Você está na página 1de 46

Matemática

Financeira
1. Juros Simples 4
Juro 4
Unidade de Taxa de Juros 5

2. Juros Compostos 13
Equivalência de Capitais a Juros Compostos 16
Taxa de Juros 17
Taxa Efetiva 17
Taxa Nominal 18

3. Planos de Amortização 21
Planos de amortização de Empréstimos
e Financiamentos 21

4. Estatística 28
Definições 28
Agrupamento dos Dados 29
Frequência Acumulada 32
Medidas de Posição e Medidas de Dispersão 37
Curtose e Assimetria Correlação 41

5. Referências Bibliográficas 45

02
03
MATEMÁTICA FINANCEIRA

1. Juros Simples

Fonte: Investidor Sardinha1

P bjetivo: o aluno deverá enten-


der no Regime de Juros sim-
ples que, não podemos fazer incidir
capital, durante um determinado
período de tempo, ao fim do prazo o
capital se transformará em um valor
“juros sobre juros”. A taxa de juros é futuro (montante) que será igual ao
aplicada sobre um determinado ca- capital aplicado, acrescido da remu-
pital até a data prevista. neração obtida durante o período de
Para entender esses primeiros aplicação.
conceitos, vamos folhear este capí- Neste caso, podemos nos refe-
tulo? rir aos seguintes termos abaixo:
Capital aplicado ou Principal = P ou
Juro PV

Juro é a remuneração do capi- PV é a tecla da calculadora HP 12C,


tal empregado. Ao aplicarmos um e significa Valor Presente;

1 Retirado em https://investidorsardinha.r7.com/aprender/juros-simples-o-que-sao/

4
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Montante = M ou FV

FV é a tecla da calculadora HP 12C,


e significa Valor futuro Ex. (1) Calcule os juros ganhos
por $ 2000 aplicados, a uma taxa de
Juro = FV - PV 6% a.a., durante 1 ano.

Quadro 1: Unidade de taxas de juros

% a.d Ao dia
% a.m. Ao mês
% a.b. Ao bimestre
% a.t. Ao trimestre
% a.s. Ao semestre
% a.a. Ao ano

Regime de juros simples: No re-


gime de juros simples, os juros de E sabemos que a obtenção do
cada período são calculados sempre valor final se dá através de:
sobre principal. Não existe capitali-
zação de juros, nesse regime, pois os
juros de um determinado período,
não são incorporados ao principal,
para que essa soma sirva de base de
cálculo dos juros do período se-
guinte:
Se tivermos uma dívida de $ Unidade de Taxa de Juros
100, a uma taxa de 10% a.m e um
atraso de pagamento de 2 meses, fa- A unidade de taxa de juros
remos o seguinte cálculo: sempre tem que ser a mesma unida-
de do período. Se a taxa for 1 % a. d.,
n será em dias.
O importante, então, é trans-
formar a taxa na unidade do perío-
do, ou vice-e-versa.
Uma observação: O ano possui
Então, percebemos que a fór- 360 dias quando nos referimos ao
mula de juros para cálculo do regime ano comercial e obtemos o juro co-
de juros simples, será: mercial.

5
MATEMÁTICA FINANCEIRA

O ano possui 365 dias, quando Mas, não temos PV Então:


nos referimos ao ano civil e obtemos
o juro exato.
Ex. (2) Em sete meses, $
20.000 renderam $ 4.000 de juros,
qual a taxa anual de juros, no regime
de juros simples?
Solução:

Juros simples, calculados na


HP 12 C.
Por exemplo, para calcular
quais os juros ganhos de um capital
Obtemos, então, 2,86% a.m. de $ 100, a uma taxa de 10% a.m. du-
Para transformarmos em regi- rante 2 meses.
me de juros simples, podemos usar a Na HP 12C, o procedimento
taxa proporcional 2,86% a.m. * 12 = para o regime de juros simples será:
34,32% a.a. Tecle 100, a tecla CHS, e a te-
Ex. (3) Um capital aplicado cla PV. Para o período, é preciso es-
por 4 meses e 18 dias a juros simples tar em dia: Tecle 60 e a tecla n
de 12% a.m. transformou-se em $ Para a taxa de juros, é preciso
23.000. Calcule os juros ganhos na estar ao ano, e sabemos que 10% a.m
aplicação no regime de juros sim- = 120% a.a.
ples. Tecle 120 e a tecla i
Solução:

Temos que: Juros = PV * i * n E teremos o seguinte resultado


(Equação I) na tela da HP 12C:

6
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Simulador da HP12C

Percebemos, então, que R$ Deste modo, os valores nas


20,00 são os juros obtidos. Se aper- memórias temporárias, X, Y e Z, se-
tarmos a tecla +, podemos obter o rão:
montante R$ 120,00.
Memórias da HP 12C

Memória Valores Comentários


X 20,00 Juros com
360 dias
Y 100,00 Principal
O resultado 100, mostrando aplicado
que era o capital inicial; Z 19,73 Juros com
300 dias
O resultado $ 19, 73; porque se
for calculado no ano civil teremos:
Equivalência de capitais a ju-
ros simples:
Ex. (3) Dois capitais são equi-
valentes, quando têm o mesmo valor

7
MATEMÁTICA FINANCEIRA

em uma determinada data de avali- de dois capitais - um de $3636,


ação (data focal). O diagrama de flu- 35,00 que ocorre na data 1 e outro de
xo a seguir ilustra a equivalência (na $ 5.600,00 na data 6:
data focal 2) a juros simples de 10 %

