja atuação é
imputada à pessoa jurídica a que pertencem. (1)
 Os órgãos são centros de competência do Estado. São partes ou componentes da estrutura do Estado e por isso
dele não se distinguem. (3)
 Órgãos são unidades abstratas que sintetizam os vários círculos de atribuições do Estado. Por se tratarem, tal
como o próprio Estado, de entidades reais, porém abstratas, não têm vontade nem ação. De fato, os órgãos não
passam de simples repartição de atribuições, nada mais. (4)
 O órgão não se confunde com a pessoa jurídica, embora seja uma de suas partes integrantes; a pessoa jurídica é
o todo, enquanto os órgãos são parcelas integrantes do todo. O órgão também não se confunde com a pessoa
física, o agente público, porque congrega funções que esta vai exercer. (2)

Criação e Extinção de Órgãos Públicos


 A criação e extinção de órgãos da Administração Pública dependem de lei, de iniciativa privativa do Chefe do
Executivo (CF/88, art. 48, XI, e 61, §1º, e), a quem compete, privativamente e por decreto, dispor sobre a
organização e funcionamento desses órgãos públicos, quando não implicar aumento de despesas nem criação ou
extinção de órgãos públicos. (CF/88, art. 84, VI, b). (1)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da
União, especialmente sobre:
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II – disponham sobre:
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no
art. 84, VI.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

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Personalidade Jurídica
 Os órgãos não têm personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes, mas
na área de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional expressam a vontade da entidade a que
pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através de seus agentes (pessoas físicas). (1)
 Os órgãos não têm personalidade jurídica. Se a tivessem, os direitos e obrigações decorrentes de sua ação ou
omissão lhes pertenceriam, e não ao Estado. O órgão, no sentido técnico e segundo a doutrina mais corrente, não
tem personalidade jurídica, não podendo, por essa razão, contratar, exercer direitos ou assumir deveres. (3)
 A atuação dos órgãos é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas nenhum órgão a representa
juridicamente. A representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes (pessoas físicas), tais
como os Procuradores judiciais e administrativos e, em alguns casos, o próprio Chefe do Executivo. (CPC, art.
75). (1)
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III - o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;
(...)
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo
essa designação, por seus diretores.

Classificação dos Órgãos Públicos


 Quanto à constituição ou composição:
a) Órgãos singulares ou unipessoais: são os que atuam e decidem através de um único agente, que é seu chefe
e representante. É exemplo desses órgãos a Presidência da República, que concentra as funções executivas
das respectivas entidades estatais, enfeixam-nas num só cargo de chefia suprema e atribuem seu exercício a
um único titular. (1)
b) Órgãos colegiados ou pluripessoais: são todos aqueles que atuam e decidem pela manifestação conjunta e
majoritária da vontade de seus membros. Nos órgãos colegiados, não prevalece a vontade individual de sua
Chefe ou Presidente, nem a de seus integrantes isoladamente: o que se impõe e vale juridicamente é a
decisão da maioria, expressa na forma legal, regimental ou estatutária. Nas relações com a própria
Administração e com terceiros, os órgãos colegiados são representados por seus dirigentes, e não por seus
membros, conjunta e isoladamente. (1)
 Quanto à esfera de ação:
a) Órgãos centrais: exercem atribuições em todo o território nacional, como os Ministérios. (2)
b) Órgãos locais: atuam sobre uma parte do território, como as Delegacias Regionais da Receita Federal, as
Delegacias de Polícia etc. (2)
 Quanto às funções:
a) Órgãos ativos: tem por função primordial o desenvolvimento de uma administração ativa. (2)
b) Órgãos consultivos: tem por função primordial uma atividade consultiva. (2)
c) Órgão de controle: tem por função primordial atividade de controle sobre outros órgãos. (2)
 Quanto à posição estatal:
a) Órgãos independentes: são os originários da Constituição e representativos dos Poderes de Estado –
Legislativo, Executivo e Judiciário – colocados no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro.
Ex.: Congresso, Senado, Câmara dos Deputados, Presidência da República, Tribunais Judiciários e Juízes
Singulares. (1)
b) Órgãos autônomos: são os localizados na cúpula da Administração imediatamente abaixo dos órgãos
independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Ex.: Ministérios, Advocacia-Geral da União. (1)

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c) Órgãos superiores: são os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua
competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais
alta. Ex.: Gabinetes, Procuradorias, Secretarias-Gerais, Departamentos e Divisões. (1)
d) Órgãos subalternos: são todos aqueles que se acham hierarquizadas a órgãos mais elevados, com reduzido
poder decisório e predominância de atribuições de execução. Ex.: Portarias, Protocolo, Secretárias,
Recursos Humanos, Almoxarifado, etc.
 Quanto à estrutura:
a) Órgãos simples ou unitários: são os constituídos por um só centro de competência. (1) São constituídos por
um único centro de atribuições, sem subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos
maiores. (2)
b) Órgãos compostos: são os que reúnem na sua estrutura outros órgãos menores, como função principal
idêntica (atividade-fim realizada de maneira desconcentrada) ou com funções auxiliares diversificadas
(atividades-meios atribuídas a vários órgãos menores). (1) Constituídos por vários órgãos, como acontece
com os Ministérios, que compreendem vários outros, até chegar aos órgãos unitários, em que não existem
mais divisões. (2)
 Quanto à natureza de sua existência:
a) Órgãos ordinários
b) Órgãos extraordinários

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Hely Lopes Meirelles
2. Maria Sylvia Zanella Di Pietro
3. Diógenes Gasparini
4. Celso Antônio Bandeira de Mello

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