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Rio de
Janeiro: Difel, 2009.
A obra prima de Nicolau Maquiavel, “O Príncipe”, tem uma finalidade prática. Como
uma forma de conquistar a graça dos novos governantes e, assim, retomar o seu
antigo posto de conselheiro, Maquiavel escreve “O Príncipe” em dedicatória a
Lourenço de Médici.
O livro, que assume a forma de um manual do bom governante, se inicia como uma
classificação dos tipos de governo e da melhor maneira de conquistá-los. Aí, o autor
já apresenta o seu argumento e, de forma a corroborá-lo, uma grande amostra de
exemplos, citando desde romanos até os gregos e os próprios italianos. É assim
que Maquiavel nos mostrará uma de suas mais singulares características: a
preocupação pela história e, de certo modo, pela empiria.
Para Maquiavel, o uso da virtù não nos permite inferiorizá-lo com relação a nenhum
outro capitão, e, no entanto, a sua desumanidade e a falta de características
virtuosas não fazem com que possamos classificá-lo como glorioso. Ainda assim, o
autor caracteriza duas formas de crueldade: as proveitosas, das quais se faz uso
uma única vez por motivos de segurança, e as contraproducentes, utilizadas de
forma indiscriminada e paulatinamente.