Equivalência de capitais

Então, na data focal 2, tere- Ex. 4) Uma pessoa deve pagar


mos: $ 150 daqui a dois meses, e $ 300
daqui a cinco meses. A juros simples
de 10% a.a, determine o valor de um
pagamento único, a ser efetuado da-
qui a três meses que liquide a dívida
(Regime de Juros simples).
Solução:
Data da prestação: 2 Data fo-
cal: 3 n = 1 mês PV = $ 150 FV =?
E na data 6, teremos: Data da prestação: 5 Data fo-
cal: 3 n = 2 meses PV =? FV = $ 300

Valor da prestação 1 na data


focal 3:

8
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Valor da prestação 2: subtrair, do número de dias corres-


pondente à data posterior, o número
que corresponde à data anterior,
tendo-se o cuidado de, para o caso
de anos bissextos, acrescentar 1
(um) ao resultado.
Ex. (5) Uma pessoa aplicou um
determinado capital na poupança no
A somatória das duas parcelas
dia 10/02/2007 e retirou no dia
é: 151,25 + 295,10 = $ 446, 35
26/05/2007. Quantos dias o capital
ficou aplicado?
Determinação na data de ven-
Acionar a tecla D. MY é a tecla
cimento e prazo das aplicações: con-
do número 4: (g) (4)
tagem de dias entre duas datas.
Digitar: 10.022007 (enter)
Quando precisamos determi-
Digitar 26.052007
nar o prazo das aplicações podemos
Teclar: (g) (EEX)
usar a Tábua ara contagem de dias
entre duas datas. Para isso, deve-se
A resposta será o número de
dias entre as datas: 105.

Tábua de determinação de contagem de dias entre duas datas

JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335
2 33 61 92 122 153 183 214 245 275 306 336
3 34 62 93 123 154 184 215 246 276 307 337
4 35 63 94 124 155 185 216 247 277 308 338
5 36 64 95 125 156 186 217 248 278 309 339
6 37 65 96 126 157 187 218 249 279 310 340
7 38 66 97 127 158 188 219 250 280 311 341
8 39 67 98 128 159 189 220 251 281 312 342
9 40 68 99 129 160 190 221 252 282 313 343
10 41 69 100 130 161 191 222 253 283 314 344
11 42 70 101 131 162 192 223 254 284 315 345
12 43 71 102 132 163 193 224 255 285 316 346
13 44 72 103 133 164 194 225 256 286 317 347
14 45 73 104 134 165 195 226 257 287 318 348
15 46 74 105 135 166 196 227 258 288 319 349
16 47 75 106 136 167 197 228 259 289 320 350
17 48 76 107 137 168 198 229 260 290 321 351
18 49 77 108 138 169 199 230 261 291 322 352
19 50 78 109 139 170 200 231 262 292 323 353
20 51 79 110 140 171 201 232 263 293 324 354
21 52 80 111 141 172 202 233 264 294 325 355

9
MATEMÁTICA FINANCEIRA

22 53 81 112 142 173 203 234 265 295 326 356


23 54 82 113 143 174 204 235 266 296 327 357
24 55 83 114 144 175 205 236 267 297 328 358
25 56 84 115 145 176 206 237 268 298 329 359
26 57 85 116 146 177 207 238 269 299 330 360
27 58 86 117 147 178 208 239 270 300 331 361
28 59 87 118 148 179 209 240 271 301 332 362
29 - 88 119 149 180 210 241 272 302 333 363
30 - 89 120 150 181 211 242 273 303 334 364
31 - 90 - 151 - 212 243 - 304 - 365

Ex. 6) Um capital de $ 100 é a taxa anual de juros simples ob-


aplicado em 10 de abril, a juros sim- tida na operação?
ples de 0, 2% a.d., foi resgatado em 2. No dia 26 de maio foi contrata-
19 de setembro. Determine o valor do um empréstimo de$ 5.000, a ju-
de resgate. ros simples de 24% a.a, para ser to-
talmente liquidado em 90 dias. No
dia 16 de junho foram amortizados $
3.000, e no dia 11 de julho, $ 2.500.
Determine a data de vencimento da
dívida e o valor da quantia que de-
verá ser paga naquela data para li-
quidar a dívida (data foca: 90º.)
3. Uma aplicação de $2.000 ini-
Retomando nosso conheci- ciou-se no dia 8 de junho para ser
mento na HP 12 C: resgatada no dia 8 de julho. Foi con-
Tecle 0,2; enter; 360; X; (para tratada, originalmente, a juros sim-
transformar a taxa diária em anual) ples de 2% a.m. Calcule o rendimen-
e tecle i to da aplicação, sabendo-se que a ta-
xa de juros foi para 2,5% a.m. no dia
12 de junho, para 3% a.m. no dia 24
de junho e para 3,5% a.m. no dia 3
de julho.
4. Hoje, uma pessoa tem duas dí-
vidas. A primeira, de $ 8.000, vence
em 36 dias, e a segunda, de $
Atividade de aprofundamento 12.000, vence em 58 dias. Propõe-se
a pagá-las por meio de dois paga-
1. Aplicando $ 800, durante 17 mentos iguais, dentro de 45 e 90
meses, resgatamos $ 140.000. Qual

10
MATEMÁTICA FINANCEIRA

dias, respectivamente. A juros sim-


ples de 24% a.a., calcular o valor de
cada pagamento (data focal: 90º.
dia)
5. Calcule o rendimento de um
capital de $ 2.000, aplicado a juros
simples de 2,5% a.m, desde 12 de
março até 15 de junho do mesmo
ano.

