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Int erdisciplinaridade, Ecologia e Clima - Int erfaces nas obras de Eneas Salat i e Aziz Ab'Sáber
Isabel Gnaccarini
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Problemas Hídricos
Sistema do capital
responsável pela forma como se inscreve a sociabilidade em seu bojo. As relações sociais como
forma das relações humanas são permeadas pelas formas do capital e o capitalismo é essa
internacional. Todas as relações sociais são inscritas na forma do capital e isso institui o elo
capitalista da sociedade.
Um exemplo fora do escopo deste trabalho e por isso mesmo interessante no sentido de
hermenêuticas. Nos últimos quarenta anos pelo menos o capitalismo se reestruturou em suas
maneiras de acumular. David Harvey (1994, 2005, 2010) – um dos grandes autores marxistas a
flexível, ou seja, a acumulação do capital percebida e entendida como uma dinâmica espacial e
somente essa dinâmica espacial pode explicar o espraiamento, o deslocamento do capital pelo
espaço terrestre conectando quase todos os pontos do planeta e possibilitando pelas tecnologias
sofisticadas das telecomunicações não apenas conectar espaços e pontos produtivos, mas
Professor e pesquisador do CEETEPS (Fatec/Campus Mococa). Formado em Ciências Econômicas
(Unesp/FCLAr), mestrado em Filosofia Política (Unicamp/IFCH), mestrado em Sociologia
(Unesp/FCLAr), doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos (Unicamp/FEM) e pós-doutorado
em Pesquisas Energéticas (UFABC/CECS). Autor do livro Sociedade, Natureza e Energia: Condições
Estruturais e Superestruturais de Produção no Capitalismo Tardio. São Paulo: Blucher, 2008.
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A conceito de globalização é imensamente falso em sua natureza: “O economista John Kenneth Galbraith
– um liberal convicto – declarou numa entrevista, em 1997, que ‘a globalização não é um conceito sério e
que nós, os norte-americanos, a inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros
países e para tornar respeitáveis os movimentos especulativos de capital que sempre são causa de graves
problemas’” (FIORI, 2007). No entanto, se o pudéssemos atrelar a uma dinâmica socioeconômica
específica seria o da etapa de desenvolvimento do sistema do capital no qual o mesmo não simplesmente é
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espaço-tempo como menores e ao mesmo tempo uma aceleração do tempo. Dentro dessa
perdão da metáfora mecânica) conectando todas as formas e matizes das estruturas econômico-
sociais com os aspectos mais comezinhos e ao mesmo tempo mais íntimos do próprio indivíduo
Aqui a palavra chave desta passagem de nosso texto: o sistema do capital. Para
explicitá-lo, defini-lo e demonstrar a importância do mesmo dentro do contexto por nós afirmado
O capital é um valor que se autovaloriza pela produção. Sua função é produzir valor. Mas
não o pode fazer por si. Como qualquer existente só o é por outro. Assim, para produzir valor
força de trabalho. Em O Capital livro I Marx irá demonstrar o processo de produção do capital
em especial nas partes iniciais da obra. O trabalho humano é a forma antropológica pela qual é
articulação do Homo sapiens sapiens com o meio através de técnicas e tecnologias e suas
relações entre si que o transforma em Homem, este produto filosófico tão essencial ao século
XIX. Não prolongaremos a problemática e sua finalidade é tão somente ressaltar e chamar a
atenção para a intricada rede de articulações entre o trabalho como funcionalidade biológica de
uma espécie e não uma especialidade singular. Essa funcionalidade biológica é uma entre as
espaços para a sua existência. Por meio de complexos processos articulam-se, então, as formas
exportado pelo mundo, mas tornou-se atrelado a um mercado mundial financeiro altamente especulativo
tendo como suporte material (os fixos ao contrário dos fluxos como nos diz Milton Santos) as tecnologias
de comunicação.
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Ver SOJA (1993), DOTI (2008) e futuro livro de nossa autoria em fase de revisão em com título provisório
de Tecnologias e Desenvolvimento Humano: Aspectos Filosóficos e Antropológicos de uma Problemática.
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Na sociedade que se constrói centrada no capital este é uma relação social produtora
social se dá entre o detentor do capital e dos meios de produção contra uma classe que se
capital produzirá, então, valores também concentrados. O resultado do processo como novo
valor não será apropriado pelo trabalho, mas pelo detentor do capital.
