Você está na página 1de 2

Colégio Monteiro Lobato – Guaratuba/PR Nota:

Aluno/a: Antton Carlo Fazion Lesama Turma: Força Total


Professor: Renato Capella Data: 29/04/2020

A gameficação da interação

Nós vivemos num mundo conectado. Estamos num estado de interação constante,

graças a internet. Contudo, a conexão pela web nunca substituiu o prazer de encontrar

pessoas presencialmente. Desde o surgimento de nossa espécie andamos em grupos, e

nossa evolução dependeu e ainda depende muito de tal fator. Todavia isso não é mais

possível. Estamos em isolamento social, o que faz o contato físico não ser mais possível,

pelo menos por um tempo. E isso faz o COVID atacar indiretamente um grupo de pessoas

ainda maior: os afetados pela doença do século, a depressão.

O jornal Estadão, em uma matéria sobre o novo Coronavírus, indagou diversos

especialistas sobre o assunto, e a resposta geral foi a mesma. A nova situação de

isolamento agrava os casos de transtornos psicológicos, e pode levar ao reaparecimento de

sintomas e crises tratados. Isso significa que devemos parar o isolamento? Não! Ele

continua sendo a melhor forma de prevenir a dispersão do COVID-19. Outras formas de

acompanhamento estão sendo estudadas e utilizadas, através de plataformas online. Foi

então, que uma matéria do New York Times me mostrou a forma mais criativa de lidar com a

situação, proposta por um centro de reabilitação: através de um videogame.

O jogo se chama “Animal Crossing: New Horizons”, e é a última adição à franquia da

gigante Nintendo. Ele não me era estranho, pois se trata do jogo mais comentado da

atualidade. Para contextualizar, a experiência se baseia em construir uma vila, em uma ilha

populada por bichinhos que interagem com o jogador, e ela permite visitar outras vilas e

interagir com outros jogadores. O público-alvo é o infantil, mas o sucesso dele é estrondoso,

por todas as idades. Inúmeros são os relatos de jogadores que realizam festas de

aniversário, eventos sociais e até mesmo reuniões de trabalho por meio deste mundo virtual.
O game vem sido largamente utilizado para combater sintomas e ajudar pessoas que se

encontram em dificuldades devido a falta de terapia presencial, por exemplo.

Com isso, fico em dúvida de como serão nossas relações e interações após a

situação pandêmica. Meios eletrônicos de contato vem ganhando muita popularidade, e em

países onde tais práticas são muito difundidas (como o Japão e a Coréia do Sul) podem até

virar a norma. A criação de mais métodos de delivery podem levar a jovens que nunca saiam

de suas casas, onde trabalham de seus apartamentos, comem de serviços de entrega e

interagem através de jogos online. Mas acho que aqui no Brasil a situação será bem

diferente. De acordo com a OMS somos o país mais ansioso do globo, e a quantidade de

doenças psicológicas agravadas pela quarentena provavelmente levará a outro colapso na

área de saúde. De qualquer forma, a campanha do Setembro Amarelo será mais importante

do que nunca.

Você também pode gostar