Resposta

(1) 52, 94% a.a.


(2) aproximadamente $
17.009
(3) $ 55,00 (Atenção! Não se
pode incidir juros sobre juros)
(4) $10.120,13
(5) 158,33

11
MATEMÁTICA FINANCEIRA

2. Juros Compostos

Fonte: Família Previdência2

O regime de juros compostos é


o mais comum em nosso co-
tidiano, no sistema financeiro e no
cálculo econômico.
Os juros gerados a cada perío-
do são incorporados ao principal,
para o cálculo dos juros no período
seguinte. Observe:

O fator (1+i)n é chamado de fa-


tor de capitalização, ou fator de valor

2 Retirado em https://www.familiaprevidencia.com.br/blog/como-calcular-os-juros-compostos-do-seu-in-
vestimento

13
MATEMÁTICA FINANCEIRA

futuro para aplicação única, e “em- Ex. 2) Qual é o capital que, em


purra” grandezas para frente: além 6 anos à taxa de juros compostos de
de permitir o encontro do montante 15% a.a, resulta em $ 14.000?
ou valor futuro de uma aplicação. Solução:
O fator (1 + i)-n é conhecido co-
mo fator do valor presente, fator de
desconto ou fator de atualização pa-
ra pagamento único, e “puxa” gran-
dezas para trás; permite encontrar o
principal de um determinado mon-
tante. Ou seja, desconta um valor fu-
turo trazendo-o a uma data anterior.
Ex. (1) Em que prazo um em- Na HP12C, teremos:
préstimo de $ 55.000 pode ser qui- Tecle 6 e “n” Tecle 15 e “i”
tado por meio de um único paga- Tecle 14000 e “FV” Tecle “PV”
mento de $ 110.624,80 se a taxa de
juros compostos for de 15% a.m.? No Excel, teremos: Planilha do
Solução: Excel na resolução de exercícios que
pedem PV.

Obs: Toda vez que precisar-


mos determinar período em proble-
mas, com regime de juros compos- Percebemos, então, que na Cé-
tos, é preciso colocar logaritmo nos lula B3, temos FV= 14.000; na célula
dois membros da equação, para que 4, temos a taxa de juros i = 15%, na
a variável “n” “caia”. célula B5, temos o período n= 6, e o
Na HP 12 C: resultado será na célula B2.
 Tecle 55000, CHS, PV; Resolvendo, faremos o seguin-
 Tecle 110624.8 e FV; te caminho:
 Tecle 15 e “i”;  Inserir
 Aperte “n”  Função
 Financeira
 VP

14
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Obs: O valor VF será negativo, E depois de 1 mês, teremos:


para que o resultado seja positivo.

Funções financeiras do Excel (Valor


Na Calculadora HP 12C, tere-
Presente)
mos:
 (f) (REG): apaga todos os re-
gistros
 15 (i): taxa de juros
 2000 (g) (CFo): fluxo do perí-
odo 0
 0 (g) (CFj): fluxo do período 1
 2500 (g) (CFj): fluxo do perío-
do 2
 0 (g) (CFj): fluxo do período 3
 1300 (CHS) (g) (CFj) Fluxo do
Ex. (3) Uma pessoa depositou período 4, negativo
$ 2.000 em uma poupança. Dois  (f) (NPV): calcula o valor pre-
sente do fluxo
meses depois, deposita mais $ 2.500
 (CHS) (PV): troca o sinal, e de-
e, dois meses depois desse último
fine como principal
depósito, realiza uma retirada de $  5 (n): entra com o número de
1.300. Qual será o saldo da poupan- períodos de capitalização
ça ao final do quinto mês, conside-  (FV): calcula o montante no
rando que a taxa de juros compostos 5º. mês.
ganha é de 15% a.m.?
Solução: Outras funções financeiras do
Excel: Em exercícios, que pedem va-
riáveis como FV, achamos como a
função VF: Funções financeiras do
Excel, na determinação de VF ou FV
No 2º. mês, teremos:

15
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Equivalência de Capitais a Ju- 5% a.m., calcule o valor dos paga-


ros Compostos mentos mensais.
Solução:
Dados dois capitais C1 e C2, di- À vista: $ 1.400
zemos que esses capitais são equiva- Entrada: 0,3 * 1400 = 420
lentes em determinada data t se Pagamento 1: X Pagamento 2:
apresentarem valores iguais quando 1,5 X
avaliados naquela data para uma
taxa de juros compostos. O pagamento 1 levado à data
Observe o exemplo 1: 0:

Capitais e os respectivos meses de


vencimento

Capital Mês de vencimento


$ 1000 1
$ 1.100 2
$ 1.210 3
$ 1.331 4

Podemos dizer, então, que to-


dos os capitais são equivalentes,
Ex. (2) Uma compra pode ser O primeiro pagamento será
paga à vista por $ 1.400, ou financia- de: $ 462,61
da por meio de uma entrada de 30% E o segundo será de $ 693,92
e mais dois pagamentos mensais Ex. (3) Um capital de $ 1.000
sendo o segundo 50% maior que o aplicado em 12/2/ 1999, a juros efe-
primeiro. Sabendo-se que o início tivos de 0,2% a.d, resultou em um
dos pagamentos será ao término de montante de $ 1.354,86 em 14/7/
um período de carência de quatro 1999. Determine o prazo da aplica-
meses, e a próxima parcela será no ção em dias, considerando o ano ci-
próximo mês e que a taxa de juros é vil.