Para nosso propósito muito mais relacionado com a sua dinâmica econômica e
reprodutiva – portanto, menos focada nas relações de classe do momento produtivo e mais como
sistema que em breve se esclarecerá – expressaremos o capital como o processo pelo qual o
poucos como mercado universal proporcionado ao detentor dos meios de produção um retorno
de D’. Este sendo o valor inicial D acrescido de um lucro (D’ = D + D). Ressaltar alguns pontos
é fundamental para o propósito do enfoque descrito e podermos deixar o domínio das relações
medida de valor, mas ele não é valor. Pelo fato das relações mercantis sob o capital dominarem
grandeza simbólica e, assim, parece ser o mesmo o valor. Valor é o resultado do uso da força
de trabalho sobre mercadorias e o dinheiro (D) é somente medida, uma mercadoria que é
trabalho acumulado, concentrado e centralizado por uma classe sendo, portanto, extirpado da
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Assinalaremos apenas de passagem os erros da ontologia de Lukács no que se refere à elevação da
categoria trabalho como centro de todo o processo humano. Erro não apenas histórico no sentido de não
existir nada que especifique o ato de trabalho como atividade tão somente humana, como também filosófico
por não especificar que a sociabilidade produz as formas simbólicas.
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No caso brasileiro, apenas para exemplificar, imaginemos a expropriação de todos do principal sustento
produtivo, meio produtivo dos quase primeiros quatro séculos e meio de existência do país: a posse da terra.
A centralização e concentração deste meio como propriedade de pequena elite dirigente e suas classes
subalternas e apaniguada produziram uma das maiores desproporções de renda do planeta.
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classe trabalhadora. O processo do capital não termina em seu D’: o lucro (D) tem significação
múltipla tal como a medida de capacidade de determinado grupo econômico manter-se no seu
segmento de mercado em função da lucratividade média do setor, mas também é valor a ser
valorizando. É este momento o da reprodução do sistema. O capital como valor, portanto, tem
um único objetivo: continuar a se valorizar e não produzir.5 A expressão sintética D-M-D’ será
intensificam as transações financeiras que nada mais são do que formas de transferir, concentrar
e centralizar valores e não os produzir. Mesmo essas se expandem em escala dos valores que
transferem como sua dinâmica pelos mercados financeiros mundiais. A expansão possui, então,
entre outros. A expansão também pode se referir ao aumento do produto total de uma economia
(PIB).
formas expansivas do capital, sejam elas produtivas ou financeiras, acabaram por levar o mesmo
a alcançar praticamente todos os rincões do planeta e configurar uma realidade para o capital. 6
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Duas observações são importantes nesta passagem. A primeira refere-se à linguagem impessoal e pode
ser problemática: “o objetivo do capital” transforma o mesmo em uma dinâmica mecânica e esconde as
relações de classe. É a classe detentora dos meios de produção e que centraliza e concentra o capital em
permanente acumulação e reprodução aquela a objetivar a reprodução. Dessa maneira falar do objetivo do
capital sempre será para nós falar da classe que se expressa pelo mesmo. Outra observação consta da
ideologia do “empresário empreendedor” gerador de empregos: a geração de empregos é a consequência
mais desagradável para o capital e outros de seus desejos (constantes por sinal neste sistema) é a eterna
produção sem trabalhadores. A financeirização do sistema é uma forma de acumular valores por meio de
ativos: é uma forma de centralizar e concentrar capital (valores) extraindo-os por meio de operações
financeiras altamente complexas.
