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ATOS ADMINISTRATIVOS

REQUISITOS

Curso Disciplina Cód. Turma Período / Ano / Semestre

DIREITO DIREITO ADMINISTRATIVO I 319M03 3º Período – 2021.1

Professor(a) Turno

MARCOS JOSÉ NOGUEIRA DE SOUZA FILHO MANHÃ

Aluno(a) Matrícula

AULA 2 – ATOS ADMINISTRATIVOS


REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Requisitos
 Competência: é o poder atribuído ao agente da Administração para o desempenho específico de suas funções. A
competência resulta de lei e por ela é delimitada. Todo ato emanado de agente incompetente, ou realizado além
do limite de que dispõe a autoridade incumbida de sua prática, é inválido, por lhe faltar um elemento básico de sua
perfeição, qual seja, o poder jurídico para manifestar a vontade da Administração. (1)
 A competência administrativa, sendo um requisito de ordem pública, é intransferível e improrrogável pela vontade
dos interessados. Pode, entretanto, ser delegada e avocada, desde que o permitam as normas reguladoras da
Administração. (1)
 Aplicam-se à competência as seguintes regras:
a) decorre sempre de lei, não podendo o próprio órgão estabelecer, por si, as suas atribuições;
b) é inderrogável, seja pela vontade da Administração, seja por acordo com terceiros, isto porque a
competência é conferida em benefício do interesse público;
c) pode ser objeto de delegação ou de avocação, desde que não se trate de competência conferida a
determinado órgão ou agente, em exclusividade, pela lei.
 Finalidade: é o objetivo de interesse público a atingir. Não se compreende ato administrativo sem fim público. A
finalidade é, assim, elemento vinculado de todo ato administrativo – discricionário ou regrado – porque o Direito
Positivo não admite ato administrativo sem finalidade pública, sendo nulos quando se manifestarem pretensões
descoincidentes do interesse coletivo. (1)
 Forma: é o revestimento exteriorizador do ato administrativo, que constitui requisito vinculado e imprescindível à
sua perfeição. A forma normal do ato de administração é a escrita, embora existam consubstanciados em ordens
verbais e até mesmo em sinais convencionais, como ocorre com as instruções momentâneas de superior a inferior
hierárquico, com as determinações de polícia em casos de urgência e com a sinalização do trânsito. (1)
 Até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação de vontade, quando a lei assim o prevê;
normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração significa concordância ou
discordância. (2)
 A revogação ou a modificação do ato administrativo deve obedecer à mesma forma do ato originário, uma vez que
o elemento formal é vinculado tanto para sua formação quanto para seu desfazimento ou alteração. (1)
 Motivo: é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. O motivo,
como elemento integrante da perfeição do ato, pode vir expresso em lei como pode ser deixado ao critério do
administrador. No primeiro caso será um elemento vinculado; no segundo, discricionário. (1)
 Motivo e motivação expressam conteúdos jurídicos diferentes. Hoje, em face da ampliação do princípio do livre
acesso ao Judiciário (art. 5º, XXXV), conjugado com o da moralidade administrativa (art. 37, caput), a motivação é,
em regra, obrigatória. Só não o será quando a lei a dispensar u se natureza do ato for com ela incompatível. (1)
 Objeto: identifica-se com o conteúdo do ato, através do qual a Administração manifesta seu pode e sua vontade, ou atesta
simplesmente situações preexistentes. (1)

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ATOS ADMINISTRATIVOS
REQUISITOS

AÇÃO POPULAR – LEI Nº 4.717/65


Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis
à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato
normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita
ou implicitamente, na regra de competência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Hely Lopes Meirelles
2. Maria Sylvia Zanella Di Pietro

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