16
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Atividade de aprofunda-
mento

1. A que taxa de juros um capital


de $ 2.000 obtém um rendimento de
$ 280 em dois meses no R. J. C.?
2. Determinar o valor resgatado
de um capital de $ 2000 que foi apli-
cado por sete meses, a juros efetivos
de 2% a.m. no regime de juros com-
postos.
Na calculadora HP 12 C:

Taxa de Juros

Objetivos:
 Entender a diferença entre Ta-
xa efetiva e nominal;
Se quisermos descobrir o perí-  Saber realizar as devidas
transformações nas taxas de
odo entre as datas citadas, podemos
juros;
utilizar a HP 12C:  Conhecer o procedimento pa-
ra obtenção de taxas equiva-
lentes.

Taxa Efetiva

Taxa de juros em que a unida-


de de capitalização é a própria uni-
Utilizamos duas teclas novas
dade da taxa.
da HP 12 C: Teclas da HP12C para
EX: 2% a.m. capitalizado men-
determinação de período entre da-
salmente.
tas.
5% a.a. capitalizado anual-
mente.

Mesmo que a unidade coincida


com a unidade de tempo dos perío-

17
MATEMÁTICA FINANCEIRA

dos de capitalização, é preciso sem- Ex. (2) Determine a taxa diá-


pre verificar a unidade de tempo, e ria, equivalente à taxa de 3,6% a.t.
da taxa de juros, nos exercícios. (ao trimestre):
Deste modo:
Para transformar: taxa anual
em taxa mensal:

Taxa Nominal

A taxa de juros em que a uni-


Faremos isso para todas as ou- dade referencial de seu tempo não
tras transformações. Ainda no coincide com a unidade de tempo
exemplo acima pensamos: quantos dos períodos de capitalização.
meses formam um ano? Então colo- Ex: 12% a.a. capitalizado se-
camos 12 no expoente do termo mestralmente.
(1+im), onde im é a taxa mensal. 10% a.b. capitalizado mensal-
Ex. (1) Vamos transformar mente.
0,75% a.m. em taxa anual:
Abaixo, veremos como trans-
formar para taxa efetiva:

Obs: Divide-se pelo número de


capitalizações:
1 ano = 2 semestres
E a unidade é a mesma da ca-
Ex 1.1) :Na HP12C: pitalização.
Ex. (1) 12% a.a. capitalizado
diariamente (ano comercial = 360
dias)

18
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Atividades de aprofundamen-
to:
1. Calcule a taxa efetiva anual,
equivalente à taxa nominal de 48%
a.s., capitalizada mensalmente.
2. Uma aplicação de $ 2.000 foi
efetuada em 17/3/1995, para resgate
em 24/6/1998. Para uma taxa de ju-
ros nominal de 12% a.m., com capi-
talização diária, calcule o valor do
resgate (considerando ano civil).
3. Em quantos meses uma apli-
cação de $ 4.000, a juros nominais
de 12% a.s., capitalizados trimestral-
mente, terá um rendimento mínimo
de $ 2.000?

19
MATEMÁTICA FINANCEIRA

3. Planos de Amortização

Fonte: capital now por onze3

Planos de amortização de Prestação = Amortização + Juros


Empréstimos e Financia-
mentos Os principais sistemas de
amortização de empréstimos são:

A amortização é um processo fi-


nanceiro, pelo qual uma dívi-
da, ou obrigação, é paga progressi-


Sistema de Amortização Fran-
cês (Sistema Price)
Sistema de Amortização Cons-
vamente, por meio de parcelas de tante (SAC)
modo que o débito seja liquidado até  Sistema de Amortização Ame-
ricano
o término do prazo estipulado. Essas
 Sistema Misto ou Sistema de
parcelas, ou prestações, são a soma Amortização Crescente (SA-
das duas partes: a amortização ou a CRE).
devolução do principal emprestado,
e os juros correspondentes aos sal- Sistema de Amortização Fran-
dos do empréstimo, ainda não cês (Sistema Price) Características:
amortizados.

3 Retirado em https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/sistemas-de-amortizacao/

21
MATEMÁTICA FINANCEIRA

 Prestações iguais; Não é preciso preencher o VF,


 Juros decrescentes; pois neste caso teremos somente o
 Amortizações crescentes. VP (quanto vamos financiar)
Podemos fazer estes cálculos
Série Uniforme: Prestações manualmente. Sabemos que, na pri-
Iguais: Ao termos prestações iguais meira Prestação:
de um financiamento, por exemplo,  a 1ª. capitaliza juros durante
podemos determinar outras variá- (n-1) períodos; FV= PMT *
veis como a taxa, o número de perí- (1+i) n-1
odos, etc...  a 2ª. prestação capitaliza juros
(1) Por exemplo, vamos finan- durante (n-2) períodos; FV=
ciar um carro de $ 17.000 em 60 PMT * (1+i) n-2
 a penúltima prestação capita-
prestações com uma taxa de 1,5%
liza juros durante 1 período, e
a.m. Podemos descobrir a prestação, seu valor futuro será: FV =
a ser paga, através da HP12C: PMT* (1+ i) n
Digitando:
A última prestação não capita-
liza juros, e seu valor final do perío-
do n é igual a PMT.

No Excel, podemos determi-


Ao multiplicar (1+i), nos dois
nar através da função financeira:
termos temos:
Função financeira do Excel que de-
termina a Prestação.

Isolando PMT, temos:

22
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Sabendo que, FV = PV * (1+i) n


Substituímos em III:

E obtemos o mesmo resultado.