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Apenas para observação, o conceito de realidade e mais ainda, realidade para o capital, envolve
problemática filosófica e psicanalítica para pensar o sujeito, a subjetividade e os processos formadores de
classe social. Afinal a realidade é uma determinada narrativa que se torna socialmente aceita. Não significa,
por exemplo, que o real é o discurso do empreendedor. Ele é real como ideologia e realidade montada na
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Processo cuja origem remonta aos seus inícios dede os séculos XII, sofre um primeiro processo
de explosão expansiva nos séculos XV e XVI e depois nova onda a partir do XIX. Mas é só após
a II Grande Guerra que o mesmo se tornará mundial e nos anos 1970 entrará em uma dinâmica
nova em onda expansiva extremamente explosiva com acentuado aumento de seus fluxos de
tempo geopolítica – essencial para entender as questões sobre energia e ambiente –, mas
(23º27’ N ou S) do sul com destaque especial para a América do Sul e os trópicos nortenhos. No
caso do trópico de Câncer ao norte da linha do Equador temos uma enorme e vastíssima área
de desertos no planeta. Vejamos: o trópico de Câncer atravessa o México em sua porção centro-
norte e sabemos que o “primo pobre” da América do Norte é um país com predomínio de climas
secos. Posteriormente o mesmo trópico corta de oeste para leste todo o continente africano sobre
o Saara, maior deserto do mundo (caso pensemos no aspecto mais comum e popular, uma vez
que em termos climáticos o conceito de deserto refere-se a lugares secos e, neste caso, a
Antártica7 é o maior). Assim teremos um vasto espaço geográfico com mais de 9 milhões de
quilômetros quadrados (9x109 km2) do oceano Atlântico até o mar Vermelho. Em seguida este
trópico atravessará em toda a sua extensão o ideologicamente nomeado Oriente Médio, seco e
rico – claro, tão somente para poucos. Por fim, temos o mesmo paralelo atravessando o deserto
de Thar em territórios fronteiriços entre a Índia e o Paquistão. Daí para a frente, em função das
forma de “jogar na cara” das pessoas que o real é o cotidiano e sua permeabilidade pelos valores mercantis
e, como tais, o dinheiro. Desvia-se esta observação de maneira absoluta deste artigo, mas nem por isso
menos importante e central para entender os atuais processos de individuação e o próprio conceito de
alienação.
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O topônimo Antártica tem sua origem no latim tardio antarctĭcus que, por sua vez, deriva do grego
antigo ανταρκτικός, que significa, literalmente, "oposto ao Ártico" (antiártico). Por convenção é que se
adotou em Portuga e Brasil o nome de Antártida.
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particularidades muito próprias do relevo e das condições continentais e marítimas da porção sul
do vasto continente asiático, teremos o clima de monções e suas tempestuosas águas, chuvas
diluviais concentradas no verão. Essas atingem todo o sudeste da Ásia bem como as planícies
meridionais da China. Graças a essas tornou-se possível a vasta população do país em tempos
remotos constituindo um modelo energético próprio em sua história (HÉMERY et ali, 1993).
nas formações desérticas. No entanto, dada a dinâmica dos ventos alísios somados ao fato de
que o hemisfério norte é sobretudo continental e menos marítimo o que torna as condições
climáticas, sobretudo diferentes do hemisfério sul com destaque para amenidades térmicas
menores, temos uma faixa desértica muito grande. A dinâmica dos ventos alísios não encontra
um mecanismo climático que favoreça a formação de chuvas, não encontra algum fenômeno
local e espacialmente significativo para alterar a sua dramática tendência à formação de desertos
na faixa dos trópicos. É assim que a Terra funciona, implacável dentro de seus mecanismos
formadores de climas e desertos como fenômeno climático. A ação antrópica em sua voracidade
trilhas e veredas totalmente trágicas. E essa tragédia “não é só” (se fosse pouco!) um fato
climático, mas acarreta a perda de solos e espaços agrícolas levando milhões de seres humanos
à fome. Basta pensarmos no Sahel, faixa de transição sob o Saara e que avança anualmente
pelo sul do continente. Faixa de 500 a 700 quilômetros de largura e com extensão de 5.400
paralelo sulino atravessa o sul africano (Kalahari) – ainda que a formação deste tenha motivos
diversos – e ainda o vasto país-continente australiano com cerca de 2/3 de seu território marcado
pelos climas áridos. O diverso: não há áreas desérticas nessa extensão na América do Sul e,
sobretudo, o sudeste brasileiro, sob o trópico de Capricórnio não é desértico. A causa para essa
desse ecossistema temos plantas de raízes profundas bem como esses mesmos solos sempre
úmidos garantindo que seus rios não sequem. O relevo particular e suas águas sempre brotando
em alguma fonte torna esse espaço um verdadeiro oásis, um vertedouro de água para outras
regiões do país e da porção sul do continente: é o caso da bacia do Paraguai. Suas águas
também garantirão alguns dos grandes rios da bacia amazônica visto que as características de
águas.