(2) A partir da prestação é pos-
No nosso exemplo, temos: sível entender como ocorre um tipo
de amortização. Vamos imaginar
uma compra de $ 100, em 5 vezes, a
uma taxa de juros de 5% a.m. Tere-
mos, então:

Teremos, PMT =

Tabela do Sistema Price

Mês Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


PMT Jt=i * S t At=PMT - Juros Sd=S t -At

0 - - - 100
1 23.09 Jt= 0,05 *100=5 At=23,09 - 5 = Sd=100-18,09 =
= 18,09 Sd = 81,91

23,09 Jt=0,05*81,91= At= 23,09-4,09=19 Sd=81,91-19=


Jt=4,09 Sd=62,91
23,09 Jt=0,05 * 62,91= At= 23,09-3,14= Sd=62,91-19,94
=42,96
Jt= 3,14 =19,94
23,09 Jt= 0,05*42,96= At= 23,09-2,15= Sd=42,96- 20,94
Jt=2,15 At= 20,94 =22,02
23,09 Jt= 0,05*22,02= At=23,09-1,01= Sd= 22,02-22,08=
=1,01 At=22,08
-0,06
Zerando o saldo!

23
MATEMÁTICA FINANCEIRA

(3) Qual será a prestação de


um empréstimo de 200.000, que se-
rá pago pela Tabela Price, com uma
taxa de juros de 10% a.m. a ser liqui-
dada em 4 meses?
Solução:
NA HP 12 C, temos:

Tabela do Sistema Price

Mês PMT Juros Amortização Saldo devedor


0 - - - 200.000
1 63094,16 20000,00 43094,16 156905,84
2 63094,16 15690,58 47403,58 109502,26
3 63094,16 10950,23 52143,93 57358,33
4 63094,16 5735,83 57358,33 0,00

Sistema De Amortização comerciais em seus financia-


Constante (Sac): mentos, etc...
Características:
 O principal é reembolsado em Planilha de amortização utili-
quotas de amortização iguais; zando SAC: Valor do financiamento:
 Prestações são decrescentes; $ 200.000
 Juros decrescentes; Período: 4 meses
 Amortização = Principal divi- Taxa de juros efetiva: 10%a.m.
dido pelo número de parcelas;
 Sistema utilizado, às vezes, pe-
los Sistema Financeiro de Ha-
bitação (SFH), pelos bancos

Sistema SAC

Mês (t) Amortização Juros Prestação Saldo


Devedor
Jt= i * SD t Rt=At+ Jt
SD= SD t -A
0 50.000 - - 200.000

1 50.000 20000 70.000 150.000

24
MATEMÁTICA FINANCEIRA

2 50.000 15000 65.000 100.000

3 50.000 10000 60.000 50.000

4 50.000 5000 55.000 0

Sistema De Amortização Cres- ciais são, ligeiramente, mais


cente (Sacre): altas do que o Price;
 Baseado no SAC e no Price;  Prestações decrescentes, de
 Prestação = média aritmética acordo com uma determinan-
desses dois sistemas de amor- da Progressão Aritmética.
tização;
 Uma das desvantagens do SA- Calcula-se a 1ª. prestação a se-
CRE é que suas prestações ini- guir:

Ex. (4) Num empréstimo de


200.000 pelo SACRE, com uma taxa
de 10% a.m e em 4 meses. Teremos:

Calculando a razão da PA da
prestação:

25
MATEMÁTICA FINANCEIRA

A planilha do sistema SACRE


ficará assim:

Planilha do sistema SACRE

Mês Prestação: R – r Juros Amortização Saldo Devedor


At=Rt- Juros SD= SD t -A
Jt=i * S t
0 - - - 200.000

1 66.547,00 20.000,00 46.547,00 153.453,00

2 64.047,00 15.345,30 48.701,70 104.751,30

3 61.547,00 10.475,13 51.071,87 53.679,43

4 59.047,00 5.367,94 53.679,06 0,37

Atividade a aprofundamento

1. Ao financiarmos uma casa de


$ 100.000 em 10 parcelas com uma
taxa de 2% a.m, elabore uma plani-
lha:
a. No Sistema Price
b. No Sistema SAC
c. No sistema SACRE

2. Calcule a Prestação de uma Sé-


rie Uniforme de um empréstimo de
$ 2.000 a uma taxa de 6% a.m. em
18 meses.
3. Na construção da Tabela Price,
os juros crescem? Decrescem ou fi-
cam constantes?
4. Quanto à amortização, quais
as diferenças entre os 3 Sistemas de
Amortização apresentados aqui?

26
27
MATEMÁTICA FINANCEIRA

4. Estatística

Fonte: Brasil Escola4

Definições  Estatística: Conjunto de técni-


cas voltadas à coleta, organiza-

E statística é uma Ciência que ção, análise e interpretação de


dados, objetivando descrever
trata de dados para descrever
populações.
determinada amostra ou a popula-
 População: Corresponde ao
ção O próprio vocábulo “Estatística” sistema ou ao todo (com carac-
tem a raiz status (estado, em latim) terística comum) que se quer
em virtude de levantamentos feitos descrever.
na Antiguidade promovidos pelo Es-  Censo: Atividade de inspecio-
tado. nar todos os elementos de uma
Alguns termos são mais im- população, em relação a uma
ou mais variáveis descritoras.
portantes para o início deste estudo:

4 Retirado em https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/

28
MATEMÁTICA FINANCEIRA

 Amostra: Subconjunto ou par- As variáveis são classificadas


te da população, cujos elemen- em:
tos são avaliados utilizando Qualitativas: correspondem a atri-
uma ou mais variáveis descri- butos e categorias;
toras.
 Nominais- quando não conse-
guimos ordená-la, por exem-
Em nosso cotidiano, todos
plo cor de cabelo;
precisam desta Ciência: pesquisas  Ordinais;
eleitorais, pesquisas de mercado,
etc... Quantitativas: correspondem a
Iniciemos nossa caminhada números resultantes a contagens ou
através da Estatística Descritiva. medidas;
Objetiva sintetizar as informações  Discretas- apenas números in-
contidas em uma amostra ou um teiros - ex: número de filhos;
censo através de duas ferramentas  Contínuas -mensuração contí-
principais: nua-ex: diâmetro de uma peça.
 Distribuição de frequência;
 Medidas numéricas descriti- Agrupamento dos Dados
vas.
Podemos pensar em agrupar
Assim, vamos ao estudo das os elementos: Para isso, anotamos
variáveis em questão: As caracterís- quantas vezes a nota aparece (fre-
ticas que descrevem a população são quência). No Excel, chamamos a
chamadas variáveis, e m valor obser- função estatística CONT.SE e mos-
vado com relação a uma variável é tramos o intervalo que queremos
chamado dado ou observação, sejam analisar e a nota que queremos saber
eles provenientes de censos ou quantas vezes ela aparece:
amostras.
 Variáveis - característica pela Função Cont. Se
qual deseja-se que a população
seja descrita, ou pela qual de-
cisões acerca da população são
tomadas.
 Dado - observação ou realiza-
ção referente à uma variável.
Pode estar contido em um cen-
so ou em uma amostra.

29
MATEMÁTICA FINANCEIRA

E fazendo este procedimento Cont. Valores 23

diversas vezes, obtemos:


Aqui temos a função Máximo
Notas dos alunos da escola Y- ano = 17
2007 A função Mínimo = 11
Notas Frequência
2 1 A função Cont. Números – que
3 1 é relacionada à contagem de núme-
4 1
5 2
ros apenas, não importando com cé-
6 1 lulas vazias.
7 1 E a função Cont. Valores que é
8 2
9 1 relacionada com o número de obser-
10 1 vações, mesmo sendo células que es-
tão vazias “ ”.
Funções estatísticas
Função frequência: A função
Função Estatística Intervalos estatística FREQUÊNCIA dá a dis-
de células
tribuição de frequências da matroz
Máximo 17
dados de acordo com a matriz bin
Mínimo 11
definida:
Cont. Números 22

Planilha do Excel com a tabela de funções estatísticas

30
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Verifique que, a matriz_dados É preciso selecionar Intervalo


está nas células: A1; A23 de dados na parte de cima desta cai-
E a Matriz_bin está na F15; xa e, selecionar a coluna da ma-
F21 triz_bin (F15: F21).
Selecione as células que estão Após este procedimento, clicar
na coluna posterior da matriz_bin em série (na parte superior desta
E digite a fórmula: =FRE- caixa).
QUÊNCIA (A1:A3; F15:F21) Pressi-
one as teclas CTRL + SHIFT + EN- Passo-a-passo para fazer gráfico no
TER Excel
Onde obteremos os resultados
acima. Voltemos a analisar com um
gráfico:

Como fazer gráfico

Em Valores, selecione a matriz


que tem os valores das frequências
(G15:G21) Em Rótulo dos eixos das
categorias X, selecione Rótulos do
eixo das categorias, a matriz_bin:
F15:F21.

31
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Frequência Acumulada

Frequência Acumulada

Tabela de Frequência

Valores da amostra Frequência Frequência relativa Frequência acumu-


lada
11 1 4,55% 1
12 5 22,73% 6
13 4 18,18% 10
14 7 31,82% 17
15 2 9,09% 19
16 2 9,09% 21
17 1 4,55% 22

Na 4ª. coluna, obtemos frequência acumulada, através de:

 Coloque na célula I2, o valor  Arraste a alça de preenchi-


da célula G2 (frequência abso- mento.
luta) Fórmula na célula I3=  Vamos fazer o gráfico das fre-
I2+G3 quências relativas?
 Fórmula na célula I4= I3+G4

32
MATEMÁTICA FINANCEIRA

E agora com frequências acumuladas:

33
MATEMÁTICA FINANCEIRA

É possível também construir este gráfico combinado com as frequências


relativas e acumuladas:

Como construir Gráfico com frequências relativas e acumuladas

Como verificamos acima, exis- quências relativa, no caso:


tem as 2 frequências sendo analisa- H15: H21;
das no mesmo gráfico. Conseguimos  Em Série, clicar no eixo x, e co-
tal resultado fazendo o procedi- locar os valores da amostra,
que estão nas células: G15:
mento:
G21;
 Assistente de gráfico;  Adicionar mais uma série: Cli-
 Tipos personalizados; car no botão Adicionar e colo-
 Lins-Cols em 2 eixos; car a coluna que estão os valo-
 Clicar em intervalos de dados, res da frequência acumulada:
e selecionar os valores da fre- I15: I21;

34
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Distribuição de frequências valor inteiro menor ou maior;


com dados agrupados. Os dados po-  K = 1+ 3,322* log n, arredon-
dem ser agrupados utilizando clas- dando para o valor inteiro me-
ses, mas para determiná-las existem nor ou maior;
algumas maneiras, segundo Lap-
Por exemplo, temos uma
poni (2000):
amostra de 21 dados:
 K = √n arredondando para o

Dados da amostra

50 34 65 59 58 45 67
56 54 43 78 49 56 54
76 67 67 67 60 56 45

Teremos então:  Análise se dados


 Histograma

Função Histograma do Excel

Assim, teremos que:


Determinar a amplitude de
classe:

Podemos trabalhar com o nú- No Intervalo de entrada, colo-


mero 8,8 ou arredonda-lo para 9: camos os dados da amostra(A1:A21)
Fazendo o Histograma pelo Excel, E no intervalo do bloco, colo-
teremos: camos os dados sem repetição (C1:
 Ferramentas C14):

35
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Dados da amostra na coluna A e Histograma com frequência relativa


dados sem repetição na coluna C acumulada

O que percebemos é que quan-


do fazemos as classes e fazemos um
gráfico via assistente de gráfico, pa-
rece mais facilmente entendido;

Dados agrupados por classes

Classes Frequência

34-43 1

Colocamos no intervalo de sa- 43-52 5


ída onde queremos que seja o resul- 52-61 8
tado, e obteremos: 61-70 5

70-79 2
Resultado da Frequência e da Fre-
quência relativa acumulada
Histograma sem espaço intercolu-
Bloco Frequência % cumulativo
nas
5 0 0,00%
34 1 4,76%
43 1 9,52%
45 2 19,05%
49 1 23,81%
50 1 28,57%
54 2 38,10%
56 3 52,38%
59 2 61,90%
60 1 66,67%
65 1 71,43%
67 4 90,48%
76 1 95,24%
78 1 100,00%
Mais 0 100,00%

36
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Medidas de Posição e Me- Mediana: medida que divide o


didas de Dispersão grupo em 2 partes iguais,
Para isso, coloca-se em ordem
Objetivos: Revisar e aperfei- crescente (ou decrescente) e se n for
çoar os seguintes itens: par, calcula-se a média aritmética
 Média; dos que sobraram:
 Mediana;
 Moda; Determinação da mediana
 Quartil e Percentil;
 Variância e Desvio Padrão.

Imaginemos que vamos estu-


dar a nota de Matemática de alguns
alunos:

10
3
4
5
Moda: Outra medida de Posição é a
8
Moda, que é o valor que mais apa-
2
5
rece: No caso, temos um caso Bimo-
7
dal: a nota 5 e a nota 8.
8
Quartis e Percentis: Muitas vezes
9 estamos interessados em dividir o
grupo em determinadas categorias,
por exemplo, se estivermos falando
Como vamos iniciar nossa
de tempo de corrida que os atletas
análise? Primeiramente poderíamos
executam, podemos dividi-los em
iniciar comas Medias de posição:
Regular, Bom, Muito Bom e Exce-
lente. E assim, precisamos verificar
qual medida que é possível dividir
Média Aritmética: No Excel, é
deste modo. Esta medida é chamada
possível calcular a média através de
Quartil- divide o grupo em 4 partes
Função – Estatística – Média - O Re-
iguais.
sultado = 6,1.
Se dividir o grupo em 100 par-
tes, teremos os percentis.

37
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Observe a tabela abaixo:

Determinação de Quartis
e Percentis

Valor ordenado Ordem %


34 1 0,00%
43 2 5,00%
45 3 10,00%
A medida Percentil divide o
45 4 15,00%
grupo em 100 partes.
49 5 20,00%
50 6 25,00% Variância e Desvio padrão: Po-
54 7 30,00% demos estar interessados na disper-
54 8 35,00% são destes dados, assim estudamos a
56 9 40,00% variância e o desvio padrão:
56 10 5,00%
56 11 50,00% Determinação da Variância
58 12 55,00%
59 13 60,00%
60 14 65,00%
65 15 70,00% Nota Média Nota-Mé- (Nota-mé-
dia dia) ^2
67 16 75,00%
67 17 80,00% 2 6,1 -4,1 16,81
67 18 85,0 3 6,1 -3,1 9,61
67 19 0%
90,00% 4 6,1 -2,1 4,41
76 20 95,00% 5 6,1 -1,1 1,21
78 21 100,00% 5 6,1 -1,1 1,21
7 6,1 0,9 0,81

Ordenamos os valores e, colo- 8 6,1 1,9 3,61

camos a ordem. O 1º. Quartil é dado 8 6,1 1,9 3,61


9 6,1 2,9 8,41
pelo valor 50
10 6,1 3,9 15,21
O 2º. Quartil é a Mediana e é
dado pelo valor 56.
O 3º. Quartil é dado pelo valor
60. O somatório de cada valor me-
Podemos determinar pelas nos a média ao quadrado = 64,9
fórmulas:

38
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Coeficiente de Variação: Mas, Podemos dizer que, quanto à


para que estudamos o desvio pa- nota é uma classe heterogênea.
drão? Uma das respostas é o coefici-
ente de variação, para sabermos No Excel, podemos determi-
qual a porcentagem que os valores se nar o desvio padrão através da sele-
distanciam da média: ção das células que possuem os valo-
res e, selecionar: Função - Estatís-
tica - DESVPAD

Determinação do Desvio Padrão através do Excel

39
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Vamos fazer uma planilha que Teremos como resultado:


descreva todos os dados resumida- Coluna 1

mente: Média 57,42857


(1) Selecione Ferramentas - Erro padrão 2,401955
Análise de Dados - Estatística Des- Mediana 56
critiva: Modo 67
Desvio padrão 11,00714
Resumo da Estatística Descritiva Variância da amostra 121,1571
dos dados Curtose -0,12364
Assimetria -0,07161
Intervalo 44
Mínimo 34
Máximo 78
Soma 1206
Contagem 21
Maior(1) 78
Menor(1) 34
Nível de confiança (95,0%) 5,01039