No entanto, mesmo tendo todas essas características os problemas hídricos e sua crise
estão relacionadas com as condições climáticas e essas, em termos de continente sul americano,
estão relacionadas com a Amazônia e sua dinâmica climática. Como o capital não pode se
centralização do capital acumulando riquezas para alguns. Alimenta-se por sinal um grande mito
sentido de não-material. Mesmo o D-D’ financeiro conta com a produção em seu processo de
na Amazônia o capital pode preservá-la, por exemplo, para explorar sua biodiversidade. No
entanto, a dura sina tem sido outra desde os tempos do “integrar para não entregar”: a
devastação da mata para o agronegócio, o mesmo que atravessa o Cerrado e vai destruindo
É esse desmatamento sem freios o grande problema. A Amazônia não é o “inferno verde”
das condições naturais que lhe são próprias, está em homeostasia e qualquer ruptura pode ser
capacidade da formação de enormes quantidades de chuvas além dos problemas que serão
derivados tais como o empobrecimento dos solos e escassez de massas hídrica. E quem nos
alerta é Antonio Donato Nobre, cientista do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto
No final de 2014 foi lançado de sua autoria o bastante didático, esclarecedor e ao mesmo
Ciência do Sistema Terrestre do INPE. 8 Neste o cientista nos alerta de maneira bastante clara
sobre alguns segredos amazônicos. Assim: “O primeiro segredo é que a floresta mantém úmido
o ar em movimento, o que leva chuvas para áreas continente adentro, distantes dos oceanos.
Isso se dá pela capacidade inata das árvores de transferir grandes volumes de água do solo para
A problemática não fica por aí e mais alguns segredos de importância vital nos são
revelados. A citação é mais longa, mas essencial para, inclusive, corroborar com nossas
América do Sul.
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Ver http://www.ccst.inpe.br/wp-content/uploads/2014/10/Futuro-Climatico-da-Amazonia.pdf, acessado
dia 9 de março de 2015.
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Por fim e isso sem adentrar profundamente no relatório temos uma conclusão provisória
Em entrevistas o autor foi muito enfático, inclusive, sobre o grau zero de desmatamento
ecossistema Amazônico. Dessa forma ao responder sobre as metas brasileiras para a redução
cristalina:
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Disponível em http://ipam.org.br/revista/Antonio-Donato-Nobre-Desmatamento-na-Amazonia-ja-afeta-
o-clima/718, acessado no dia 20 de agosto de 2015.
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responsável, no verão, pela canalização de chuvas amazônicas e as enchentes tão bem vindas
produção de energia do país (cerca de 70% do total). Assim, Antonio Nobre ao falar sobre o
sudeste e a seca por que passa esta região e a possível relação com a mudança climática
Percebemos que os “rios aéreos” produzidos pela Amazônia estão secando e, talvez, de
forma irreversível. A territorialização do capital sobre essa região já provocou estragos gigantes,
gigantes demais para serem ignorados. Gigantes demais e para lá de serem apenas
relacionados com a crise hídrica. No entanto, sendo o enfoque a questão hídrica também
percebemos que a problemática maior da crise hídrica está para lá do Cerrado e pode afetar de
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Ver a nota anterior o sítio disponível.
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Bibliografia
MARTIN, Jean-Marie. A Economia Mundial da Energia. Editora Unesp, São Paulo, 1992.
O’CONNOR, Harvey. O Império do Petróleo. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1959.
PUISEUX, Louis. Crise de Energia e Modo de Produção – A Energia e a Desordem Post-
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QUAINI, Massimo. Marxismo e Geografia. Paz e Terra, São Paulo-Rio, 1991, 2a ed.
SAMPSON, Anthony. Os Credores do Mundo. Record, Rio de Janeiro, 1981, 2ª ed.
_______________ As Sete Irmãs – As Grandes Companhias de Petróleo e o Mundo que elas
Construíram. Círculo do Livro, São Paulo, s.d.
SHAH, Sonia. A História do Petróleo – Entenda como e por que o Petróleo Dominou o Mundo.
L&PM Editores, Porto Alegre, 2007.
SOJA, Edward W. Geografias Pós-Modernas – A Reafirmação do Espaço na Teoria Social
Crítica. Jorge Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1a ed., 1993.
YERGIN, Daniel. O Petróleo - Uma História de Ganância, Dinheiro e Poder. São Paulo, Scritta,
2a ed., 1994.