Erro padrão é o erro amostral


Se para estudar a distribuição amos-
Colocamos em Intervalo de
tral, calculado:
entrada - a seleção da coluna que
está a nossa amostra;
Agrupado por: Coluna - se
nossa amostra estiver em uma co-
luna; Rótulo na primeira linha
Colocamos em Intervalo de sa-
ída, a célula que começará a nossa Nível de confiança: 95%, está
tabela; Selecionar: Resumo Estatís- na última célula da coluna K e L, sig-
tico; nifica que 4,614157 é o erro de esti-
Nível de confiabilidade p/ má- mação utilizando a distribuição t de
dia; Enésimo maior: 1- para ser o 1º Student: t(1-0,95)/2 )* Se = 2,
maior Enésimo menor: 1 - para ser o 228139 * 2,401955 = o valor do nível
1º. Menor. de confiança.

40
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Curtose e Assimetria Correla- pequeno achatamento. Se fosse


ção igual a zero, seria a própria normal.
Se o coeficiente de curtose for
Objetivo: positivo a distribuição será concen-
 Estudar a cauda e o achata- trada ao redor da média e terá pico.
mento da distribuição; Assimetria: Inclinação da Distri-
 Entender a relação entre duas buição:
variáveis.
Numa distribuição de frequên-
cias exatamente simétrica, a média e
Curtose: Se duas distribuições de
a mediana são iguais. Na medida
frequência têm a mesma dispersão e
que a média e a mediana se afasta-
inclinação não será suficiente para
rem maior será a inclinação da dis-
supor que as duas distribuições te-
tribuição de frequências.
nham a mesma forma, característica
 Se um ou mais valores forem
denominada curtose. A curtose é
extremos maiores que a maio-
medida pelo coeficiente de curtose ria dos valores restantes, a mé-
que compara a distribuição de fre- dia será maior que a mediana
quências da amostra com a distri- e a distribuição de frequências
buição normal e pode ser obtida com terá inclinação direita ou posi-
a fórmula ou com a função estatís- tiva.
tica CURT do Excel:  Se um ou mais valores da
amostra forem extremos me-
nores que a maioria dos valo-
Função estatística CURT para deter- res restantes, a média será me-
minação do coeficiente nor que a mediana e a distri-
buição de frequências terá in-
clinação esquerda ou negativa.

O tipo de inclinação de uma


variável da amostra pode ser obtido
com a fórmula do coeficiente de in-
clinação da distribuição:

O resultado -0,123638 tam-


bém está mostrado na planilha de r-
esumo estatístico. Apesar de ligeira-
mente negativo, ainda mostra-se um

41
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Ou com a função DISTORÇÃO Tempo de estudo (minutos) e nota


do Excel: da prova de Cálculo I Dos alunos da
escola X- ano 2006

Função estatística CURT para deter- Tempo de estudo Nota


minação do coeficiente (minutos/ dia)
100 10

20 5
20 9
40 9
80 9
90 8
100 7
50 6
40 7
 Se o coeficiente de inclinação 75 6
for igual a zero, a distribuição 60 7
de frequência será simétrica. 65 9,5
 Se o coeficiente de inclinação 85 9,8
for negativo, a distribuição de 98 8,6
frequência terá inclinação es-
100 9
querda ou negativa.
100 9,5
 Se o coeficiente de inclinação
for positivo, a distribuição de 120 10

frequência terá inclinação di- 20 9


reita ou positiva. 100 9
 No caso, teremos uma ligeira
inclinação à esquerda.
Iniciemos nossa análise com o
Correlação: Neste momento va- gráfico de dispersão:
mos estudar a relação entre variá-
veis, para isso observemos a planilha
da nossa amostra sobre o tempo de
estudo que os entrevistados se dedi-
cam e sua nota na prova.

42
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Será que há uma relação posi-  R próximo de +1 – Forte corre-


tiva entre estas duas variáveis, quan- lação positiva
to mais se estuda, mais nota tira?  R próximo de +0 Fraca corre-
Parece que sim, e para isso vamos lação positiva
verificar o coeficiente de correlação.  R=0 Não há correlação
E, para estudar este, buscamos  R próximo de -0 Fraca correla-
ção negativa
a covariância que mede a tendência
 R próximo de -1 Forte correla-
e a força da relação linear entre duas ção negativa
variáveis ou amostras.  R=-1 Correlação Negativa per-
feita.

No Excel, para obter o coefici-


ente de correlação podemos utilizar
Algumas observações: a função estatística CORREL ou PE-
 As duas variáveis devem ter o ARSON.
mesmo número de observa-
ções;
Determinação do Coeficiente de
 A covariância pode assumir
Correlação de Pearson
qualquer valor do conjunto
dos números reais, podendo
ser negativa, zero ou positiva;
 A unidade de medida é o resul-
tado do produto das unidades
dos valores das variáveis.

Simbologia: Cov (X,Y)


Agora, sim, vamos calcular o
coeficiente de correlação:
Podemos verificar que há uma
relação positiva entre as variáveis,
quanto mais se estuda, mais tira no-
ta, mas é uma relação moderada, ou
seja não é forte.
Os valores Rxy estão limitados
entre -1 e 1
 R=+1 Correlação positiva per-
feita-os pares das duas variá-
veis estão numa mesma reta
com declividade positiva;

43
4
44
4
MATEMÁTICA FINANCEIRA

5. Referências Bibliográficas
LAPPONI, J.C. Estatística utilizando Ex-
cel. São Paulo: Editora Campus, 2000.

45
04
6

Você também pode gostar